segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Mortes em vias urbanas caem quase 50% em 2020

 


Apesar da pandemia, fluxo de veículos não teve grande redução; fiscalização, engenharia e educação de trânsito se mantiveram ativas durante todo o ano

Ações de fiscalização mantêm o ritmo, mesmo com a pandemia de Covid-19: mais segurança para a população | Fotos: Divulgação/Detran

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DF) registrou, em 2020, uma redução de 45% no número de mortes nas vias administradas pela autarquia, contabilizando 53 vítimas contra 96 em 2019. Um levantamento preliminar elaborado pela Gerência de Estatística mostrou também redução de 35% no número total de óbitos ocorridos em todo o DF – considerando as vias urbanas, as rodovias distritais e as federais: de 274, em 2019, para 177 vidas perdidas em 2020.

45%Índice de redução de mortes em vias urbanas do DF administradas pelo Detran

Com esses indicativos, o DF ultrapassou a meta de redução de 50% de mortes em acidentes de trânsito determinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Segurança Viária (2011 a 2020). Como em 2010 foram registradas 461 mortes nas vias do DF, para atingir o objetivo proposto pela ONU, seria necessário reduzir o número de óbitos a um patamar de 230 – e o DF registrou 177 óbitos em 2020, registrando uma redução de 61% em relação à década anterior.

“Enquanto o mundo estava limitado pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19, o Detran não se furtou de sua missão institucional e manteve as ações de fiscalização, engenharia e educação de trânsito de forma ininterrupta”, destaca o diretor-adjunto da autarquia, Gustavo Amaral. “Aproveitamos o momento de crise para nos reinventar e atuar de maneira inovadora, tanto de forma isolada quanto em ações conjuntas com as demais forças de segurança, a fim de preservar vidas”.  O gestor lembra que a ONU já estabeleceu nova redução de 50% para a próxima década (2021-2030) e que o Detran vai continuar trabalhando com esse objetivo.

“Aproveitamos o momento de crise para nos reinventar e atuar de maneira inovadora, tanto de forma isolada quanto em ações conjuntas com as demais forças de segurança, a fim de preservar vidas”Gustavo Amaral, diretor-adjunto do Detran

Fiscalização

A fiscalização segue intensa, apesar de o fluxo de veículos ter diminuído durante o início da quarentena – 19,2% menor em março, 42,1% em abril, 41,3% em maio e 32,2% em junho. Mesmo com 44% de redução no número de blitzes, em cumprimento às restrições sanitárias, os agentes adotaram estratégias diferentes de fiscalização. Ainda assim, as equipes executaram um total de 527 blitzes e recolheram ao depósito 9.932 veículos flagrados em situação de irregularidade de trânsito.

“Durante o ano de 2020, inovamos na forma de atuar, trocando as blitzes tradicionais por patrulhamentos em locais previamente analisados e operações com foco específico em alguns públicos, como os motociclistas, por exemplo”, explica o diretor de Policiamento e Fiscalização do Detran, Lúcio Lahm. “Esse policiamento ostensivo inibe a prática de infrações que colocam em risco a segurança do tráfego de veículos e pessoas, aumentando a segurança da população e preservando vidas”, observa.

Como resultado desse trabalho, o número de autuações por alcoolemia foi 18% maior que em 2019, passando de 13.680 para 16.112 em 2020. A quantidade de condutores não habilitados flagrados nas vias do DF também foi maior, registrando um aumento de 3% em relação a 2019: de 13.245 para 13.673 em 2020.

16.112atuações por alcoolemia foram registradas em 2020, contra 13.680 em 2019

Outras infrações apresentaram redução nos flagrantes, mas continuaram com números altos: deixar de usar o cinto de segurança (63.866) e usar o celular enquanto dirige (38.998). Em 2019, 72.243 condutores tinham sido autuados pelo Detran pela falta do cinto de segurança e 42.680 pelo uso do celular ao volante.

Educação

As equipes de educação também estiveram nas ruas durante todo o ano, mesmo com as restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Em maio, por recomendação do Denatran, o conjunto de ações de conscientização em prol da segurança do trânsito, conhecido como Maio Amarelo, foi realizado de forma digital em todos os estados.

No DF, além de uma série de animações veiculadas nas mídias sociais da autarquia, com informações sobre a importância de pedestres, ciclistas, motociclistas e condutores perceberem o risco e protegerem a vida, as equipes de educação de trânsito empreenderam 35 ações educativas com identificação visual e bonecos, em pontos estratégicos das cidades, para levar as mensagens de conscientização à população.

“O momento de distanciamento social vivido em 2020 nos trouxe a percepção das mídias sociais como complemento das ações educativas presenciais”, ressalta o diretor de Educação e Trânsito do Detran, Marcelo Granja. “Criamos um podcast no Spotify do Detran, onde toda sexta-feira um profissional da Educação de Trânsito falava sobre temas de relevância para a segurança de pedestres, ciclistas, motociclistas e outros condutores. Vimos que a quantidade de pessoas impactadas de forma direta e indireta pelos canais digitais é imensurável, e vamos continuar com este trabalho em 2021.”

No total, a Diretoria de Educação de Trânsito registrou 281 ações educativas, atendendo diretamente 148.933 pessoas, fora as campanhas de mídia veiculadas em rádio, jornal, revistas, televisão e internet. Mesmo com as aulas suspensas por quatro meses, a Escola Pública de Trânsito ofertou 264 cursos e capacitou 4.137 pessoas de forma presencial. Como forma de discutir com a população comportamentos seguros no trânsito, a Diretoria de Educação realizou ainda palestras virtuais e lives pelas redes sociais do Detran, com a participação de servidores e especialistas convidados.

148.933pessoas foram atendidas em ações educativas de trânsito

Engenharia

Diretoria de Engenharia: 2.549 faixas sinalizadas durante o ano

Outro setor que não parou em 2020, mesmo com o isolamento social, foi a Diretoria de Engenharia, que sinalizou 2.549 faixas de pedestres, 48.230 vagas de estacionamento, 804 vagas para idoso, 707 vagas para portador de deficiência, instalou 3.905 placas de sinalização e efetuou a pintura de 92.806m² de faixas de bordo, retenção, aproximação e tracejado nas vias urbanas do DF.

“Ainda mantivemos, diuturnamente, inclusive durante a pandemia, o serviço de manutenção semafórica nos 471 cruzamentos do DF, atendendo chamados da população, e aproveitamos esse período para planejar e municiar a autarquia de meios para solucionar problemas antigos de baixa visibilidade da sinalização no período da seca”, esclarece o diretor de Engenharia de Trânsito da autarquia, Pedro Paulo Barbosa.  Segundo ele, o Detran já está com uma empresa contratada para atuar, este ano, na lavagem das faixas de pedestre de todo o Distrito Federal, conferindo maior segurança viária.

 

Com informações do Detran

AGÊNCIA BRASÍLIA

Covid-19: vacina Sputnik V começará a ser produzida no DF na sexta-feira

COVID-19

Inicialmente, o objetivo é que a vacina seja exportada para países da América Latina. A farmacêutica brasileira União Química protocolou o pedido de teste 3 da vacina no Brasil, e o DF está na lista de unidades da Federação para testagem

CRÉDITO OLHAR DIGITAL

A produção da vacina Sputnik V no Distrito Federal deve começar na próxima sexta-feira (15/1), informou a farmacêutica brasileira União Química ao Correio. A empresa é uma das parceiras do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para a elaboração das doses do imunizante contra a covid-19, as quais devem ser desenvolvidas pela Fábrica Bthek.  De acordo com a farmacêutica, após a fase de produção, a vacina será envasada e fracionada em Guarulhos (SP). A empresa informou que submeteu o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).   Embora o Brasil seja prioridade para a União Química, a princípio, as doses produzidas no DF serão exportadas para países da América Latina que já registraram a Sputnik V, como Argentina e Bolívia. Para a distribuição e uso em território nacional, é necessário que a empresa tenha autorização da Anvisa.  Procurada pela reportagem, a Anvisa informou que analisa o pedido de teste fase 3 da Sputnik V no Brasil — recebido em 29 de dezembro. "A agência pediu complementação de informações. 

Até o momento, não recebemos os dados necessários para continuar a análise", esclareceu a pasta.   A União Química explicou que entregará as informações solicitadas pela Anvisa nesta semana. A partir da liberação da autarquia, ocorrerá os testes clínicos do imunizante. O Correio apurou que o DF está entre as unidades da Federação que farão parte do estudo.  

O Ministério da Saúde (MS) também foi procurado para informar sobre o processo de produção da Sputnik V, contudo, até a mais recente atualização desta matéria, não respondeu aos questionamentos. O espaço segue aberto para futuras manifestações.  


  CORREIO BRAZILIENSE/Sarah Peres









FOTO: CNN BRASIL


Operário morre após explosão em obra do governo do DF


DF

Antônio Gomes do Nascimento, de 42 anos, trabalhava na construção das galerias de águas pluviais da Rua 8, em Vicente Pires. Ele estava internado na UTI desde 1º de dezembro.

Bombeiros resgatam operário após acidente com explosivo no DF — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação



O operário ferido após a explosão em uma obra do governo do Distrito Federal, em Vicente Pires, no dia 1º de dezembro, morreu na madrugada deste domingo (10). Antônio Gomes do Nascimento, de 42 anos, estava internado na unidade de tratamento intensivo (UTI) do Hospital de Base desde o dia do acidente.

Ele era funcionário de uma empresa contratada pelo GDF e trabalhava na construção das galerias de águas pluviais da Rua 8, em Vicente Pires. À época, o governo informou que "um material utilizado para a implosão das rochas acabou explodindo acidentalmente".

Antônio sofreu múltiplas fraturas pelo corpo, perdeu uma perna, a mão direita e dois globos oculares. O corpo dele será sepultado, às 16h, no cemitério de Planaltina.

G1 questionou o GDF sobre o ocorrido, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Na época do acidente, o secretário de Obras do GDF, Luciano Carvalho, disse que a pasta acompanharia a situação do funcionário.

"Designei um servidor para acompanhar de perto toda a situação do Antônio. Além disso, representantes da empresa Basevi estão a postos para prestar toda a assistência necessária ao operário acidentado e seus familiares", disse em nota.

A reportagem tenta contato com familiares da vítima.


FONTE: G1 DF



Covid-19: OMS fará visita de inspeção à China na quinta-feira

 


Pandemia já matou quase 2 milhões de pessoas em vários países

Publicado em 11/01/2021 - 09:29 Por RTP - Lisboa

RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Uma equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável por investigar a origem do novo coronavírus, vai iniciar na quinta-feira (14) uma visita à China, inicialmente prevista para a semana passada, informaram as autoridades chinesas.

Na semana passada, a viagem foi cancelada por falta de autorizações necessárias, o que foi dado agora pelo governo chinês.

"Após discussões, a equipe de especialistas da OMS [...] visitará a China a partir de 14 de janeiro para inspeções", informou a Comissão de Saúde da China, em comunicado, acrescentando que os peritos "conduzirão investigações conjuntas com cientistas chineses sobre as origens da covid-19".

Pequim não forneceu mais informações sobre o programa da visita, mas é esperado que os especialistas sejam colocados em quarentena na chegada ao país.

Na terça-feira, numa rara demonstração de tensões entre a OMS e o governo chinês, o diretor daquela agência das Nações Unidas, Tedros Ghebreyesus, disse estar "muito decepcionado" com os obstáculos colocados pelas autoridades chinesas à chegada dos especialistas, para uma missão que sofreu meses de atrasos.

Equipe da OMS irá até Wuhan

A missão é formada por técnicos ligados à OMS, à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e à Organização Mundial de Saúde Animal, tendo como principal objetivo viajar até Wuhan, onde foram notificados os primeiros casos de covid-19, no final de 2019.

Cientistas dos Estados Unidos, Japão, Rússia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Austrália, Vietnã, Alemanha e Catar farão parte da missão.

Especialistas da OMS já visitaram a China, em fevereiro e julho do ano passado, para investigar as origens do novo coronavírus, embora em ambas as ocasiões poucos detalhes tenham sido divulgados. A visita é um assunto sensível para o governo chinês, preocupado em afastar responsabilidades em relação à pandemia.

Nas últimas 24 horas, a China identificou 103 novos casos de covid-19, o total mais alto desde o fim de julho. O país somou 87.536 infectados desde o início da pandemia e 4.634 mortos.

A pandemia de covid-19 provocou 1.926.570 mortes resultantes de mais de 89 milhões de casos de infecção em todo o mundo.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.


Por RTP - Lisboa

Arábia Saudita anuncia criação de cidade ecológica sem carros

 


Informação foi dada pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman

Publicado em 11/01/2021 - 07:28 Por RTP - RIAD

RTP - Rádio e Televisão de Portugal

A Arábia Saudita, o maior exportador mundial de petróleo bruto, anunciou a criação de uma cidade ecológica com "zero carros, zero estradas, zero emissões de CO²" no Neom, área no noroeste do país que se encontra em desenvolvimento.

Uma região futurista e turística, Neom está na lista dos muitos megaprojetos em curso para diversificar a economia da Arábia Saudita, que depende fortemente da exportação do petróleo.

"Como presidente da direção da Neom, apresento "The Line", uma cidade que pode acomodar 1 milhão de habitantes, tem 170 quilômetros de comprimento e preservará 95% das áreas naturais", anunciou o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman em comunicado transmitido na televisão.

"Não haverá carros, estradas e terá emissões zero de carbono", acrescentou o líder do país, que é a maior economia do mundo árabe, mas regularmente classificada entre os estados mais poluidores do mundo.

"Devemos transformar as cidades em cidades do futuro", disse, referindo-se a uma "revolução civilizacional".

Quanto a detalhes do projeto, só serão divulgados mais tarde, assegurou o príncipe Mohammed bin Salman, antes de mostrar imagens computorizadas da "linha" e paisagens de desertos primitivos e mares azuis.

A cidade pensada para pedestres terá serviços como escolas e centros de saúde, bem como espaços verdes e transportes públicos de alta velocidade, que não fazem mais de 20 minutos de viagem, de acordo com um comunicado de imprensa.

O novo centro urbano será também baseado em tecnologias de inteligência artificial (IA) e "equipamento de baixo impacto de carbono, alimentado a 100% por energia renovável".

A construção da "The Line" terá início no primeiro trimestre de 2021 e será financiada pelo Fundo Saudita de Investimento Público (PIF), o principal instrumento da política de diversificação econômica do país.

O projeto vai criar 380 mil empregos e a sua contribuição para o Produto Interno Bruto está estimada em 180 bilhões de riyals (moeda da Arábia Saudita, mais de 39 bilhões de euros) até 2030, de acordo com a nota da Neom.


Por RTP - RIAD


Brasil tem 8,1 milhões de casos acumulados de covid-19

 


Total de pessoas recuperadas da doença chega a 7,16 milhões

Publicado em 10/01/2021 - 21:03 Por Agência Brasil - Brasília

O balanço divulgado neste domingo (10) pelo Ministério da Saúde registra 29.792 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 8.105.790 pessoas infectadas pela doença desde o início da pandemia.

Segundo o Ministério da Saúde, de ontem até as 18h de hoje (10), foram confirmadas 469 mortes em decorrência de complicações causadas pelo vírus. Com isso, o total de pacientes que perderam a vida chega 203,1 mil.

Ainda, de acordo com o ministério, 7.167. 651 pessoas (88,4%) já se recuperaram da covid-19. Outras 735.039 (9,1%) estão em acompanhamento e 2.603 casos continuam sendo investigados.
O balanço do ministério é feito a partir de registros reunidos pelas secretarias estaduais de Saúde e enviados à pasta para consolidação.

Situação Epidemiológica da Covid-19 no Brasil 10_01_2021
Situação Epidemiológica da Covid-19 no Brasil 10_01_2021 - Divulgação/Ministério da Saúde

Covid-19 nos estados

São Paulo se mantém com o maior número de casos no país e chegou hoje (10) a 1.546.132 pessoas contaminadas, com 48.351 óbitos. Os outros estados com maior número de casos no país são Minas Gerais (592.311), Santa Catarina (520.577) e Bahia (512.841). Já o Acre tem o menor número de casos (43.127), seguido de Roraima (69.732) e Amapá (70.902).

Edição: Nélio de Andrade


 Por Agência Brasil - Brasília

Eleitor tem até esta semana para justificar ausência no 1º turno

 



Prazo termina quinta-feira (14) 

Publicado em 11/01/2021 - 06:12 Por Agência Brasil - Brasília

O eleitor que não compareceu às urnas no primeiro turno das eleições municipais de novembro tem até esta semana para justificar a ausência. Caso o procedimento não seja realizado, será preciso pagar uma multa. Quem não regularizar a situação pode ficar sujeito a restrições.

O prazo vence na quinta-feira (14) para quem faltou ao primeiro turno das eleições municipais 2020. Para o segundo turno, o limite é 28 de janeiro.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomenda que a justificativa seja feita, preferencialmente, por meio do aplicativo e-Título, disponível para celulares com sistemas operacionais Android ou iOS.

O procedimento pode ser feito também pela internet, por meio do Sistema Justifica. Ou ainda de modo presencial, no Cartório Eleitoral. Em qualquer um dos casos, o eleitor precisará preencher um Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE), descrevendo por que não votou. O TSE pede que seja anexada documentação que comprove a razão da falta.

Isso porque o RJE pode ser recusado pela Justiça Eleitoral, se a justificativa não for plausível ou se o formulário for preenchido com informações que não permitam identificar corretamente o eleitor, por exemplo.

Se tiver o requerimento negado, para regularizar a situação o eleitor precisará pagar a mesma multa de quem perdeu o prazo para a justificativa. O valor da multa pode variar, de acordo com o estipulado pelo juízo de cada zona eleitoral. Existe a possibilidade de o eleitor solicitar isenção, se puder comprovar que não tem recursos para arcar com a penalidade.

Cada justificativa é válida somente para o turno ao qual o eleitor não compareceu por estar fora de seu domicílio eleitoral. Ou seja, se não tiver votado no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência de cada um, separadamente, obedecendo aos mesmos requisitos e prazos de cada turno.

Nas eleições 2020 foi registrada abstenção recorde tanto no primeiro (23,14% do eleitorado) quanto no segundo (29,5%). Quando foram realizadas as votações, o Brasil tinha 147.918.483 eleitores aptos a votar.

A justificativa para a ausência é necessária porque o voto é obrigatório para quem tem entre 18 e 70 anos, conforme o Artigo 14 da Constituição. Quem não justificar e não pagar a multa para regularizar a situação junto à Justiça Eleitoral fica sujeito a uma série de restrições legais, impedido de: 

- obter passaporte ou carteira de identidade;

- receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;

- participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, do Distrito Federal, dos municípios ou das respectivas autarquias;

- obter empréstimos nas autarquias, nas sociedades de economia mista, nas caixas econômicas federais e estaduais, nos institutos e caixas de Previdência Social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos;

- inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, e neles ser investido ou empossado;

- renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;

- praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda;

- obter certidão de quitação eleitoral;

- obter qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.

Edição: Graça Adjuto


 Por Agência Brasil - Brasília

Plataforma promove compartilhamento de materiais na economia

 


Conecta Recursos foi desenvolvida pela Firjan

Publicado em 11/01/2021 - 06:38 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Com o objetivo de estimular a colaboração entre organizações de todos os setores da economia, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) desenvolveu a plataforma Conecta Recursos, que estimula a economia circular por meio do compartilhamento de materiais e máquinas.

Dentro da área de articulação institucional, o reaproveitamento de resíduos já era uma questão trabalhada pelos técnicos da Firjan. “A indústria já percebe valor na reutilização e na comercialização de materiais”, disse à Agência Brasil a especialista em Meio Ambiente da Firjan, Carolina Zoccoli. Isso se aplica não só à questão de resíduos, mas de qualquer recurso que as empresas considerem ocioso ou que esteja em desuso e que não apresente valor para elas.

Esse resíduo não precisa necessariamente ser industrial. Pode ser uma matéria-prima da indústria têxtil, por exemplo, adquirida para uma nova coleção, que sobrou e é de ótima qualidade. “Com essa prática do compartilhamento, a gente veio percebendo que um laboratório imenso, que só é utilizado durante um turno, ou um período do ano, pode servir a outra companhia”, disse Carolina.

Reflexão

A plataforma Conecta Recursos foi criada para fazer as empresas refletirem sobre o que elas têm disponível em termos de recursos e está ocioso no momento, ou em todos os momentos, e não é mais usado naquele processo, afirmou a especialista da Firjan. “Ela pode compartilhar para que outras empresas tenham condições de absorver aquele valor e obter algum resultado daquela negociação”.

A ideia é fazer com que as coisas não fiquem paradas, que não haja desperdício. “Que não se perca nada”. Ao mesmo tempo, significa uma fonte de renda extra para as empresas que estavam se recuperando de uma crise econômica e, diante da pandemia do novo coronavírus, tiveram que se reinventar para sobreviver. Carolina Zoccoli afirmou que no momento em que as empresas identificarem o que têm parado ou ocioso, de forma permanente ou não, serão estimuladas a ter o olhar mais colaborativo e menos competitivo, no sentido de esconder dos outros suas estratégias.

Gratuidade

Carolina informou que as empresas que quiserem poderão anunciar, de forma gratuita, na plataforma Conecta Recursos, maquinário, matérias-primas ou instalações ociosas ou sem uso. A plataforma está aberta somente para pessoas jurídicas com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ativo, de qualquer segmento econômico. “Pode ser um laboratório, centro de pesquisa, empresa prestadora de serviços. Não precisa ser só indústria, não”. Ela observou que a plataforma é uma tentativa de trazer um pouco o empresário para essa nova realidade mais colaborativa e evitar o desperdício. “A gente está apostando bastante nesse propósito”.

A proposta da plataforma Conecta Recursos é fazer circular recursos disponíveis por meio de doações, trocas, empréstimos ou venda. A economia compartilhada é um modelo de negócio que ganha cada vez mais força, na medida em que estimula o comportamento de consumo mais consciente. A Firjan não interfere na negociação, que é livre entre as partes interessadas.

A plataforma pode ser acessada na página conectarecursos.firjan.com.br

Edição: Graça Adjuto


Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Mercado financeiro prevê queda do IPCA de 4,38% para 4,37%

 


A informação foi dada hoje pelo Banco Central

Publicado em 11/01/2021 - 09:25 Por Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O Banco Central (BC) baixou, pela segunda semana consecutiva, a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país), de 4,38% para 4,37%, conforme indica o boletim Focus divulgado hoje (11). Com periodicidade semanal, o documento reúne informações dos principais indicadores da economia.

O indicador ultrapassa o centro da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4%. Contudo, se considerada a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o índice, porém, permanece dentro da meta, já que pode variar de 2,5% a 5,5%.

A projeção para 2021 também foi reajustada, de 3,32% para 3,34%, voltando ao que era previsto na última semana de dezembro. Já o índice esperado para 2022 e 2023 permaneceu inalterado, de 3,50% e 3,25%, respectivamente.

Outro parâmetro adotado pelo mercado financeiro é a taxa básica de juros, a Selic, que consiste no principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Nesta edição, a taxa prevista para 2021 foi recalculada de 3% para 3,25%. Quanto a 2022 e 2023, a expectativa é de que seja de 4,5% e 6%.

No dia 9 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou a decisão, tomada em unanimidade, de manter a Selic em 2% ao ano. A redução da Selic favorece o barateamento do crédito e leva a um menor controle da inflação, o que estimula a produção e o consumo. Apesar disso, os bancos consideram também outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, a margem de lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando a Selic é mantida, o comitê considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.

Atividade econômica e dólar

O mercado financeiro atualizou de 4,36% para 4,37% o valor referente à retração da economia em 2020, mensurada a partir do Produto Interno Bruto (PIB), que resulta da soma de todas as riquezas do país. Quanto a este ano, a revisão foi de 3,40% para 3,41%. Para os anos de 2022 e 2023, manteve em 2,50%.

Ainda segundo o boletim Focus, a cotação do dólar para 2021 foi mantida em R$ 5,00. O valor estimado para 2022 é de R$ 4,90.

Edição: Valéria Aguiar


Por Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Agência Brasil explica: como entrar em 2021 com as contas no azul

 


Especialistas mostram como é possível por a vida financeira em ordem

Publicado em 11/01/2021 - 05:29 Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Depois de um ano difícil por causa da pandemia de covid-19, que gerou impacto negativo no orçamento de milhares de famílias brasileiras, a virada para 2021 traz esperança de que tempos melhores virão. Especialistas ouvidos pela Agência Brasil mostram que é possível colocar a vida financeira em ordem e passar do vermelho para o azul, de modo a ter uma vida financeira saudável.

Para o diretor de Operações da Simplic, João Figueira, a resposta para essa questão é o planejamento, que em um momento de pandemia não é algo fácil, principalmente porque os brasileiros não costumam ter disciplina no controle do que ganham e gastam. Segundo Figueira, isso não é algo tão complexo de ser feito, já que há ferramentas online, até mesmo as planilhas do Excel. 

"Na parte dos gastos, habitualmente as pessoas começam pelas despesas fixas que são mais fáceis de controlar, como água, eletricidade, aluguel, transporte. O que vemos as pessoas falharem é não colocar aquelas despesas que não acontecem de forma recorrente, como o IPTU e IPVA, que vêm agora em janeiro".

Figueira destaca que é preciso estar atento ao dia de vencimento das despesas, ou seja, é preciso que essa data esteja de acordo com o dia em que se costuma ter o rendimento. "É muito comum ver pessoas que recebem no último dia do mês e colocam suas despesas com vencimento para o dia 20, por exemplo. O problema é que você está tendo a despesa dez dias antes de ter o rendimento, e aí dez dias de juros são pagos sem necessidade", diz.

Ele ressalta que o primeiro passo é conhecer bem a dívida, verificando nos órgãos de proteção ao crédito e falando direto com os credores, sejam bancos, cartões de crédito ou lojas onde tenham sido feitas compras parceladas, para renegociar, prática comum no mercado e que é benéfica para as duas partes.

"Ligar e perguntar quanto você está devendo e, mais do que isso, entender o detalhe dessa divida: quanto você estava devendo originalmente e quanto contabilizou de juros posteriormente. Saber essa diferença é importante porque permite fazer uma renegociação bem-sucedida. É preciso ter uma conversa franca com o credor para adequar o pagamento ao seu planejamento", afirmou.

 A criadora do Finanças Femininas, Carol Sandler, completou que é preciso fazer uma autoanálise das finanças, usando como base as faturas e extratos dos últimos três meses, olhando linha por linha e separando o que é essencial e o que são pagamentos de parcelas de dívidas e também o dinheiro que eventualmente conseguiu guardar. A partir disso, basta analisar as proporções do que é gasto com cada categoria e comparar com o que seria o ideal. 

"Se a pessoa está endividada, existe uma proporção ideal para isso, que é 50% para bancar os essenciais, 20% os supérfluos e 30% o pagamento das parcelas das dívidas. Para quem não está endividado, a proporção muda para 50% para os essenciais, 30% para supérfluos e 20% para guardar todo mês. Não dá para sonhar com atingir o mundo ideal do dia para a noite, mas é importante fazer esse exercício para ver qual é a sua realidade financeira agora e começar a entender o que é preciso fazer", explicou.

Para quem está muito endividado, a dica é listar todas as dívidas e verificar se o gasto com elas é muito maior do que os 30% ideais. Se isso ocorre, o melhor é fazer a renegociação, mostrando que o percentual da renda mensal comprometida é maior do que o possível e, assim, insustentável. "A partir daí, deve-se questionar o credor sobre a melhor negociação possível para ficar com uma dívida capaz de ser paga. O que o credor mais quer ver é sua intenção de pagar a dívida". 

Carol lembrou que ao olhar os juros é fácil perceber quais são as dívidas que devem ser pagar primeiro. Geralmente são as de cartão de crédito e cheque especial, porque são as mais caras, com juros maiores. "Sempre priorizamos o que tem os juros maiores, porque são as dívidas que crescem mais rápido e que acabam se tornando as mais caras. Em alguns casos, se a taxa de juros de um empréstimo for mais baixa do que a da dívida, vale a pena pegar o empréstimo para pagar a dívida".

Outro detalhe a observar para manter as contas no azul são as tentações que aparecem a todo tempo e que levam  ao consumo desnecessário. Segundo Carol, o maior vilão do endividamento é o cartão de crédito, que dá a falsa ideia de que que temos dinheiro sobrando. "Essa dívida é baseada na desorganização, no descontrole, no impulso. Então, o que eu sugiro é que a pessoa, pare e olhe como ela está gastando esse dinheiro, porque fazendo esse exercício de ver quanto se gasta com supérfluos, é possível identificar onde há um problema".

Ela ensina ainda truques como antes de fazer qualquer compra por impulso, tirar dez minutos para pensar em outra coisa, mudando o foco, fazendo outra atividade. Depois desses dez minutos, analisar se ainda se lembra do que estava prestes a comprar. Outra ideia é anotar todos os impulsos que tem, sempre que der vontade de comprar alguma coisa, para depois analisar se há dinheiro para comprar aquilo ou não. 

"O que eu vejo é que os impulsos vêm e nem sempre eles correspondem ao desejo real da pessoa. Você compra uma coisa pela internet e quando chega, a pessoa nem lembrava que havia pedido aquilo e acaba ficando largado em casa. Às vezes, só dar distância para controlar o impulso, ver se realmente quer aquele produto, já pode impactar muito", afirmou. 

Outra dica é desfazer a inscrição em e-mails marketing de lojas nas quais se costuma comprar, parar de seguir marcas nas redes sociais, além de influenciadores que fazem com que se gaste mais, e assim criar um ambiente onde não fique tão exposto a desejos de consumo. 

Edição: Graça Adjuto



Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo