BRASIL
Após a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) proibir que fossem vendidos ou servidos na COP 30, em Belém, pratos típicos como tacacá, maniçoba, açaí e tucupi, alegando risco de contaminação, o Ministério do Turismo agiu rápido e conseguiu reverter a decisão.
Uma errata no edital de seleção de operadores de restaurantes e quiosques foi publicada, autorizando a presença da culinária paraense no evento.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, liderou a articulação com chefs e representantes da gastronomia local para garantir que a identidade cultural do Pará não fosse excluída da conferência.
O Pará, afinal, tem prestígio internacional: Belém é reconhecida pela Unesco como Cidade Criativa da Gastronomia e, neste ano, entrou na lista da Lonely Planet como uma das dez melhores cidades do mundo para comer, sendo a única brasileira a conquistar a posição.
A OEI justificou que o novo texto do edital busca valorizar a produção local e sustentável. A prioridade na escolha de fornecedores será dada a cooperativas, associações, comunidades tradicionais, agricultores familiares e grupos solidários.
A regra também prevê que pelo menos 30% dos insumos venham da agricultura familiar, com incentivo para ultrapassar esse percentual.
Mesmo com a liberação dos pratos, a definição do cardápio final será responsabilidade da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), respeitando critérios de vigilância sanitária e diversidade alimentar.
Isso significa que ajustes poderão ser feitos, mas apenas dentro dos espaços da conferência, sem afetar a gastronomia oferecida na cidade.
Uma audiência pública marcada para 19 de agosto vai ouvir os candidatos a operar os serviços de alimentação da COP 30.
Segundo a OEI e a Secretaria Extraordinária para a COP, a meta é construir diretrizes inclusivas e dar protagonismo à cultura e à riqueza culinária do Pará, reforçando o papel da Amazônia como vitrine de biodiversidade e sustentabilidade.
Fonte: Real Time 1
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