quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Cruzeiro rascunha rescisão com Rodriguinho e ficará com 20% dos direitos do meia




Clube pagará à vista parte do valor devido ao jogador; o restante será parcelado

Por GloboEsporte.com — de Belo Horizonte
 

O Cruzeiro projeta, para esta quinta-feira, acertar o acordo de rescisão com o meia Rodriguinho. A base para a quebra de contrato já foi definida desde a semana passada. Nela, o clube mineiro alinhou de ficar com 20% dos direitos econômicos do jogador, segundo apurou o GloboEsporte.com.
Quando adquiriu Rodriguinho do Pyramids, do Egito, o clube mineiro comprou 100% dos direitos do atleta. Na época, o anúncio da antiga da diretoria foi de 4 milhões de dólares. Entretanto, veio à tona, em 2020, que a compra custou 7 milhões de dólares, chegando a R$ 30 milhões de dívida aproximadamente.
Rodriguinho está próximo de finalizar a saída do Cruzeiro  — Foto: Douglas Magno/BP FilmesRodriguinho está próximo de finalizar a saída do Cruzeiro  — Foto: Douglas Magno/BP Filmes
Rodriguinho está próximo de finalizar a saída do Cruzeiro — Foto: Douglas Magno/BP Filmes
O clube mineiro tenta negociar o valor com o time egípcio, mas corre o risco de ver outra compra internacional se transformar em um caso na Fifa, cujas ações já chegam a R$ 52 milhões, segundo o próprio Cruzeiro.
No acordo com Rodriguinho, uma quantidade considerável será paga à vista ao jogador e o restante de forma parcelada, a partir de 2021. O valor a ser pago é referente aos atrasados. Rodriguinho abriu mão do que teria direito até o fim do contrato, que se encerra em dezembro do ano que vem.
O meia não tinha interesse em entrar na Justiça contra o Cruzeiro e buscava resolver a situação de maneira amigável. Rodriguinho teve contato com o Bahia e com o Athletico-PR, mas as situações não avançaram. Há também ofertas de fora do país. Mas a ideia do jogador é permanecer no futebol brasileiro para poder estar ao lado do filho, recém-nascido, e da esposa.

O jogador é um dos remanescentes da temporada passando, quando o Cruzeiro foi rebaixado para a Série B do Brasileiro. Ele atuou em 22 partidas e marcou oito gols

globo.com g1

Viadutos da L2 Norte passam por reformas



Sem reformas desde a inauguração de Brasília, estruturas começam a ser recuperadas nesta gestão do GDF



Fotos: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
Sem reformas desde a inauguração da capital, os viadutos da L2 Norte (Eixo W e Eixo L) estão passando por uma recuperação. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) trabalha em um reforço estrutural das travessias localizadas na área central de Brasília. Orçada em aproximadamente R$ 5 milhões, a obra tem previsão de entrega em outubro.
O diretor-presidente da Novacap, Cândido Teles, explica que o local é um dos de maior circulação de pessoas e condutores, além de estar próximo aos pontos turísticos da capital. “É uma reforma que vai oferecer segurança e conforto para a população”, destaca. “Estamos fazendo reparos que vão durar mais de 60 anos”.
Além de reforçar os viadutos, o objetivo também é aumentar a capacidade de carga da estrutura, que estava ultrapassada. São cerca de 40 profissionais trabalhando todos os dias nessa empreitada, entre engenheiros, técnicos de segurança, mestre de obras e equipes de almoxarifado e de apoio. Atualmente, a reforma está na fase de reforço da fundação, razão pela qual foi preciso interditar parte dos viadutos.
Segurança e confiança 
Everaldo Notalzone, 39 anos, é instrutor de direção há 12 anos no Plano Piloto e frequentemente passa pelos viadutos durante suas aulas. Na opinião dele, os reparos deveriam ter sido feitos há muito tempo. “Ainda bem que estão cuidando disso agora”, valoriza. “A gente não sabe o que se passa dentro dessas estruturas. É importante que o governo se preocupe com as manutenções desses lugares”.
Aluno de Everaldo e futuro motorista, Jonathan Lucena, 19 anos, diz que se sente mais seguro ao saber que o GDF tem investido na manutenção dessas estruturas. “Não só para os motoristas, como eu, que estou começando a dirigir, mas [a obra] também é importante para a confiança dos pedestres”, ressalta.
Em fevereiro de 2019, também foi feita a recuperação do guarda-rodas pelo viaduto da via L2 sobre a N2, na Asa Norte. Os blocos de concreto que estavam danificados e com risco de queda foram retirados pela Novacap para depois serem reconstruídos. A estrutura mede cerca de 20 metros.
Novos viadutos 
Além da reforma em viadutos, o GDF também está investindo na construção de cinco novas estruturas para desafogar o trânsito da capital. As intervenções viárias de grande porte atenderão os acessos a regiões administrativas onde o gargalo de veículos em horário de pico praticamente paralisa a circulação. Os viadutos serão construídos em Recanto das Emas, Sobradinho, Itapoã, Paranoá, Riacho Fundo e Jardim Botânico.
No entroncamento do Recanto das Emas com a DF-001, o DER/DF aguarda a liberação de recursos da Caixa Econômica Federal – financiadora do projeto – para licitar e dar início às obras. A intervenção vai eliminar o gargalo do tráfego de 60 mil veículos que circulam por ali diariamente.
Já o viaduto de acesso a Sobradinho pela BR-020, conhecido como viaduto do Comper, vai aliviar o trânsito diário de 45 mil veículos no retorno e abrir mais uma opção de acesso à região. O projeto está em fase de ajuste para que a licitação seja aberta.
Na intersecção do Itapoã com o Paranoá, o DER/DF está captando recursos para que seja dado andamento ao projeto. O movimento na área registra cerca de 30 mil carros por dia, e a obra vai melhorar a vida dos moradores das duas regiões. Em outro entroncamento, o da DF-075 (EPNB) com o Riacho Fundo, circulam todos os dias, em média, 35 mil veículos. O projeto para construção do viaduto está em fase final. A etapa seguinte será a de licitação.
Os motoristas que circulam pela região sul do DF, principalmente os que vêm do Mangueiral, de São Sebastião e dos condomínios, também serão beneficiados com a construção de um novo viaduto. Pelo balão da DF-035 que dá acesso ao Jardim Botânico, passam diariamente cerca de 45 mil carros. Essa intervenção ainda está em fase de projeto.

HRT ganha Wi-Fi gratuito



Será inaugurado nesta sexta-feira (14), às 10h30, o Wi-Fi Social no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A unidade é mais um local atendido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que oferece serviço de internet gratuito à população do Distrito Federal.
O HRT é o 21º local de grande circulação de pessoas em que o serviço é disponibilizado. A Rodoviária do Plano Piloto, feiras, bibliotecas públicas, entre outros, também já possuem o sinal gratuito. Entre os hospitais públicos do DF, os do Gama e de Santa Maria já têm o Wi-Fi Social.
A conexão é feita mediante um cadastro no próprio telefone do usuário e a capacidade no hospital será de até 200 acessos simultâneos. O sinal já está disponível nas áreas de acolhimento, triagem e internação do Pronto Socorro.

Serviço
O que: Inauguração do Wi-fi Social no Hospital Regional de Taguatinga (HRT)
Onde: Setor C Norte, Área Especial 24, Taguatinga
Quando: Sexta-feira (14), às 10h30

Frozen de uva e açaí para recarregar as energias






Por Luís Cunha
 

Mel Maia é assediada por homem casado e conta para a esposa dele



Atriz de 15 anos respondeu o homem em um post de redes sociais: "Mandei para a sua esposa, agora aprende a ter educação"

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Mel Maia expõe homem casado que a assediou

Mel Maia expõe homem casado que a assediou

Divulgação
Mel Maia, de 15 anos, recebeu uma mensagem em tom de assédio nas redes sociais e reagiu à abordagem.
O homem, que é casado, escreveu a ela no privado: “essa sua língua deve fazer mágica”.
Em repúdio à abordagem, ela enviou um print da conversa para a esposa do homem.
"Mandei pra sua esposa. Agora, aprende a ter educação", avisou. "Tá doida?! Não fui eu", reagiu o homem, assustado. "Boa sorte", desejou Maia, que publicou o print da conversa no Twitter.
O último papel de Mel Maia na TV foi em A Dona do Pedaço, que chegou ao fim em novembro do ano passado. Coincidentemente, na história, ela viveu Cássia, adolescente que foi vítima de um pedófilo.
DO : R7

Será que a altura pode afetar o sucesso sexual?



Já se fez essa pergunta? Pois é... a resposta é: sim! Ao menos segundo a ciência

Será que a altura pode afetar o sucesso sexual?
Notícias ao Minuto Brasil
13/02/20 08:40 ‧ HÁ 52 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
LIFESTYLE SEXO
estudo publicado na revista Evolutionary Psychology afirma que os homens e as mulheres mais altas são quem tem mais sucesso a nível sexual. Além disso, de acordo com o mesmo estudo, as mulheres preferem homens mais altos porque isso lhes traz vantagens, tais como, uma boa herança física para os filhos. 
 
Para chegar a estes resultados, o estudo contou com a participação de mais de 60 mil homens e mulheres com idades entre os 18 e os 65 anos. Os participantes foram divididos em grupos: muito pequeno, pequeno, normal, alto, muito alto e extremamente alto e tiveram de responder a perguntas sobre a altura e o número de parceiros sexuais que já tinham tido até à data.
As mulheres mais altas registraram, em média, mais de 10 parceiros sexuais do que as mais baixinhas, que tinham em média 8,2. Homens altos também atingiram médias superiores aos baixos.

Em audiência pública, aprovados no concurso da CLDF pleiteiam nomeação



Os aprovados no último concurso público para preenchimento de cargos na Câmara Legislativa do Distrito Federal pleitearam a urgente nomeação durante audiência pública na manhã desta quarta-feira (12) no auditório da Casa. Até o momento, 36 servidores foram nomeados das 86 vagas previstas no edital do concurso homologado em 2019.  O deputado João Cardoso (Avante), mediador do encontro, defendeu a nomeação dos aprovados e classificou os servidores efetivos como os "guardiões" da Casa. Ele anunciou que, até o dia 20 deste mês, o gabinete parlamentar receberá estudos técnicos a fim de embasar um documento que será levado à Mesa Diretora sobre a situação do quadro de servidores da CLDF.
Segundo o representante da comissão dos aprovados, Mucio Botelho, há 353 aprovados no último concurso. Nesse sentido, a comissão sugere que as vagas geradas pelas aposentadorias dos servidores da CLDF sejam recompostas, de imediato, pelos aprovados. A comissão pleiteia também um canal de diálogo permanente com a Presidência.
Diversos aprovados se manifestaram em defesa do serviço público, como Débora Kawano. Aprovada para o cargo de consultor técnico, ela considera que o serviço público fortalece a cidadania, sendo que o acesso aos cargos mediante concurso público é uma questão de "merecimento" e "conquista". Já o aprovado para o cargo de consultor legislativo, Alexandre Lopes, citou que o Ministério Público move uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para corrigir a proporção entre o número de servidores concursados e comissionados, semelhante ao que tem sido feito em outras assembleias estaduais. Pela atual configuração do quadro de servidores, segundo ele, a regra de acesso aos cargos da CLDF não é o concurso público, mas sim o livre provimento, que representa mais que o dobro do total de servidores da Casa.
Em apoio aos aprovados, o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas do DF (Sindical-DF), Jeizon Lopes, disse que a entidade "lutará arduamente" para que eles sejam nomeados.
Franci Moraes
Fotos: Rinaldo Moreli/CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa

Deputado lamenta aumento do número casos de Aids no DF




O deputado Fábio Felix (Psol), da liderança da minoria, culpou as políticas dos governos federal e local pelo aumento do número de infecções por HIV, responsável pela Aids, no Distrito Federal. Para ele, o crescimento gera uma repercussão negativa para a cidade e "reflete a realidade das políticas públicas" nesta área. Segundo o deputado, o número de infecções saltou de 455 para 680 entre 2013 e 2018. "Enquanto, as políticas de tratamento e prevenção não forem levadas a sério, teremos o crescimento do número de casos. Convicções religiosas não podem interferir nas políticas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis", argumentou Felix.
Fábio Felix também criticou campanha recentemente lançada pelo governo federal que prega a abstinência sexual entre os jovens. Para ele, a medida está na contramão das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e representa uma volta "para a idade média". "Estão querendo colocar para debaixo do tapete a questão da sexualidade dos adolescentes, sem qualquer respaldo da ciência. Estamos voltando para a idade média", assinalou.
Audiência – A deputada Julia Lucy (Novo) anunciou a realização de uma audiência pública, na próxima segunda-feira (17), a partir das 19h, para discutir a gravidez na adolescência no DF. Na opinião da parlamentar, a questão é um problema de saúde pública e deve ser discutido sem qualquer tabu. O evento contará com a presença de diversos especialistas no tema e representantes das secretarias de Saúde e da Educação.
Responsabilidade - Já a deputada Arlete Sampaio (PT) chamou a atenção para a necessidade de se discutir a responsabilidade do homem na gravidez precoce. A distrital defendeu a utilização da educação sexual na escola, com ensinamentos sobre paternidade responsável e métodos anticontraceptivos. "É necessário que os homens tenham responsabilidade com a gravidez", completou.
Luís Cláudio Alves
Fotos: Figueiredo/CLDF       
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa

Fé, casamento e dinheiro são razões para prostitutas deixarem profissão



Três ex-garotas de programa contaram ao R7 suas histórias de vida. Em comum, elas são mães que batalharam pelo sustento dos filhos

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Vanessa foi garota de programa por 15 anos e hoje é empresária de sucesso

Vanessa foi garota de programa por 15 anos e hoje é empresária de sucesso

Divulgação / Vanessa de Oliveira
"Para cada lágrima derramada, um diamante. Quanto mais bate, mais forte você fica. Tudo que sou hoje é baseado na mulher que fui no passado." As palavras são da gaúcha Vanessa de Oliveira, de 44 anos, que por 15 anos foi garota de programa. Hoje ela tem 10 livros publicados sobre conquista e empoderamento feminino e mais de 10 milhões em vendas de produtos online.
Se engana quem acha que a história dela é uma exceção. "Minha história é um clichê. Estava grávida com 19 anos, não quis transferir meus problemas para a família e saí de casa para criar minha filha Ísis Gabriela, que tem hoje 25 anos. Eu não tinha pensão, então fui parar na prostituição por questão financeira mesmo. Não tinha estudo e não enxergava outra forma", revelou Vanessa.
Os cabelos longos e ruivos de Vanessa lembram a personagem Angélica Silva, a Poderosa, da novela "Amor sem Igual" da Record TV, interpretada por Day Mesquita. O passado da garota de programa ainda é um mistério, mas ela foi rejeitada pelo pai, que era amante da mãe dela e não queria abandonar a família já constituída. Viveu uma infância difícil, foi abusada por um homem e, desde então, não acredita ser digna de amor e respeito.

"Quero empoderar a mulher para ser dona do próprio dinheiro. O homem não será a solução para os problemas"

A vida de Vanessa também não foi fácil, mas o que a diferenciava de outras colegas de profissão era a forma como lidava com o dinheiro: "Eu via todos se arrebentarem à minha volta. Não usei o que ganhava com roupas, maquiagem, não destinava meu tempo para namorado. Eu fiz cursos, me tornei sexóloga, fiz faculdade de enfermagem e, mesmo ainda garota de programa, eu já era empreendedora". Com a prostituição, conseguiu dinheiro para comprar a casa, ter carro e adquirir conhecimento.
A empresária relata que parou de contar com quantos homens saiu ao atingir a marca de 5 mil, mas diz que nunca "teve auto culpa por ser um trabalho". Ela define a profissão “como de coragem porque você não sabe quem está atrás da porta". Ela atuou em saunas e boates, mas foram os anúncios em jornais que atraíram mais clientes: "era mais rentável".
Vanessa tem 10 livros publicados, que tratam de conquista

Vanessa tem 10 livros publicados, que tratam de conquista

Divulgação / Vanessa de Oliveira
Vanessa decidiu deixar de ser prostituta em 2015 quando concluiu que os trabalhos com marketing online começaram a dar mais dinheiro do que os programas. Ela garante que toda a vivência foi transformada em aprendizado. Os temas viraram 15 cursos online, livros (o mais novo ´Xeque-mate: a virada da rainha' será lançado em breve em Las Vegas - EUA) e palestras. “Hoje tenho 3.000 alunas online por mês. Quero empoderar essa mulher para ser dona do dinheiro dela, assim ela pode escolher o relacionamento que quer ter. Ela não vai mais olhar o homem como solução para os problemas”, explica Vanessa.
A filha sempre foi sua prioridade. “No início, tudo que eu pegava para comprar, eu contava quantos sacos de leite daria, esse era meu parâmetro. Hoje eu não olho mais o preço das coisas”. Já foi casada, traída, está agora namorando e diz não ter medo de homem. “O cara que se aproxima de mim já tá sabendo de tudo. Ele tem que ter culhão porque sabe o tamanho dessa mulher”, brinca. Vanessa de Oliveira tem 24 funcionários na empresa, mora em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e se define como “empreendedora e dona da porra toda”.
Passado ficou para trás
Nem todas as ex-garotas de programa lidam muito bem com o passado. Patrícia, de 37 anos, usava o codinome Natasha e afirma que até hoje a maioria da família não sabe dessa fase. “Achavam que eu trabalhava em São Paulo. Eu escondia, só quem sabia na época era quem morava comigo”, conta.
Patrícia estava em um relacionamento que não deu certo e conheceu a boate em um anúncio: “Fui por causa de dinheiro. Por ser nova (tinha 20 anos) e ter o corpo bonito, queria dançar”. Ela passou a morar no trabalho. A necessidade de se sustentar a levou a fazer programas. “Já estava lá, tinha fama. Não era absurdo. Minha vida era bagunçada e não tinha a intenção de ter uma vida tradicional”, justifica.
Foi garota de programa por 7 anos, costumava sair com até 13 homens em uma só noite. Nesse período, comprou casa, carro, mas também conheceu as drogas. “Quando você vive na noite, não tem muito objetivo. Algumas trabalham para manter o status, colocar silicone, boas roupas. Eu era contra drogas e me viciei em cocaína e álcool. Me envolvi até com traficante”, explica.
“Me viciei em cocaína e álcool. Quando a gente se converte, enxerga as consequências das escolhas"
Patrícia, comerciante
A mudança aconteceu quando Patrícia engravidou. O plano era voltar para a boate depois que o filho nascesse, mas o pai da criança, que até então era um cliente, assumiu o relacionamento. “A cocaína eu parei por causa da gestação. O álcool foi por causa da minha fé. Tive uma crise, síndrome do pânico e, assistindo TV, vi o testemunho da Igreja Universal. Pedi pro meu esposo e ele me levou”, lembra.
Depois que Patrícia se converteu, não voltou mais à boate. Quando o filho, hoje com 11 anos, completou 9 meses de vida, ela começou a trabalhar com o marido. “Eu não tenho vergonha, mas quando a gente se converte, vê as consequências das escolhas que fez quando era rebelde. Criei uma situação e não segui o que meu pai ensinou”, conclui.
Após deixar a prostituição, Patrícia já teve um escritório e hoje é proprietária de um restaurante e de uma esmalteria e afirma que nunca mais abandonou a igreja.
Leninha é voluntária na associação de prostitutas na Paraíba

Leninha é voluntária na associação de prostitutas na Paraíba

Divulgação / APROS
Das boates ao voluntariado
Ao que tudo indica, a personagem Poderosa da novela deve deixar as ruas e os programas para ficar com o agricultor Miguel, interpretado por Rafael Sardão. Ele já a salvou após ser agredida e a trata com carinho. Na vida real, Joseane Margarida Silva Félix, conhecida por todos como Leninha, largou a profissão depois de 10 anos como prostituta porque se casou com um cliente. “Meu marido trabalhava, daí eu não precisava mais. A gente se ajudava. Comecei a trabalhar como camareira na pousada onde eu costumava fazer programas”, revela.
Leninha, hoje com 50 anos, já tinha dois filhos quando começou se prostituir: “Foi por necessidade. Era nova, não tinha marido. Não tenho vergonha, era meu ganha-pão. Mantive minhas duas crianças e tive mais seis. Criei com o dinheiro da prostituição. Eu batalhava. Minha vida era boa, quem não gosta de dinheiro?”, destaca.
Os clientes a encontravam num bar ou em uma praça de João Pessoa, na Paraíba. Em nenhum momento se coloca como vítima: “Quem está na zona não é coitadinha. Está lá porque quer ou porque gosta. Nunca escondi da minha família, mas eu dispensava clientes mais próximos de parentes”.
Ela lembra que alguns clientes se recusavam a usar camisinha. Uma das filhas, hoje com 27 anos, não sabe quem é o pai. “Eu tenho certeza que sou a mãe”, sorri. Os filhos mais novos, com 15, 16, e 19 anos, são do relacionamento com o marido. “Ele era meu cliente e enfrentou a família para que aceitassem uma mulher de cabaré, cheia de filhos”, ressalta. 
“Meu marido era meu cliente e enfrentou a família para que aceitassem uma mulher de cabaré, cheia de filhos”
Leninha, voluntária na APROS
Há 18 anos, Leninha deixou a prostituição. Há seis, é voluntária na APROS (Associação de Prostitutas da Paraíba), onde oferece a garotas de programa um tipo de apoio e acolhida que não recebeu quando exercia a profissão. “Levo para fazer exames médicos, damos camisinha e gel lubrificante. Na associação, tem palestras educativas e cursos”.
Ela acredita que ser prostituta atualmente é mais difícil: “Hoje tem as drogas. Isso é uma febre. Na minha época, não. As mulheres queriam ganhar dinheiro para levar para a família, para casa. Hoje elas são mais novas e têm outros interesses”.
Leninha mora em Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa. Não tem casa própria, mas se orgulha em dizer que “não precisou pedir nada pra ninguém”. É mãe de oito filhos, seis deles casados, e avó de seis crianças.
DO : R7