sábado, 29 de julho de 2017

DF

Ainda há presos na Papuda sem tratamento contra doenças de pele

 

Arquivo Pessoal

Após denúncia, MPDFT cobrou providências. Detentos estão com impetigo, que causa feridas e bolhas de pus por todo o corpo

Arquivo Pessoal
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Uma comitiva formada por representantes do Conselho de Direitos Humanos do Distrito Federal (CDHDF), da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados e do Ministério da Saúde esteve no Complexo Penitenciário da Papuda na sexta-feira (28/7). O grupo foi averiguar as providências adotadas pelas autoridades locais para conter o surto de doenças de pele infecciosas que se alastra entre os detentos. O caso tem sido denunciado pelo Metrópoles desde 13 de julho.
“O objetivo foi verificar as condições sanitárias do complexo. Em uma semana, o surto teve um aumento de 202%, embora o Governo do Distrito Federal afirme que está tudo sobre controle”, destacou a vice-presidente da CDHM, deputada federal Erika Kokay (PT-DF). Ela atribui o surto a “condições desumanas às quais os presos estão submetidos, a exemplo da superlotação.”
Para o grupo, a situação pode ser pior do que a divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Embora a pasta tenha encontrado, até o momento, 2.095 casos, o presidente do CDHDF, Michel Platini, afirma que muitos presidiários sequer foram examinados. Durante a vista de sexta-feira, ele identificou em uma única cela 35 de 40 presos com sintomas de enfermidades altamente contagiosas.
A observação é possível porque sarna, tinea, pitiríase e furunculoses apresentam sinais nítidos: coceira intensa, feridas e bolhas purulentas na pele. E os doentes foram diagnosticados com essas moléstias. “O cenário não é o dito pela secretaria (SSP-DF). O quadro é muito mais preocupante do que imaginávamos”, afirmou Platini. Segundo ele, após demanda, a gerência de saúde prisional encaminhou a seguinte resposta ao CDHDF: “Não conseguimos fazer todos os atendimentos por falta de escolta”.
Confira os flagrantes dos ferimentos em detentos feitos pela comitiva do conselho e comissão de Direitos Humanos com Ministério da Saúde:

 METRÓPOLES

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