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quinta-feira, 11 de abril de 2019

Bolsonaro cumprimenta primeiro-ministro de Israel por reeleição

POLÍTICA
Vitória de Benjamin Netanyahu o coloca como um recordista no cargo, que ocupa pela quinta vez.
Netanyahu conquistou 26,72% dos votos na eleição

Netanyahu conquistou 26,72% dos votos na eleição

Debbie Hill / Pool via EFE - 31.3.2019
presidente Jair Bolsonaro parabenizou nesta quinta-feira (11) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por sua vitória na reeleição ao cargo. “Bibi é um grande líder e seguiremos trabalhando juntos pela prosperidade e pela paz dos nossos povos, com base em nossos valores e convicções profundas”, escreveu Bolsonaro em sua conta no Twitter.
Netanyahu conquistou 26,27% dos pouco mais de 4 milhões de votos nas eleições realizadas na última terça-feira (9) no país. Em segundo lugar ficou o general Benny Gantz, ex-ministro da Defesa, que conquistou 25,95%.
A vitória de Netanyahu o coloca como um recordista no cargo, que ocupa pela quinta vez. Nos últimos dias da campanha, Netanyahu se comprometeu a anexar partes da Faixa de Gaza ocupada. A iniciativa encerra a perspectiva de paz com os palestinos.
Além do primeiro-ministro, os eleitores foram às urnas para escolher os parlamentares do Knesset (Parlamento), que tem 120 lugares.

Agência Brasil

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Netanyahu ameaça retaliar Irã se atacar partindo da Síria

MUNDO

MSC Munich Security Conference/AFP / Lennart PREISSPremiê israelense, Benjamin Netanyahu, mostra o que seria um fragmento de drone iraniano procedente da Síria, em pronunciamento na Conferência de Segurança em Munique, na Alemanha, em 18 de fevereiro de 2018
De forma bastante teatral, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou os "tiranos de Teerã", neste domingo (18), com violentas represálias, caso este governo use a Síria como plataforma de agressão, uma semana depois da primeira confrontação aberta entre ambos os países.
"Não ponham a determinação de Israel à prova!", advertiu Netanyahu na Conferência sobre Segurança que acontece em Munique, na Alemanha, dirigindo-se ao ministro iraniano das Relações Exteriores, Javad Zarif.
"Aqui tem um pedaço de drone iraniano! Senhor Zarif, você o reconhece? Tinha de reconhecer, é seu!", insistiu, diante do chanceler iraniano, exibindo o que seria - segundo ele - um fragmento de "drone" procedente da Síria e abatido na semana passada, quando sobrevoava o território israelense.
Após a intervenção de Netanyahu, ao tomar a palavra diante do mesmo auditório, Zarif respondeu.
"Vocês foram espectadores de um circo caricato esta manhã, que não merece nem a dignidade de uma resposta", afirmou, acusando Israel de "uma política de agressão, de represálias em massa contra seus vizinhos" e "de incursões diárias na Síria (...) e de bombardear diariamente, de maneira rotineira, a Síria".
O premiê está acostumado com esse tipo de pronunciamento. Em 2012, na tribuna da ONU, seu discurso foi marcado pela apresentação de um desenho simplista de uma bomba prestes a explodir para denunciar o programa nuclear iraniano.
Israel afirma ter abatido o aparelho sem piloto quando sobrevoava seu território. Em represália, a Força Aérea destruiu a base na Síria, de onde, supostamente, o "drone" teria decolado". Durante a operação, porém, um F-16 israelense foi atingido, algo que não acontecia desde 1982, deflagrando ataques aéreos contra alvos sírios e iranianos na Síria.
A primeira confrontação declarada entre Israel e Irã em território sírio deixa entrever uma escalada do conflito, ainda que, até o momento, ambos os lados tenham-se mostrado dispostos a evitar uma guerra aberta.
Diante da escalada verbal, o representante parlamentar russo Alexei Pushkov questionou, depois da intervenção de Netanyahu: "Bombardeiam o Irã e, depois, fazem o quê? O que acontece depois?".
"A questão iraniana precisa ser tratada com responsabilidade", frisou.
- 'Semelhanças com nazistas' -
O primeiro-ministro aproveitou o espaço para acusar o Irã, mais uma vez, de continuar desenvolvendo armamento nuclear, apesar do acordo internacional que pôs fim ao programa.
Ameaçando forças pró-iranianas, como o Hezbollah, no Líbano, Netanyahu alertou que "Israel não deixará que o regime do Irã ponha um corda de terrorismo no nosso pescoço" e garantiu que, "em pouco mais de uma década", Teerã terá arma atômica.
Durante seu discurso, o primeiro-ministro israelense fez um paralelismo entre o acordo nuclear iraniano negociado com as grandes potências e o de Munique, de 1938, firmado para acalmar Adolf Hitler.
"Um acordo destinado a tranquilizar, como há 80 anos, apenas fez o regime ficar mais determinado e que a guerra fosse mais provável", insistiu.
"Quando (o Irã) estiver equipado com armas nucleares, a agressão iraniana será incontrolável e se dirigirá contra todo mundo", afirmou Netanyahu.
Na sequência, o ministro libanês da Defesa, Yacub Riad Sarraf, prometeu que "nós nos defenderemos, também temos pessoas prontas a morrer por seu país".
"O Irã busca dominar o mundo mediante a agressão e o terrorismo. Desenvolve mísseis balísticos para alcançar a Europa e os Estados Unidos", acusou ele, reforçando: "é, no meu entender, a maior ameaça existente para o mundo".
Um dos artífices do acordo em xeque, o ex-secretário de Estado americano John Kerry disse, por sua vez, que considerar que Teerã está perto de ter capacidade nuclear militar é "fundamentalmente incorreto".
- De Mistura pede moderação -
A entrada de Israel na Síria pode ter um impacto catastrófico, levando-se em conta que Estados Unidos, Turquia, Rússia e Irã já estão envolvidos no conflito, com objetivos opostos, e que, no terreno, enfrentam-se as forças pró-governo, extremistas, oposição armada e milícias curdas.
"Nunca, em quatro anos, vimos grandes países se comprometerem militarmente, diretamente, dentro da Síria. Isso causa incidentes e é preocupante", declarou o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.
"Esperamos que esses países continuem se mostrando responsáveis, já que, caso contrário, a situação pode escapar de qualquer controle", alertou.

FONTE: AFP