MUNDO A missão chega em 'cumprimento' aos 'contratos de natureza técnico-militar', segundo uma matéria da Sputnik, que cita fontes da embaixada russa em Caracas, sem dar mais detalhes
A colaboração militar entre Caracas e Moscou fortaleceu desde o inicio do chavismo, com a compra de equipamentos e armamento militar (foto: Juan BARRETO / AFP )
Dois aviões das Forças Armadas da Rússia aterrisaram no último sábado no aeroporto de Maiquetía, em Caracas, transportando militares e equipamentos, confirmou neste domingo a agência estatal russa Sputnik. A missão chega em "cumprimento" aos "contratos de natureza técnico-militar", segundo uma matéria da Sputnik, que cita fontes da embaixada russa em Caracas, sem dar mais detalhes.
No entanto, essas fontes disseram à agência russa que a chegada da aeronave não tem "nada de misterioso" e ocorre no marco de acordos assinados há vários anos.
Mais cedo, jornalistas da AFP haviam verificado a presença de um avião com bandeira russa no aeroporto, localizado a cerca de 40 minutos de carro da capital venezuelana, segundo as publicações da, com forte custódia de contingentes da Guarda Nacional Militar.
Contactadas pela AFP, as autoridades venezuelanas não emitiram comentários.
Segundo a imprensa local, dois aviões militares russos - um jato e um cargueiro transportaram para a Venezuela cem soldados liderados pelo general Vasily Tonkoshkurov, diretor da alto comando das Forças Armadas do país europeu. Segundo o jornal El Nacional, "35 toneladas de materiais" chegaram junto com a missão militar.
Rússia e China, principais credores da dívida externa da Venezuela (estimada em 150 bilhões de dólares), tem sido dois dos maiores aliados do governo de Nicolás Maduro em meio a uma crescente pressão internacional para que ele abandone o poder.
A colaboração militar entre Caracas e Moscou fortaleceu desde o inicio do chavismo, com a compra de equipamentos e armamento militar.
Em dezembro passado, dois bombardeiros TU160, um avião de carga e outro de passageiros foram enviados pela Rússia para a Venezuela para participar de exercícios de defesa com a Força Armada venezuelana.
Esse colaboração avivou as tensões de Caracas com Estados Unidos e a vizinha Colômbia. O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, criticou os exercícios, acusando Moscou e Caracas de serem "dois governos corruptos desperdiçando fundos públicos e reprimindo a liberdade".
Segurança no Rio de Janeiro terá reforço de 10 mil homens das forças federais, diz Jungmann
Tropas militares fazem blitz no Rio (Foto: Reprodução/Globo)
Mais de 10 mil homens das forças federais vão reforçar a segurança no Rio de Janeiro, afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, em coletiva na tarde desta sexta-feira (28) na capital do estado.
O ministro da Defesa disse ainda que não descarta que as tropas façam
patrulhamento nas ruas. Segundo ele, a inteligência vai dizer se isso é
necessário. O chamado "cardápio de ações", segundo Jungmann, é toda e
qualquer ação que seja necessária para "golpear e tirar a capacidade do
crime organizado".
Jungmann também disse que o decreto permite ações em todo o estado do
Rio – apesar do foco do plano de segurança ser a Região Metropolitana,
eventualmente as operações poderão abranger outras áreas.
Pelo decreto, a operação vai até 31 de dezembro, devido a questões
administrativas, mas Jungmann assegurou que a GLO será mantida até o fim
de 2018. "O decreto fixa o prazo por exigência da lei orçamentária, mas
as ações não serão interrompidas na virada de ano", afirmou o ministro.
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou que está havendo o
"estrangulamento e inibição máxima possível dos operadores dos atos
ilícitos". Torquato acrescentou que a segurança pública é uma
responsabilidade compartilhada entre União, estados e municípios, por
isso a operação.
Tanto Jungmann quanto Torquato Jardim frisaram que a inteligência dará a
base para todas as ações. "As Forças Armadas vão atuar sob demanda,
segundo as informações que forem levantadas pela Secretaria de
Segurança", disse o ministro da Defesa.
O general Mauro Sinott, comandante da operação, afirmou que todas as
estruturas disponíveis para a segurança pública nos três níveis de
governo serão integradas, para obter o máximo de sinergia.
Sinott acrescentou que a Região Metropolitana foi dividida em quatro
áreas – Baixada Fluminense, Niterói/São Gonçalo, Centro/Sul e
Norte/Oeste da capital – nas quais uma unidade das Forças Armadas atuará
em conjunto com o respectivo Comando de Policiamento de Área (CPA),
visando à integração de todas as estruturas para obter máxima eficiência
com economia de recursos.
Um dos pontos de maior concentração de militares foi perto da
comunidade do Chapadão, na Zona Norte. Na Zona Sul, também foram vistos
militares na orla de Leblon até Botafogo.
Segundo Jungmann, em um primeiro momento, a operação integra diversas
forças, espalhadas em uma grande área para fazer um reconhecimento. Após
isso, elas sairão e ficarão disponíveis para a segunda operação, não
necessariamente igual, e outras que ocorrerem em seguida. "Sempre com um
objetivo: golpear o crime organizado e retirar sua capacidade
operacional."
O ministro da Defesa falou também sobre a questão das fronteiras. Ele
diz que acha importante a criação de uma autoridade sul americana de
segurança. "Nós não vamos resolver o problema do crime só no território
brasileiro". Jungmann acrescentou que há duas operações em vigor nas
fronteiras, para combater o tráfico.