quarta-feira, 29 de maio de 2019

Novo diretor de Vigilância Ambiental do DF foi condenado pelo TCU

DF
Rômulo Henrique da Cruz foi responsável por autorizar licitação ilegal em 2011. Saúde diz que gestor é servidor de carreira e que teve as contas aprovadas pelo tribunal.
Por Gabriel Luiz e Afonso Ferreira, TV Globo e G1 DF

O novo diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Rômulo Henrique da Cruz  — Foto: TV Globo/ReproduçãoO novo diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Rômulo Henrique da Cruz  — Foto: TV Globo/ReproduçãoO novo diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Rômulo Henrique da Cruz — Foto: TV Globo/Reprodução
O novo diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Rômulo Henrique da Cruz, foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2011, quando o gestor trabalhava na Fundação Nacional da Saúde, no Amazonas.
Rômulo Cruz foi responsável por autorizar uma licitação que, segundo o TCU, estava repleta de "vícios" para beneficiar a empresa vencedora. O contrato era destinado a serviços de limpeza do órgão e acabou não sendo assinado por intervenção do tribunal.
As investigações apontam que a empresa selecionada deveria ter sido eliminada por ter enviado a proposta fora do prazo estipulado no edital e, também, por ter dívidas com o governo federal.
Fachada da Vigilância Ambiental do Distrito Federal — Foto: TV Globo/ReproduçãoFachada da Vigilância Ambiental do Distrito Federal — Foto: TV Globo/ReproduçãoFachada da Vigilância Ambiental do Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução
Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou que Rômulo Cruz é servidor de carreira e que teve as contas aprovadas pelo TCU. Sobre o episodio da licitação, a pasta também disse que o gestor apresentou todas as justificativas e que elas foram aceitas pelo tribunal.
O novo diretor de Vigilância assumiu o lugar de Petrônio da Silva Lopes, que pediu demissão na última quinta-feira (23) em meio à explosão de casos de dengue no DF.
Naquela semana, a Secretaria de Saúde divulgou boletim epidemiológico em que apareciam 19.812 mil notificações de dengue entre janeiro e 11 de maio deste ano. O número é 12 vezes maior que no mesmo período do ano passado.
O subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Martins — Foto: TV Globo/ReproduçãoO subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Martins — Foto: TV Globo/ReproduçãoO subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Martins — Foto: TV Globo/Reprodução

Subsecretaria de Vigilância à Saúde

O subsecretário de Vigilância à Saúde também é novo no cargo, mas é figura conhecida no governo. Divino Martins assumiu o posto de Elaine Morelo, que foi exonerada nesta segunda (27) por tirar folga e viajar para a Argentina em meio à crise de dengue no DF.
Martins foi diretor da Vigilância Ambiental na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), quando um relatório da Controladoria-Geral da União identificou superfaturamento e dispensa de licitação sem necessidade entre 2015 e 2016.
As irregularidades no processo causaram um prejuízo de R$ 1,2 milhão. O documento também indica que o GDF:
  • Demorou para comprar carros de "fumacê"
  • Usou quantidade inferior à necessária de produtos para o combate à dengue, como inseticidas e larvicidas
  • Deixou de fazer o devido alerta à população sobre os casos de dengue e formas de combate ao mosquito
  • Não conseguiu controlar o estoque dos produtos usados para matar o mosquito
Na época, em entrevista à TV Globo, Divino argumentou que a quantidade de casos havia superado todas as previsões. No entanto, a justificativa não convenceu e o GDF foi obrigado a devolver mais de R$ 1,4 milhão ao governo federal em agosto do ano passado.
Leia mais notícias sobre a região no G1 DF.

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