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sexta-feira, 6 de julho de 2018

Ministério da Saúde autoriza 1º hospital da BA a realizar 'processo transexualizador' pelo SUS

SAÚDE
Decisão foi publicada na edição desta sexta-feira (6) do Diário Oficial da União (DOU). Habilitação do Hospital Universitário Professor Edgard Santos era analisada desde 2016.

Hospital Universitário Professor Edgard Santos foi autorizado a realizar 'processo transexualizador' pelo SUS. (Foto: Alan Oliveira/ G1)
O Ministério da Saúde habilitou o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), ligado à Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, a realizar o chamado "processo transexualizador" via Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria, assinada pelo ministro da saúde, Gilberto Occhi, foi publicada na edição desta sexta-feira (6) do Diário Oficial da União (DOU).
A habilitação estava sendo analisada pelo órgão desde 2016. A unidade passa a ser a primeira do estado a realizar o procedimento e receberá repasses mensais para manutenção.
Com o aval do Ministério, o hospital passa a oferecer, no Ambulatório Transexualizador, de atendimento psicoterapêutico até a hormonioterapia, que deve ser realizada para o resto da vida.
A unidade de saúde informou que, no entanto, faltam alguns ajustes para a inauguração do Ambulatório e o início do atendimento. A data de abertua do espaço ainda está indefinida.
A unidade de saúde também pediu habilitação para realizar cirurgias de mudança de sexo, mas essa liberação ainda não foi feita pelo Ministério -- na decisão publicada nesta sexta, o órgão só concede a habilitação ambulatorial.
Decisão foi publicada na edição desta sexta-feira (6) do Diário Oficial da União (Foto: Reprodução)Decisão foi publicada na edição desta sexta-feira (6) do Diário Oficial da União (Foto: Reprodução)Decisão foi publicada na edição desta sexta-feira (6) do Diário Oficial da União (Foto: Reprodução)

Processo transexualizador

O processo transexualizador pode ser definido como um conjunto de estratégias assistenciais para transexuais que pretendem realizar modificações corporais do sexo, que inclui a cirurgia de mudança de sexo, em função de um sentimento de desacordo entre seu sexo biológico e seu gênero.O processo transexualizador já é realizado por meio do SUS desde a publicação da portaria nº 457, de agosto de 2008, pelo Ministério da Saúde. O texto estabelece idade mínima de 18 anos para procedimentos que incluem acompanhamento multiprofissional e hormonioterapia. Já para intervenções cirúrgicas, a idade mínima é de 21 anos. Também é definido que, para realização do processo transexualizador, são necessários pelo menos dois anos de acompanhamento terapêutico.Todos as unidades com o aval para realizar o procedimento devem oferecer serviços de atenção especializada com médicos das áreas de endocrinologia, ginecologia, urologia, obstetrícia, cirurgia plástica, psicologia e psiquiatria, além de enfermagem e assistência social.


G1 BA

sábado, 5 de agosto de 2017

MEIO AMBIENTE

Falta de dinheiro agravou desmate, afirma Sarney Filho
Mata derrubada para formação de pasto em Novo Progresso (PA)
Mata derrubada para formação de pasto em Novo Progresso (PA)  FOTO:Divulgação/Ibama

Em aviso enviado ao Ministério do Planejamento no último dia 31, ao qual a Folha teve acesso, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV-MA), reconhece que a falta de dinheiro para ações da fiscalização ambiental federal agravou o desmate na Amazônia no período 2015-2016.O ministro admitiu que o desmatamento teve "um aumento significativo" no biênio e solicitou mais recursos para 2018. No ofício direcionado ao ministro Dyogo Oliveira, Sarney Filho pediu um aumento de R$ 104 milhões na previsão orçamentária de 2018 do Ibama, tendo em vista a "limitação nas atividades", notadamente no combate ao desmatamento.O valor solicitado representa 39% do total previsto para o Ibama em 2018 (R$ 266 milhões).

"No período de 2015 e 2016, o desmatamento no Brasil apresentou aumento significativo, agravado principalmente pela impossibilidade de envio de equipes de fiscalização às áreas afetadas, visando à contenção dos ilícitos ambientais. É importante destacar que a estratégia de fiscalização do desmatamento da Amazônia depende significativamente da presença física dos fiscais", diz o ofício.Para as ações de fiscalização contra o desmatamento, o ministro pediu mais R$ 64,2 milhões. Isso representa quase o dobro do que está previsto na proposta para 2018 (R$ 66,8 milhões).Segundo o aviso de Sarney Filho, as reduções orçamentárias e de poder de ação das equipes de fiscalização tiveram impacto sobre os compromissos internacionais de redução do desmatamento e do controle das emissões de gases do efeito estufa.A falta de dinheiro, segundo o ministro, também atingiu os 24 Cetas (Centros de Triagem de Animais Silvestres) do Ibama, que atendem cerca de 50 mil animais por ano. Para esses centros, foram pedidos mais R$ 6 milhões –estão previstos R$ 4,3 milhões.Sarney Filho também advertiu o colega do Planejamento que "é muito temeroso" manter o atual contingente do programa de prevenção e combate a incêndios.Em nota, o Ministério do Planejamento informou que o pedido de Sarney Filho" ainda está em análise" e que existem demandas semelhantes de outras pastas que estão sendo "analisadas tendo em vista a atual restrição orçamentária e diante das obrigações existentes por conta do novo regime fiscal".À Folha, o Ministério do Meio Ambiente afirmou que "observando os dados relativos à execução orçamentária do Ibama e do ICMBio de 2012 a 2016 e ao desmatamento no mesmo período, constata-se uma relação inversa. Quanto maior foi a execução, menor foi o desmatamento". 

FOLHA DE S. PAULO