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sábado, 24 de fevereiro de 2018

Pessoa com deficiência pode pedir pela internet gratuidade em viagens

TURISMO E CIDADANIA
Atualmente, o Passe Livre beneficia 200 mil brasileiros, mas o potencial é de atender a pelo menos 2,5 milhões de pessoas

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Portal exclusivo na internet para usuários do programa Passe Livre assegura a pessoas com deficiência e de baixa renda o direito de gratuidade no transporte rodoviário interestadual FOTO: REPRODUÇÃO



O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação lançou um portal exclusivo na internet para usuários do programa Passe Livre, que assegura a pessoas com deficiência e de baixa renda o direito de gratuidade no transporte rodoviário interestadual. O cartão que dá acesso ao benefício, em vigor há cinco anos, só podia ser solicitado mediante o envio de formulário e documentação pelos Correios.

Com a nova funcionalidade, que está adaptada aos principais padrões de acessibilidade na rede, atuais beneficiários e pessoas que têm direito à inclusão no programa também terão a possibilidade de fazer a adesão e a renovação online. O andamento dos pedidos poderá ser acompanhado no site. O serviço de inscrição com o envio de formulário pelos Correios será mantido.

O atleta Francisco Fábio, morador de Ceilândia, no Distrito Federal, é usuário do programa há três anos. Cadeirante, ele recebe pensão de um salário mínimo do INSS e costuma viajar três vezes por ano utilizando o Passe Livre. "Na questão financeira, [o benefício] ajuda muito, porque não é toda hora que a gente tem dinheiro suficiente pra comprar passagem. É uma forma de inclusão", afirma.

Em pouco mais de três meses, Francisco vai precisar renovar a validade do cartão no programa, e a possibilidade de fazer tudo pelo computador agradou. "É bem melhor, não precisa ficar saindo de casa pra resolver esse tipo de burocracia. Para quem é cadeirante como eu, facilita muito a vida".
Atualmente, o Passe Livre beneficia 200 mil brasileiros, mas o potencial é de atender a pelo menos 2,5 milhões de pessoas, segundo estimativas do cadastro de Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Ministério da Previdência Social. Têm direito a solicitar a gratuidade portadores de deficiência física, mental, auditiva, visual, múltipla, com ostomia ou doença renal crônica, e cuja renda média da família seja de no máximo um salário mínimo por pessoa. O Ministério dos Transportes diz que emite cerca de 8 mil cartões do programa por mês.

Integrante do Coletivo de Mulheres com Deficiência no Distrito Federal, Agna Cruz, que também é cadeirante, elogiou o portal do programa Passe Livre na internet. "De fato, a navegação é muito fácil e intuitiva". O site traz soluções como leitor de tela para cegos e pessoas com deficiência visual parcial, além de tradutor de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) para deficientes auditivos. O layout também tem linguagem simples, em tópicos e cores para identificar os menus de informação. Usuária do Passe Livre há sete anos, Agna conta que o benefício foi importante para custear seu tratamento médico no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, quando ela ainda morava em sua cidade natal, Porto Seguro (BA). "Durante muitos anos, vinha de ônibus fazer o tratamento para mobilidade na Rede Sarah, em Brasília", explica.

Problemas


Mesmo com a nova funcionalidade, usuários do Passe Livre também reclamam de problemas para conseguir passagem. Por lei, toda empresa de transporte coletivo rodoviário interestadual é obrigada a reservar dois assentos por viagem, em veículo convencional (a exigência não vale para ônibus do tipo leito). Lendomar de Souza, 61 anos, que tem mobilidade reduzida e vive em Samabaia, no DF, afirma que não usa o serviço há vários anos porque simplesmente não consegue o agendamento com as empresas de transporte. "Eles (empresas) alegam que não têm vaga e que é preciso agenda com 15, 20 dias de antecedência. Aí a gente acaba desistindo de usar o cartão e paga a passagem do bolso", lamenta.

Francisco Fábio, morador da Ceilândia, conta já ter tido experiências negativas ao tentar marcar uma passagem. "Em uma viagem para o interior do Ceará, para visitar parentes, a empresa disse que teríamos que solicitar com 15 dias de antecedência. Fomos no guichê da empresa, no terminal rodoviário, na data estipulada e disseram que teria que ser com 45 dias de antecedência, aí acabamos pagando do próprio bolso a passagem", relata. O jovem atleta, que vive com um salário mínimo, acabou tendo que desembolsar R$ 390 para fazer a viagem com a mãe.

Segundo o Ministério dos Transportes, o usuário que se sentir lesado pela empresa deve procurar um posto da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), no próprio terminal rodoviário, ou ligar para o 166. Também é possível acionar diretamente os responsáveis pelo programa Passe Livre no ministério, por e-mail ou pelo telefone (61/3329-9098).

Outro problema enfrentando pelas pessoas com deficiência no transporte interestadual é a falta de acessibilidade nos terminais rodoviários e nos próprios veículos. A principal reclamação é a falta de equipamento adequado, como plataformas elevatórias ou piso baixo para embarque e desembarque. "Eu sou uma mulher cadeirante e sempre que vou viajar preciso ser carregada por algum funcionário da empresa ou motorista. Isso para a mulher é pior, expõe ainda mais nossa vulnerabilidade. A gente acaba tendo que viajar quase sempre acompanhada pelo marido ou pelo filho", reclama Agna Cruz, do Coletivo de Mulheres com Deficiência no DF.

De acordo com a ANTT, as transportadoras de passageiros de serviços interestaduais e internacionais são obrigadas a garantir o embarque ou desembarque de pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, por meio de veículos que tenham piso baixo ou piso alto, com plataformas elevatórias. Elas também precisam dispor de cadeira de transbordo. As especificações são definidas pelo Inmetro e a fiscalização compete à própria agência. Qualquer irregularidade observada pelos passageiros pode ser informada à Ouvidoria da ANTT pelo 166 ou por e-mail.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

segunda-feira, 31 de julho de 2017

EDUCAÇÃO



Como revalidar o Passe 

Livre Estudantil na 

 volta às aulas


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“Na primeira vez que o aluno passa o cartão no validador, o benefício é reativado. Na segunda, é liberada a catraca” Foto: Reprodução
A volta às aulas no Distrito Federal assegura aos alunos o direito de revalidar o Passe Livre Estudantil, suspenso nas férias escolares. A principal orientação do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) é passar o cartão duas vezes no validador.
De acordo com o diretor-geral da autarquia, Léo Cruz, o duplo movimento se justifica exatamente pela suspensão do benefício. “Na primeira vez que o aluno passa o cartão no validador, o benefício é reativado. Na segunda, é liberada a catraca”, explica.
Para garantir a continuidade do benefício, as escolas particulares devem enviar todos os meses, até o quinto dia útil, uma lista com os alunos matriculados. O próximo prazo é 7 de agosto, última data de volta às aulas do meio do ano — são nove escolas mais a Universidade de Brasília.
Como técnicos do DFTrans têm acesso à base de dados da Secretaria de Educação, o procedimento é desnecessário para as escolas públicas.



Cuidados com o cartão do Passe Livre Estudantil

 

O cartão do Passe Livre Estudantil é recarregável, pessoal e intransferível. O governo de Brasília tem atuado para coibir fraudes no sistema. A própria suspensão do benefício nas férias e a biometria facial são exemplos disso.
Para manter um bom estado de conservação, o DFTrans recomenda proteger o cartão dos raios solares, não dobrar, perfurar ou plastificar. A autarquia ressalta também que o estudante não use clipes, pois podem danificar o objeto.
A emissão de segunda via do documento é cobrada. O valor da taxa corresponde a sete vezes o valor da menor tarifa vigente (hoje, fica em R$ 17,50).
Em caso de perda ou roubo, o bloqueio deve ser solicitado pelo site do DFTrans.

Quem tem direito ao Passe Livre Estudantil

A norma que dispõe sobre o Passe Livre Estudantil estabelece o direito à gratuidade para estudantes que moram ou trabalham a mais de 1 quilômetro da instituição em que estão matriculados.
Usam o benefício 195 mil alunos. O governo gasta aproximadamente R$ 22 milhões por mês com o programa. A economia estimada com a suspensão em julho, em virtude das férias escolares, foi algo em torno de R$ 9 milhões.


AGÊNCIA BRASÍLIA