Mostrando postagens com marcador marinha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador marinha. Mostrar todas as postagens

domingo, 20 de janeiro de 2019

Fuzileiro naval morre de enfarte no DF. Colegas culpam jornada extenuante

DF
Militar tinha 22 anos. Caso ocorre uma semana após praças reclamarem dos plantões de 30 horas, com 18 de descanso, sem alimentação adequada
FACEBOOK/REPRODUÇÃO

 
Lotado no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, o soldado Miquéias Gabriel Ferreira (foto em destaque), 22 anos, morreu na noite da última quinta-feira (17/1). O militar sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu no Hospital Naval de Brasília. Colegas de farda afirmam que o rapaz se queixava de problemas de saúde e não resistiu à pesada jornada de trabalho, que aumentou desde o fim do ano passado.
Como mostrou o Metrópoles, praças que servem na mesma guarnição de Miquéias relataram estar submetidos, há mais um mês, a uma rotina extenuante, com jornadas de trabalho de mais de 30 horas seguidas, alimentação escassa e pouco tempo de descanso.
A morte do soldado comoveu os outros militares do grupamento. Segundo um deles, Miquéias já havia se queixado, em diversos momentos, de dores. “Nós, amigos dele, falamos para fazer exames, ir ao hospital. Mas ele tinha medo. Se alguém aqui reclama de dor ou da rotina, é taxado de militar ‘nutella’, de vagabundo. Vira chacota e é perseguido”, contou o homem, que, assim como outros praças ouvidos pela reportagem, pediu anonimato por temer represálias.
“Estamos revoltados e assustados com a morte do Miquéias. Estamos sendo esculachados e não temos para quem pedir socorro, pois sofremos sanções. O comando está acabando com a nossa saúde, nos levando à exaustão. E não podemos reclamar”, relatou outro fuzileiro entrevistado pelo Metrópoles.

Há cerca de um mês, as escalas foram alteradas para o modelo “um por um” na linguagem militar. O que significa, na prática, 30 horas consecutivas de trabalho – sendo 24 horas de “serviço” e seis do expediente regular. O intervalo entre elas é de 18 horas.
Antes da alteração nas escalas, os militares só faziam o plantão de 24 horas a cada três dias, o chamado “três para um”. Nos intervalos, trabalhavam apenas as seis horas do “expediente”, na linguagem da caserna.
Segundo relatos ouvidos pela reportagem, diante do cansaço dos praças, os comandantes do grupamento adotaram posturas ainda mais rígidas. “Quando assumimos o último serviço, perguntaram quem não tinha condições de trabalhar. Sete em um grupo de 20 levantaram a mão. Foram xingados na frente de todos, acusados de formação de motim e ameaçados de prisão”, contou um militar.
“Não tem saúde que aguente. Isso é escravidão. O excesso de trabalho está acabando com a gente. Não temos tempo de ir ao médico, fazer exames de rotina, de nos cuidar”, afirmou outro praça. Ele teme que outra fatalidade, como a de Miquéias, volte a se repetir.
Nascido em Januária, Minas Gerais, Miquéias não é o único fuzileiro da Marinha na família. O irmão mais velho, Bruno Ferreira Belém, também serviu no grupamento em Brasília. Acompanhado dos pais, ele veio à capital federal quando soube do óbito. A família ainda não definiu se o velório será aqui ou na cidade mineira. Nenhum parente de Miquéias quis falar sobre a morte do soldado ou as condições de trabalho às quais ele estava submetido.
Diferentes versões
Segundo os praças, Miquéias estava trabalhando, fazendo serviço de guarda, quando passou mal na última quinta-feira (17/1). “Ele foi na enfermaria do grupamento, mas não havia médico. Então, foi para casa. Piorou e foi para o Hospital Naval de Brasília, onde faleceu”, contou um colega.
Já a assessoria de imprensa do Comando do 7º Distrito Naval diz que Miquéias estava de licença médica. Em nota, a Marinha informou que, na última quarta-feira (16), “o militar procurou a enfermaria do Grupamento, no período matutino, relatando que no dia anterior havia ingerido uma ‘coxinha de frango’ e estava sentindo dores abdominais, solicitando um antiácido”.
Segundo o texto, “no mesmo dia, após ele ter sido licenciado, o militar, por meios próprios, buscou atendimento no Hospital Naval de Brasília, por volta das 18h40, onde foi atendido, medicado e liberado com as devidas orientações e prescrições médicas, recebendo, na oportunidade, uma dispensa domiciliar para repouso de dois dias corridos”.
A nota informa ainda que, na quinta-feira (17), por volta das 17h, “o militar regressou ao Hospital Naval de Brasília, ainda queixando-se de dores abdominais, sendo atendido no serviço de pronto-atendimento, onde foi novamente avaliado e medicado”. Foi quando, segundo a Marinha, o quadro de Miquéias piorou.
“Durante o período em que estava recebendo a medicação, o militar sofreu uma parada cardiorrespiratória, por volta das 18h40. Imediatamente, a equipe médica do hospital iniciou os procedimentos de reanimação, utilizando todos os recursos possíveis na tentativa de reversão do quadro”, completa o documento.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do Comando do 7º Distrito Naval, “às 21h30, o militar teve seu óbito confirmado. Às 23h, o corpo do militar foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito do Distrito Federal para necrópsia e apuração da causa da morte”.
A Marinha também informou que “está prestando todas as informações e apoio social, religioso e psicológico à família do militar”.

FONTE: METRÓPOLES 

    segunda-feira, 14 de agosto de 2017

    BRASIL

    Forças Armadas sofrem corte de 44% dos recursos

    Exército, Marinha e Aeronáutica correm o risco de ficar sem verba em setembro

    Resultado de imagem para Forças Armadas sofrem corte de 44% dos recursos
    Marinha brasileira também sofre com falta de verbas
    Divulgação/Marinha do Brasil

      Em meio à discussão da mudança da meta fiscal e de corte de gastos, as Forças Armadas pressionam pela recomposição no Orçamento, que nos últimos cinco anos sofreu redução de 44,5%. De 2012 para cá, os chamados recursos "discricionários" caíram de R$ 17,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões. Os valores não incluem gastos obrigatórios com alimentação, salários e saúde dos militares.
      Segundo o comando das Forças, neste ano, houve um contingenciamento de 40%, e o recurso só é suficiente para cobrir os gastos até setembro. Se não houver liberação de mais verba, o plano é reduzir expediente e antecipar a baixa dos recrutas. Atualmente, já há substituição do quadro de efetivos por temporários para reduzir o custo previdenciário. Integrantes do Alto Comando do Exército, Marinha e Aeronáutica avaliam que há um risco de "colapso".
      A DFPC (Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados) do Exército, responsável por monitorar o uso de explosivos, está sendo atingida. Perdeu parte da capacidade operacional para impedir o acesso a dinamites por facções como PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho, que roubam bancos e caixas eletrônicos.
      O Comando do Exército confirmou ao Estado que o contingenciamento reduz "drasticamente" a fiscalização do uso de explosivos, abrindo caminho para o aumento de explosões de caixas. A DFPC é um dos órgãos das Forças Armadas de apoio ao sistema de segurança pública atingidos pela falta de recursos.
      A diretoria está tendo dificuldades de manter operações e combater desvios de explosivos para o crime organizado. No mês passado, a Febraban (Federação Nacional dos Bancos) esteve na Comissão de Segurança Pública da Câmara para pedir maior combate ao crime organizado. Há 23 mil agências e 170 mil terminais de autoatendimentos no País. Só neste mês, quadrilhas destruíram com dinamites agências em Lindoia (SP), em Indaiatuba (SP) e em Capelinha (MG). Em junho, os bandidos agiram em Brasília — são 22 ações desde 2016 no Distrito Federal.
      Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente Michel Temer disse estar tomando medidas em relação ao contingenciamento. "Nós queremos devolver dinheiro, digamos assim, para os vários setores da administração e, em particular, às Forças Armadas", afirmou.
      Procurado pela reportagem para comentar as reclamações das Forças, o Ministério do Planejamento, por meio de sua assessoria, disse que se "esforça" para resolver os problemas mais "graves".
      — Entretanto, qualquer ampliação de limites, sem que haja redução em outros ministérios, depende do aumento do espaço fiscal.
      Limites
      Nas Forças Armadas, a falta de recursos afetou a vigilância da fronteira, os pelotões do Exército na Amazônia, a fiscalização da Marinha nos rios da região e na costa brasileira. Por medida de economia, a Aeronáutica paralisou atividades, reduziu efetivos e acabou com esquadrões permanentes nas bases dos Afonsos, no Rio, de Fortaleza, de Santos e de Florianópolis.
      O corte se deu, em especial, nos projetos inseridos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O contingenciamento pode antecipar a dispensa de recrutas, assim como atrapalhar o treinamento de soldados para agir no Rio e impedir a realização de voos para interceptar aeronaves clandestinas.
      Para reduzir gastos, as Forças também estão trocando o quadro efetivo por temporário e reduzindo a tropa. De acordo com o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, os cortes "foram muito elevados, fora dos padrões". Ele usou uma rede social no início do mês para se queixar.
      Mar e Ar
      Com 40% do orçamento contingenciado, a Aeronáutica cogita suspender expediente às sextas-feiras. Ela centralizou atividades em Anápolis e Natal para se adaptar. "A FAB já voou 200 mil horas por ano no passado. Este ano havia um planejamento para voarmos 122 mil horas", disse o brigadeiro Nivaldo Rossato, comandante da Aeronáutica.
      — As restrições orçamentárias de toda ordem devem reduzir esse montante de 110 mil horas em 2017.
      Com navios de 35 anos de idade média, a Marinha coleciona no mar e nas águas da Bacia Amazônica embarcações consideradas ultrapassadas para suas funções. O comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, disse que é preciso pelo menos R$ 800 milhões a mais por ano para manter a esquadra. "Isso precisa ser acertado ou a nossa esquadra de superfície vai desaparecer em pouco tempo", afirmou.
      O quadro orçamentário para 2018 preocupa o comandante.
      — Antevemos o risco para programas estratégicos e também para o funcionamento pleno das nossas atividades diárias, com reflexos em serviços que atingem diretamente a população, como aqueles relacionados à segurança da navegação.

      AGÊNCIA ESTADO

      sexta-feira, 11 de agosto de 2017

      BRASIL

      Ressaca no Rio pode provocar 

      ondas de até 4 metros de altura

      Praia da Joatinga desaparece na manhã desta sexta-feira com presença da ressaca no mar (Foto: Reprodução / Tv Globo)



      A Marinha do Brasil alertou sobre a possibilidade de ressaca neste final de semana no litoral do Rio, que pode ter ondas de até 4 metros de altura. De acordo com a Marinha, o fenômeno pode durar até às 9h desta segunda-feira (14). No caso de acidentes ou emergências, a orientação é acionar imediatamente as equipes do Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
      Após a passagem de uma frente fria pelo oceano, o céu continua nublado nesta sexta-feira e há previsão de chuva fraca isolada no período da manhã. A tendência é de que o tempo fique estável a partir de sábado (12), com céu nublado passando a parcialmente nublado, ventos moderados e sem previsão de chuva.
      Para o final de semana, o Centro de Operações do Rio (COR) recomendou evitar o banho de mar; a prática de esportes marítmos e navegação; trafegar de bicicleta na orla caso as ondas estejam atingindo a ciclovia; e permanecer em mirantes na orla ou em locais próximos ao mar. 

      Previsão do tempo

      De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, a previsão para esta sexta-feira (11) é de céu nublado, com ventos fracos a moderados e probabilidade de chuva fraca em algumas regiões.A temperatura nesta sexta deve ficar entre 16ºC e 23ºC. No sábado e no domingo, a previsão é o tempo permaneça parcialmente nublado com temperatura entre 14º e 27º.


      G1