Abdelmassih tem alta de hospital em SP e volta para prisão domiciliar
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O ex-médico Roger Abdelmassih no hospital Albert Einstein (Foto: Arquivo pessoal/Antonio Celso Fraga)
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O ex-médico Roger Abdelmassih, de 73 anos, teve alta do Hospital
Albert Einstein, no Morumbi, zona Sul de São Paulo, às 12h18 desta
terça-feira (15), informou o hospital. Ele estava internado desde o
dia 7 de agosto. O médico seguirá para prisão domiciliar, conforme
decisão da Justiça que aceitou o recurso da defesa do médico.
Abdelmassih é condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de
suas pacientes. Ele cumpre prisão domicilar em um apartamento em
Pinheiros, na Zona Oeste da cidade, desde o começo de julho. A
transferência para o hospital havia sido autorizada pela juíza
Wania Regina Gonçalves da Cunha, da Vara de Execuções Cirminais de
Taubaté, no Vale do Paraíba.
Quando deu entrada no hospital, o advogado do ex-médico, Antonio
Celso Fraga, disse que exames constataram uma superbactéria no
organismo de seu cliente. "Avisamos [a Justiça] que ele fez os
exames laboratoriais na última semana. Ficou constatada uma
superbactéria que só admite tratamento com antibiótico e não pode
ser feito em casa, e os médicos recomendaram a internação",
afirmou o advogado.
No domingo (13), Justiça de São Paulo aceitou o pedido de habeas
corpus da defesa de Roger Abdelmassih contra a decisão da Justiça
de tirar do ex-médico o direito à prisão domiciliar assim que ele
saísse do hospital.
O documento assinado pelo desembargador Ronaldo Sério Moreira da
Silva determina "o restabelecimento da prisão domiciliar do
paciente Roger Abdelmassih, mediante o compromisso de cumprir
rigorosamente" as condições estabelecidas de não sair de sua
casa - exceto para tratamento médico e hospitalar - e não sair da
cidade e país.
A determinação deste domingo indica ainda que a decisão que
suspendeu a prisão domiciliar aconteceu "em virtude da
ineficiência do Estado de São Paulo em promover mecanismos de
monitoramento por tornozeleira eletrônica" e que poderá
"resultar em óbito". Neste mês, o governo de São Paulo
rescindiu o contrato com a empresa responsável pelo monitoramento de
até 7 mil presos por meio das tornozeleira eletrônica.