domingo, 26 de abril de 2020

Sepultamento em tempos de covid-19 exige mudança de rituais


 Cemitério Municipal Quarta Parada

Caixões lacrados impõem novas formas de encarar o luto e a morte

Publicado em 26/04/2020 - 12:54 Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Diante da pandemia do novo coronavírus, dezenas de famílias se viram obrigadas a passar pelo processo de morte e luto de um ente querido à distância. Sem velórios ou com um número reduzido de pessoas e de tempo, com caixões lacrados, os enterros em tempos de covid-19 exigiram mudanças como participação de parentes via chamada de vídeo, rituais religiosos pela internet ou mesmo cerimônias solitárias.
“Os rituais diante da morte são muito importantes, porque regularizam as experiências, fornecem um lugar seguro, desde um lugar físico, até um lugar afetivo importante para expressão das emoções, para que as pessoas possam enfrentar este momento juntas. Com a covid -19, esses rituais, que tinham função apaziguadora, organizadora, não estão acontecendo, e isso representa um risco para o luto complicado após a morte, porque não foram feitas as despedidas” afirma a coordenadora do Laboratório de Estudos e Intervenções sobre Luto da PUC-SP, professora Maria Helena Pereira Franco.
A docente prevê um tempo bastante difícil no que diz respeito à saúde mental e o luto: “As pessoas que apresentam um luto complicado vão ter algumas demandas que precisarão ser atendidas, como por exemplo, buscarão mais os serviços de saúde, pois ficarão mais atentas a algum sintoma, terão mudanças no sistema imunológico, ficando mais suscetíveis a adoecer”.
Ela explica que haverá impacto também no âmbito social, na relação com grupos maiores, nas relações familiares. “Inclusive, por não terem a oportunidade de se despedir, podem ficar com a expectativa de que aquela morte não aconteceu, porque não tiveram a concretude da morte que os rituais proporcionam”, explica. Para Maria Helena, é importante pensar em alternativas e adapatações a esta falta, justamente porque é importante que o luto seja feito, nem que seja uma reunião online com amigos e familiares da pessoa falecida.

Rituais religiosos

Do ponto de vista religioso, o contato físico diante da morte é também uma forma de prestar solidariedade e acolhimento, afirma o professor da Faculdade de Teologia da PUC-SP, padre Sérgio Lucas.
“A perda de um ente querido é sempre uma experiência de dor, mesmo quando se dá ao final de um longo processo de adoecimento. Para lidar com esse evento, muitas pessoas recorrem às práticas religiosas, que podem oferecer significativa ajuda, mas com o distanciamento social provocado pela covid-19 refletimos sobre a possibilidade de realizar os rituais religiosos fúnebres de outras formas”, informa o professor.
Ele explica, que mesmo que não seja um ritual religioso, a despedida é importante. “No momento do falecimento, as pessoas se reúnem e elaboram algum ritual de despedida, um ritual que pode ser laico, pode ser conduzido por um conhecido, um próprio membro da família, não precisa ser nada elaborado, e é muito importante e significativo que se tenha esse momento, porque é a hora que as pessoas podem expressar suas emoções, naquele momento tão difícil no qual a gente se despede de uma pessoa que partiu”.
Padre Lucas explica, porém, que existem os rituais religiosos e que há a possibilidade de um ritual fúnebre religioso mesmo com a situação de isolamento social: “Não temos como elaborar um ritual com todas as partes que geralmente se faz, com as pessoas participando, esse talvez não seja tão simples de ser organizado num momento desse, mas é fundamental que as famílias saibam que existe  a possibilidade. Após notificar um religioso, é bom que se organize um tempo breve, pouco antes do sepultamento ou cremação, e nesse tempo a gente possa fazer uma chamada de vídeo, usar essas plataformas para congregar mais pessoas, e fazer algumas das orações que são feitas nesse momento específico que possam fortalecer essas famílias”.
A despedida pode ajudar os entes a ter um consolo: “A importância desse ritual é justamente porque acentua o fato de que essa pessoa querida não está saindo da nossa vida de qualquer jeito, é preciso oferecer alguma coisa para essa pessoa que está partindo, e isso pode ser muito confortante para os entes sobreviventes”.

Luto complicado

O professor explica que os rituais são importantes para evitar o ‘luto complicado’. “Um conforto maior para que se possa evitar o que na psicologia nós chamamos de ‘luto complicado’, porque nem todas as pessoas conseguem lidar com facilidade com a morte. Aliás lidar com a morte é sempre difícil, mas algumas têm mais dificuldade em lidar e desenvolvem o luto complicado. A realização de um ritual religioso pode ser o fator de prevenção de um luto complicado”.
Padre Lucas diz ainda que, mesmo que não se consiga fazer um ritual nesse momento próximo ao sepultamento, pode ser organizado sim um encontro virtual com várias pessoas e nesse encontro pode-se organizar um ritual de despedida, de manifestação e expressão de sentimentos, no qual os familiares podem falar sobre aquilo que vem ao coração.
"Isso, talvez, minimize a dor das pessoas que perdem seus entes queridos e se veem [por conta da pandemia], limitadas a expressar seus sentimentos e manifestar um gesto de despedida dessas pessoas”, finaliza.
Edição: Denise Griesinger


Estado do Rio tem 7.111 casos confirmados e 645 mortes por covid-19


População usa máscaras nas ruas do Rio de Janeiro, desde ontem (23) a prefeitura tornou o uso obrigatório através de decreto.

Nas últimas 24 horas foram confirmados 283 casos e 30 óbitos

Publicado em 26/04/2020 - 19:18 Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

O estado do Rio de Janeiro tem hoje (26) 7.111 casos confirmados da covid-19 e 645 óbitos. Nas últimas 24 horas, foram 283 casos confirmados e 30 óbitos, segundo dados divulgados pela secretaria estadual de Saúde. Outros 278 óbitos seguem em investigação.
A capital registra o maior número de casos confirmados: 4.498. Seguido dos municípios de Nova Iguaçu (310), Duque de Caxias (300), Niterói (260) e Volta Redonda (189). Setenta e seis dos 92 municípios do estado apresentaram casos do novo coronavírus.
Em relação aos óbitos, 41 municípios já registraram mortes em decorrência da doença. A cidade do Rio de Janeiro segue com o maior número de óbitos (383). Em seguida, está o município de Duque de Caxias, um dos últimos a fazer o isolamento social, com 63 mortes. Nova Iguaçu (24), Niterói (19) e São Gonçalo (19) completam a lista dos cinco municípios com mais óbitos no estado.
Veja que cidades têm casos de covid-19 no estado do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro (4.498), Nova Iguaçu (310), Duque de Caxias (300), Niterói (260), Volta Redonda (189), São Gonçalo (183), Belford Roxo (146), São João de Meriti (136), Mesquita (132), Petrópolis (80), Itaboraí (79), Magé (66), Maricá (52), Nilópolis (50), Queimados (44), Nova Friburgo (43), Macaé (41), Teresópolis (36), Araruama (30), Rio das Ostras (28), Cabo Frio (27), Barra Mansa (25), Itaguaí (24), Japeri (23), Casimiro de Abreu (21), Rio Bonito (19), Barra do Piraí (17), Paracambi (17), São Pedro da Aldeia (17), Resende (16), Iguaba Grande (15), Angra dos Reis (11), Tanguá (11), Cachoeiras de Macacu (10), Seropédica (nove), Campos dos Goytacazes (oito), Sapucaia (oito), Três Rios (oito), Armação de Búzios (sete), Bom Jesus de Itabapoana (sete), Miguel Pereira (sete), Saquarema (sete), Mangaratiba (seis), Arraial do Cabo (cinco), Bom Jardim (cinco), Guapimirim (cinco), Paraíba do Sul (cinco), Paraty (cinco), Pinheiral (cinco), Valença (cinco), São Fidélis (quatro), Silva Jardim (cinco), Itaperuna (três), Itatiaia (três), Piraí (três), Porto Real (três), Quatis (três), Quissamã (três), Vassouras (três), Aperibé (dois), Areal (dois), Conceição de Macabu (dois), Paty do Alferes (dois), Rio das Flores (dois), São Francisco de Itabapoana (dois), Sumidouro (dois), Cantagalo (um), Carapebus (um), Cordeiro (um), Mendes (um), Porciúncula (um), Santa Maria Madalena (um), Santo Antônio de Pádua (um), São João da Barra (um), São José de Ubá (um) e São Sebastião do Alto (um).
A lista dos óbitos no estado: Rio de Janeiro (382), Duque de Caxias (63), Nova Iguaçu (24), Niterói (19), São Gonçalo (19), São João de Meriti (13), Volta Redonda (11), Mesquita (10), Belford Roxo (oito), Macaé (oito), Maricá (oito), Petrópolis (oito), Itaboraí (sete), Rio das Ostras (seis), Tanguá (seis), Magé (cinco), Iguaba Grande (quatro), Resende (quatro), Barra do Piraí (três), Cabo Frio (três), Itaguaí (três), Nilópolis (três), Nova Friburgo (três), Queimados (três), Rio Bonito (três), Mangaratiba (dois), São Pedro da Aldeia (dois), Sapucaia (dois), Araruama (um), Arraial do Cabo (um), Barra Mansa (um), Bom Jardim (um), Bom Jesus de Itabapoana (um), Cachoeira de Macacu (um), Campos dos Goytacazes (um), Japeri (um), Miguel Pereira (um), Paracambi (um), Paraty (um), São Francisco de Itabapoana (um) e Teresópolis (um).
Edição: Denise Griesinger



Estado de São Paulo atinge 1,7 mil óbitos por covid-19


Covid-19: SP registra mais 167 mortes e atinge 1,5 mil óbitos

Número de casos confirmados soma 20.715

Publicado em 26/04/2020 - 18:17 Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O estado de São Paulo registrou nas últimas 24 horas mais 33 óbitos decorrentes da covid-19. No total, a doença já matou 1,7 mil pessoas no estado. Na capital foram registrados 66% dos óbitos, enquanto no interior, litoral e cidades da Grande São Paulo, 34%. A mesma proporção ocorre em relação aos casos confirmados da doença, que somam hoje (26) 20.715. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com a pasta, permanece em 128 o número de cidades paulistas que já registraram ao menos uma morte decorrente de covid-19. O número de municípios com, no mínimo, um caso confirmado da doença continua 284, ou 44% das cidades do estado. Não houve alteração nesses números em comparação ao balanço divulgado ontem (25).
Em relação a internações, a rede pública de saúde em São Paulo funciona com ocupação de 58,9% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) reservados para o tratamento de covid-19. Na Grande São Paulo, esse número é de 77,3%. Também não houve variação desses números em relação aos dados de ontem.
Neste domingo, há 7,5 mil pacientes com suspeita ou com a doença confirmada internados em hospitais da rede pública paulista: 2.908 em UTIs e 4.619 em enfermarias. Ontem, esses números eram 2.906 e 4.546, respectivamente.
Edição: Denise Griesinger


Em 24 horas, país tem 3,3 mil novos casos e 189 mortes por covid-19


Em 24 horas, Brasil tem 3,3 mil novos casos e 189 mortes por covid ...

Mais de 30 mil pessoas já se recuperaram da doença

Publicado em 26/04/2020 - 17:35 Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência - Brasília

O Ministério da Saúde informou, neste domingo (26), que o Brasil tem 61.888 casos confirmados de covid-19 e 4.205 mortes. De acordo com a última atualização do órgão, 30.152 pessoas infectadas estão recuperados (49%) e 1.322 óbitos estão em investigação.
Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 3.379 novos casos, o que representa incremento de 5,8% em relação aos dados de sábado (25) e 189 mortes, alta de 4,7% em relação à atualização de ontem.
O estado com maior número de casos e óbitos é São Paulo: 20.715 e 1,7 mil, respectivamente. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, com 7.111 casos, e 645 mortes. Em terceiro lugar, está o Ceará com 5.833 casos e 327, mortes. O estado com o menor número de casos é Tocantins, com 58 casos confirmados, e duas mortes.
Em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou situação de pandemia em decorrência da covid-19. O termo é usado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
Ministério da Saúde
Ministério da Saúde/Divulgação
Edição: Denise Griesinger

da Agência - Brasília


sábado, 25 de abril de 2020

Kim Jong-un morreu? O que se sabe sobre o líder da Coreia do Norte

MUNDO

Há dias o mundo especula sobre a possível morte de Kim Jong-un. Veja o que se sabe de concreto sobre a situação do líder da Coreia do Norte


O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un: há dias, o mundo especula sobre a sua possível morte, mas ainda não existem informações oficiais que confirmem isso (AFP/AFP)

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, voltou a ser o foco das atenções do mundo nos últimos dias, depois de relatos conflitantes sobre o seu paradeiro. No início da semana passada, um veículo de imprensa da Coreia do Sul noticiou que Kim estaria se recuperando de uma cirurgia no coração, feita no dia 12 de abril.

Os rumores sobre o seu estado de saúde, inclusive sobre uma possível morte, ganharam tração alguns dias depois, quando o atual mandatário do país não foi visto em uma das mais importantes celebrações da Coreia do Norte: o aniversário do fundador do regime, e avô de Kim, Kim Il-Sung, em 15 de abril.

Há poucas informações pessoais disponíveis sobre o atual líder norte-coreano, mas acredita-se que tenha 36 anos e que tenha problemas de saúde em razão do cigarro e da obesidade.

Mas, afinal, o que está acontecendo na alta cúpula da Coreia do Norte, um dos países mais fechados e misteriosos do mundo? Para responder essa pergunta, EXAME reuniu alguns pontos. Veja abaixo:

Kim Jong-un está morto?

Antes de mais nada, vale lembrar que não há qualquer informação oficial sobre o assunto, mas sim especulações. Pelo menos até agora.

A polêmica em torno da sua saúde está tão em alta, que até um site especializado em notícias de celebridades falou sobre o assunto, o americano TMZ. De acordo com a nota, Kim estaria morto de acordo com veículos de imprensa da China e do Japão. O site, no entanto, deixou a observação de que não havia confirmado a veracidade da informação.

Neste sábado, a agência Reuters informou que a China enviou uma equipe médica para auxiliar nos cuidados com a saúde de Kim, mas não conseguiu determinar o que essa visita significaria para o estado de saúde do líder norte-coreano.

Ainda no final da última semana, outro veículo de imprensa, baseado em Hong Kong, noticiou que ele estaria morto ou “em estado vegetativo”. Até o momento, no entanto, a imprensa norte-coreana, que é controlada pelo regime, continua sem se manifestar sobre o tema.

Quando Kim foi visto pela última vez?

Yonhap, agência de notícias sul-coreana, que também atua na cobertura dos desdobramentos no vizinho do Norte, noticiou que a última aparição pública de Kim foi em 11 de abril. Na época, ele teria participado de uma reunião com a alta cúpula do governo.

Há, ainda, imagens da imprensa oficial do país que mostram Kim visitando um local de exercício militar no dia 12 de abril. Vale notar, no entanto, que foi sua ausência nos eventos do dia 15 de abril que fizeram estourar as especulações sobre o seu estado de saúde.

Além disso, essa não é a primeira vez que Kim desaparece dos olhos do público. Em 2014, lembrou a CNN, ele ficou mais de um mês sem fazer qualquer aparição, mas ressurgiu com uma bengala, trazendo à tona notícias de que ele havia feito um pequeno procedimento no tornozelo.

O que dizem os governos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul?

Segundo a rede de notícias CNN, os serviços de inteligência dos Estados Unidos monitoram os relatos sobre a condição de saúde de Kim, mas lembra que não há nada em concreto que revele a problemas no seu estado de saúde. Outras fontes do governo americano, essas em entrevista à revista Newsweek, contestaram os relatos existentes sobre a sua morte.

Coreia do Sul, por sua vez, amenizou os rumores, dizendo que não foi detectada qualquer atividade “anormal” na Coreia do Norte e que não há qualquer evidência de que Kim estaria morto.Se Kim Jong-un morrer, quem assume o regime? A linha sucessória de Kim nunca foi oficialmente reconhecida. Há quem acredite que, na sua morte ou incapacidade de continuar na liderança do país, sua esposa, Ri Sol Ju poderia assumir. Por outro lado, há especulações sobre uma possível ascensão da sua irmã, Kim Yo Jong, uma vez que ela é considerada o seu braço direito e foi promovida frequentemente por ele nos últimos anos.

A consultoria de riscos políticos Eurásia nota que, em razão da idade de Kim, que seria em torno de 36 anos de idade, dificilmente existe um plano estabelecido para a sua sucessão, o que daria margem para uma intensa disputa de poder na ocasião da sua saída do posto.

As incertezas em torno da real condição de saúde de Kim são muitas e devem continuar até que ele reapareça. No entanto, explica a Eurasia, dificilmente um sucessor mudaria o direcionamento das políticas estabelecidas pelo atual líder. E isso significa que as conversas sobre a descnuclearização da Coreia do Norte, cujo programa nuclear desestabilizou o mundo nos últimos anos, continuariam lentas.



FONTE: EXAME


Covid-19: grupo entre 30 e 40 anos concentra infecções no Brasil

SAÚDE

Levantamento feito pelo Metrópoles com dados das secretarias de Saúde de 15 unidades da Federação revela grupo mais atingido pela doença



Apesar de o coronavírus ter sofrido modificações e mutações durante a pandemia, ele age essencialmente da mesma maneira: é mais perigoso para pessoas acima de 60 anos que têm comorbidades, mas pode infectar qualquer um. Por ser um vírus novo, não há organismo, não importando a idade do paciente, que esteja pronto para combater a invasão. No entanto, cada país, com sua realidade social, vive a epidemia de forma diferente.
O primeiro caso de coronavírus do Brasil foi confirmado na quarta-feira de Cinzas, dia 26/02. De lá para cá, mais de 52 mil pessoas foram infectadas pelo vírus (de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde divulgados em 24/04). Porém, ao contrário de outros países, o Sars-CoV-2 encontrou aqui uma população mais jovem, situação diferente, por exemplo, da Itália, de onde veio a cepa que inaugurou a Covid-19 no país.
O Ministério da Saúde não divulga dados gerais sobre a idade das pessoas contaminadas, mas um levantamento do Metrópoles feito a partir de informações das secretarias de Saúde do DF e de outros 14 estados brasileiros mostra que a faixa etária entre 30 e 40 anos concentra as infecções provocadas pelo novo vírus no país.
No Distrito Federal, 29,5% dos infectados têm entre 31 e 40 anos. Na capital paulista, cidade com maior número de casos do país, a mesma faixa etária lidera os diagnósticos confirmados (27,42% do total) – no estado inteiro, esse também é o intervalo com maior número de casos.

FONTE: METRÓPOLES

Senado aprova crédito mais barato para socorrer micro e pequenos

POLÍTICA
Já aprovado na Câmara, projeto vai à sanção presidencial
Economia do Brasil só fica atrás da Venezuela, afirma Cepal
FONTE: RFI



Em sessão remota nesta sexta-feira (24) o plenário do Senado aprovou, por unanimidade, o programa especial de crédito para micro e pequenas empresas, no valor de R$ 15,9 bilhões.
Projeto de Lei 1.282/20, de autoria do senador Jorginho Melo (PL-SC), cria o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que oferece crédito mais acessível às microempresas com faturamento bruto anual de até R$ 360 mil, e empresas de pequeno porte, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. O texto segue à sanção presidencial.

Mudanças

O projeto já havia sido aprovado pelos senadores, mas na quarta-feira (22) sofreu alterações na Câmara dos Deputados, e foi aprovado na forma de substitutivo da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). Ao retornar ao Senado, a relatora senadora Kátia Abreu (PP-TO) apresentou um novo parecer, acatando as mudanças feitas pela Câmara, com ajustes de redação.
Kátia Abreu ressaltou o apoio de parlamentares de todos os partidos e o trabalho da deputada  Joice Hasselmann, “espetacular na parceria”. “Ela não fez nada sem nos consultar, mostrando desprendimento. Todas as nossas sugestões, já que pelo avanço da hora, pelo apressado do dia da primeira votação do Senado, muitas coisas boas deixaram de ser feitas. Então a deputada incluiu essas modificações e também acrescentou coisas maravilhosas”, destacou Kátia.
Uma das alterações no texto aprovado inicialmente pelo Senado, estabelece que as instituições financeiras que aderirem ao programa entrarão com recursos próprios para o empréstimo, a serem garantidos pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO-BB) em até 85% do valor. Também foi reduzido o limite de crédito de 50% para 30% do faturamento, de forma a possibilitar um acesso mais amplo de empresas à linha de crédito. Como contrapartida, há uma exigência de que empresas beneficiadas assumam o compromisso de preservar o número de funcionários. Elas também não poderão ter condenação com trânsito em julgado em processos por irregularidades envolvendo trabalho análogo ao escravo ou trabalho infantil.

Bancos

Os empréstimos poderão ser pedidos em qualquer banco privado participante e no Banco do Brasil, que coordenará a garantia dos empréstimos. Outros bancos públicos que poderão aderir são a Caixa Econômica Federal, o Banco do Nordeste do Brasil, o Banco da Amazônia e bancos estaduais. É permitida ainda a participação ainda de agências de fomento estaduais, de cooperativas de crédito, de bancos cooperados, de instituições integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro, das fintechs e das organizações da sociedade civil de interesse público de crédito.
Os bancos públicos deverão priorizar as contratações de empréstimo no âmbito do Pronampe, inclusive utilizando, quando cabível, recursos dos fundos constitucionais de financiamento.
Como instrumento complementar ao FGO-BB, poderá ser utilizado o Fundo de Aval às Micros e Pequenas Empresas (Fampe), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae).
Após o prazo para contratações, o Poder Executivo fica autorizado a adotar o Pronampe como política oficial de crédito de caráter permanente com o objetivo de consolidar os pequenos negócios.
Edição: Fernando Fraga

FONTE: AGÊNCIA BRASIL






Maior encontro dos povos indígenas do Brasil será on-line

BRASIL
Para enfrentar as ameaças da pandemia da covid-19, a 16ª edição do Acampamento Terra Livre, acontece virtualmente entre os dias 27 e 30 de abril

Arte: Acampamento Terra Livre 2020

O Acampamento Terra Livre é o evento em que povos indígenas de todo o País se reúnem para fortalecer a luta e a resistência do movimento indígena.
Esse ano, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) convoca uma mobilização virtual para realizar a 16ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL). Diante da nova ameaça causada pela pandemia da covid-19, do crescimento das invasões nos territórios indígenas, do aumento de assassinatos e criminalização de lideranças, o formato virtual do encontro pretende alertar sobre a real possibilidade de um novo genocídio e denuncia o descaso do Governo Bolsonaro em garantir a proteção de nossos povos ancestrais.
A programação do evento terá início na segunda-feira, dia 27, a partir das 9h, e transmitirá encontros, reuniões, lives, pajelança, cantos, danças tradicionais, mostra de filmes indígenas, debates entre mulheres de diferentes etnias, além de mesas com grandes lideranças, indigenistas, antropólogos e outras interações que conectam povos de todo o Brasil no ambiente online.
Nos painéis de discussões, os temas variam entre “Saúde indígena e o racismo institucional”, “Os povos indígenas em tempos de Coronavírus”, “Agenda LGBTQ + Indígenas”, “Enfrentamento às mudanças climáticas, aumento do desmatamento e o impacto no pós-pandemia”, “Direitos Indígenas, violações e  autoritarismos”, “Os processos migratórios dos povos indígenas no Acre e a covid-19”, “Histórias sobre as primeiras retomadas no sul do Brasil”, “Mesa internacional”, entre muitos outros.
Em tempos em que o isolamento social incentiva as criminosas invasões de madeireiros, garimpeiros, missionários e grileiros nas Terras Indígenas, quando a violência e os ataques aos territórios só aumentam e o governo federal acintosamente desarticula instituições importantes na defesa dos povos, como IBAMA e FUNAI; a APIB e a MNI (Mobilização Nacional Indígena) convocam a sociedade brasileira para participar do ATL 2020, que representa a luta e a resistência dos indígenas do Brasil.
“O alerta está dado, a luta indígena é urgente e a sociedade precisa apoiar essa causa, que é de todos nós”, convida Sônia Guajajara, coordenadora da APIB.
O evento é organizado pela APIB e suas organizações de base junto à MNI  – e as organizações que a compõem.

Serviço:
Data: de 27 a 30 de abril de 2020
Onde: nas redes sociais da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil)
A programação será hospedada no site http://apib.info/

Contato à imprensa:
Yaponã Bone (99) 98126 4090
Caio Mota: (65) 99686 6289

Canais:
Instagram: @apiboficial


Hashtags: #ATL2020 #SangueIndigenaNenhumaGotaMais #AbrilVermelho #ATLOnline #ATLEmRedes #ResistenciaIndigenaOnline


FONTE: CIMI

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio de R$ 36 milhões

LOTERIA
Mega-Sena sorteia neste sábado (25) um prêmio estimado em R$ 36 milhões.
Arrecadação da Mega-Sena cai 21% durante isolamento contra covid ...
FOTO: REPRODUÇÃO JORNAL DA  RECORD
As seis dezenas do concurso 2.255 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer loja lotérica credenciada pela Caixa em todo o país ou pela internet.
A cartela, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.
Edição: Aécio Amado

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Presidente da Caixa admite problemas com auxílio emergencial e pede desculpa

BRASIL

Executivo participou de entrevista com Valor e disse que Dataprev deve apresentar soluções para dificuldades técnicas

Talita Moreira, Flávia Furlan e Sérgio Tauhata, Valor — São Paulo

Foto: Reprodução
A Caixa tem trabalhado para mitigar alguns problemas com o cadastramento dos beneficiários do auxílio emergencial, disse o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, durante entrevista ao vivo online do Valor nesta sexta-feira.
Segundo o executivo, "tivemos quase 50 milhões de pessoas realizando o cadastramento, mas volume significativo não foi aprovado por uma série de razões".
Conforme o presidente da Caixa, a Dataprev tem analisado os problemas apresentados nos cadastramentos e vai solucionar as dificuldades técnicas. 
"Estamos constantemente realizando upgrades do aplicativo. E desde sexta, quem tinha problema com Justiça Federal pode fazer cadastramento, são 12 milhões de pessoas."
Guimarães também prevê um grande movimento nos pontos físicos de atendimento. "Teremos movimento intenso de pagamentos. Por isso, colocamos mais 3 mil vigilantes na rua. Havia problemas em algumas agências. Está melhorando. Sabemos disso, pedimos desculpa, mas é um volume nunca visto antes."
De acordo com o presidente da Caixa, 60% das pessoas que iam às agencias era para tirar dúvidas. Guimarães classificou ainda a iniciativa como o "maior programa de inserção social, com 30 milhões que vão ter conta digital de graça". 
Segundo o executivo, o banco já abriu 15 milhões de contas digitais de pessoas "que nunca tiveram crédito e conta e têm dúvidas".

50 milhões de cadastrados

A Caixa Econômica Federal registrou quase 50 milhões de pessoas cadastradas em pouco mais de duas semanas para recebimento do auxílio emergencial de R$ 600, informou. “Já pagamos 36 milhões de brasileiros nesse intervalo."
De acordo com o presidente da Caixa, são três grandes grupo de beneficiários do auxílio: inscritos no Bolsa Família e cadastro único, "que já tem base de 75 milhões de pessoas no Ministério da Cidadania". "Dessas, vamos pagar até final da semana que vem, ao redor de 30 milhões de pessoas."
Além das duas bases citadas, o banco também lançou um aplicativo para cadastro de informais que não estão nessas bases. 
"O diferencial são informais, MEIs, autônomos, que não estavam em nenhuma base do goveno. Criamos essa base com aplicativo e no site que tem quase 50 milhões de pessoas cadastradas."
O executivo elencou uma série de ações que o banco tem levado adiante para o combate dos efeitos econômicos do coronavírus. Segundo Guimarães, a instituição lançou um programa de R$ 43 bilhões de financiamento imobiliário, com três meses de carência tanto para o comprador do imóvel novo quando para a empresa vendedora.
Guimarães citou o novo saque para trabalhadores com conta do FGTS a partir de junho, de R$ 1.045. Além disso, "anunciamos nessa segunda-feira uma pareria com o Sebrae para oferecer R$ 7,5 bilhões para o microcrédito".

Fonte:Valor 

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Dois nomes são cotados para substituir Moro no Ministério de Justiça

BRASIL
Ambos são ligados ao presidente Jair Bolsonaro
Depois do pedido de demissão de Sérgio Moro nesta sexta-feira (24), informações correm nas redes sociais que já existe dois nomes como favoritos da presidência para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Moro deixou o cargo durante coletiva de imprensa alegando diversas divergências com o presidente Jair Bolsonaro, já que a exoneração sem justificativa direta do diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo teria sido a “gota d'água”. 
Conforme ventilado nos bastidores, o primeiro é o atual ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, que hoje acumula a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ).
Ele é major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal e homem de confiança do presidente Jair Bolsonaro. Oliveira também é cotado para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) quando o ministro Celso de Mello, se aposentar, no fim deste ano.
O segundo nome nas apostas é o do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que é delegado da Polícia Federal e foi chefe de gabinete do ex-deputado federal Delegado Fernando Francischini (PSL-PR) por oito anos. Torres também é cotado para assumir a chefia da PF.
O delegado coordenou a atividade de inteligência da PF entre 2007 e 2008 em ações contra o tráfico internacional de drogas, e investigações contra o crime organizado em Roraima, entre 2003 e 2005. Também atuou na coordenação de comissões sobre temas relacionados à segurança pública na Câmara dos Deputados. 
Moro chegou a comentar sobre os possíveis cotados e citou até que teria um ‘delegado’ cotado, mas que ele “teria passado mais tempo no Congresso do que na ativa da Polícia Federal”. 
Segundo informações, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal participou de audiência nesta semana com Bolsonaro ao lado do governador Ibaneis Rocha (DF). Ibaneis deixou a reunião afirmando que Torres seria um ministro da Justiça “muito melhor do que Moro”.
DIVISÃO DA PASTA
Não está descartada ainda que Bolsonaro realize o seu desejo de dividir o ministério em duas pastas, conforme manifestado em janeiro deste ano. Nesse caso, o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), amigo do presidente da República, também passa a ser cotado para o Ministério da segurança Pública. 
*Com informações do Gazeta do Povo FONTE: CORREIO DO POVO / Bruna Aquino