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Saída do premiê ocorre um dia após Macron anunciar novo gabinete; ativos franceses abrem em forte baixa e euro recua globalmente
O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, renunciou nesta segunda-feira (6), um dia depois de o presidente Emmanuel Macron anunciar um novo gabinete. A decisão aprofunda a crise política no país e provocou uma onda de vendas de ativos franceses.
Lecornu deixou o cargo menos de 24 horas após Macron divulgar uma equipe que manteve a maior parte dos principais ministros dos gabinetes anteriores. A escolha irritou partidos de oposição que esperavam mudanças. Em um movimento inesperado, o ministro do Interior reconduzido, Bruno Retailleau — líder dos republicanos de centro-direita — também criticou a lista de ministros, afirmando que o governo não conseguiu “romper com o passado”.
Os títulos públicos franceses recuaram diante da perspectiva de maior instabilidade política. O rendimento dos papéis de 10 anos subiu nove pontos-base, para 3,6%. O prêmio de risco da dívida francesa em relação aos títulos alemães — indicador importante da percepção fiscal — chegou a mais de 89 pontos-base, o maior nível desde o fim de 2024.
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