sábado, 18 de janeiro de 2020

Cultivo de manga é destaque no norte da Bahia; estado é o 2º maior produtor de frutas do país


Brasil
Juazeiro (130.488 mil toneladas) e Casa Nova (54.859 mil toneladas) ocupam o topo da lista no cultivo da manga.



A Bahia é o segundo maior produtor de frutas do país, com mais de 3,3 milhões de toneladas ao ano, ficando atrás apenas de São Paulo. O norte baiano é uma dos principais fornecedores de fruta do país.

Nesta terça-feira (21), a TV Bahia exibiu a segunda reportagem do projeto "Avança", que trata sobre o desenvolvimento econômico do estado, e mostra segmentos que são destaque, setores com alta produtividade, exemplos de negócios e utilização de tecnologia.

De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado também é o maior produtor de manga do país, com cerca de 281 mil toneladas por ano. Juazeiro (130.488 mil toneladas por ano) e Casa Nova (54.859 mil toneladas por ano) ocupam o topo da lista das cidades brasileiras que lideram o cultivo da fruta.

Cultivo de manga se destaca no norte da Bahia e cidades como Juazeiro e Casa Nova aparecem em topo de lista — Foto: Divulgação


Cultivo de manga se destaca no norte da Bahia e cidades como Juazeiro e Casa Nova aparecem em topo de lista — Foto: Divulgação

Além da manga, a região se destaca na produção estadual de melão. São cerca de 32 mil toneladas ao ano, o que corresponde a 52% da produção baiana.

Na fazenda da família da empresária Andrea Otsuka Marques é produzida manga em uma área de 300 hectares. A propriedade chega a produzir, por ano, uma média de 13 mil toneladas da fruta, que passa por um processo de controle e qualidade.

As mangas são levadas em caixotes a um galpão e o cuidado continua na lavagem, na secagem e no processo de embalagem das frutas.

Na safra, que vai de agosto a dezembro, a empresa chega a empregar 500 pessoas. As mangas que os trabalhadores da fazenda embalam abastecem muitos países, principalmente da Europa. A Bahia também é o maior exportador de goiaba. São vendidos mais de R$ 91 milhões por ano.

Projeto de irrigação


Há mais de quatro décadas a irrigação viabilizou a agricultura no norte da Bahia e mudou o cenário no campo, resultando em números positivos para a economia, além do desenvolvimento da região de Juazeiro.

Entre os projetos de irrigação no norte do estado está o Maniçoba, que com as águas do Rio São Francisco, irriga as plantações de frutas, como manga e uva.

Mais de 600 produtores rurais exploram os 9 mil hectares irrigados pelo Projeto Maniçoba, uma área equivalente a mais de 12 mil campos da Arena Fonte Nova, principal estádio da capital baiana.

Capacitação


Devido a grande produção de frutas em Juazeiro, a cidade do norte da Bahia ganhou um centro de excelência em fruticultura, que oferece cursos técnicos a quem quer ingressar no mercado e orientação aos produtores.

"Para a pessoa poder se qualificar para exportar, é preciso estar muito bem tecnificado e tem que cumprir todas as questões de sustentabilidade, que e a segurança alimentar, respeito ao meio ambiente, responsabilidade social. Isso ajuda a ele, não só a exportar muito mais, mas também ajuda ele no mercado brasileiro", disse o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas, Luiz Barcelos.

O estudante Mário Augusto Passos, que trabalha no entreposto comercial de frutas e verduras de município, resolveu apostar no curso técnico em fruticultura.

"Aqui só tem a agregar valor, quando você puder concluir e sair para colocar em prática poder fazer prevalecer aquilo que nos foi mostrado detalhadamente com cada módulo aplicado", disse ele.

G 1





















































Vinhos de altitude de SC: duas décadas e futuro promissor com o enoturismo

Brasil


Uvas da Vinícola Monte Agudo em 2019

Uvas da Vinícola Monte Agudo em 2019 Foto:Divulgação

Com apenas 1,12% da área territorial do Brasil, Santa Catarina tem uma trajetória agrícola afinada com a frase “Nesta terra, em se plantando, tudo dá”, da carta de Pero Vaz de Caminha, a primeira escrita sobre o Brasil. Foi assim com o plantio de parreiras viníferas e com muitas outras culturas no Estado.
Ao tomarem conhecimento sobre pesquisa da Epagri de que em São Joaquim, um dos municípios mais frios do Brasil, havia condição climática favorável ao cultivo de uvas viníferas europeias, quatro empresários catarinenses apreciadores de vinhos, Acari Amorim, Robson Abbdala, Nelson Essemburg e Francisco Brito, decidiram investir na atividade. Adquiriram área de 87 hectares no distrito de Lomba Seca do município serrano em 1999 e começaram a plantar parreiras em novembro daquele ano. A qualidade dos primeiros vinhos – com acidez, leveza e pouca doçura - surpreendeu. Daí nasceu a vinícola Quinta da Neve.
Isso motivou outros empresários e profissionais liberais do Estado, Brasil e até do exterior a fazer o mesmo. A vitivinicultura se desenvolveu na Serra e região do Contestado, resultando em vinhos e espumantes com “terroir” diferenciado. Hoje, SC conta com cerca de 35 vinícolas de altitude, a maioria em São Joaquim.
- Não foi fácil conquistar em apenas 20 anos o reconhecimento que alcançamos, com muitas premiações. Os produtores são movidos pela paixão porque são muitas as dificuldades. Uma delas é a alta carga tributária – alerta Acari Amorim.
Segundo ele, o enoturismo impulsiona o desenvolvimento ao incentivar diversas atividades, por isso o vinho, a exemplo da maioria dos países, deveria ser tributado como um alimento e não como bebida alcoólica, com mais de 50% de impostos, como hoje.
Essa posição é compartilhada pelo presidente da Vinhos de Altitude – Produtores Associados, José Eduardo Bassetti. Para ele, a retirada da substituição tributária (pagamento antecipado de ICMS) ajuda, mas, mesmo assim, o setor sofre com o incentivo à importação porque pelos portos de SC a alíquota de importação de vinho é 4%. A inclusão do setor no Simples também ajuda, mas nem todas empresas estão nessa categoria. Por isso, o esforço para uma menor tributação.

Precursores:

Acari Amorim (E), Nelson Essemburg e Robson Abbdala
(Foto: )

A vinícola Quinta da Neve, por ser pioneira na vitivinicultura de altitude de SC, pôde escolher uma das regiões mais favoráveis para instalar seus pomares. A Lomba Seca, em São Joaquim, é um local de pouca chuva, frio, ideal para cultura da uva. Para marcar os 20 anos da vinícola e as duas décadas do setor, o brinde de três dos quatro fundadores – Acari Amorim (E), Nelson Essemburg (C)e Robson Abbdala (D) , no final de 2019, na Decanter Florianópolis, foi com o mais premiado vinho da casa, o Pinot Noir 2005. Atualmente, seguem sócios da vinícola Amorim e Abbdala. Nelson e Francisco Brito venderam as participações para a família Hermann.
Vinícolas boutique
O que diferencia os vinhos e espumantes de altitude da Serra catarinense é o perfil do negócio. Enquanto em algumas regiões se produz em grande quantidade, as vinícolas de SC são do tipo boutiques, que elaboram os produtos de forma manual. Um dos pontos altos é a seleção das frutas: somente grãos saudáveis são colocados para vinificação. Conforme Acari Amorim, não entram grãos estragados nem o caule verde do cacho de uvas. O resultado final são vinhos com melhor sabor, percebido por apreciadores da bebida de qualquer lugar do mundo.
Números do setor
As duas décadas que colocaram Santa Catarina no mapa dos vinhos finos de altitude somaram 35 vinícolas que cultivam em torno de 700 hectares de parreiras, oferecem 2 mil empregos entre diretos e indiretos e elaboram de 1,2 milhão a 1,5 milhão de garrafas/ano. A região com altitude entre 900 e 1.200 metros conta com 32 municípios.
Enoturismo e potencial
O presidente da Vinhos de Altitude – Produtores Associados, José Eduardo Bassetti, fundador e sócio da vinícola Villaggio Bassetti, de São Joaquim, lembra que quando a Santur, estatal catarinense de projeção do turismo começou a registrar números do enoturismo da Região Sul do país, enquanto SC recebia cerca de 60 mil visitantes, a Serra gaúcha recebia 200 mil. Hoje, com o impulso da região geográfica reconhecida Vale dos Vinhedos, os gaúchos recebem 2 milhões de visitantes/ano e SC, 200 mil.
Vinícolas abertas
Nem todas as vinícolas catarinenses já contam com receptivo e outras atrações para receber visitantes. Atualmente, recebem turistas em São Joaquim as vinícolas D’Alture, Villa Francioni, Villagio Bassetti, Leone de Venezia e Monte Agudo. Em Bom Retiro está a Thera, em Campo Belo do Sul a Abreu Garcia, em Água Doce a Villagio Grando e em Treze Tilias, a Kranz. A lista de vinícolas de altitude inclui também, além da pioneira Quinta da Neve, a Hiragami, Pericó, Sanjo, Santa Augusta, Serra do Céu, Suzin, Tenuta, Terramilia, Villagio Conti, Cota Mil, Urupema e Taipa Mayer.
Falta de logística
As reclamações sobre a falta de logística para chegar até a belíssima região dos vinhos de altitude de SC é geral. O presidente da associação alerta que o bom seria privatizar a BR-282, incluindo melhorias nos trechos mais lentos. Além disso, defende o início das atividades do aeroporto de São Joaquim e do Aeroporto Regional de Lages, em Correia Pinto. Também destaca que falta concluir a Rodovia da Neve, que permitiria, em menos de duas horas, fazer o trajeto São Joaquim-Serra Gaúcha. Os acessos às vinícolas também são ruins e em São Joaquim, por exemplo, há falta de hotel, de Uber e de vans.
7ª Vindima de altitude
O setor organiza mais uma Vindima de Altitude, a festa da colheita da uva, no mês de março. O lançamento será dia 13 de fevereiro, em Florianópolis, na sede do Sebrae/SC. A festa vai começar dia 1º de março e, novamente, será na Praça Cesário Amarante. A expectativa era de fazer no Parque da Maçã, mas a reforma do mesmo não ficará pronta para março. Durante a vindima, o setor recebe o maior número de visitantes. Um dos desafios é a falta de hotel, mas o Airbnb opera em São Joaquim e a rede hoteleira da região também atende.
Enoturismo e PIB
São Joaquim, apontado como o município que produz a melhor maçã do mundo, também ganha fôlego na economia com o enoturismo, que tem impacto direto e indireto em diversos setores econômicos. Acari Amorim gosta de lembrar que, quando a vitivinicultura estreou, São Joaquim era a quarta maior economia da Serra, atrás de Lages, Correia Pinto e Otacílio Costa. Com o avanço das videiras, vinhos e enoturismo, subiu para a segunda posição na região. Em 2011, o PIB de São Joaquim, segundo o IBGE estava em R$ 309,7 milhões. Em 2017, último apurado, chegou a R$ 858,5 milhões, uma alta de 177% em seis anos.
Acordo Mercosul-EU
Um desafio do setor, a longo prazo, é a prometida entrada em vigor do acordo Mercosul-União Europeia. Se for efetivado o acordo, os vinhos europeus devem ficar cerca de 30% mais baratos no Brasil e isso vai exigir um esforço grande para redução de custos. Por esse motivo também o setor, no Brasil, luta por uma redução da carga tributária. Afinal, só a ajuda do fundo prometido pelo Ministério da Agricultura não será suficiente.
A melhor uva
Para fazer bons vinhos e espumantes é preciso uva de qualidade e a que melhor se adapta em cada região. Desde o início, o polo vitivinícola da Serra catarinense cultiva variedades europeias renomadas como Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Merlot, Sangiovese, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Montepuciano, Touriga Nacional e outras. Mas, segundo o empresário Acari Amorim, a uva que melhor se adaptou à região de frio de Santa Catarina é a Montepuciano. Já são elaborados vinhos com essa uva, mas o consumidor ainda está acostumado às variedades tradicionais, como Cabernet Sauvignon e Merlot.

fonte:nstotal



sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Inscrições para o CRO-DF estão prorrogadas até 29 de janeiro

CONCURSOS
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FOTO: REPRODUÇÃO
Foram prorrogadas as inscrições do concurso público Conselho Regional de Odontologia do Distrito Federal (CRO/DF)! Agora, os interessados podem se inscrever até as 23h59 de 29 de janeiro de 2020 pelo site do Instituto Quadrix, banca organizadora do certame. A taxa é de R$ 55 e deve ser paga até 30 de janeiro de 2020.

O certame oferta nove vagas para o cargo de fiscal, com lotação para Brasília/DF. Os aprovados exercerão jornadas de trabalho de 40 horas semanais para receberem remuneração de R$ 3.500. Serão acrescidos ainda benefícios de auxílio refeição de R$ 24,15 por dia trabalhado, auxílio alimentação de R$ 651, auxílio saúde (médico, hospitalar e odontológico), auxílio transporte, auxílio creche de R$ 483 e auxílio educação.

A seleção será realizada por prova objetiva que está prevista para ser realizada em 16 de fevereiro de 2020 e conta com disciplinas de língua portuguesa, noções de informática, atualidades, legislação e ética na administração pública, noções de direito constitucional e conhecimentos específicos do cargo. Haverá ainda avaliação de títulos.

Requisitos


Para participar é necessário possuir idade mínima de 18 anos, diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em odontologia, fornecido por instituição  de  ensino  superior  reconhecida  pelo  Ministério  da  Educação  (MEC) e Carteira Nacional de Habilitação (CNH), na categoria “B”.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE 
* Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Morre idosa encontrada em condições insalubres no DF; suspeita é de maus-tratos

DF
Mulher de 69 anos estava internada em hospital após ser resgatada da casa da filha. Paciente vivia em 'estado vegetativo', segundo polícia.
Resultado de imagem para Morre idosa encontrada em condições insalubres no DF; suspeita é de maus-tratosIdosa é encontrada ferida, suja e em condições insalubres em casa no DF — Foto: Polícia Civil/Divulgação

idosa de 69 anos que vivia em condições insalubres e sofria maus-tratos da filha, segundo a Polícia Civil, morreu na noite desta quarta-feira (15). A vítima estava internada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A paciente não resistiu a uma infecção generalizada e sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Segundo a polícia, a idosa foi encontrada em "estado vegetativo, sem dentes, muito magra e desnutrida", na casa onde morava com a filha, de 38 anos, na QSC 18, em Taguatinga Sul.
De acordo com as investigações, a filha recebia R$ 3,9 mil da aposentadoria da mãe e gastava todo o dinheiro consigo mesma. Após ser encontrada e prestar depoimento à polícia, a mulher foi detida em flagrante. Ela foi liberada após pagar fiança de R$ 2,5 mil.

Denúncia

idosa de 69 anos que vivia em condições insalubres e sofria maus-tratos da filha, segundo a Polícia Civil, morreu na noite desta quarta-feira (15). A vítima estava internada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A paciente não resistiu a uma infecção generalizada e sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Segundo a polícia, a idosa foi encontrada em "estado vegetativo, sem dentes, muito magra e desnutrida", na casa onde morava com a filha, de 38 anos, na QSC 18, em Taguatinga Sul.
De acordo com as investigações, a filha recebia R$ 3,9 mil da aposentadoria da mãe e gastava todo o dinheiro consigo mesma. Após ser encontrada e prestar depoimento à polícia, a mulher foi detida em flagrante. Ela foi liberada após pagar fiança de R$ 2,5 mil.

Denúncia

Casa onde idosa foi encontrada no DF estava em condições insalubres — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Os policiais identificaram a filha da idosa, que era responsável por cuidar dela. Em depoimento, a mulher disse que a mãe se alimentava por sonda e utilizava fraldas oferecidas pelo governo e, por isso, não tinha despesas com ela. Ela também confirmou que usava o dinheiro da aposentadoria para si.
A filha vai responder por três crime previstos no Estatuto do Idoso:
  • Deixar de prestar assistência ao idoso em situação de iminente perigo ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa – pena de 6 meses a 1 anos de reclusão e multa;
  • Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes – pena de 2 meses a 1 ano de reclusão e multa;
  • Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso – pena de 1 a 4 anos e multa.
 Fonte: G1 DF.

Delegada sobre idosa maltratada no DF: “Estava se desintegrando”

PCDF/Divulgação
PCDF/DIVULGAÇÃO

A situação em que se encontrava uma mulher de 69 anos, em Taguatinga Sul, chocou os policiais civis que foram ao local e prenderam a filha dela, acusada de maus-tratos. “Eles a descreveram como um cadáver vivo. Ela estava se desintegrando, uma situação deplorável”, disse a chefe da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa e com Deficiência (Decrin), Ângela Maria dos Santos.
A prisão da mulher de 38 anos ocorreu na terça-feira (14/01/2020). Mas ela foi solta, após pagar fiança de R$ 2,5 mil. A idosa estava desnutrida, sem dentes e com várias feridas pelo corpo. Um dos machucados, nas costas, deixava o pulmão da mulher à mostra, de tão profundo.
Os policiais chegaram até a casa da idosa após denúncia de um médico do Núcleo de Atendimento Domiciliar, do Hospital de Taguatinga (HRT). Durante uma das visitas, o profissional se deparou com as cenas de horror.

FONTE: METRÓPOLES

Toffoli adia por 6 meses implementação do juiz de garantias

JUSTIÇA
Adoção da nova função estava prevista para o dia 23 deste mês



Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, concedeu hoje (15) uma liminar (decisão provisória) para adiar, por seis meses, a implementação pelo Poder Judiciário da figura do juiz de garantias. A adoção da nova função estava prevista para o dia 23 deste mês, conforme o pacote anticrime aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro.
Toffoli também suspendeu, desta vez sem prazo definido e ao menos até que o plenário do Supremo analise a questão, a aplicação do juiz de garantias para os casos de violência doméstica e para os crimes julgados pelo tribunal do júri, como os dolosos contra a vida.
A justificativa é que, nesses casos, os procedimentos são bastante peculiares, envolvendo, por exemplo, a oitiva de crianças ou sendo disciplinados por leis específicas. Sob argumentos similares, Toffoli suspendeu também a aplicação do juízo de garantias para os casos criminais de competência da Justiça Eleitoral.
A liminar prevê ainda regras de transição, segundo as quais a atuação do juiz de garantias se daria somente nos casos julgados na primeira instância. A lógica é que, nas demais instâncias, os processos já são julgados de modo colegiado, por mais de um juiz, o que dispensaria a necessidade de atuação de ainda mais um magistrado, argumentou Toffoli.
O presidente do Supremo também determinou que o juiz de garantias só passe  a atuar em novos casos. Nas ações penais já em curso, não há nenhuma alteração, e o magistrado permanece o mesmo até a sentença. Nas investigações ainda em fase prévia, o juiz que já atua no caso permanece inalterado, e somente haverá distribuição para um novo juiz caso uma eventual denúncia seja aceita. Toffoli alegou princípios de previsibilidade e de segurança jurídica nesse ponto.
Ao anunciar sua decisão na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, Toffoli defendeu a constitucionalidade da instituição do juiz de garantias, afirmando que reforça “a garantia de imparcialidade” prevista na Constituição. “A inovação reforça o modelo de processo penal preconizado pela Constituição de 1988. E em que consiste esse modelo? Em ium sistema acusatório caracterizado pela nítida divisão entre as funções de investigar e acusar e a função de julgar, e na qual a salvaguarda dos direitos fundamentais do acusado tem centralidade”, acrescentou o ministro.

Ações de inconstitucionalidade

A criação do juiz de garantias, nos moldes previstos na nova lei anticrime, é questionada em três ações diretas de inconstitucionalidade abertas no Supremo: uma pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe); outra pelos partidos Podemos e Cidadania; e uma protocolada pelo PSL.
Em suma, as três ações argumentam, entre outros pontos, que o Poder Judiciário não possui estrutura e recursos suficientes para a implementação do juiz de garantias. De acordo com as associações de magistrados, a norma seria inconstitucional também por dispor sobre a organização dos tribunais, algo que seria de iniciativa exclusiva do Judiciário. 
Em localidades onde hoje há apenas um juiz e os processos são em papel, seria muito difícil a implantar a figura do juiz de garantias sem criar um novo posto, o que representaria um ônus para os cofres públicos sem que se tenha previsto a fonte de custeio, também argumentam as ações.
Toffoli concordou em parte com os argumentos, mas refutou a ideia de que haveria necessidade de maiores gastos. “A efetiva implementação do juiz das garantias não demanda a criação de novos cargos. Não incrementa o volume do trabalho”, disse o ministro. “Na prática, trata-se da adequação da estrutura já existente em todo o país.”
A decisão de Toffoli ocorre em meio ao recesso do Judiciário, enquanto ele é responsável pelo plantão judicial. O relator das ações sobre o assunto, ministro Luiz Fux, escolhido por sorteio, deve assumir o plantão somente no próximo dia 20, na condição de vice-presidente do Supremo.
Ao assumir, Fux tem competência, como relator, para revisar a decisão de Toffoli. O presidente do Supremo, porém, disse que conversou com Fux antes de conceder a liminar. Toffoli acrescentou que pretende levar o caso a plenário antes do fim de fevereiro.

Entenda

Entre diversas alterações no Código de Processo Penal (CPP), o pacote anticrime (Lei 13.964/2019) estabeleceu a criação do juiz de garantias, magistrado que deve atuar na fase de investigação criminal, decidindo sobre todos os pedidos do Ministério Público ou da autoridade policial que digam respeito à apuração de um crime, como, por exemplo, quebras de sigilo ou prisões preventivas. Ele, contudo, não poderá proferir sentenças.
De acordo com a lei, a atuação do juiz de garantais se encerra após ele decidir se aceita eventual denúncia apresentada pelo MP. Caso a peça acusatória seja aceita, é aberta uma ação penal, na qual passa a atuar outro juiz, que ficará encarregado de ouvir as partes, estudar as alegações finais e proferir uma sentença. 
A divisão de tarefas é elogiada por advogados criminalistas, que veem no juiz de garantias um avanço para a imparcialidade dos julgamentos. A proposta também tem a chancela de ministros do Supremo. O decano, Celso de Mello, chegou a dar declarações públicas de que a  adoção do juiz de garantias  representa uma “conquista da cidadania”. O próprio Toffoli também vinha elogiando abertamente a nova função.
Contudo, alguns magistrados e outras autoridades, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, criticam a adoção do juiz de garantias como previsto na lei, e apontam dificuldades operacionais e orçamentárias para a sua implementação, que veem como desnecessária no momento, além de minar o poder dos juízes de primeira instância.
Nesta quarta-feira (15), Moro reuniu-se na sede do CNJ com Toffoli, que disse ter acatado duas sugestões do ministro e ex-juiz: a suspensão de um rodízio de magistrados que estava previsto na lei como solução para localidades com a apenas um juiz; e a suspensão do impedimento do juiz que tivesse conhecimento sobre prova ilegal. Ambas as normas  perdem eficácia sob a liminar do presidente do Supremo.
Mais tarde, Moro tuitou dizendo que foi positiva a decisão de Toffoli de suspender a implementação do juiz de garantias. Segundo Moro, a figura do juiz de garantias, na prática, é de aplicação inviável. "Não tem como afastar do julgamento o juiz que fez toda a instrução, que conhece o caso, só porque teve contato com alguma prova ilícita e que excluiu do feito", escreveu na rede social.
Embora eu seja contra o juiz de garantias, é positiva a decisão do Ministro Dias Toffoli de suspender, por seis meses, a sua implementação. Haverá mais tempo para discutir o instituto, com a possibilidade de correção de, com todo respeito, alguns equívocos da Câmara.
4.516 pessoas estão falando sobre isso

Ministério Público

A Associação Nacional de Membros do Ministério Público (Conamp) divulgou uma nota em que diz que considera prudente a decisão de Dias Toffoli de adiar a aplicação do juiz de garantias por 180 dias.
“O adiamento permite um debate mais amplo ao dar tempo e fôlego para que sociedade e os órgãos diretamente envolvidos possam discutir os riscos e as desvantagens da implementação do juiz de garantias”, disse o vice-presidente da entidade, Manoel Murrieta.
A entidade informou que está estudando o questionamento da figura do juiz de garantias e de outros pontos do pacote anticrime que consideram que ameaça a atuação do Ministério Público e disse, na nota, que pretende entrar com ação sobre o tema em breve.

Grupo de trabalho

Logo após a sanção do pacote anticrime, Toffoli determinou a criação de um grupo de trabalho no CNJ, presidido por ele, com a responsabilidade de gerar orientações para auxiliar os tribunais do país na implementação do juiz das garantias.
Na primeira reunião do grupo de trabalho, foram apresentados dados segundo os quais em aproximadamente 20% das comarcas do país há apenas um juiz atuante, o que dificultaria a implementação da medida. Na ocasião, porém, Toffoli já havia negado que a adoção do juiz de garantias representaria aumento de custos para o Judiciário, argumentando tratar-se apenas de um remanejamento dos recursos humanos já existente.
Em uma consulta pública aberta aos tribunais de todo o país, foram recebidas 99 propostas para viabilizar a adoção do juiz de garantias, entre as quais a criação de varas regionais dedicadas exclusivamente à atuação desses magistrados, a realização de audiências de custódia por videoconferência e a aceleração da digitalização de todos os processos físicos do país.
Em memorando enviado ao CNJ na semana passada, o procurador-geral da República, Augusto Aras, propôs que a adoção do juiz de garantias ficasse restrita à primeira instância e não abarcasse investigações já em curso, pontos que não se encontravam esclarecidos na lei.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por outro lado, defendeu que a lógica do juiz de garantias deveria ser aplicada mesmo em investigações já em curso, que, para a entidade, deveriam ser redistribuídas a um novo magistrado em caso de recebimento de denúncia.
O prazo original para o relatório final do grupo de trabalho se encerraria nesta quarta-feira (15), mas foi adiado por Toffoli para 29 de fevereiro.

Matéria alterada às 20h35 para acréscimo da posição da Associação Nacional de Membros do Ministério Público
FONTE: AGÊNCIA BRASIL

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

EUA alertam cidadãos americanos a ‘não visitar’ partes do Brasil

MUNDO
Faixas de fronteira, favelas e cidades satélites do DF estão na lista; autoridades estão proibidas de tomar ônibus municipais em qualquer localidade do país


O presidente Jair Bolsonaro em visita ao americano Donald Trump, em Washington: liberação do ingresso de turistas americanos no Brasil sem medida recíproca — 19/03/2019 Evan Vucci/AP

O governo dos Estados Unidos elevou o nível de alerta aos americanos em viagem a partes do Brasil nesta terça-feira, 14, por causa da violência do país. O Departamento de Estado publicou em seu portal na internet que os cidadãos “não devem visitar” favelas brasileiras e algumas cidades satélites de Brasília e evitar uma distância de menos de 150 quilômetros das fronteiras norte e sudoeste do Brasil – como as divisas com a Venezuela, Colômbia e Paraguai – por causa da alta criminalidade.

Essas três áreas estão no nível 4 de alerta, o mais elevado e destinado a países como o Irã, o Iraque, a Síria, a Coreia do Norte e a Venezuela.As áreas de preocupação, conforme foi explicado, são as que “nenhum agente de turismo nem a polícia podem garantir a sua segurança”.

Nas favelas, exemplificou, visitas devem ser evitadas especialmente durante confrontos entre facções rivais ou entre os criminosos e a polícia.O Departamento de Estado ainda alerta ao fato de que “enquanto algumas favelas podem ter delimitações ou portões de entrada claros, outras podem não ter demarcações tão óbvias”. No dia 30 de dezembro, um turista suíço foi baleado ao entrar na comunidade Cidade Alta, na Zona Norte do Rio de Janeiro, por indicação do GPS.


Em relação ao Distrito Federal, o governo americano alerta seus cidadãos a não visitarem as cidades satélites de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá durante a noite – especificamente, entre as 18h e as 6h.
Os americanos também devem evitar as áreas a cerca de 150 quilômetros da fronteira brasileira com a Venezuela, a Colômbia, o Peru, a Bolívia, a Guiana, o Suriname, a Guiana Francesa e o Paraguai — equivalente a mais de 85% da fronteira terrestre do Brasil.

O Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense são as únicas exceções. As autoridades do governo americano estão proibidas de visitar essas áreas.‘Maior cautela’O Brasil, como um todo, é considerado nível 2 de alerta de viagem – visite com “maior cautela” -, o mesmo grau da França e da Itália.

O único fator de preocupação em se viajar em qualquer lugar do Brasil é a criminalidade. “Crime violento, como assassinato, roubo a mão armada, e roubo de carro são comuns em áreas urbanas, tanto pela manhã quanto pela noite. Atividade de gangues e crime organizado é difundido”, afirma o órgão.Para os seus funcionários públicos, as restrições são maiores até em locais considerados mais seguros. “Autoridades do governo americano são desencorajadas de usar ônibus municipais em qualquer lugar do Brasil devido ao elevado risco de roubo e assalto a qualquer hora do dia”, concluiu o Departamento de Estado.Dentre as 12 dicas a americanos que queiram visitar o país, o
Departamento aconselha “evitar caminhadas pelas praias à noite” e “não mostrar sinais de riqueza”.

Como meio de atrair maior fluxo de turistas dos Estados Unidos, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro os liberou da obrigatoriedade do visto em março de 2019 sem exigir reciprocidade para os brasileiros em viagem àquele país. A medida fora anunciada na véspera de seu primeiro encontro com o presidente americano, Donald Trump, em Washington. No final do ano, Bolsonaro comemorou a queda de 22% nas mortes violentas no primeiro semestre. “Não há dúvidas que estamos no caminho certo”, tuitou.

FONTE: VEJA/Por Caio Mattos 

Ibaneis Rocha: esse túnel vai representar o renascer de Taguatinga e dessa região

TAGUATINGA
Na Praça do Relógio o governador assinou a ordem de serviço para a construção do túnel e disse que a Hélio Prates será revitalizada ainda em 2020


FOTO: REPRODUÇÃO JORNAL DE BRASÍLIA 

Na tarde desta terça-feira (14) o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha estava na Praça do Relógio para assinar a ordem de serviço para a construção do túnel da região. “Esse túnel vai representar o renascer de Taguatinga e dessa região. É uma obra muito importante e que estava paralisada. Serão mais de um milhão e meio de pessoas beneficiadas, sem contar que também vai ter revitalização do centro de Taguatinga, que vai gerar mais empregos”, disse Ibaneis Rocha. O governador também destacou que a obra do viaduto na entrada da cidade deve ser entregue em 30 dias. Fora isso segundo Ibaneis, a Hélio Prates também começará a ser revitalizada em 2020. 

Resultado de imagem para Na primeira agenda pública do ano, o governador Ibaneis Rocha (MDB) falou sobre a tarifa aplicada ao transporte público que começou a vigorar nesta semana. De acordo com Ibaneis, as contas da área de mobilidade possuem débitos não solucionados de gestões anteriores, o que faz necessário o reajuste aplicado no valor das passagens.
(Foto: Agatha Gonzaga/CB/DA.Press)

Além disso o governador disse que seguirá com a revitalização em outros pontos do DF, a exemplo da W3. A construção de Taguatinga tem dois anos para ficar pronta.  A obra foi liberada pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal em dezembro do ano passado. O objetivo do túnel é diminuir os transtornos com o trânsito no centro da cidade. 

As obras do túnel de Taguatinga terão início em junho, logo após o final do período de chuvas. Os recursos são provenientes de contrato firmado pelo GDF com a Caixa Econômica Federal. O túnel faz parte do projeto viário Corredor Eixo Oeste na região sul do Distrito Federal. 


A via de ligação terá 1.010 metros de extensão e vai contar com duas vias paralelas (com três pistas de rolagem em cada sentido). O túnel fará ligação subterrânea para quem segue para Ceilândia, pela Elmo Serejo e sair na EPTG, além de oferecer via alternativa pela superfície para o Centro de Taguatinga.O investimento é de R$ 275 milhões, com recursos provenientes de financiamento firmado pelo GDF com a Caixa Econômica Federal. A execução está sob responsabilidade do consórcio Novo Túnel.

 A obra deve ser iniciada após o período das chuvas.Aumento das passagens Ao dar início a uma obra que vai melhorar a mobilidade urbana para 1,5 milhão de pessoas, o governador falou sobre o reajuste das tarifas de transporte público. “A medida é necessária. Houve um aumento no valor do combustível e no ano passado absorvemos o reajuste dos trabalhadores do setor. Não tivemos greve em 2019, uma coisa rara no DF, mas precisamos equilibrar as contas da Secretaria de Mobilidade para que a gente possa pagar às empresas”, explicou.

 Ibaneis lembrou que existe um débito com as empresas, herdado de gestões anteriores, que está sendo quitado e que o orçamento não consegue absorver todos esses custos, sendo portanto, o reajuste necessário. “Vamos ter que reajustar tudo isso para que haja equilíbrio”. O governador disse que o transporte público dá prejuízo em todo o mundo, mas que em Brasília chegou a um limite que está estourando o orçamento.

FONTE:JORNAL DE BRASÍLIA/Catarina Lima e Paula Beatriz