Guto
balança após ultimato, e
nome mais experiente ganha força
interna
no Inter
Treinador corre riscos mesmo em caso de vitória sobre o Oeste e vê nomes como Dunga, Winck e Carpegiani reverberar internamente no clube; diretoria de futebol respalda o técnico
![]() |
Guto trabalha sob
pressão no Inter (Foto: Wesley Santos / Agência PressDigital)
A derrota por 2 a 1 para o Vila Nova, no último sábado, teve desfecho
mais severo para alimentar a crise no Inter com um ultimato a Guto
Ferreira. O treinador tem sua permanência condicionada, ao menos publicamente, a um triunfo sobre o Oeste, nesta terça-feira, às 21h30, no Beira-Rio, pela 17ª rodada da Série B. Mas a falta de evolução apresentada pela equipe desde a chegada ao treinador pode abreviar sua passagem pelo comando do clube mesmo em caso de um triunfo vital na partida.
A possibilidade de queda em um cenário de vitória sobre o rival
paulista, porém, é reduzida. Há a expectativa de que os discursos fortes
que marcaram o vestiário colorado em Goiânia surtam efeito positivo por
uma remobilização do elenco para a para partida contra o Oeste. Até lá,
ao menos, Guto segue como comandante da equipe, até pelo tempo escasso
disponível para encontrar um eventual substituto ao treinador e para
trabalhos e ajustes imediatos. Espera-se uma resposta à altura tanto
pelo resultado em campo quanto pelo espírito de entrega do time, com uma
espécie de respaldo do plantel ao técnico.
A diretoria de futebol, aliás, dera um "último voto de confiança" ao
treinador para a sequência de jogos em casa contra Oeste e Goiás, mesmo
com a pressão interna por uma troca no comando. O GloboEsporte.com
apurou com pessoas que têm trânsito no vestiário e nos bastidores do dia
a dia colorado, porém, que um nome de maior experiência é ventilado
internamente como saída mais viável por uma recuperação na tabela. Dunga
é o nome com mais força, mas Paulo César Carpegiani também ganha
sugestões e é citado em conversas, assim como Luiz Carlos Winck, hoje no
Criciúma. Não há contato firmado por nenhum comandante.
Até porque ainda há respaldo a Guto Ferreira.
O assunto "troca de treinador" é evitado para garantir a remobilização
total do elenco. A diretoria aguarda que o treinador enfim dê a resposta
esperada e faça a equipe evoluir, com seis pontos somados dentro de
casa por uma retomada e para ter regularidade numa temporada mais do que
atribulada. Além disso, o trauma de trocas sucessivas no comando, que
culminaram com o fracasso e a queda no ano passado, também é levado em
conta. Aliás, o consenso interno indica que é necessário melhorar em todos os setores do departamento de futebol.– A equipe não consegue engrenar porque não consegue jogar bem. Se
conseguisse ter duas, três vitórias, teria ingressado há tempos no G-4.
Não estamos fazendo por merecer. Não conseguimos ter regularidade para
engrenar. O principal foi a reformulação, e a mudança da comissão não
surtiu efeito. Está demorando. O Guto continua. Vai seguir, porque
entendemos, como a direção, os jogadores, ele também pode dar um pouco
mais, tirar mais da equipe. Não vejo como correta a mudança de
treinadores. Com as chegadas, algumas carências que a gente tinha, terá
condições de treinara equipe. Temos obrigação de evoluir nos dois jogos
em casa para sair no jogo fora e terminar o turno no G-4 – avalia
Roberto Melo.
|
![]() |
Direção respalda
Guto para a partida contra o Oeste (Foto: Tomás Hammes)
|
A diretoria de futebol, aliás, dera um "último voto de confiança" ao treinador para a sequência de jogos em casa contra Oeste e Goiás, mesmo com a pressão interna por uma troca no comando. O GloboEsporte.com apurou com pessoas que têm trânsito no vestiário e nos bastidores do dia a dia colorado, porém, que um nome de maior experiência é ventilado internamente como saída mais viável por uma recuperação na tabela. Dunga é o nome com mais força, mas Paulo César Carpegiani também ganha sugestões e é citado em conversas, assim como Luiz Carlos Winck, hoje no Criciúma. Não há contato firmado por nenhum comandante.
– Estamos sempre
trabalhando nessa corda bamba. É a vida do treinador, especialmente
no Brasileiro. Para andar nessa velocidade, o Inter talvez tivesse
que vir pronto durante o estadual e embalado na competição
nacional. Não aconteceu. O Inter teve dificuldades no estadual. Não
era equipe totalmente pronta. Ainda não é. É isso que vem fazendo
dificuldade. Dentro dos clubes que caíram, a remontagem da equipe
foi bastante rápida, até com aproveitamento de boa parte dos
jogadores que caíram. Dos que caíram do ano passado, tem dois.
Passa por isso, também – avalia Guto.
Entre tanta pressão
e incerteza, o treinador ainda precisa remodelar seu sistema
defensivo, com Cláudio Winck, Víctor Cuesta e Rodrigo Dourado
suspensos, ao passo que conta com o retorno de Edenílson. O Inter
volta a campo nesta terça-feira, às 21h30, no Beira-Rio, pela 17ª
rodada da Série B. O Colorado ocupa a atual 6ª colocação, com 24
pontos, a dois do G-4.
GLOBO ESPORTE