quinta-feira, 4 de abril de 2019

Orçamento impositivo para emendas de bancada é aprovado no Senado e volta para a Câmara

POLÍTICA




O Senado aprovou em dois turnos nesta quarta-feira (3), por 59 votos a favor, 5 contrários e nenhuma abstenção, a proposta de emenda à Constituição que determina a execução obrigatória de emendas de bancada (PEC 34/2019). O texto é o substitutivo do senador Esperidião Amin (PP-SC), apresentando e votado pela manhã na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). No Plenário, por acordo de líderes, foi dispensado o prazo constitucional de cinco dias úteis para a votação entre o primeiro e o segundo turno. A proposta volta para a análise da Câmara dos Deputados, com previsão de celeridade na tramitação, conforme entendimento entre o presidente daquela Casa, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Uma emenda de bancada é uma emenda coletiva, de autoria das bancadas dos estados e do Distrito Federal para atender os interesses dessas unidades da Federação com obras e serviços. Entre as alterações de Esperidião Amin no texto que saiu da Câmara, está a retirada do termo “caráter estruturante”, que condicionava o atendimento às mais diversas necessidades e prioridades de uma determinada região. Assim, o regime de execução obrigatória será aplicado a todas as emendas de bancadas estaduais indistintamente, e não somente a um subconjunto delas.

Percentual

Um acordo com o governo levou Esperidião Amin a incluir no texto a previsão de um escalonamento na execução das emendas de bancada, que será de 0,8% da Receita Corrente Líquida (RCL) em 2020 e 1% a partir do ano seguinte. Com o escalonamento, o Executivo poderá se adaptar a essa execução obrigatório no Orçamento. Dessa forma, apenas com as emendas de bancada, cada estado terá mais R$ 300 milhões, chegando a R$ 1 bilhão no prazo de três anos.
— Ao estabelecermos a emenda coletiva de bancada do estado como o polo gerador e o polo que vai repartir receitas e permitir despesas nas unidades federadas, nós estamos fazendo, sim, uma evolução federativa — avaliou o relator.
Mas Esperidião Amin retirou da proposta uma alteração do artigo 166 da Constituição que geraria a impositividade integral do Orçamento da União e, a seu ver, merecia debate mais aprofundado.

Remanejamentos e ajustes

A PEC também retira do texto constitucional o rito relativo ao processo e cronograma de análise, verificação de impedimentos e remanejamento, que se mostrou “excessivamente detalhado e pouco eficaz” (art. 166, §14, incisos II, III e IV). A sugestão é que a norma poderia ser definida e aperfeiçoada anualmente na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), já que a maior parte dos remanejamentos e ajustes é realizada com base nas autorizações contidas no texto do Orçamento anual, sem necessitar de projeto de lei de crédito adicional.

Restos a pagar

Também foi feito um ajuste no texto para facilitar a identificação clara de quais "restos a pagar" podem ser considerados para fins de cumprimento dos montantes das emendas impositivas. Por simetria, foi estendido o limite de 50%, existente no texto constitucional em vigor, para modalidade de emenda de bancada estadual.

Continuidade

O relator adicionou ainda um parágrafo para determinar que a as programações oriundas de emendas estaduais, na maioria investimentos de grande porte, com duração de mais de um exercício financeiro, tenha a necessária garantia de continuidade para evitar a multiplicação de obras inacabadas.

'Toma lá, dá cá'

Em Plenário, a maioria dos senadores defendeu a ampliação do Orçamento impositivo como instrumento moralizador da distribuição de recursos no país, acabando com a prática do “toma lá, dá cá”, a negociação de emendas do governo com parlamentares para influenciar o resultado das votações.
— Um Orçamento impositivo, que atende de forma igualitária todos os estados da Federação brasileira, dos mais ricos aos mais pobres. Evitando o fisiologismo, evitando a compra de voto, porque agora o governo federal vai ter que cumprir a determinação constitucional porque nós caminhamos unidos — destacou Simone Tebet (MDB-MS).
O senador Eduardo Braga (MDB- AM) disse apostar na liberação de verbas de emendas para a melhoria doescoamento da produção agrícola e a geração de emprego e renda. E os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Vanderlan Cardoso (PP-GO) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) defenderam investimentos nos municípios e no andamento de obras paradas.
Já o senador Major Olímpio, que a princípio era contra a PEC, em atenção ao cumprimento do teto de gastos, terminou por votar a favor da matéria após ouvir os colegas e a manifestação positiva do ministro da Economia, Paulo Guedes.
—  Se é o fim do toma lá, dá cá, não há mais motivação de não avançarmos com pautas fundamentais ao nosso país — afirmou.

Críticas

Contrários à proposta, os senadores Alvaro Dias (Pode-PR), Oriovisto (Pode-PR) e Flávio Arns (Rede-PR) apontaram a urgência da aprovação de uma reforma fiscal e tributária como forma de reduzir o déficit primário e melhorar a distribuição de renda.
— Não vejo essa proposta como o início da reforma do sistema federativo, ao contrário, ela sinaliza a desorganização que há. Ela aponta para as injustiças na distribuição dos recursos públicos arrecadados de forma significativa em função de um modelo tributário que esmaga o setor produtivo nacional e a economia do pais — disse Alvaro Dias.
Agência Senado

Juristas debatem reforma da Previdência na CCJ

POLÍTICA
O relator da reforma, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), já adiantou que quer votar o parecer até o próximo dia 17
Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a reforma da Previdência. Ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes
Guedes discutiu a proposta do governo com os parlamentares por mais de 6 horas
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) realiza audiência pública nesta manhã para debater com juristas a proposta de reforma da Previdência (PEC 6/19) enviada pelo governo.
Foram convidados, entre outros, o professor de Direito Previdenciário e de Direito Atuarial da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Arthur Bragança de Vasconcellos Weintraub; o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal; e o advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Cezar Britto.
A reunião ocorrerá no plenário 1, a partir das 9h30.
Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi ouvido no colegiado e insistiu que o atual sistema previdenciário “está condenado”, mas reconheceu que caberá ao Congresso definir os pontos que permanecerão na reforma da Previdência.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Da Redação – RL

Educação debate impactos da reforma da Previdência sobre os professores

POLÍTICA
A reforma está em análise na CCJ, onde o relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), pretende votar o parecer até o próximo dia 17. A seguir, a proposta será analisada por uma comissão especial antes de ser encaminhada ao Plenário da Câmara
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados debate nesta manhã os impactos da reforma da Previdência (PEC 6/19) entre os professores. 

A audiência atende a requerimentos de diversos parlamentares, entre eles,a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT). De acordo com ela, a especificidade do campo educacional e da ação docente não é reconhecida na reforma, o que agrava, ainda mais, a situação do setor e a qualidade da educação. “Avaliamos como extremamente oportuno e necessário o debate sobre as possíveis mudanças, especialmente os impactos sobre as instituições educativas, seus profissionais e a educação em geral”, afirma.

Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, insistiu que o atual sistema previdenciário “está condenado”, mas reconheceu que caberá ao Congresso definir os pontos que permanecerão na reforma da Previdência. Ele foi ouvido na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), onde está em análise a PEC 6/19.

Entenda a tramitação da proposta de reforma da Previdência
Debatedores
Foram convidados, entre outros, representantes dos ministérios da Educação e da Economia; o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo Filho; e o presidente da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico, Nilton Ferreira Brandão.
Participação popularA reunião será realizada às 9h30, no plenário 10.

O debate será interativo e quem quiser poderá fazer perguntas aos convidados pela internet.
Da Redação – RL

Para Maia, governo precisa conversar com quem ainda tem dúvidas sobre a reforma

POLÍTICA
Presidente avalia que ambiente é favorável à aprovação da admissibilidade. A proposta de reforma da Previdência está em análise na CCJ da Câmara, depois seguirá para uma comissão especial e só após será votada no Plenário da Casa
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara dos Deputados, Dep. Rodrigo Maia (DEM-RJ) concede entrevista
Maia diz que já defende a Previdência e que o governo tem que conversar com parlamentares que ainda estão em duvida
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu que o governo construa uma agenda de votações com os partidos e com os parlamentares que ainda estão em dúvida em relação à reforma da Previdência (PEC 6/19). 

Ele afirmou ainda que, se for convidado, irá conversar com o presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto. 

"Nesse momento, é importante conversar com os partidos primeiro. Claro que, convidado pelo presidente, vou sempre conversar, mas acho que o assunto sobre o qual ele quer conversar com eu já defendo [Previdência]. Então, é importante construir a agenda com aqueles que estão em dúvida", disse o presidente da Câmara.

- Veja os principais pontos da reforma da Previdência

- Entenda como será a tramitação da proposta
CCJ
Após o encerramento tumultuado da audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) com o ministro Paulo Guedes, Rodrigo Maia lamentou o ocorrido. Ele avalia, entretanto, que o ambiente é de aprovação da admissibilidade da proposta na comissão.
"É muito ruim que termine assim. A gente sabe que o ambiente político tem provocação, num tom acima do necessário, mas o ministro tem dialogado bem com o Congresso, portanto, precisamos ter cuidado como recebemos nossos convidados aqui", declarou.
Rodrigo Maia avaliou positivamente a participação do ministro na CCJ. "Ele foi bem, explica muito bem. A reforma foi muito bem elaborada e enfrenta os principais problemas", disse.
Maia reforçou ainda que a reforma da Previdência atende estados e municípios, que serão prejudicados caso a proposta não seja aprovada. "Vai ficar parecendo que deputados da oposição não têm a preocupação que governadores e prefeitos de seus partidos têm", alertou.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem - Luiz Gustavo Xavier
Edição - Geórgia Moraes

Após bate-boca com filho de Zé Dirceu, Paulo Guedes deixa CCJ: 'tchutchuca é a mãe'

POLÍTICA
Durante a audiência, Paulo Guedes apontou quatro 'bombas' que fazem da Previdência um sistema condenado. 'É um avião partindo para alto-mar sem combustível'
(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil )
Após mais de seis horas, a audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) chegou ao fim com bate-boca e confusão. O último deputado a falar na sessão, Zeca Dirceu (PT-PR), chamou o ministro da Economia, Paulo Guedes, de "tigrão", quando lida com os aposentados, e de "tchutchuca", quando se trata dos privilegiados.  As declarações inflamaram os ânimos de quem estava na audiência e o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), encerrou a sessão.
 
Em resposta, o economista respondeu: "É a sua mãe. É a sua avó. Não estou aqui para ser desrespeitado". Guedes saiu escoltado por policiais legislativos e o restante dos parlamentares continuaram a briga. Insatisfeitos com o rendimento do encontro, alguns congressistas solicitaram ao ministério informações mais detalhadas sobre o impacto fiscal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, que trata da reforma.
Embora a CCJ funcione apenas para analisar a constitucionalidade do texto, parlamentares aproveitaram para discutir pontos do projeto que os desagradaram. Entre eles estavam o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a aposentadoria rural e a capitalização, que devem ser alterados na comissão especial.
 
Membros da oposição, inclusive, questionaram se a reforma não vai prejudicar os mais pobres e acusam o governo de não combater os privilégios. Guedes, contudo, afirmou que a PEC não atingirá os de menor renda, mas a "moça da classe média alta", que terá de trabalhar por mais tempo e pagar contribuições mais altas. 
 
Segundo Guedes, as mulheres mais pobres já se aposentam no sistema atual em média com 61,5 anos. Com a proposta do governo de Jair Bolsonaro, seria para 62 anos. "Passou para 62. Você não atingiu [as mais pobres]. Você atingiu justamente a moça da classe média alta que fez um concurso público novo, nunca ficou desempregada, contribuiu a vida inteira e se aposenta aos 55,56. Essa vai ter que trabalhar mais sete anos e vai contribuir mais”, afirmou.
 
A reforma dos militares também foi alvo de críticas durante a sessão. Aos congressistas, o ministro atribuiu a responsabilidade de alterar pontos na aposentadoria dos integrantes das Forças Armadas."E vocês não têm que virar para um ministro e perguntar porquê a gente não cortou a aposentadoria dos militares. Cortem vocês. Vocês têm medo de fazer isso?", questionou.
 
A fim de tentar minimizar os embates com os membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Guedes disse que a Casa, junto com o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) são os "atores principais" da batalha pela aprovação da reforma. "Vocês têm suas escolhas. Se a reforma for forte, é possível pensar em um futuro diferente para os filhos". 
 
Esta foi o segundo convite para que Guedes comparecesse à Câmara. Na primeira ocasião, após um pedido de convocação enviado pelo líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), o ministro não compareceu à CCJ e sequer deu explicações. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, alegou, à época, que não seria produtiva a presença do economista na Casa sem que tivesse um relator para o texto.
 
O presidente da comissão, Felipe Francischini (PSL-PR), anunciou, na semana passada, que o delegado Marcelo Freitas, parlamentar de primeiro mandato, seria responsável pela elaboração do parecer do projeto da reforma. O governo federal se agiliza para intensificar a articulação na Casa não apenas para viabilizar a aprovação do projeto, mas para formalizar a base aliada, que sequer foi formada. 

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Piloto faz voo inédito sobrevoando o Rio Tocantins


BRASIL


Reprodução
O piloto e documentarista Lu Marini decolou no último dia 28 de março para conquistar mais uma grande marca: superar mais de 20 mil quilômetros sobrevoados em território brasileiro, sendo desses mais de 11 mil quilômetros sobre os principais rios do país.
Em seu paramotor, o piloto vai sobrevoar toda a extensão do Rio Tocantins, um dos mais importantes do Brasil e o segundo maior totalmente brasileiro, além de explorar a natureza e o impacto do maior incêndio ocorrido na Chapada dos Veadeiros e registrar por terra e ar as belezas do Jalapão e da Chapada das Mesas até pousar, após 3 mil quilômetros sobrevoados, na cidade de Belém, no Pará.
O piloto e sua equipe, formada por cinco profissionais, vão passar pelos estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará, com ponto de partida na Chapada dos Veadeiros (GO) e término na capital Belém (PA). A expedição terá duração de 35 dias.
Ao aliar sua paixão por voar a desafios e à preocupação com o meio ambiente, o piloto comemora 10 anos de voos pelo país com a série Rastreando, que lhe proporciona experiências inesquecíveis. “Já sobrevoei o Atlântico, de norte a sul do Brasil, a polêmica Rodovia Transamazônica, a fauna do Pantanal e cinco rios brasileiros, entre eles, o Rio Doce, sempre com o objetivo de mostrar as riquezas do nosso país e também os problemas ambientais e sociais que enfrentamos.”, comenta Lu Marini.
O material captado durante a expedição dará origem a um livro e a um documentário. As notícias e as novidades da expedição poderão ser acompanhadas pelo site www.aventurafantastica.com.br.
Lu Marini tem dois livros lançados e o documentário Rastreando o Rio Doce, produzido e dirigido pelo piloto, ainda não lançado no Brasil, mas que já recebeu indicação em dois festivais de cinema, no 36th edition of Les Icares du Cinema (França) e no XX edición del Festival Internacional de Cine del Aire (Espanha). Sua exposição Pelos Ares, em tour pelo Brasil, já passou por 20 cidades, atraindo um público de mais de 200 mil pessoas.

PROJETO RIOS

Em 2014, Lu Marini deu início ao Projeto Rios, decolando para sobrevoar toda a extensão do Rio Tietê, considerado o mais poluído do Brasil. Foram mais de 1.100 quilômetros observando de perto os problemas que o rio enfrenta e a sua maior seca nos últimos 70 anos.
No ano seguinte, o piloto decolou para sobrevoar o Rio São Francisco. Foram 30 dias e quase 3 mil quilômetros documentando a situação de um dos cursos d’água mais importantes da América do Sul.
Já em 2016 o desafio foi conhecer o Rio Paranapanema, conhecido por ser o mais limpo do estado de São Paulo, e mapear focos do mosquito da dengue na região. Em setembro do mesmo ano, o piloto realizou o desafio mais emocionante de sua carreira ao voar sobre o Rio Doce e registrar o maior desastre ambiental da história no município de Mariana (MG), além de documentar os problemas enfrentados pelas comunidades ribeirinhas.
Em 2018, o piloto desbravou um dos rios mais importantes do Brasil, o Araguaia, voando sobre os seus mais de 2.600 quilômetros de extensão.

SÉRIE RASTREANDO

Criada por Lu Marini, a série Rastreando surgiu com o objetivo de explorar rotas pelo mundo em busca de histórias, experiências, imagens surpreendentes e muita adrenalina, em aventuras jamais realizadas com um paramotor.
Os números impressionam. São oito grandes expedições inéditas já realizadas, somando mais de 17 mil quilômetros percorridos só no Brasil, passando por 24 estados e mais de 500 cidades.
Em sua primeira aventura, em 2009, o piloto percorreu 4 mil quilômetros do Atlântico, o oceano que banha o litoral do país de norte a sul. No ano seguinte, foi a vez de sobrevoar o Pantanal brasileiro. A aventura de 2011 ocorreu no México, quando Marini sobrevoou vulcões e conquistou o recorde pan-americano de altitude, tornando-se o único piloto do mundo a voar sobre um vulcão em atividade a mais de 5.000 metros, o Popocatépetl.
Em 2012, o desafio foi sobrevoar a Rodovia Transamazônica. Foram 40 dias de aventura e voos históricos, como o realizado sobre a Floresta Amazônica. O piloto já sobrevoou os rios Tietê, São Francisco, Paranapanema, Doce e Araguaia.

FONTE: O IMPARCIAL

Justiça proíbe Celpa de efetuar cortes de energia para débitos anteriores a 90 dias

PARÁ
scumprir a decisão judicial, a empresa pagará multa de R$ 1 mil.
A liminar foi concedida com rapidez porque a Justiça considera a energia elétrica um bem essencial para a qualidade de vida e concordou que “o perigo de dano está comprovado nas faturas de energia juntadas pelas demandantes, as quais demonstram a ausência de informações aos consumidores sobre os valores cobrados, bem como o método utilizado para o cálculo do débito”. “Soma-se a isso a potencial replicação dessa situação, já que é fato notório a grande quantidade de processos movidos contra a prestadora requerida”, diz a decisão.
Além da ação na Justiça Estadual, outros dois processos judiciais aguardam decisões na Justiça Federal em Belém. O trabalho conjunto do MPPA, DPE, Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública da União (DPU) busca solucionar um problema crônico de milhares de consumidores paraenses, expresso nos números de reclamações e ações individuais contra a Celpa. Só em 2018, foram 17 mil reclamações e mais de 11 mil ações contra a empresa.
Após quatro meses de investigações, um grupo de procuradores da República, promotores de Justiça e defensores públicos federais e estaduais ingressou com três ações judiciais buscando corrigir abusos e irregularidades cometidos pela Celpa contra dois milhões de usuários de energia elétrica no Pará.
Os processos pedem um total de R$ 20 milhões em indenização por danos sociais e buscam a suspensão imediata de práticas abusivas da empresa contra os consumidores paraenses: foram constatadas cobranças excessivas, cortes irregulares de energia, falta de transparência nas contas e até enriquecimento ilícito. A Aneel também é ré nos processos que tramitam na esfera federal, por ter permitido as práticas ilegais da concessionária.

O que elaga a Celpa

Em nota, a Celpa informou que "ainda não foi notificada, mas que tomou conhecimento do assunto através de publicações na imprensa.
A Celpa analisará a liminar e caso haja alguma obrigação que contrarie a regulação do setor elétrico, a empresa recorrerá para que a Justiça possa reconsiderar a decisão.
A Celpa reafirma que todas as suas práticas e procedimentos comerciais são pautados na regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica e na legislação de defesa do consumidor".

FONTE: G1 PA

Cine Olympia completa 107 anos com programação diversificada

PARÁ
Sessões ocorrem de terça a sexta-feira, às 18h30 e aos sábados, domingos e feriados, às 16h30. A entrada é gratuita.

Cine Olympia completa 107 anos de inauguração. — Foto: Acervo Cine Olympia/Divulgação
Cinema Olympia, em Belém, completa 107 anos de inauguração no próximo dia 24 de abril e, para comemorar a data, no mês de aniversário haverá mostras especiais. As sessões são gratuitas e ocorrem de terça a sexta-feira, às 18h30 e aos sábados, domingos e feriados, às 16h30.
No dia 24, data do aniversário, a programação começa às 17h30, no hall de entrada, com “A Música na Sétima Arte”, apresentando trilhas sonoras de filmes com a DJ Laura Figueiró. Na sala de exibição, às 18h, haverá uma cerimônia com apresentação de “A Dança na Sétima Arte”, com a Companhia de Dança Lana Santos, exibindo coreografias de filmes musicais.
O cinema paraense ganha espaço com a exibição do filme curta metragem de animação “Allegro, Pero no Mucho”, direção de Cássio Tavernard. Depois, terá o lançamento do longa metragem “Mestre Cupijó e seu Ritmo”, documentário musical dirigido por Jorane Castro.

Mais antigo em funcionamento

O Cine Olympia é considerado o cinema mais antigo em funcionamento no país. O espaço foi fundado em 24 de abril de 1912 pelos empresários Carlos Teixeira e Antonio Martins, donos do Grande Hotel e do Palace Theatre. Depois da medida extrema do proprietário do lugar, o cinema fechou em 2006, e a Prefeitura de Belém resolveu atender aos apelos da sociedade, que compareceu em massa à sessão de despedida, assinando um contrato com o proprietário da casa para mantê-la como espaço cultural.
Foto antiga mostra sala de exibição do Olympia. — Foto: Acervo Cine Olympia/DivulgaçãoFoto antiga mostra sala de exibição do Olympia. — Foto: Acervo Cine Olympia/Divulgação
Foto antiga mostra sala de exibição do Olympia. — Foto: Acervo Cine Olympia/Divulgação

Programação de abril

A programação está diversificada durante todo o mês. Até o dia 10 de abril, continua em cartaz a comédia “Toni Erdmann”.
No dia 9, a atração é o projeto Cinema e Música, que exibe filmes silenciosos com acompanhamento musical, ao vivo, do pianista Paulo José Campos de Melo como o longa “Da Manjedoura à Cruz”, de 1912.
De 11 a 17, o cinema exibe, dentro da programação da Semana da Língua Alemã, uma mostra de filmes alemães de produção mais recente, com classificação indicativa de 16 anos.
Já no dia 18 de abril, fazendo alusão à Semana Santa, será exibido o tradicional “A Paixão de Cristo”, direção de Ferdinand Zacca. Na Sexta-Feira Santa, não haverá sessão no Cine Olympia.
De 20 a 23, terá uma mostra de suspense e terror com três filmes dirigidos e produzidos por Val Lewton, de 1942 e 1946. No dia 24 terá a programação especial de aniversário.
Encerrando o mês de abril, a partir do dia 25, haverá a exibição de “Berlim Alexanderplatz” (“A Praça Alexandre”), filme em 14 episódios, dirigido por Rainer Werner Fassbinder. ” Os últimos episódios serão exibidos no início de maio".
O filme “Toni Erdmann” fica em cartaz até o dia 10 de abril . — Foto: DivulgaçãoO filme “Toni Erdmann” fica em cartaz até o dia 10 de abril . — Foto: DivulgaçãoO filme “Toni Erdmann” fica em cartaz até o dia 10 de abril . — Foto: Divulgação

Serviço

Programação de aniversário do Cine Olympia
Sessões de terça a sexta-feira, às 18h30; sábados, domingos e feriados, às 16h30
A programação completa está na Agência Belém
Entrada gratuita.


    FONTE: G1 PA