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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

ECONOMIA



EUA e Brasil se envolve em guerra 

comercial de biocombustíveis

Resultado de imagem para BIOCOMBUSTÍVEIS
Foto: Reprodução

Uma guerra comercial eclodiu no mercado mundial de biocombustíveis e poderia causar repercussões nos mercados de commodities, do petróleo ao óleo de soja. A última salva veio do Brasil na quarta-feira (23), quando o país decidiu instituir um imposto de 20% sobre as importações de etanol que excederem um limite anual de 600 milhões de litros, de acordo com dois membros do gabinete que pediram anonimato antes que a decisão se torne pública.A medida ocorreu um dia depois que o Departamento de Comércio dos EUA propôs multas aos produtores de biodiesel da Indonésia e da Argentina, afirmando que eles se beneficiam de subsídios nacionais.

Os tiros estão sendo disparados em meio ao crescente protecionismo do presidente dos EUA, Donald Trump. A ação do Departamento de Comércio dos EUA sobre o biodiesel argentino e indonésio pode ter dado cobertura ao Brasil para agir em relação ao etanol dos EUA, disse Jerrod Kitt, analista da Linn Associates em Chicago.

Embora os EUA estejam agindo na tentativa de beneficiar sua própria indústria, os produtores americanos podem acabar sendo vítimas, porque mandam uma parte significativa de seu produto ao exterior, inclusive para o Brasil, seu principal cliente. A China já instituiu impostos ao etanol e a um subproduto para ração animal produzidos nos EUA no início deste ano.

"A situação pode ficar feia", disse Scott Irwin, economista agrícola da Universidade de Illinois em Urbana, em entrevista por telefone. "Todo mundo intervém intensamente nos biocombustíveis."Mercados agrícolasAs tensões crescentes poderiam repercutir nos mercados agrícolas que sustentam os biocombustíveis. Os EUA são o maior produtor mundial de milho e soja, as principais matérias-primas para o etanol e o biodiesel. O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar, que utiliza na produção de etanol. A Argentina é o principal exportador de óleo de soja.A decisão do Brasil de cobrar imposto às importações de etanol provavelmente afetará os produtores dos EUA, que venderam 965 milhões de litros para o país sul-americano neste ano até maio, de acordo com dados da Administração de Informações de Energia dos EUA. Isso equivale a 42 por cento do total exportado.A Associação de Combustíveis Renováveis, a Growth Energy e o Conselho de Grãos dos EUA, grupos do setor com sede em Washington, expressaram decepção com a medida brasileira em um comunicado conjunto divulgado na quarta-feira.'A política prevaleceu'"Considerando o enorme volume de informações que fornecemos ao Brasil para demonstrar que um imposto seria equivocado, parece que hoje a política prevaleceu e os consumidores brasileiros saíram perdendo", afirmaram os grupos.As tensões poderiam aumentar ainda mais. Trump analisou diversas vezes os pactos comerciais. Em um discurso na terça-feira em Phoenix, o presidente disse que acha que os EUA vão sair do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês). 

A indústria de biocombustíveis dos EUA está fortemente concentrada no Centro-Oeste, região que, segundo Trump, lhe deu impulso para chegar à Casa Branca."Se este fosse um governo normal, que não se concentrasse" tanto no comércio, isso não seria tão impactante, disse Kitt, da Linn Associates. "Suponho que ele poderia agir para favorecer essa base."


UOL(Com a colaboração de Fabiana Batista e Rachel Gamarski)

domingo, 13 de agosto de 2017

MUNDO

Guerra seria desastrosa para as duas Coreias e o Japão, dizem especialistas



Imagem divulgada pelo governo da Coreia do Norte de lançamento de míssil Hwasong-12 - AP


PEQUIM — Ninguém ousa se comprometer com previsões certeiras para o futuro da Península Coreana. Otimismo em excesso, ou não, especialistas consideram pouco provável um conflito. Este parece ser o consenso até agora. O motivo é que uma intervenção militar teria consequências desastrosas — sobretudo para as duas Coreias e o Japão. Fala-se em um potencial de mortes de dezenas de milhares, em uma batalha convencional de poucos dias, a dezenas milhões de mortos, no cenário mais sombrio, o de uma guerra nuclear. Neste caso, o mundo poderia estar diante do maior número de vítimas desde a Segunda Guerra Mundial.
O último teste de míssil balístico de longo alcance, o chamado ICBM, realizado por Pyongyang, tratou de jogar mais lenha na fogueira diplomática. Mostrou que as bombas do regime de Kim Jong-un têm finalmente capacidade de atingir os Estados Unidos. Tudo o que os americanos queriam evitar. Se a leitura geral é a de que as provocações cada vez mais ostensivas não passam de um jogo de palavras, o temor é que, diante de um erro de interpretação ou de cálculo, se transformem na centelha necessária para uma nova guerra.
Analistas ouvidos pelo GLOBO nos quatro países que seriam mais afetados por um conflito classificam as consequências como dramáticas.
— A via militar é muito arriscada para os Estados Unidos. Mesmo com seus armamentos e serviço de Inteligência avançados, não teriam como destruir o arsenal norte-coreano, nem conter as chances de uma retaliação nuclear — avalia Tong Zhao, especialista em Península Coreana do Centro Carnegie-Tsinghua para Política Global em Pequim.

RÁPIDO CONTRA-ATAQUE
Baseado na Coreia do Sul, Robert Kelly, professor do Departamento de Ciência Política e Diplomacia da Universidade Nacional de Busan, vê pouca chance de um ataque americano. “É muito ruim que a Coreia do Norte tenha esses armamentos, mas podemos nos adaptar, como fizemos com o arsenal nuclear de outros países”, diz em referência a Rússia, China e Paquistão.

— É improvável que os Estados Unidos ataquem e menos ainda que a Coreia do Norte o faça primeiro. Mas improvável não significa 0% — completa Robert Dujarric, do Instituto de Estudos Asiáticos Contemporâneos da Universidade Temple, em Tóquio.
Com 25 milhões de habitantes, a Coreia do Norte é o país com quarto maior exército em números absolutos, com um contingente de 1,1 milhão a 1,2 milhão de pessoas. Parte de seu arsenal está escondida em túneis profundos para deixá-la longe dos olhos inimigos. Isso aumenta as chances de um rápido contra-ataque, caso o país seja atingido pelos EUA. Especula-se que agiria depressa até mesmo pela sua capacidade restrita de suprir o imenso exército com alimentos e armas.
RÁPIDO CONTRA-ATAQUE
Baseado na Coreia do Sul, Robert Kelly, professor do Departamento de Ciência Política e Diplomacia da Universidade Nacional de Busan, vê pouca chance de um ataque americano. “É muito ruim que a Coreia do Norte tenha esses armamentos, mas podemos nos adaptar, como fizemos com o arsenal nuclear de outros países”, diz em referência a Rússia, China e Paquistão.
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Com 25 milhões de habitantes, a Coreia do Norte é o país com quarto maior exército em números absolutos, com um contingente de 1,1 milhão a 1,2 milhão de pessoas. Parte de seu arsenal está escondida em túneis profundos para deixá-la longe dos olhos inimigos. Isso aumenta as chances de um rápido contra-ataque, caso o país seja atingido pelos EUA. Especula-se que agiria depressa até mesmo pela sua capacidade restrita de suprir o imenso exército com alimentos e armas.


O Globo



segunda-feira, 7 de agosto de 2017

MUNDO



Hiroshima lembra 72 anos da bomba, com apelo ao desarmamento nuclear

Homem reza por vítimas da bomba de Hiroshima durante cerimônia de homenagem no Japão (Foto: Kyodo/via REUTERS )



A cidade japonesa de Hiroshima lembrou neste domingo (6) o 72º aniversário do lançamento da bomba atômica que matou centenas de milhares de pessoas ao final da Segunda Guerra Mundial, com uma cerimônia na qual se apelou ao desarmamento nuclear global.


O ato aconteceu no Parque da Paz desta cidade do oeste do Japão, situado perto do ponto central da devastadora explosão nuclear, e começou com um minuto de silêncio às 8h15 (horário local, 20h15 de sábado em Brasília).

Essa foi a hora exata na qual o B-29 Enola Gay da Força Aérea dos Estados Unidos lançou no dia 6 agosto de 1945 o Little Boy, nome com o qual o primeiro artefato nuclear da história foi batizado.
Após o minuto de silêncio, o prefeito da cidade, Kazumi Matsui, pediu a todos os líderes mundiais que apoiem o tratado adotado por 122 membros das Nações Unidas no começo do mês para proibir as armas nucleares, o primeiro deste tipo a nível global.

"É o momento que todos os governos devem lutar para avançar rumo a um mundo livre de armas nucleares", afirmou Matsui, pedindo em particular ao Governo de Japão "que manifeste o pacifismo estabelecido pela sua Constituição e faça todo o possível por facilitar a adoção global do pacto".
Tal acordo foi aprovado por quase dois terços dos países membros da ONU, ainda que tenham se mantido à margem todas as potências atômicas e muitos dos seus aliados, Japão entre eles, o que representa uma dúvida para o sucesso da iniciativa.

 Agencia EFE