sexta-feira, 4 de agosto de 2017

JUSTIÇA

Justiça do DF nega pedido de Arruda e outros réus da 'Caixa de Pandora'
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O ex-governador José Roberto Arruda Foto: Reprodução Internet

A Justiça do Distrito Federal negou pedidos feitos pelas defesas do ex-governador José Roberto Arruda e de outros réus em uma das ações penais abertas após investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Segundo o juiz da 7ª Vara Criminal, Fernando Brandini, todos os pedidos e questionamentos foram atendidos anteriormente
Além de Arruda, as denúncias recaem sobre Geraldo Maciel, Paulo Octávio Alves Pereira, José Celso Valadares Gontijo, Marcelo Carvalho de Oliveira e Durval Barbosa Rodrigues. De acordo com o TJDF, os advogados "insistiram" na tese de que as provas são ilícitas e pediram a perícia dos gravadores usados por Durval Barbosa em 2009 – quando ele delatou o esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM(Democratas).

As investigações da PF revelaram a existência de uma esquema de compra de apoio político por meio de pagamento de mesada a deputados distritais, financiada por propina arrecadada do setor privado.

O juíz negou uma série de pedidos das defesas, entre eles a realização de acareação (confronto de relatos) entre Durval Barbosa, José Ventura e o Subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública para verificar eventuais contradições entre as informações prestadas.
As defesas também pediram – e foram negadas – esclarecimentos do Subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, a convocação de audiência para ouvir José Ventura e todos os policiais civis lotados na subsecretaria entre novembro de 2009 e dezembro de 2012, quando teriam ocorrido varreduras, buscas e apreensões.
O magistrado também recusou que fotos dos policiais fossem anexadas ao processo. Brandini reabriu prazo de vistas para que as defesas se manifestem novamente.
Na última quarta-feira (27), a Justiça do DF enviou um ofício à Polícia Federal pedindo que a corporação guarde os equipamentos usados pelo delator do esquema, Durval Barbosa, para gravar os áudios que deram origem à investigação.

Gravações e condenações

As gravações foram feitas durante a campanha de José Roberto Arruda ao Palácio do Buriti, em 2006, e reveladas quando a PF deflagrou a operação Caixa de Pandora. Durval Barbosa foi secretário de Relações Institucionais de Arruda e, em seguida, delatou um esquema de compra de apoio político.
Em maio, Arruda foi condenado a 3 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, além do pagamento de multa, por falsidade ideológica ligada ao esquema. Segundo a sentença, o político forjou quatro recibos em 2009, com valor total de R$ 90 mil, para justificar doações ilegais recebidas de Durval.

Entenda o caso

Em 2006, quando fazia campanha ao governo do DF, Arruda foi flagrado em vídeo enquanto recebia uma sacola com R$ 50 mil das mãos de Durval. As imagens foram reveladas pela TV Globo três anos depois, em setembro de 2009, e deram origem às investigações conhecidas como Caixa de Pandora.

Na época, Arruda disse que o dinheiro era uma doação para comprar panetones para famílias carentes. Como comprovação, apresentou quatro recibos declarando recebimento de dinheiro "para pequenas lembranças e nossa campanha de Natal", de 2004 a 2007.

Segundo o Ministério Público Federal, Arruda forjou e imprimiu os quatro documentos no mesmo dia, na residência oficial de Águas Claras. Em seguida, os papéis foram rubricados por Durval Barbosa. A impressora foi apreendida pela Polícia Federal, em 2010, e uma perícia comprovou a fraude.

G1 DF

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