sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Empreendedorismo


 vem sendo a principal alternativa para brasileiros que buscam uma atividade econômica num cenário que contabiliza 11,6 milhões de desempregados, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no final de janeiro deste ano.
A iniciativa de abrir o próprio negócio não é exclusiva de uma classe social, idade ou gênero. Há espaço para todo mundo empreender e garantir o sustento da família. E ações afirmativas vêm sendo criadas para fomentar a inclusão social no mundo dos negócios e dar visibilidade a mulheres, negros, pessoas com síndrome de down e autistas, para citar alguns.
As mulheres estão se destacando cada vez mais como empreendedoras. Estima-se que atualmente o Brasil tenha 24 milhões de mulheres empreendendo, segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor, conduzida pelo Sebrae.
Wilson Poit, diretor-superintendente do Sebrae-SP, diz que a procura de mulheres por cursos de empreendedorismo é grande. “A mulher está mais empoderada e vem assumindo cada vez mais a posição de fonte de renda dentro de casa. No projeto Mil Mulheres, recebemos ex-presidiárias, pessoas em situação de vulnerabilidade, vítimas de violência doméstica interessadas em conquistar a sua independência financeira e a melhorar a vida da família”, comenta.
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Poit diz que o Sebrae também tem notado a procura por capacitação por diversos públicos, inclusive pessoas com alguma deficiência. Ele acredita que a capacitação de empreendedores e iniciativas que incentivem os brasileiros a abrir seu próprio negócio estão se disseminando pelo país e é um movimento que promete se expandir cada vez mais.
“O brasileiro está mais aberto a aceitar a inclusão e tem recebido iniciativas de empreendedorismo de diversos públicos com muita naturalidade. É comum ver as pessoas felizes por alguém com deficiência ter uma atividade que gere lucro e a torne mais visível para a sociedade. Essa percepção é maior pelo público mais jovem”, diz Poit.
Iniciativa empodera cada vez mais mulheres
A empresária Ana Lúcia Fontes, 53, criou a RME (Rede Mulher Empreendedora), em 2010, para dividir sua experiência com outras mulheres. Dez anos depois, ela se consagrou como a maior notoriedade no ramo do empreendedorismo feminino no Brasil e vem acumulando diversos prêmios. Foi, inclusive, eleita uma das 20 mulheres mais poderosas do país pela revista Forbes, em 2019.
“Tudo começou com um blog que fiz para compartilhar minhas experiências e dicas simples sobre gestão, fluxo de caixa, seleção de pessoal, entre outros, para mulheres que queriam começar a empreender ou já tinham um negócio. No primeiro ano de atuação, a página registrou 100 mil seguidores”, 
No primeiro ano de atuação, a página registrou 100 mil seguidores”, diz.
Ana Lúcia Fontes, fundadora e presidente da RME (Arte/ R7)
Ana lembra que, na época, muitas mulheres eram empreendedoras, mas pouco se falava sobre o assunto. “As coisas começaram a ganhar espaço em 2011 com o surgimento das redes sociais.”
Inicialmente, a RME não tinha apoio financeiro e nem uma estrutura física permanente. Tudo era realizado por voluntárias que acreditavam no projeto. Hoje, apesar de ainda contar com o voluntariado, a RME cresceu, ganhou diversos patrocinadores interessados em investir no empreendedorismo feminino e ampliou o seu foco de atuação. Ao longo do processo, Ana deixou dois negócios que mantinha paralelamente para dedicar-se exclusivamente à rede.
Os números da força de trabalho feminina no empreendedorismo (Arte/ R7)
Desde sua criação, foram realizados 400 eventos e 25 mil capacitações de empresárias.  A RME oferece programas e serviços, com conteúdo e dicas, para ajudar os mais diferentes perfis de empreendedoras a desenvolver o seu negócio.
A rede também realiza diversos cursos e mentoria por todo o Brasil, além de um programa de aceleração de negócios fundados e liderados por mulheres.
Para Ana, apesar de se falar mais sobre empreendedorismo feminino no Brasil e haver mais instituições interessadas em investir no desenvolvimento de negócios, empreender no país ainda é muito difícil.
“Há pouca movimentação para a criação de políticas públicas e muita dificuldade de acesso ao crédito no Brasil. No caso das mulheres, outra dificuldade envolve a questão de como conciliar a vida pessoal com o negócio”, diz Ana.
Fazer do limão uma limonada
A empresária Juliana Martins foi uma das mulheres que passaram pela RME para aperfeiçoar o seu negócio. Pode-se dizer que Juliana é uma daquelas pessoas que fazem do limão uma limonada. Engravidou aos 18 anos, perdeu o pai da sua filha quando a bebê tinha apenas dois meses e precisou voltar a trabalhar muito cedo para ajudar no sustento da casa – na época, seu pai viu a empresa que trabalhou durante anos decretar falência e precisou começar a catar lata na rua para sustentar a ela, ao irmão e à neta.
Juliana diz que a maior dificuldade que encontrou quando precisou voltar ao trabalho foi a falta de uma rede de apoio para ajudá-la a cuidar da filha. “Depois que virei mãe, não consegui voltar a estudar, mesmo ganhando bolsa de estudos para cursos que sonhava, e perdi boas oportunidades de trabalho por não ter com quem deixar a minha filha.”
De uma necessidade pessoal surgiu a Fico com a Cria, em 2018, startup que conecta babás e famílias, principalmente mães que precisam trabalhar. “Queria ajudar outras mães a não passarem pelo que eu passei”, diz Juliana.
Inicialmente, o foco da startup eram as mães das classes C, D e E, mas a proposta precisou ser alterada. “Com o tempo eu vi que essas mães não têm R$ 50 para pagar a hora de uma babá. Com esse dinheiro elas garantem a mistura da semana. Elas pagam um valor menor para uma vizinha, mãe ou tia para deixar a criança e poder trabalhar.”
Além de ajudar mães com uma rede de profissionais qualificadas, a Fico com a Cria também vem sendo uma alternativa de emprego para MEIs (microempreendedoras individuais) e babás que trabalham durante a semana como CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e querem ganhar um dinheiro extra no fim de semana.
Juliana Martins, CEO da Fico com a Cria (Arte/ R7)
A pedagoga Kelly Alexandra Cruz, 38 anos, resolveu ingressar na Fico com a Cria depois de não conseguir um emprego na área da educação. “Amo cuidar de crianças, o que importa é trabalhar em uma atividade que me permita estar com elas”, diz.
Kelly diz que atua como babá formalmente há três anos, nas sempre gostou de cuidar dos filhos de vizinhos e sobrinhos. Atualmente ela tem diárias fixas na mesma família duas vezes por semana, mas, em breve, espera preencher mais dias da sua semana com trabalho. “Ainda não cheguei no patamar que preciso financeiramente, mas amo o que eu faço”, conta.
Juliana diz que a seleção das babás é criteriosa e elas passam por cursos de aprendizagem de primeiros socorros e de recreação infantil.
“Sempre buscamos patrocínio para oferecer esses cursos, mas, quando não contamos com este dinheiro, cobramos R$ 100 pela capacitação. É uma forma que encontramos de ajudar mais mulheres a entrar no mercado de trabalho. Normalmente eles custam em torno de R$ 800 em escolas técnicas”, comenta Juliana.
O próximo passo da Fico com a Cria é iniciar o processo de expansão por franquia. A primeira unidade será em Curitiba (PR) e será comandada por uma amiga pedagoga, que gostou da proposta do negócio. “Já temos 20 babás inscritas para iniciar a operação.”
Feira Preta: produtos para negros
Adriana Barbosa, 42 anos, é CEO da Preta Hub, dona da Feira Preta, criada há 18 anos para estimular o empreendedorismo entre a população negra e que se tornou o maior festival de cultura negra da América Latina.
A feira, que começou com 40 empreendedores com linguagens artísticas de fotografia, literatura e artes plásticas, na Praça Benedito Calixto, no bairro de Pinheiros da capital paulista, que é um reduto de artistas e antiguidades, hoje é realizada no centro de eventos do Anhembi, local onde ocorrem os maiores eventos de São Paulo.
A Unilever patrocinou a primeira e a segunda edições do evento. “No segundo ano, também ganhamos o patrocínio da Red Bull”, conta Adriana. No Anhembi, a feira passou a receber empreendedores de outros estados, atingindo 150 expositores, em 2019, e 30 mil pessoas. Também começou a ampliar o nicho de atuação da Preta Hub.
Adriana Barbosa, CEO da Preta Hub e dona da Feira Preta (Arte/ R7)
Há três anos, foi criada a plataforma Astrolab, que é uma aceleradora de apoio, promoção e impulsionamento do afro empreendedorismo.
Nesses três anos, o programa acompanhou mais de 600 empreendimentos no país. “Apesar de a proposta de fomentar o empreendedorismo negro, atendemos mulheres negras, indígenas e brancas, mas os negócios têm sempre como foco produtos para negros”, diz Adriana.
Adriana conta que sempre foi envolvida em negócios sustentáveis e de artesanato. Durante um período em que ficou desempregada, criou um brechó e começou a vender as suas roupas para levantar dinheiro. Também formatava negócios 
itinerantes de bijuteria e artesanato.





Embaixadores árabes homenageiam Paco Britto


Em jantar na embaixada da Palestina, o vice-governador foi presenteado com uma peça decorativa feita de conchas, confeccionada manualmente.

O vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto, foi homenageado, na noite desta quinta-feira (20/02), com jantar oferecido pelo Conselho dos Embaixadores Árabes, na embaixada da Palestina. Do anfitrião, o embaixador Ibrahim Alzeben, Paco recebeu um presente feito especialmente para ele: uma peça decorativa feita de conchas, confeccionada manualmente.
Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
A recepção contou com parte dos embaixadores dos 18 países que compõem o conselho: Líbia, Mauritânia, Kuwait, Argélia, Marrocos, Arábia Saudita, Liga dos Estados Árabes e Palestina.
“Nós temos um corpo diplomático sempre disposto a cooperar com o Governo do Distrito Federal e temos muito o que fazer juntos”, afirmou Ibrahim Alzeben. “Esta é uma cidade distinta, que se difere por sua dinâmica e diversidade e temos orgulho de também pertencermos a ela”, completou.
Paco Britto agradeceu o presente e disse ter ficado “muito honrado com a homenagem”. “Vocês têm um amigo. O GDF está de portas abertas para estreitarmos cada vez mais esses laços de amizade entre Brasília e os países árabes”, enfatizou o vice-governador.
Além dos embaixadores, estiveram presentes a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça; o procurador-geral Militar de Brasília, Antônio Duarte; e a esposa do vice-governador Paco Britto, Ana Paula Holf – que também foi presenteada pelo embaixador da palestina com uma echarpe com o bordado típico do país. 
AGÊNCIA BRASIL

Estudo da Conab mostra potencial do abacaxi no Brasil e exterior



Crédito: Divulgação/Embrapa


Segundo a Conab, o abacaxi é cultivado em praticamente todo o território nacional. No período analisado, de 2012 a 2018, o Brasil produziu cerca de 11,9 bilhões de frutos, com Nordeste, Norte e Sudeste como as principais regiões produtoras (Crédito: Divulgação/Embrapa)

Segundo a Conab, o abacaxi é cultivado em praticamente todo o território nacional. No período analisado, de 2012 a 2018, o Brasil produziu cerca de 11,9 bilhões de frutos, com Nordeste, Norte e Sudeste como as principais regiões produtoras.

No Norte, a produção concentra-se no Pará, responsável pela colheita de 68,2% do volume nacional no período. O crescimento de cerca de 35% ocorreu, principalmente, em razão do aumento da área de plantio (77%).
Na sequência, Amazonas e Tocantins representaram 14,76% e 10,33%, respectivamente, do total produzido na região. Enquanto no Amazonas houve redução de área (36,6%) e aumento de rendimento (56,13%), no Tocantins ocorreu o inverso: aumento de 126,84% na área e diminuição de 10,95% no rendimento.
No Nordeste, a Paraíba representou 51,49% do total produzido no período do levantamento, com aumento de 11% na área de plantio, enquanto Bahia e Rio Grande do Norte colheram 15,73% e 14,04% da produção regional de abacaxi – nesses Estados, houve redução de área.
Na Bahia, o rendimento diminuiu cerca de 68%. A estiagem na região nordestina se refletiu negativamente (-3,36%) no cultivo regional.
Além do potencial produtivo, o estudo traz também informações sobre o custo de produção e a comercialização da fruta no mercado interno e para exportação.
DINHEIRO RURAL 





Legista não encontra sinais de tortura no corpo do ex-PM Adriano



Necrópsia do miliciano Adriano da Nóbrega não mostrou sinais evidentes de tortura. Resultados finais dependem de exames laboratoriais

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Ex-PM Adriano foi morto no último dia 9 na Bahia

Ex-PM Adriano foi morto no último dia 9 na Bahia

Reprodução
novo exame do ex-policial militar Adriano da Nóbrega, não apontou sinais evidentes de tortura. A nova perícia aconteceu nesta quinta-feira (20) no IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro.
A informação foi divulgada pelo médico legista Talvane de Moraes, que acompanhou a necrópsia como convidado de dois legistas contratados pela família de Adriano: Francisco Moraes Silva e Ari Fontana, que vieram do Paraná.

"Não [há sinais de tortura]. Que eu tivesse [visto], não", disse o perito. Ele destacou, porém, que os resultados finais vão depender de exames complementares. "Eu não observei isto. Eu fiquei fora, não trabalhei com o corpo, fiquei só observando. A perícia do corpo terminou, mas agora vem o resultado do laboratório para complementar”, acrescentou.
Ex-capitão do Bope, Adriano foi morto no último dia 9 durante uma troca de tiros com policiais na cidade de Esplanada, no interior da Bahia. De acordo com o laudo do primeiro exame realizado, o corpo do ex-PM estava com duas perfurações por arma de fogo: uma entre o pescoço e a clavícula, e outra no tórax.
O novo exame começou às 16h30 e se estendeu até as 21h de ontem. O procedimento foi determinado pelo juiz da comarca de Esplanada (BA), Augusto Yuzo Jouti, que atendeu a pedidos do Ministério Público (MP) da Bahia e da defesa do ex-policial, morto no dia 9 de fevereiro durante confronto com policiais baianos. O laudo do novo exame deve ser apresentado à Justiça baiana em 15 dias.
Além dos peritos do IML do Rio e dos convidados, estiveram presentes duas advogadas da família, uma irmã de Adriano e um representante do MP da Bahia. Ao final do procedimento, com exceção do perito, os demais saíram por uma porta lateral, sem falar com a imprensa.

Entenda o caso

Adriano Magalhães da Nóbrega, o 'capitão Adriano', era um dos alvos da investigação sobre suposta 'rachadinha' no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, à época em que o filho do presidente Jair Bolsonaro esteve na Assembleia Legislativa do Rio.
Além de ter sido indicado pelo '03' à mais alta honraria do Rio, a Medalha Tiradentes, ele manteve no gabinete do parlamentar sua mulher e sua mãe, que chegaram a ter o sigilo quebrado no inquérito do caso Queiroz. Suspeito de chefiar o 'escritório do crime', milícia suspeita de participar do assassinato de Marielle Franco, ele não resistiu após suposta troca de tiros em uma operação policial para capturá-lo.
O advogado Paulo Emilio Catta Preta, que defendia Adriano, afirmou ter recebido uma ligação de seu cliente na quarta-feira (7). O ex-PM disse que que tinha "certeza" de que queriam matá-lo para "queimar arquivo". A viúva do miliciano também fez o mesmo relato.
Após a morte, Mônica Benício, viúva da ex-vereadora Marielle Franco, e o PSOL, cobraram explicações sobre a morte de Adriano. O partido vai pedir uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para cobrar esclarecimentos sobre a morte.
O capitão Adriano estava foragido desde a Operação Os Intocáveis deflagrada em janeiro de 2019, contra uma milícia que atua em Rio das Pedras, comunidade pobre da Barra da Tijuca. De acordo com a Promotoria do Rio, o grupo atuava na grilagem de terras, na compra, venda e aluguel irregular de imóveis, na cobrança de taxas da população local e na receptação de mercadoria roubada, entre outros crimes. A Receita Federal chegou a fazer uma parceria com a Promotoria do Rio para compartilhar dados fiscais colhidos na Operação Os Intocáveis, com o fim de também elucidar o suposto esquema de desvio de salários.
A mulher do ex-capitão, Danielle Mendonça da Costa Nóbrega, trabalhou no gabinete de Flávio de 6 de setembro de 2007 até 14 de novembro do ano passado. Já a mãe de Nóbrega, Raimunda Veras Magalhães, esteve lotada no mesmo gabinete de 11 de maio de 2016 também até 14 de novembro de 2018. Ambas recebiam salário de R$ 6.490,35. Raimunda é citada no relatório do Coaf que investiga corrupção no Legislativo fluminense. Ela repassou R$ 4.600 para a conta de Queiroz.
Quando o Ministério Público Estadual do Rio pediu a quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro e seus assessores, na lista dos alvos constavam os nomes de Raimunda e Danielle. Seus nomes eram marcados em negrito no documento, para ressaltar o elo com o miliciano.
Em dezembro, o MP do Rio concluiu que o Capitão Adriano era beneficiado pelo dinheiro do suposto esquema de 'rachadinha' que existia no gabinete do senador Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual no Rio. Os promotores chegaram a essa conclusão depois de analisar conversas via WhatsApp e dados de transações financeiras do ex-PM. As informações constavam no pedido do Ministério Público Estadual do Rio para que fossem deflagradas buscas e apreensões no Caso Queiroz.
Adriano foi homenageado por Flávio em 2003 e 2004 na Assembleia Legislativa por sua atuação como policial. Tanto o senador, quanto seu homem de confiança, Fabrício Queiroz, tinham a mesma versão sobre a nomeação. Queiroz afirmou que ele mesmo quem indicou a contratação da mãe e da mulher do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega para o gabinete do então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio.
Nota assinada pelo advogado Paulo Márcio Ennes Klein, à época na defesa de Queiroz, informava que o seu cliente "é ex-policial militar e conheceu o sr. Adriano na época em que ambos trabalhavam no 18º Batalhão da Polícia Militar e, após a nomeação dele como assessor do ex-deputado estadual solicitou ao gabinete moção para o sr. Adriano, bem como a nomeação dele para trabalhar no referido gabinete, em razão dos elevados índices de êxito na condução das ocorrências policiais registradas, até então, na equipe em que trabalhava na PM."
R7

Francisco Saraiva: ‘No Carnaval, esqueça que é motorista!’



Diretor de fiscalização do Detran-DF, Francisco Saraiva fala sobre as operações da Lei Seca durante os festejos carnavalescos e avisa: 350 agentes estarão nas ruas

O Carnaval, a maior e mais popular festa brasileira, já está nas ruas do DF. É momento de diversão, mas também de muita prudência, principalmente no trânsito. Em 2019, só em rodovias distritais, foram registrados 42 acidentes, sendo sete considerados graves. Mais de 100 pessoas foram flagradas conduzindo veículos sob o efeito de álcool. Os órgãos de fiscalização apertaram o cerco e mesmo assim, uma pessoa morreu atropelada por um condutor embriagado. Em entrevista exclusiva, o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran-DF, Francisco Saraiva, dá a dica: “Se for beber, esqueça que é motorista!”
Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
O alerta dele vem acompanhado de estatísticas que mostram que o brasiliense está se arriscando menos a dirigir depois da ingestão de bebidas. Segundo Saraiva, a fiscalização vai contar com 350 agentes nas ruas das 33 regiões administrativas. “Inclusive suspendemos, para algumas categorias, abono, férias, licenças. A ordem é ir para as ruas para inibir mesmo os motoristas embriagados”.
O que é uma direção segura?
Para que se tenha uma direção segura, a primeira coisa é ter um motorista devidamente habilitado. Estamos falando de um motorista amador, com habilitação na categoria B. Esse é o princípio. Depois, o veículo tem de estar no estado de conservação bom: sistema elétrico, mecânico, pneumático e freios; tudo funcionando bem. Aí, temos de ter também atenção e cuidado. A maioria dos acidentes que acontece, diria que 90%, é questão de imprudência, negligência – ou a falta de habilidade no volante.
Consumir álcool e dirigir é uma ação imprudente e eleva a possibilidade de acidentes de trânsito. Qual é a penalidade para quem é pego dirigindo alcoolizado?Se esse indivíduo tiver sorte e não passar por um acidente grave colocando em risco sua própria vida, as penalidades administrativas podem chegar ao pagamento de multas e perda da habilitação. Ele sofre uma multa gravíssima, com o fator multiplicador de 10, com o valor de R$ 2.934,70. Isso, além da suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
O que acontece ao motorista que se nega a fazer o teste durante a fiscalização?O motorista será autuado sumariamente, não pelo fato de estar alcoolizado, mas porque ele se negou a fazer o teste. Os advogados questionam que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Mas a lei não está dizendo de produzir provas. Mas, sim, que o teste é obrigatório para verificar se há ou não teor alcoólico no sangue do condutor. Se recusar a fazê-lo resulta em multa do mesmo jeito.
O veículo é apreendido também?No caso de a pessoa não ter um motorista habilitado em condições normais para dirigir, o veículo segue para o pátio do Detran de guincho. Se um motorista habilitado se apresentar para levar o carro, a gente realiza o teste nesse motorista para ver se ele está apto. Só então, liberamos o veículo.
Se o carro for recolhido, a multa fica maior…Fica. Se vier para o pátio do Detran, outras exigências têm de ser cumpridas. O proprietário do veículo tem que pagar taxa do guincho e a vistoria para entrar no pátio do Detran. Paga também o número de diárias do carro estacionado aqui dentro; e, se tiver alguma pendência, só sai quando tudo estiver quitado. Nesse cenário, considerando que o cidadão vai ter que vir buscar o carro aqui, claro que dependendo da distância em que o motorista foi flagrado, o carro não sairá do depósito por menos de R$ 6 mil.
Durante as operações, existe um limite tolerável de álcool para liberar o condutor?É claro que a alteração dos reflexos e do senso crítico, a perda de coordenação depende de indivíduo para indivíduo. Cada um tem uma resistência diferente para o álcool. Mas a lei é clara: é álcool zero. É Lei Seca. Se for dirigir, não se pode ingerir nem um copo. Nossa orientação é clara: se for dirigir, não beba! Até porque hoje temos muitas opções. Além do amigo, da esposa, da namorada, do pai, da mãe, há os motoristas por aplicativo, táxi, metrô, ônibus – e vale até voltar andando. Se vai se divertir, para que correr risco?
Não existe a possibilidade de o condutor burlar o bafômetro. O aparelho indica exatamente qual é a quantidade de álcool no organismo dele
No último ano, quantas pessoas perderam a habilitação por dirigir embriagado?Baseado no número de ocorrências registradas em 2019, onde tivemos mais de 19 mil casos, cerca de 16 mil motoristas tiveram sua habilitação suspensa. Ainda não perderam, porque depende de conclusão do processo administrativo, para garantir a ampla defesa.
Na legislação vigente, quem atropela um pedestre ou provoca um acidente de trânsito tem a pena aumentada por estar embriagado?Com certeza. Se confirmou que o motorista estava alcoolizado, acabou provocando um acidente e, alguém morreu em função disso, já é prisão sumária. Sem direito a fiança. Só será liberado se houver audiência de custódia e o juiz determinar a liberação. A exemplo daquela senhora na semana passada que atropelou um ciclista e foi liberada pelo juiz mesmo estando embriagada e sem habitação. 
Um passageiro habilitado e, que não bebeu, pode ser penalizado por não assumir a direção de um motorista que consumiu álcool?Não. Mas se você for ao proprietário do veículo, será penalizado. Porque foi o responsável por entregar a direção para uma pessoa sem condições de conduzir o veículo. Então, a multa vai para o carro e o condutor terá a carteira suspensa. 
Qual o prazo para que uma pessoa que bebeu possa voltar a dirigir em segurança?Isto depende da quantidade que a pessoa bebeu. Mas num intervalo de 6 a 8 horas. Claro que não é uma regra geral, porque cada organismo reage de uma maneira diferente. É possível que você numa madrugada consuma bebida alcoólica, vá dormir e, acha que está numa boa. Sai de carro, é pego numa blitz, faz o bafômetro às 9h da manhã e ainda registra um índice alto de alcoolemia. Se se envolver num acidente e, fizerem o teste, vai dar positivo. A dica é aguardar pelo menos 8 horas.
Temos comprovações estatísticas que relacionam a ingestão de álcool ao aumento no número de acidentes de trânsito?Vamos usar o ano de 2018 como parâmetro. De acordo com as estatísticas do Detran, 48% dos acidentes com vítimas fatais registraram o envolvimento de motorista que havia ingerido bebida alcoólica ou ainda estava drogado. Deste total, 18% havia consumido os dois. Em 2019, a gente observou que houve uma queda e 12% dos motoristas envolvidos em acidentes fatais haviam consumido bebida alcoólica e drogas.
Ao que o senhor credita essa queda nas estatísticas?Ao arrocho da fiscalização, uma melhor integração com os outros órgãos, a inteligência nas ações e, também ao trabalho preventivo que se faz não apenas com as blitz, montadas em pontos estratégicos, mas também com a utilização de helicópteros e de viaturas circulando torno dos pontos críticos. São ações que inibem o motorista a pegar o volante, mesmo estando bêbado. Ele deixa o carro e vai embora com a outra condução.
E essas ações serão intensificadas no Carnaval?Com certeza. Inclusive suspendemos, para algumas categorias, abono, férias, licenças. A ordem é ir para as ruas para inibir mesmo os motoristas embriagados. Teremos 350 agentes atuando nas 33 regiões administrativas. É um trabalho muito grande, vejam que nossa frota hoje está em torno de 1,8 milhão de veículos; somados ao do Entorno, estamos falando em algo em torno de 2 milhões de veículos circulando. 
Qual recado o senhor deixaria para os motoristas neste Carnaval?O motorista tem que esquecer que é habilitado se vai brincar e beber nesse Carnaval. Esquece que é motorista! Pense em sua família, nos filhos, nas pessoas que está deixando em casa, nos entes queridos. Pense também nas famílias de outras pessoas também, no ambiente que você compartilha, no respeito pelo ser humano. E se resolver, por acaso, não beber: redobre a atenção! Atenção às saídas dos blocos, aos foliões e pedestres. Diminua a velocidade, acenda o farol, fique atento porque a maioria daquelas pessoas está desatenta. E, nesse embate carro versus pessoas, o lado mais frágil é o cidadão pedestre. No Carnaval, o momento é propício à diversão e a descontração, mas no trânsito, nada muda, ou melhor, piora. 

DF adere ao cartão do programa de alimentação escolar



FNDE quer ter maior controle sobre o uso dos recursos pelos estados. GDF vai movimentar R$ 40 milhões este ano para atender quase 400 mil estudantes por dia



Modernizar e aperfeiçoar a compra de produtos e a prestação de contas dos recursos investidos na alimentação escolar. Este é o principal objetivo do Cartão do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), cujo termo de adesão do Distrito Federal foi assinado nesta quinta-feira (20) pelo secretário de Educação João Pedro Ferraz.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) enviará os recursos normalmente. Os processos para aquisição e autorização de pagamento seguem os mesmos. A diferença é que os pagamentos serão feitos pela SEEDF, por meio de um cartão de débito vinculado, administrado pelo Banco do Brasil, que deverá ser usado para o repasse aos fornecedores.
Em termos de volume de recursos, a SEEDF será uma das secretarias com maior movimentação financeira por meio do cartão, cerca de 40 milhões previstos para este ano, porque no DF não há municípios e a gestão da alimentação escolar é centralizada.
Para o FNDE, significa um controle bem maior, porque o órgão saberá online onde estão sendo gastos os recursos, quem está recebendo e a que se referem. Apenas um gestor será o responsável pela movimentação do cartão.
Em 2019, foram atendidos 391 mil estudantes, em média, por dia, pelo programa de alimentação escolar. Somente com aquisição de gêneros alimentícios, armazenamento e transporte, foram executados R$ 84,9 milhões. O FNDE só cobre uma parte. A maior parte do investimento é feita com recursos do próprio GDF.
* Com informações da Secretaria de Educação-DF

Sai lista com as notas de candidatos a agentes de saúde



Seleção foi aberta em 30 de janeiro. Prazo para recurso vai até  às 23h59 da segunda-feira (24)

Foi publicada, em edição extra do Diário Oficial desta quinta-feira (20), a lista com as notas da avaliação curricular dos mais de 50 mil inscritos para a seleção de agentes de vigilância ambiental e agentes comunitários de saúde. A lista também está disponível no site do Instituto de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).
Agora, os candidatos terão dois dias úteis para entrar com recurso contra a nota preliminar. O prazo começou a 0h desta sexta-feira (21) e se encerra às 23h59 do dia 24 de fevereiro.
Para isso, o candidato deverá enviar sua solicitação, por meio de formulário oficial para este e-mail, sob o título “Recursos: agente de saúde”. A previsão para publicação do resultado final é até 28 de fevereiro. A Secretaria deve começar a chamar os aprovados em 2 de março.
Eles deverão apresentar documentação que consta na retificação do edital, publicada também no DODF desta quinta-feira (20). As alterações dizem respeito aos procedimentos pré-admissionais em três etapas.
O edital de abertura da seleção foi publicado no Diário Oficial em 30 de janeiro. As inscrições duraram três dias. Foram oferecidas 300 vagas para Agente Comunitário de Saúde e mais 300 para Agente de Vigilância Ambiental em Saúde. O contrato é temporário, com duração de seis meses. O foco do trabalho é a prevenção e o combate à dengue.
O edital trouxe os critérios de pontuação e serão aprovados os 300 que alcançarem as maiores notas, para cada cargo ofertado.
Com informações da Secretaria de Saúde-DF
   AGÊNCIA BRASÍLIA *