quarta-feira, 16 de agosto de 2017

FAMOSOS

'Kim Kardashian do 

Afeganistão' promete fazer 

show beneficente apesar de 

ameaças

 

Local é mantido em segredo por ameaças de conservadores que se opõem a mulheres cantando em público. Cantora diz que mais de 4 mil ingressos já foram vendidos e renda será doada a famílias deslocadas após atentado.

A cantora afegã Aryana Sayeed (Foto: Reprodução/Facebook/Aryana Sayeed)
A cantora afegã Aryana Sayeed (Foto: Reprodução/Facebook/Aryana Sayeed) 

Ariana Saeed, uma das artistas pop mais polêmicas do Afeganistão e famosa por suas roupas justas, prometeu que fará uma apresentação beneficente na capital Cabul no sábado (19) apesar das ameaças feitas por conservadores que se opõem a mulheres que cantam em público.
O local do show está sendo mantido em segredo devido aos ataques militantes fatais cometidos em Cabul, como aquele de 2014 durante uma peça de teatro no centro cultural da França, e ao surgimento de críticas ao evento no Facebook.
"Eu o farei sejam quais forem as consequências", disse Ariana à Thomson Reuters Foundation por telefone da capital.
"Já vendemos mais de 4 mil ingressos, o que mostra como as pessoas amam a música, a dança e a felicidade".
A data é significativa para as mulheres por ser o aniversário da independência afegã em 1919 sob o comando do rei Amanullah Khan, um modernizador que fez campanha conta o véu e a poligamia.
As apresentações de mulheres em público são consideradas impróprias na nação conservadora.
"Não permitiremos tais danças e atos de descrença em nossa sociedade", afirmou Ataullah Faizani, membro do conselho provincial de Cabul em uma entrevista por telefone.
Os fãs de Ariana estão determinados a comparecer, apesar dos riscos.
"Impedir o show de Ariana Saeed é um ataque à identidade e à liberdade de todas as mulheres", opinou Bahar Sohaili em sua página de Facebook. "Não permitiremos que isso nos aconteça. Eu irei a esse show".
Ariana doará a renda da apresentação a famílias deslocadas pelo ataque militante da semana passada no vilarejo de Mirza Olang, no norte do país, que matou ao menos 62 pessoas, número que deve aumentar.
Tanto o Taliban quanto o Estado Islâmico assumiram a autoria do atentado, cujas vítimas foram enterradas em valas coletivas. 

FONTE: REUTERS
 

 

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