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sábado, 25 de agosto de 2018

Sem vencer há 4 jogos, Corinthians encara Paraná em Itaquera

ESPORTES 

O Corinthians recebe o Paraná neste sábado (25), às 19 horas, no Itaquerão, e sabe que terá de aumentar consideravelmente suas finalizações

O atacante Roger deverá ser titular contra o Paraná

Ag Corinthians
O Corinthians recebe o Paraná neste sábado (25), às 19 horas, no Itaquerão, e sabe que terá de aumentar consideravelmente suas finalizações. No Campeonato Brasileiro, é o time que menos finaliza a gol entre os 20 participantes (ao lado do América-MG), com média inferior a dez conclusões por partida. Por outro lado, é uma das equipes que mais permite ao adversário chutar contra seu gol, à frente apenas do Atlético-PR.
Essa dificuldade de se aproximar da meta adversária e a de deixar os rivais levarem perigo ao gol de Cássio se acentuou nos últimos duelos da competição. Tanto que o Corinthians caiu de rendimento e não sabe o que é vencer no torneio nacional há quatro rodadas. Isso tudo pressiona o técnico Osmar Loss no cargo.
Obviamente, um time que ocupa a oitava posição também tem suas qualidades. Segundo dados do Footstats, o Corinthians é o sétimo time com mais posse de bola no torneio, o quarto em número de passes e o quinto em dribles certos. Isso mostra que a equipe tem um certo domínio nas partidas, faz a bola girar, mas não consegue concluir as jogadas.
Os meio-campistas, responsáveis pela criação das jogadas, sabem disso e garantem que vão melhorar. "O coletivo às vezes não funciona e o individual cai um pouco. Eu me cobro muito depois dos jogos. Posso ter diminuído os dribles que eu gosto, mas ouço as críticas. Sei que tenho de melhorar não só individualmente, como coletivamente. Sei que com todos indo bem meu futebol também vai melhorar", afirmou o meia Pedrinho.
Os números no Brasileirão mostram que o Corinthians deixou de ser a equipe eficiente do início da temporada. Uma das explicações está na saída de peças importantes, como Balbuena, Rodriguinho, Sidcley e Maycon. Só que a classificação para a semifinal da Copa do Brasil e a chance de avançar na Copa Libertadores deixam o ambiente um pouco mais tranquilo.

"O título da Copa do Brasil, a gente está almejando porque tem poucos jogos para chegar lá. Queremos ganhar do Flamengo. O Brasileiro também é importante e um clube como o Corinthians entra para ganhar todos os campeonatos. Precisamos ter a mesma vontade de vencer sempre", comentou Pedrinho.
Ele sabe que a partida contra o Paraná será um importante termômetro para o jogo de quarta-feira contra o Colo-Colo, pela Libertadores, quando o Corinthians precisa reverter em casa a derrota por 1 a 0 no jogo de ida das oitavas de final. Por isso, o meia quer um resultado convincente hoje em Itaquera para melhorar os ânimos no Parque São Jorge.
"É importante a gente buscar um resultado positivo agora para trazer o torcedor na quarta-feira. Contra o Paraná será um jogo para repor a confiança e mostrar nosso valor", disse.
Ele frisou que o presidente Andrés Sanchez cobrou o elenco e aposta numa reação. "Ele é um cara muito claro e falou o que a gente precisava ouvir. O presidente não quer resultados ruins no clube e nos cobrou. O que ele falou todo mundo guardou e vai fazer as coisas acontecerem", garantiu.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS x PARANÁ
Corinthians: Cássio; Fagner, Pedro Henrique, Henrique e Danilo Avelar; Ralf, Douglas, Pedrinho, Jadson e Clayson; Roger. Técnico: Osmar Loss.
Paraná: Richard; Diego Tavares; René, Cleber e Igor; Leandro, Jhonny Lucas, Alex Santana, Caio Henrique e Silvinho; Grampola. Técnico: Claudinei Oliveira.
Juiz: Andre Luiz de Freitas Castro (GO).
Local: Arena Corinthians, em São Paulo.
Horário: 19h.

ESTADÃO CONTEÚDO

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

MEIO AMBIENTE

Porto de Paranaguá recolhe resíduos das áreas de mangue

FOTO: ASCOM PR

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) recolheu, nesta quarta-feira (09), 80 quilos de resíduos das áreas de mangue localizadas no entorno do Porto.
A limpeza dos mangues da baía de Paranaguá integra o Programa de Monitoramento de Manguezais, que ocorre a cada dois meses, e é realizado por colaboradores da Appa e voluntários de empresas terceirizadas. O objetivo da ação, além de recolher o lixo deixado no mangue e destiná-lo adequadamente, é conscientizar a população sobre o cuidado com o meio ambiente.
O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, conta que a limpeza dos manguezais é apenas uma das iniciativas dos Portos do Paraná voltada à conservação do meio ambiente.
“Temos mais de 45 projetos e ações. No entanto, é muito importante conscientizarmos as pessoas sobre o papel das áreas de mangue para a conservação da riqueza biológica dos ecossistemas costeiros”, declarou. “Vale lembrar ainda que estas áreas servem como berçários naturais para espécies características dos ambientes marinhos”, completou Dividino.
BALANÇO - Ao todo, a Appa já promoveu sete campanhas de limpeza de mangue nas áreas do Rocio e Oceania, em Paranaguá, de onde foram retiradas cerca de uma tonelada de lixo.
O diretor de Meio Ambiente da Appa, Bruno da Silveira Guimarães, conta que são retirados dos mangues principalmente sacolas plásticas, garrafas PET e de vidro, fraldas, roupas e bitucas de cigarro.
“Os resíduos recolhidos são predominantemente domésticos, o que demonstra a importância do reforço e da manutenção das ações de educação ambiental”, enfatiza Guimarães.
Segundo ele, o Programa de Monitoramento de Manguezais tem o propósito de garantir a avaliação evolutiva das áreas de mangue pela observação dos processos erosivos, e também promover a sua conservação.


Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:

FONTE: ASCOM GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

sábado, 5 de agosto de 2017

EDUCAÇÃO



Vítimas da corrupção, pais e alunos lamentam desvio de dinheiro para construção de escolas no Paraná


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Operação Quadro Negro: escolas que mal saíram do chão dificultaram a vida de pais e alunos


  
Enquanto a Justiça analisa a responsabilidade e as eventuais punições aos culpados pelo desvios de dinheiro na construção de escolas estaduais no Paraná, pais e alunos lamentam as obras paradas e o descaso com o dinheiro público. Os casos investigados pela Operação Quadro Negro atingem diretamente crianças de várias cidades do estado, que seguem com dificuldade para terem acesso a um dos direitos mais básicos: a educação.

No bairro Jardim Paulista, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, os filhos do vigilante Marcos Antônio Duarte estão sem estudar, porque os mais de R$ 4,5 milhões que foram seriam usados para construir uma escola foram desviados. Segundo ele, as crianças estão sem ir às aulas porque não há vagas em outras escolas próximas.

A escola do bairro deveria abrigar 1,8 mil alunos, mas no local há apenas algumas paredes erguidas, sem teto, nem piso. Tudo está coberto pelo mato e pela sujeira. "Uma tristeza, né? Um espaço grande que nem esse, uma obra parada. Ficamos sabendo do dinheiro que foi desviado", lamenta o vigilante.

Na quarta-feira (2), o Ministério Público apresentou sete novos processos, pedindo R$ 41 milhões às pessoas apontadas como autoras da fraude. Os promotores querem que 18 pessoas sejam condenadas por improbidade administrativa e devolvam os mais de R$ 20 milhões além da multa, que chega ao total do pedido. A fraude, segundo as investigações, serviu para gerar dinheiro de propina e pagamentos de origem ilícita a funcionários públicos. Há também um processo criminal em curso, que está parado.

Sem uma resolução, a aposentada Joana Ferreira seguirá caminhando uma distância bem maior para poder levar os netos Elizeu e Murilo à escola. "Podia subir e ver da minha área, lá em cima [de casa] e ver a hora que sairiam daqui. Eu pensei que agora meus netos poderiam ficar pertinho de casa. Não precisaria levar tão longe", diz.

Tão longe, tão perto

Em outro ponto de Campina Grande do Sul, na zona rural, a escola mais próxima atualmente fica a 25 quilômetros de distância, o que obriga as crianças a acordarem de madrugada para poderem estudar. É preciso pegar um ônibus, que vai pela BR-116 até o local.

Tudo isso porque os R$ 3,3 milhões que o governo do estado repassou à empresa responsável pela construção de uma escola no bairro nunca foram aplicados na obra. No local, há apenas fundações inacabadas, com ferro retorcido e sem perspectiva de entrega.

"Quando começaram a construir ali foi uma alegria para mim e até para a minha mãe. Porque ela não ia precisar levantar cedo para me acordar e não ia precisar ficar se preocupando", conta o jovem André de Souza, de 12 anos de idade.

"Aí, tenho que acordar cedo, tenho que pegar ônibus. Às vezes ainda perco o ônibus, porque acordo atrasada ou saio atrasada", diz a estudante Kauane Lima, de 14 anos.

Clauriane do Nascimento, de 13 anos, afirma que passa por uma rotina ainda pior que a dos colegas. "Ah, para mim, é muito difícil, porque eu tenho que acordar muito cedo, pegar uma van, até chegar aqui [no bairro] e depois mais um ônibus para chegar lá [à escola]. Fico muito triste em saber que ali eu poderia ter um futuro. Chegar ali e ver daquele jeito, a gente perde até as esperanças às vezes", lamenta.


Para a mãe de Clauriane, o sentimento é de revolta. "Eles fazem tantas coisas, fazem estádio de futebol, constroem presídio e o colégio para a educação, nada. Cadê o dinheiro que era para construir o colégio? Não está aí, foi para o ralo. Aí é a população que sofre", reclama.

Fraude por todo o Paraná

O mesmo problema de Campina Grande do Sul é visto em outros cinco municípios do estado. Em todos eles, o governo contratou a Construtora Valor para fazer as obras de construção e reforma. Segundo as investigações, o problema se repetiu em todas as obras, em maior ou menor grau.

A investigação apontou que a fraude consistia na falsificação de relatórios feitos por engenheiros da Secretaria da Educação (Seed). Eles assinavam documentos em que constavam que as obras estavam em andamento, dentro dos respectivos cronogramas. O governo, por sua vez, liberava o dinheiro para a Valor, que na prática não executava as obras no ritmo adequado.

De acordo com os processos, o esquema era comandado por funcionários públicos e também tinha apoio de setores políticos do estado. Até este mês de agosto, ninguém foi condenado pelos supostos desvios.

Outro lado

Em nota, a Secretaria da Educaçao afirma que foi o primeiro órgão a investigar as supostas fraudes e que encaminhou todo o material obtido por uma auditoria interna, em 2015, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado. Ainda de acordo com a pasta, houve o reforço do controle interno e das auditorias.

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) informou que as obras para a conclusão dessas escolas estão em andamento. O órgão passou a ser o responsável pelas obras.

Os advogados da Construtora Valor não foram encontrados para comentar a reportagem.


FONTE: RPC CURITIBA

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

BRASIL

Terras mais valorizadas do estado estão na região de Maringá, aponta pesquisa 

Maringá está situada entre as áreas de solos férteis que vão desde Foz do Iguaçu, passando por todo o oeste até a região norte do estado. (Foto: Agência Estadual de Notícias/Divulgação)

As terras mais valorizadas do Paraná estão na região de Maringá, segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab), divulgado nesta sexta-feira (4).
Conforme a pesquisa, o hectare foi avaliado em até R$ 75,8 mil nos municípios da região, enquanto o valor médio das terras no estado é de R$ 61,8 mil o hectare, considerando as áreas mais planas e de boa fertilidade.
De acordo com o Deral, Maringá está situada entre as áreas de solos férteis que vão desde Foz do Iguaçu, passando por todo o oeste até a região norte do estado, onde as terras são mais planas e permitem o uso intensivo do solo – por isso, mais disputadas e valorizadas no mercado.
Romoaldo Carlos Faccin, chefe regional da Seab em Maringá, explica que o município e outros da região têm terras derivadas do basalto – solo de melhor qualidade para agricultura – e, em geral, são planas. "Além disso, esses municípios têm áreas agricultáveis bem próximas das sedes das cidades", afirma.
Segundo ele, os municípios com solo de melhor qualidade da região são Maringá, Sarandi, Marialva, Floresta, Itambé, Ivatuba, Paiçandu, Doutor Camargo, Ourizona, Mandaguari – com a ressalva de ter partes mais acidentadas –, e as cidades da região do Vale do Ivaí. "Em termos médios, normalmente as terras de basalto valem o dobro do arenito, por exemplo", diz Romoaldo.
A pesquisa levantou também as terras de uso mais restrito, que têm valores médios de R$ 5,3 mil o hectare, geralmente locais de morro. As áreas de menor valor no estado localizam-se no município de Coronel Domingos Soares, no sudoeste do Paraná, onde a média por hectare foi de R$ 1,3 mil.
Avaliação
De acordo com o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, a Seab está disponibilizando um produto, com base em uma nova metodologia, que visa dar um referencial de preços de terras agrícolas no Paraná, e que reflita a realidade. Os estudos duraram cerca de 12 meses e os valores médios foram calculados para que tenham validade institucional e técnica, segundo ele.
“Entretanto, os preços poderão ser alterados nas próximas pesquisas, de acordo com a evolução de vários fatores, como preços de commodities (a principal é a soja), maior ou menor de disponibilidade de áreas para vendas em determinada região, desenvolvimento local, entre outras, considerando ainda que cada propriedade tem suas características e valor específico”, aponta Simioni.
O coordenador da Divisão de Estatística Básica do Deral, Carlos Hugo Godinho, explica que o mercado ainda atrela o valor da terra ao preço da soja, embora esse indicador tenha mais valor para negociação do que para determinar o valor da terra.
O técnico destaca que a metodologia antiga tinha classificações mais genéricas, em torno de áreas mecanizáveis ou não, e o resultado da pesquisa nem sempre refletia a realidade do mercado.
Nova metodologia
Como o Deral introduziu neste ano nova metodologia para avaliação das terras no Paraná, não há base de comparação com anos anteriores, explica Godinho. Segundo ele, de uma forma geral os valores estão semelhantes aos do ano passado porque o preço da soja caiu.
Para Godinho, o produtor não reduz o preço da terra porque o da soja caiu no mercado. “Ele acrescenta um número maior de sacas de soja ao valor da terra. E isso acontece principalmente porque o produtor está capitalizado, nesse momento, depois de quatro anos seguidos de boas safras”, indica.
A nova metodologia é mais detalhada que as anteriores, e tem como novidade a introdução da classificação de terras no sistema de capacidade de uso publicado pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS).
Essa classificação vai desde a classe 1, que são as terras cultiváveis, aparentemente sem problemas de conservação de solos, com amplo aproveitamento econômico, até as áreas mais restritas ocupadas com vegetação natural, impróprias para culturas.






G1 PR








quinta-feira, 3 de agosto de 2017

AGRONEGÓCIO

Paraná vai colher 40 milhões de toneladas de grãos


Paraná vai colher 40 milhões de toneladas de grãos
Em nova reavaliação de safra, a Secretaria da Agricultura e Abastecimento estima que a safra agrícola 2016/17 poderá superar 40 milhões de toneladas, entre as três safras plantadas no Paraná.

O relatório do Departamento de Economia Rural (Deral), que acompanha mensalmente a evolução das lavouras, já registrou as perdas iniciais na safra de trigo, devido à geada recente, seca durante a evolução da cultura e, ainda, menor área de plantio.
De acordo com o secretário Norberto Ortigara, ainda há riscos pela frente. “Estamos praticamente na metade do inverno, sendo assim, poderão ocorrer novas perdas para os cereais de inverno como aveia, cevada, centeio, trigo e triticale”, explicou. Para o trigo, principal cereal de inverno no Paraná, as geadas ocorridas no mês de junho não causaram prejuízos às lavouras. Já as de julho causaram alguns danos que começam a ser contabilizados. “Podemos considerar essa situação como normal no período de inverno”, observou Ortigara. É importante ressaltar que as grandes lavouras já escaparam do período mais vulnerável. No entanto, o alerta permanece para o trigo e outros grãos de inverno, cujas plantas estão suscetíveis às quedas drásticas de temperaturas que poderão ocorrer até o fim da estação. “Mesmo assim, o Paraná mais uma vez colhe uma grande safra”, comemora o secretário.
SAFRA DE VERÃO
Para o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, a safra de grãos de verão foi encerrada no Paraná, consolidando-se com um volume de 25 milhões de toneladas, um aumento de 24% sobre a safra do ano passado. A segunda safra de grãos, em andamento, está com expectativa de aumento de 30% sobre o mesmo período do ano passado, devendo atingir 14 milhões de toneladas puxada pelo milho segunda safra. “Nossas atenções estão concentradas na cevada e no trigo, que representam cerca de 81,5% da área cultivada no inverno e 88,3% da produção esperada. Até agora estamos bem, mesmo convivendo com frentes frias no final de abril, nos primeiros dez dias de junho e na segunda quinzena de julho com ocorrências de geadas”, explica Simioni.
Apesar do frio, chuva e agora seca, esse ano os produtores têm driblado as variações abruptas do clima. “De maneira geral, as estimativas feitas pelo Deral continuam apontando que o Paraná vem de uma sequência de boas safras, beneficiado pelo clima, como ocorreu nas demais regiões produtoras de grãos do mundo na safra 2016/2017”, observou Simioni.
TRIGO
O trigo plantado no Paraná já registra perdas de 6% na produção devido às geadas recentes e período de seca que atingiu as lavouras do Oeste e Centro do Estado. Fora isso, houve redução de área ocupada pela cultura, que este ano foi 13% menor. A expectativa inicial do Deral era colher três milhões de toneladas de trigo e agora foi reavaliada para 2,8 milhões de toneladas, uma perda de 200 mil toneladas do grão.
O engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho, prevê novas perdas com a previsão com a ocorrência de, pelo menos, mais duas geadas até o final do inverno, conforme estão prevendo os especialistas em clima. Além disso, essas perdas serão melhores dimensionadas à medida que as plantas crescem e revelam com mais intensidade os danos ocorridos. Segundo Godinho, 56% da área plantada (955.835 hectares) ainda está exposta a risco de geadas.
O mercado esboçou uma reação tímida a esse cenário e o produtor ainda está com o produto cotado abaixo do custo de produção. O preço de venda está estimado em R$ 36 a saca, enquanto o custo foi de R$ 38 a saca para o produtor plantar. A preocupação é que o período ainda é de entressafra e quando for de colheita, a tendência é de caírem os preços pagos ao produtor.
MILHO
Com metade da segunda safra de milho já colhida, é possível prever um grande volume do grão este ano no Estado. As duas safras devem totalizar 18,5 milhões de toneladas, cerca de cinco milhões acima da colheita obtida no ano passado. A primeira safra, já encerrada, rendeu 4,9 milhões de toneladas, um aumento de 47% sobre igual período no ano passado. A segunda safra, com a colheita em curso, deverá atingir 13,7 milhões de toneladas, um aumento de 35% sobre o mesmo período do ano passado. Apesar de um bom volume, a segunda safra de milho apresenta uma perda de 3% em relação ao potencial produtivo estimado pelo Deral, que apontava para uma colheita de 14,2 milhões de toneladas.
De acordo com o analista e administrador Edmar Gervásio, a primeira safra de milho do Paraná contribuiu com 47% a mais no volume e 24% a mais na área plantada. A segunda safra contribuiu com 35% a mais no volume e 10% na área plantada.
A produção de milho paranaense atende ao mercado interno no suprimento das cadeias produtivas de suínos e aves. Mas, este ano, a tendência é aumentar o ritmo de exportações que podem atingir entre três e quatro milhões de toneladas, ressaltou Gervásio.
Com maior oferta, os preços pagos aos produtores caíram de R$ 30 a saca, há um ano, para cerca de R$ 18 a saca, atualmente – uma queda de 48%. De acordo com o técnico, os preços retornaram próximos à média histórica, de R$ 20 a saca, devido ao excesso de oferta do grão.
FEIJÃO
A segunda safra de feijão já está totalmente colhida e atingiu um volume de 339 mil toneladas, 14% maior que a produção obtida no mesmo período do ano passado. Apesar disso, as lavouras apresentavam um potencial produtivo estimado pelo Deral, de 455 mil toneladas. Segundo o economista Methódio Groxco, houve uma perda de 25% sobre o potencial produtivo em decorrência das primeiras geadas que atingiram as lavouras de feijão no Sudoeste do Estado, no mês de abril. Além disso, ocorreram chuvas em excesso entre os meses de maio e junho que também prejudicaram as lavouras.
Segundo Groxco, a comercialização do feijão este ano está mais lenta porque o mercado está com muita oferta, com grandes volumes do grão vindos de outros estados e também da Argentina. Além disso, no período de férias reduz-se o consumo de feijão, o que vem provocando queda nos preços pagos ao produtor. No mês de julho, o feijão de cor está com queda de 42% e o feijão preto, com 70% de redução.
SOJA
A safra de soja se consolidou com um volume de 19,6 milhões de toneladas, 19% a mais que no ano passado. A comercialização está mais lenta que no ano anterior por causa da queda nos preços. Segundo o economista Marcelo Garrido, em 2016, nesse mesmo período, o produtor vendeu a soja por R$ 75 a saca. Este ano, está cotada a R$ 60 a saca, uma redução de 20% devido ao excesso de oferta no mercado e também por causa do câmbio, que não está muito atraente. Diante disso, o produtor está retendo o produto o quanto pode, explica Garrido. AENPR

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