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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

DF

Protesto contra violência em 

Taguatinga reúne pais, alunos e 

professores

 
CEF 07 DIVULGAÇÃO


Cerca de 300 pessoas, entre professores, pais e alunos do Centro Educacional nº 7 de Taguatinga Norte, protestaram nesta manhã de sexta-feira (11/8) contra a violência na região. A manifestação foi motivada após o registro de roubos a quatro jovens a poucos metros da instituição, que fica na QNM 36/38. O caso mais grave foi na última terça-feira (8/8), quando uma menina de 17 anos, acabou espancada por um criminoso. A estudante, que cursa o 3º ano do ensino médio, teve o dente da frente quebrado, o maxilar deslocado e o tornozelo machucado por causa das agressões do criminoso.

O protesto teve início por volta das 10h30 na portaria da escola. Logo em seguida, estudantes, pais e professores saíram em caminhada pelas ruas de Taguatinga. Com faixas e um carro de som, eles pediram por segurança na região. A diretora da CED 7, Ana Célia Sousa, explicou que a proposta da manifestação partiu dos alunos e se estendeu a toda a comunidade. "A ideia é agradecer a solidariedade da comunidade com a escola e pedir aos órgãos um apoio maior no policiamento. Hoje temos apoio, mas sabemos que o efetivo policial ainda é reduzido para tamanha violência", ressaltou.

Abordagem


O crime aconteceu a  200 metros da escola. O pai da garota contou que a filha estava a menos de 200 metros da escola quando o criminoso a abordou de bicicleta. “Ele anunciou o assalto e olhou de cara feia para ela, porque o celular era muito simples. Então ele puxou a bolsa dela, que caiu no chão, gritando por socorro. Foi quando ele começou a agressão”, relatou. A vítima conta que ainda sente dores no tornozelo e em um dos dentes.

Registros

A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP/DF) informou que, de janeiro a maio de 2017, foram registrados 1.609 ocorrências de roubo a pedestres em Taguatinga. No mesmo período de 2016, foram 1.748 casos. Em todo o Distrito Federal, de janeiro a julho, foram 22.287 casos contra 23.163 ocorrências no mesmo período de 2016, uma redução de 3,8%.

"Para coibir a criminalidade, a SSP identifica os dias, horários e locais de maior incidência dos crimes. O estudo é feito a partir das ocorrências registradas nas delegacias da Polícia Civil e orientam o trabalho da Polícia Militar, na elaboração de estratégias para o policiamento ostensivo na distribuição do efetivo, e da Polícia Civil, na desarticulação de quadrilhas e investigação de crimes", informou a pasta, em nota.

Em nota, a Polícia Militar informou que o roubo a pedestres em Taguatinga teve queda de quase 40% em relação ao mesmo período do ano anterior e que aborda suspeitos de forma sistemática.

Correio Braziliense

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

EDUCAÇÃO

UERJ fecha as portas por tempo indeterminado


Ao todo, já são 2,6 mil professores, 5,8 mil funcionários administrativos e cerca de 8 mil alunos cotistas sem pagamento / Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) está de portas fechadas por tempo indeterminado. Além de a reitoria não ter qualquer previsão de quando o primeiro semestre letivo deste ano será iniciado, professores e servidores iniciaram greve na última semana.
O reitor, Ruy Garcia Marques, informou em nota que não há condições de retomar as aulas por causa do atraso nos salários de funcionários e nos pagamentos das bolsas para estudantes. Ao todo, já são 2,6 mil professores, 5,8 mil funcionários administrativos e cerca de 8 mil alunos cotistas sem pagamento. A maioria não tem como bancar a locomoção até a universidade.
A professora Stela Guedes Caputo está incluída nesse grupo. Sem receber seu salário há três meses, assim como todos os funcionários da UERJ, ela está com com conta bancária zerada. Como protesto, publicou o extrato de sua conta no Facebook. A publicação já teve mais de 1,5 mil compartilhamentos.
“Publiquei para que as pessoas vejam que, quando o governador do Rio sequestra nossos salários, essa atitude criminosa tem consequências na vida de todos nós servidores. A última vez que recebemos em dia foi em fevereiro de 2016. De lá para cá só atrasos, parcelamentos e, finalmente, o sequestro de nossos salários”, explica.

Projetos de extensão também estão paralisados

Ao contrário do que muitos pensam, a paralisação das atividades da UERJ atinge não só estudantes, servidores e professores, mas também a população carioca como um todo. Segundo o último Data UERJ, a universidade tem cerca de 145 projetos de extensão em funcionamento, que atendem mais de 255 mil pessoas. Os projetos vão desde atividades destinadas à terceira idade, curso de idiomas, assistência psicológica e oficinas de saberes do corpo e da saúde. Todos estão paralisados por tempo indeterminado.
“A UERJ não é feita de concreto, é feita de gente. Se essa universidade morrer, morre um grande espaço da formação e da luta dos trabalhadores e trabalhadoras. A UERJ é de todo o povo carioca. Por isso, temos que defender esse espaço juntos”, complementa a professora Stela.

Hospital Pedro Ernesto funciona com 160 dos 350 leitos disponíveis

Além dos projetos de extensão, os principais serviços prestados pela universidade acontecem através do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE). O hospital está funcionando muito abaixo de sua capacidade desde o ano passado.
Segundo estimativas da direção do HUPE, das 10 mil cirurgias que poderiam ser feitas, apenas 3 mil serão realizadas neste ano. Além disso, apenas 160 dos 350 leitos estão sendo utilizados.
Para a estudante de medicina Bruna Trajano o sentimento de frustração é muito grande.
“Sinto por estar deixando de ter uma formação qualificada e, principalmente, por não poder prestar assistência que deveríamos à população. Não há outro hospital no Rio que possa atender, tanto em quantidade quanto em complexidade, os pacientes que temos aqui. É muito triste”, conclui.
Brasil Fato/Camila Rodrigues da Silva