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terça-feira, 15 de agosto de 2017

BRASIL



Zika custou 4,6 bilhões de dólares ao Brasil nos últimos dois anos, diz ONU

Custo do tratamento de cada criança com anomalias associadas ao zika pode chegar a US$ 890 mil, avaliou a ONU e o Ministério da Saúde (Foto: AP Photo/Felipe Dana)



Entre 2015 a 2017, o zika custou ao Brasil US$ 4,6 bilhões, o que representa 0,09% do PIB. Já a longo prazo, o custo das anomalias associadas ao vírus poderá chegar a US$ 10 bilhões. Os dados são do primeiro relatório sobre a avaliação socioeconômica do zika lançado em Brasília nesta terça-feira (15).
A ONU aponta que o custo do tratamento de cada criança com microcefalia associada ao zika ao longo da vida pode chegar a US$ 890 mil. Até o momento, 48 países confirmaram casos do vírus. O maior número de infecções nos países foi registrado durante o ano de 2016. Neste ano, houve queda.
Ainda, a estimativa das Nações Unidas é que o impacto socioeconômico da doença na América Latina e Caribe chegue a R$ 18 bilhões de dólares – aproximadamente R$ 56 bilhões.
“O zika se assemelha à mobilização durante a epidemia de ebola na África. Tivemos uma geração de crianças infectadas”, afirma João Paulo Toledo, diretor da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Representante da Organização Panamericana de Saúde, Joaquin Molina explica que o Brasil se articulou para identificar a síndrome e ainda será importante para a busca de respostas.
“O Brasil é hoje e vai ser possivelmente o país mais importante para ajudar a responder as perguntas que ainda temos”, disse Molina.


O relatório, elaborado pelas Organização das Nações Unidas e pelo Ministério da Saúde, analisou o impacto causado pela doença no Brasil, Colômbia e Suriname desde 2015, quando o vírus zika começou a se espalhar.
Preparado por especialistas, pesquisadores, organizações de saúde e universidades internacionais, os valores foram calculados com base em avaliação de impacto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).

BEM ESTAR

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

SAÚDE

Fiocruz descobre que pernilongo pode transmitir zika

Resultado de imagem para PERNILONGO
FOTO: REPRODUÇÃO

O genoma do vírus Zika, coletado no organismo de mosquitos do gênero Culex, foi sequenciado por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco. Com o sequenciamento, foi descoberto que o vírus consegue alcançar a glândula salivar do animal, o que indicaria, segundo a instituição, que o pernilongo pode ser um dos transmissores do vírus Zika.
Os resultados foram publicados hoje (9) na revista Emerging microbes & infections, do grupo Nature. O artigo é intitulado “Zika virus replication in the mosquito Culex quinquefasciatus in Brazil” e pode ser encontrado na íntegra na internet.
Os mosquitos do gênero Culex foram colhidos na Região Metropolitana do Recife, já infectados. A equipe do Departamento de Entomologia da instituição conseguiu, então, comprovar em laboratório que o vírus consegue se replicar dentro do mosquito e chegar até a glândula salivar. Foi fotografado por microscopia eletrônica, também pela primeira vez, a formação de partículas virais do Zika na glândula do inseto.
Genoma vírus Zika
O genoma do vírus Zika, coletado no organismo de mosquitos do gênero Culex, foi sequenciado por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz em PernambucoChristina Peixoto, pesquisadora da Fiocruz PE

Também foi comprovada a presença de partículas do vírus na saliva expelida do Culex, coletadas pelos cientistas. De acordo com a Fiocruz, o artigo “demonstra” a possibilidade de transmissão do vírus Zika por meio do pernilongo na cidade. Será analisado agora “o conjunto de suas características fisiológicas e comportamentais, no ambiente natural, para entender o papel e a importância dessa espécie na transmissão do vírus Zika”, como informou a instituição em seu comunicado.
O genoma do zika já havia sido sequenciado em 2016 pelo Departamento de Virologia e Terapia Experimental da Fiocruz Pernambuco, em parceria com pesquisadores da Universidade de Glasgow, mas na ocasião foi usada uma amostra humana. Esse sequenciamento é uma espécie de mapa de cada gene que forma o DNA do vírus. Agora, pela primeira vez no mundo, o mapeamento é feito a partir do mosquito.
Mais detalhes serão concedidos à imprensa nesta tarde, na sede da Fiocruz Pernambuco, no Recife.

AGÊNCIA BRASIL