domingo, 31 de março de 2019

Rumo pode beneficiar agronegócio de Goiás ao assumir trechos da Ferrovia Norte-Sul

AGRO
Usuários da malha ferroviária querem negociar quem vai poder utilizar os trilhos e a capacidade de operação para terceiros com o Governo Federal ainda nesta semana
Empresa paulista venceu leilão com lance de R$ 2,7 bilhões | Foto: Reprodução
Empresas interessadas em utilizar os trilhos da malha ferroviária Norte-Sul se programam para conversar com o Governo Federal e a vencedora da licitação de dois trechos ainda nesta semana. Com a vitória da Rumo Logística, de São Paulo, no leilão de quinta-feira, 28, 1.537 quilômetros de ferrovia deverão ser operadas por usuários de transporte de carga no Brasil inteiro.
O trecho arrematado pela empresa paulista reaquece o coração do País e Goiás pode ser beneficiado no escoamento de cargas agroindustriais. Dois trechos ligam Porto Nacional (TO) a Anápolis (GO) e Ouro Verde (GO) a Estrela d´Oeste (SP), que transportam milhares de toneladas de produtos.
Para o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias de Goiás (FIEG), Célio Eustáquio de Moura, a concessão da rodovia estimula os empresários goianos a se industrializarem ao ponto de utilizar a ferrovia Norte-Sul com produtos mais competitivos no mercado nacional e internacional.
A principal conquista para o setor industrial de Goiás com o término da ferrovia é chegar ao Porto de Itaqui, no litoral maranhense, uma porta de saída de diversas commodities brasileiras via transporte aquático.
Vários setores terão um meio de transporte seguro e mais barato para desafogar produtos industrializados, como farelo de soja, óleo de soja, grãos em geral, mineração e as produções agrícolas, outro ponto forte no Estado.
Cerca de cinco mil caminhões saem diariamente de Rio Verde (GO) com destino ao Porto de Itaqui (MA) com milhares de toneladas de produtos agrícolas. “Temos mesmo de ter uma ferrovia para dar vazão a isso”, diz o deputado federal Elias Vaz (PSB), que participa dos debates sobre o futuro desempenho da ferrovia desde o início do processo licitatório.
No entanto, o parlamentar reage quanto ao modelo vertical estabelecido para a operação da ferrovia.  “Esse modelo chamado de verticalização, quem compra, leva tudo: compra vagão, trem, opera tudo. Esse modelo está sendo questionado, pois a ferrovia fica sob monopólio. Uma coisa é a gestão, outra é fazer uma concessão em que quem ganhou vai operar sozinha”, critica o congressista.
Célio Eustáquio, da Fieg, diz que a concessão tem que trazer economia ao transporte | Foto: Divulgação
Direito de passagem
O deputado estudou o processo licitatório e afirma que “o direito de passagem não está bem definido. Uma empresa russa desistiu de participar porque ela não tem segurança de que vai chegar aos portos. Isso é muito grave. Podemos ter um grande problema”.
O modelo horizontal utilizado nas concessões alemãs poderia ter sido adotado pelo Governo Federal neste leilão, segundo Vaz.
O governo alemão utiliza um formato parecido com a concessão de uma rodovia, onde se cobra um valor de pedágio e quem quiser passar pela rodovia, passa. “O resultado é que 483 empresas utilizam o sistema ferroviário alemão”, informa o parlamentar goiano.
O resultado desse modelo vertical usado no Brasil, nos últimos anos, foi uma total inviabilização da utilização desse sistema, segundo o deputado. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a utilização do sistema ferroviário é 40% mais barato que o rodoviário. No Brasil, a diferença é de 3%, mais ou menos. Então fica inviável”.
Quanto ao formato em que a concessão foi realizada, o diretor da Fieg, Célio Eustáquio, diz que “está otimista”. “Nós precisamos que esses trechos sejam operacionalizados com fluidez e economicidade ao transporte. A gente até gostaria que tivessem mais players nessa competição, mas a ANTT e o Ministério dos Transportes estão criando um órgão para fiscalizar o direito de passagem na malha ferroviária, o que já deixa o setor industrial um pouco mais calmo”, ameniza Eustáquio.
O presidente da Associação Nacional de Usuários de Transportes de Cargas (Anut), Luiz Henrique Baldez, engrossa o discurso de Elias Vaz sobre o formato da concessão.
Segundo Baldez, a administração da Rumo deverá ser menos pior do que a segunda participante no leilão, a mineradora Vale, por ter uma carteira de transporte de produtos mais diversificada, e que também agradou ao mercado interessado na ferrovia.
O executivo quer discutir com os agentes envolvidos no processo de licitação outras brechas deixadas pelo edital, como quem vai ter direito a usar a ferrovia, quais condições terão os operadores independentes e a capacidade de disponibilidade que os terceiros poderão operar dentro dos trilhos.
“Nossa luta é para a nova operadora ser obrigada a deixar passar trens de outras empresas, apenas isso. Criar uma competição no mercado, como um caminhão qualquer que pode transportar seu produto”, pede o presidente da Anut.
Luiz Baldez, presidente da Anut, espera negociar em breve com o Governo Federal para estabelecer condições de uso para terceiros, além da Rumo | Foto: Divulgação
Baldez diz que o Governo Federal assinou um acordo com o Ministério Público se comprometendo a resolver esses questionamentos a fim de evitar um monopólio nas ferrovias e que se continuem cobrando valores altos dos usuários.
“Atualmente se cobra de 5% a 10% a menos do custo do transporte rodoviário para usar os trilhos, enquanto o usual é 40% a menos. Mas com a concessão para a Rumo avaliamos que o cenário seja um pouco melhor sob esse aspecto de diversidade de carga”, analisa Baldez.

Rumo e Vale precisam se conectar para não inutilizar trechos em uso

Algumas operações de outras ferrovias da malha da Vale podem se tornar inúteis sem a criação de ramais e interligações com a nova parte concedida à Rumo. Luiz Henrique Baldez exemplifica com o trecho que liga Campinorte, em Goiás, a Água Boa, em Minas Gerais. “Se esse trecho não passar pela Norte Sul, vai ficar inócuo operacionalmente”.
O trecho da Ferrovia de Integração Oeste Leste, que vem do Porto de Ilhéus, litoral baiano, e vai até Figueirópolis, no Tocantins, também será inutilizado caso não passe pelo trecho da Vale na Norte Sul, segundo Baldez.
Se a Vale utilizar a malha ferroviária que já tem concessão para transportar apenas seus produtos, como minério de ferro – onde domina a produção nacional e é a segunda maior exportadora do mundo – os demais trechos concedidos à Rumo e os que já estão na mão da própria Vale ficarão inutilizados. O que também não faria sentido para outros investidores construírem uma nova ferrovia em paralelo a Norte-Sul, como explica Baldez.
“Quando essa ferrovia foi idealizada era para sair de Barcarena até o Rio Grande do Sul. A Vale tem um trecho de Paraupebas, no Pará, até São Luiz no Maranhão. São 980 quilômetros que levam o minério de ferro para exportação até a Ponta da Madeira, no Maranhão. E o trecho de Açailândia até Palmas é operada pela VLI, que é da Vale”, explica Luiz Baldez.
Com este raciocínio, o executivo esclarece porque os trechos concedidos à Rumo precisam ser conectados aos que já estão sob concessão da Vale, para ter fluidez de transporte no país.
Minério de ferroA Vale utiliza as ferrovias brasileiras para transportar minério de ferro, que corresponde a 80% de todas as cargas transportadas nas ferrovias do país. O agronegócio tem 15% de espaço e 5% são produtos gerais.
Os empresários representados pela Anut, como os gigantes Votorantim, Usiminas, Gerdau e ArcelorMittal sugerem ainda que comprariam os próprios trens e vagões para circular nos trilhos da Rumo e da Vale.
Atualmente, os associados da Anut operam suas cargas pelo trecho de Vitória (ES) até Minas Gerais, em sua grande maioria – outra malha ferroviária na lista da Vale.
“Procuramos uma alternativa e não achamos. Todo o setor siderúrgico precisa de minério e carvão movimentados nos portos da Vale, que consequentemente deixa a siderurgia nacional dependente dos trechos concedidos à eles”, afirma Baldez.
Deputado catarinense questiona venda por valor abaixo do avaliado
Uma das primeiras séries de privatizações do Governo Federal pode se tornar um escândalo de corrupção da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL), segundo discurso do deputado federal de oposição Pedro Uczai (PT-SC).
O parlamentar constituiu diversos argumentos para fundamentar sua fala, entre eles, o valor da operação financeira abaixo do avaliado pela Valec S/A e a falta de atualização do preço pelo Índice Geral de Preço Médio (IGPM).
A Valec S/A, empresa pública que administra a ferrovia, avaliou o trecho concedido por R$ 3,8 bilhões e se o valor fosse reajustado pelo IGPM chegaria aos R$ 6 bilhões em valor de mercado. A construção de alguns trechos já consumiu R$ 16 bilhões desde seu lançamento, em 1987, pelo ex-presidente da República, José Sarney.
A quantidade de quilômetros licitados também foi citada pelo deputado catarinense; em 2007 o governo federal vendeu 720 km por R$ 2,8 bilhões e agora entregou 1.537 km por R$ 2,7 bilhões.
Uczai acompanha as obras e desenvolvimento das ferrovias brasileiras há 20 anos e considerou as condições do edital como um “presentão” do Governo Federal.
O deputado catarinense Pedro Uczai (PT) questiona por que o governo entregou mais quilômetros de ferrovia por um preço abaixo do último leilão, em 2007 | Foto: Divulgação/PT
“Na época de uma antiga licitação, de 2007, foram pagos 50%  da entrada à vista e o restante em quatro anos. Agora o governo pediu 5% de entrada e mais oito anos para pagar”, questiona o parlamentar.
Irregularidades
A fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) em cima do edital proposto pelo Ministério da Infraestrutura identificou irregularidades nos estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental da obra e sugeriu ajustes no texto original do edital.
Um dos ajustes é relacionado às obras inacabadas no trecho entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela d’Oeste (SP), atualmente a cargo da Valec S/A. O relatório do TCU determinou que a empresa terminasse as obras.
O Governo Federal queria entregar as obras para o vencedor da licitação concluir, mas como a Valec já tem contratos em andamento com empresas atuando na ferrovia, o TCU refutou a proposta para não gerar insegurança jurídica. O Ministério Público também questionou o edital em uma ação movida no TCU.
Mais leilões
O presidente Jair Bolsonaro escreveu em sua conta do Twitter, em 4 de março, que “a ferrovia Norte-Sul foi projetada para se tornar a espinha dorsal do transporte ferroviário do Brasil, integrando o território nacional e contribuindo para a redução do custo logístico do transporte de carga no país”.
Bolsonaro acrescentou à publicação que espera 23 leilões no decorrer do mandato, entre terminais portuários, aeroportos e ferrovias. “A estimativa é que, ao final da concessão, o trecho ferroviário em questão possa capturar uma demanda equivalente a 22,73 milhões de toneladas. Ao todo, estão previstos 23 leilões, incluindo terminais portuários, aeroportos e ferrovias”, continuou o presidente.
Deputado federal Elias Vaz sugere um modelo alemão que o Governo Federal poderia usar para dar espaço a mais usuários | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Trecho Palmas-Anápolis carrega 20 locomotivas
A estrada ferroviária que liga Palmas (TO) a Anápolis (GO) tem 855 quilômetros e foi concluída em 2014. Esta etapa compreende atualmente R$ 5 bilhões, o que equivale a um custo aproximado de R$5,96 milhões por quilômetro de ferrovia construída, segundo dados de setembro do ano passado, divulgado pela Valec S/A.
De 2014 a junho de 2018, o trecho transportou 20 locomotivas, 26 mil toneladas de farelo de soja, 13 mil toneladas de madeira triturada, oito mil toneladas de minério de manganês, aproximadamente 7.300 toneladas de barras de trilhos de 240 metros e carregou 262 vagões pelos trilhos.
FONTE: JORNAL OPÇÃO

Agricultura urbana ajuda meio ambiente e gera renda em áreas carentes

MEIO AMBIENTE


Atualmente, quase 20% de todo alimento consumido no mundo é proveniente de hortas e plantações cultivadas em perímetros urbanos


FOTO: REPRODUÇÃO
Uma das tendências econômicas que mais vem chamando a atenção de especialistas em todo o mundo é a agricultura urbana. A modalidade de agronegócio consiste em utilizar pequenos espaços, degradados ou não aproveitados, para o cultivo de hortas de alta produtividade, aproveitando-se da sobra orgânica para produção de adubo e reutilização de recipientes descartados como vasos de cultivo.
A prática começou no Japão, onde a escassez de áreas cultiváveis levou a população a se valer de qualquer espaço útil para cultivar pequenas hortaliças como tomates, pimentões e berinjelas, e se tornou tendência no mundo todo.
Atualmente, países da Europa e regiões dos Estados Unidos que sofrem com a falta de água ou não dispõem de terreno fértil, passaram a investir na prática. Galpões de áreas industriais em Liverpool e até abrigos anti-bombardeio da época da II Guerra Mundial em Londres têm sido usados como “lavoura”. Nos Estados Unidos, algumas das antigas fábricas automobilísticas de Detroit agora produzem alimentos para a sociedade local.
NO BRASIL – No Brasil diversos projetos sociais já receberam o reconhecimento mundial por sua eficiência e por gerar emprego e renda a famílias de áreas carentes de grandes centros urbanos.
Em Santa Catarina, “a Revolução dos Baldinhos” recebeu, recentemente, prêmio da WFC - World Future Council – em Berlim (Alemanha), durante a Semana Internacional do Verde, por sua prática de transformar resíduos residenciais orgânicos em adubo e fomentar o plantio de alimentos em pequenos espaços, menores que 1000 m2. As famílias envolvidas aprendem técnicas de reciclagem, separação correta do lixo e reaproveitamento de materiais.
Em São Paulo o interesse social e econômico pelas hortas urbanas começou em 2004, com projetos de pesquisa de universidades e centros acadêmicos, mas a partir de 2011, com a criação do grupo Hortelões Urbanos, a prática ganhou ainda mais relevância e visibilidade.
ECONOMIA – Segundo dados da ONU - Organização das Nações Unidas – e do Banco Mundial, quase 20% de todo o alimento consumido no mundo é produzido em hortas urbanas.
Publicado em 2011, O estudo Estado do Mundo – Inovações que Nutrem o Planeta, publicado pelo WWI - Worldwatch Institute – calcula que aproximadamente 950 milhões de pessoas em todo o Planeta, têm na agricultura urbana sua principal fonte de renda ou subsistência.
“O cultivo de alimentos em cidades tem algumas vantagens, como proximidade dos mercados, baixo custo do transporte e redução de perdas pós-colheita, graças ao menor tempo entre as safras”, afirma um dos trechos do texto.
Fonte: 

Escolas investem em educação ambiental

MEIO AMBIENTE


Alunos aprendem desde o maternal temas como sustentabilidade, alimentação orgânica e energia limpa


Alunos da rede pública fazem hortas nas escolas
Alunos da rede pública fazem hortas nas escolas - 
Rio - Se a conscientização ambiental na fase adulta ainda é um desafio no Brasil, vide a quantidade de punições e multas implementadas nos últimos anos na área, para os pequenos os ideais da sustentabilidade são cada vez mais conhecidos. Incentivados pelas escolas, que promovem desde hortas sustentáveis até arrecadação de material reciclável, os estudantes já incorporam a preocupação com o meio ambiente no dia a dia, e levam os ensinamentos para casa.
A Secretaria Municipal do Rio, por exemplo, estimula nove projetos nesse âmbito, em parceria com a Secretaria de Conservação e Meio Ambiente. Um deles, Rio Escolas Sustentáveis, desenvolve ações de reuso, reciclagem, coleta seletiva, eficiência energética e consumo consciente da água nos centros educacionais da cidade. As unidades recebem hortas, área para compostagem, captação de água de aparelhos de ar condicionado, entre outros.
Já o Hortas Escolares, que garante alimentação orgânica para mais de 47 mil estudantes, deve ser ampliado neste ano na rede municipal. "Nós notamos que a horta tem permitido que os alunos sejam mais ativos no processo educacional, encarando um protagonismo que é de direito deles por meio de uma alimentação saudável produzida pela escola e que passa por várias mãos", disse Angelica Carvalho, responsável pelas atividades.

Atualmente, os colégios do Rio contam ainda com técnicos agrícolas que lecionam e oferecem orientação. "Acompanhar esse processo de ver a planta pequeninha e depois ela já no prato dá uma satisfação incrível", contou a estudante Angélica Santana, de 11 anos, da Escola Municipal Professor Augusto José Machado. "Vimos na horta uma possibilidade de trabalhar vários ramos do conhecimento. Em matemática, vimos área, perímetro e proporção para dividir os canteiros; em português, o vocabulário e a origem dos nomes das plantas; em ciências, a função das plantas; e em História, os grãos contaram os períodos de desenvolvimento do Brasil", esclareceu a professora Mônica Fragasso, da Escola Municipal Alzira Araújo.
Na Amora Centro Educacional, localizada no Flamengo, os alunos de 4 e 5 anos fazem brinquedos com sucatas, consomem suco verde produzido por eles mesmos, e cuidam de um minhocário e de uma horta. O colégio também prioriza cardápio orgânico para as crianças e insere funcionários e pais nas atividades. "Não acreditamos em uma educação ambiental fragmentada, onde apenas as crianças da escola recebem instruções, buscamos levar a educação ambiental para todo o ambiente escolar incluindo os demais atores locais como os funcionários e os pais”, explicou Tomás Amorim, coordenador do projeto.
O Colégio Notre Dame Recreio é outra instituição de ensino que desenvolve a educação ecológica desde o maternal, com diferentes projetos a cada ano letivo. Ano passado, o tema de uso sustentável da energia limpa venceu um prêmio da Light. Em 2019, as turmas vão focar no uso e reciclagem do plástico. "Acreditamos na educação como transformadora da sociedade. Nosso objetivo é fazer com que os ideais de sustentabilidade façam parte da vida dessas crianças desde pequenas. E o retorno tem sido muito significativo, eles levam as informações para os meios deles e cobram até dos pais as mudanças de atitude", afirmou a coordenadora da Educação Infantil Alessandra Marassi.
O Colégio Mopi, por sua vez, tem desde sua infraestrutura a preocupação com o meio ambiente. O piso da área externa da unidade do Itanhangá é feito com pneu reciclado e também há uma área de ventilação natural para reduzir gastos com energia elétrica. No ano passado, os alunos arrecadaram 250 kg de material reciclável, como plástico e papel, e fizeram a venda desses itens, incentivados pelo professor de biologia Hélio. A verba arrecadada foi revertida em cestas básicas para funcionários. "É fundamental que os estudantes conheçam o impacto direto que tem no ambiente. Nos preocupamos em formar indivíduos preparados para atuar na sociedade, que consigam desenvolver mobilizações em prol da sustentabilidade", esclareceu o coordenador pedagógico do Mopi Luiz Rafael.
"Ou tomamos consciência com o meio ambiente agora, ou vamos caminhar para um grave quadro no planeta", acrescentou Luiz. Desde 2015, tramita no Senado Federal um projeto de lei que propõe que a educação ambiental se torne uma disciplina obrigatória no ensino básico.
*Estagiária sob supervisão de Angélica Fernandes

FONTE: O DIA

Amazonastur terá espaços temáticos na maior feira internacional de turismo do Brasil

TURISMO
Este ano, a Word Travel Market Latin America (WTM) deve reunir representantes de 50 países e 10 mil visitantes de todo mundo, de 2 a 4 de abril, na Expo Center, em São Paulo30/03/2019 às 17:04
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Foto: Agência Brasil 
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A convite do Ministério do Turismo, a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) irá participar da sétima edição do principal evento de turismo e viagens da América Latina, a Word Travel Market Latin America (WTM). Este ano, a WTM irá reunir representantes de 50 países e cerca de 10 mil visitantes de todo mundo em três dias de evento, que acontece de 2 a 4 de abril, na Expo Center, em São Paulo. De acordo com os organizadores, a estimativa é que os negócios efetuados girem em torno de US$ 374 milhões.
O Amazonas estará presente no estande institucional do Ministério do Turismo, onde serão exibidos, junto com outros estados da federação, os principais produtos turísticos da região, divididos em quatro espaços temáticos.
Para a presidente da Amazonastur, Roselene Medeiros, a participação do Amazonas na WTM tem uma grande importância nesse momento em que se discute o fortalecimento e o fomento do turismo no estado. “Serão realizadas palestras sobre destinos turísticos brasileiros, encontros setoriais, reuniões com parceiros estratégicos. É uma feira estritamente de negócios. Isso gera um maior fluxo porque o operador vai estar vendendo de forma direta seu produto, visto que 51% dos visitantes são responsáveis diretos por compras”, ressaltou.
Roselene destaca ainda que o turismo é um dos setores econômicos que mais crescem no mundo e alguns países têm superado crises e gerados empregos. “O Brasil e, particularmente, o Amazonas, tem muito potencial a ser explorado. Precisamos olhar para o futuro. Convidamos o trade de turismo para participar conosco da feira porque acreditamos que são os empresários que fazem a economia girar. E queremos fortalecer cada vez essa parceria”, disse.
O Amazonas na WTM – Os empresários do setor de turismo que estarão presente na WTM poderão conhecer e negociar o destino Amazonas através dos espaços da Amazonastur sobre área de investimentos, destino, experiências e parques do Brasil.
“Área de Investimentos” – Serão apresentados 30 projetos que foram captados e elaborados pela Amazonastur em parceria com secretarias municipais e também com a iniciativa privada. Os autores terão oportunidade de captar recursos necessários para desenvolver seus projetos.
“Destino do Brasil” – Haverá a exibição de produtos turísticos de cada destino, dando oportunidade aos empresários do setor de negociar diretamente com operadores internacionais interessados em conhecer o Amazonas.
 “Experiência do Brasil” – Nesse espaço, além de apresentar um produto novo, o empresário terá que fazer demonstrações mais interativas, utilizando algo característico do lugar para que o interessado possa “experimentar” o que irá encontrar na região, que pode ser cheiro da terra, a água do lugar ou uma viagem virtual.
“Parques do Brasil” – Produtos existentes nas unidades de conservação serão expostos. No Amazonas, o Ministério do Turismo indicou o Parque Nacional de Anavilhanas para ser apresentado aos operadores de turismo nacionais e internacionais.
*Com informações da assessoria de imprensa

FONTE: A CRÍTICA 

Quatro detidos na Nicarágua após governo se comprometer a permitir manifestações

MUNDO
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O representante da opositora Aliança Cívica pela Justiça e pela Democracia (ACJD), Juan Sebastián Chamorro (2º à esq.), lê um comunicado em Manágua, em 28 de março de 2019 - AFP


Ao menos quatro pessoas foram detidas neste sábado por policiais de choque da Nicarágua quando dezenas de opositores se preparavam para protestar em uma avenida de Manágua, um dia depois do governo se comprometer a respeitar o direito cidadão à manifestação.
"Condenamos energicamente a flagrante violação dos direitos das pessoas que haviam se reunido pacificamente" para protestar, denunciou no Twitter a opositora Aliança Cívica pela Justiça e pela Democracia (ACJD), que negocia com o governo para buscar uma saída para a crise.
As prisões ocorreram quando mais de 150 manifestantes que estavam concentrados no shopping center Metrocentro, na capital, tentaram marchar por uma avenida próxima.
Nesse momento, centenas de policiais armados obrigaram os manifestantes a retrocederem, em meio a confrontos que terminaram com ao menos quatro detidos, observou um fotógrafo da AFP.
"Exigimos a imediata libertação de quem foi detido ilegalmente", afirmou a ACJD.
O Canal 10 de Televisão informou que a polícia agrediu dois jornalistas desse meio, que estavam no local cobrindo o protesto.
Na sexta-feira, o governo de Daniel Ortega se comprometeu na mesa de diálogo com a oposição a restituir vários direitos cidadãos, entre eles o de concentração e manifestação.

AFP

Zuckerberg quer governos 'mais ativos' em regulação da Internet

MUNDO
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Redes de Zuckerberg buscam integração, mas enfrentam instabilidade - AFP
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu neste sábado um "papel mais ativo" dos governos na regulação da Internet e instou a que mais países adotem regras para proteger a segurança como as da União Europeia (UE).
O Facebook e outros gigantes da internet resistiram durante muito tempo à intervenção governamental, mas a rede social mudou sua postura em meio aos crescentes pedidos de regulação.
"Acredito que necessitamos um papel mais ativo dos governos e dos reguladores", escreveu Zuckerberg em uma coluna de opinião publicada no The Washington Post.
"Ao atualizar as regras para a Internet podemos preservar o melhor da rede - a liberdade das pessoas para se expressar e dos empreendedores para criar coisas novas - enquanto ao mesmo tempo protegemos a sociedade de um dano maior", apontou.
Zuckerberg considera que são necessárias novas regulações em quatro áreas: conteúdo prejudicial, proteção de eleições, privacidade e portabilidade de dados.
Zuckerberg disse que apoia que mais países adotem regras como o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados da União Europeia, que dá aos reguladores poder para sancionar organizações que não cumprem os padrões de segurança estabelecidos ao processar informação pessoal.
"As regras que governam a Internet permitiram a uma geração de empreendedores construir serviços que mudaram o mundo e geraram um grande valor na vida das pessoas", disse.
"É hora de atualizar estas regras para definir responsabilidades claras para as pessoas, as companhias e os governos no futuro".

AFP

Agricultor paranaense conquista certificação internacional de soja responsável

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Foto: (Reprodução TV Globo)

Emir do Catar deixou cúpula árabe na Tunísia antes do previsto

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Dirigentes reunidos Túnis em cúpula da Liga Árabe, entre os quais o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani (2o à esquerda), em 31 de marzo de 2019 - AFP
O emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al-Thani, deixou, neste domingo, a 30ª cúpula da Liga Árabe na Tunísia, antes do previsto, enquanto a agência agencia oficial do emirado QNA não informou o motivo da partida.
O emir deixou a reunião "após assistir à cerimônia de abertura", informou a QNA, sem dar mais detalhes.
Embora vários líderes tenham feito recentemente apelos para superar as diferenças, o emir o Catar foi embora durante o discurso do secretário-geral da Liga, Ahmed Abul Gheit, e "saiu de Túnis", disse uma autoridade tunisiana à AFP, em anonimato.
O rico emirado do Catar esteve no centro de um conflito diplomático desde junho de 2017, que lhe opõe a vários outros países árabes, inclusive a Arábia Saudita.
Até agora, a Arábia Saudita, seguida por Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito, romperam relações com o Catar, impondo um bloqueio econômico e diplomático.
Riade e seus aliados acusam o Catar de ser próximo do Irã, potência regional xiita rival da Arábia Saudita sunita, e também lhe acusam de apoiar grupos islâmicos radicais, algo que Doha nega.

FONTE: AFP

Taiwan denuncia incursão de aviões de combate chineses

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A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen - AFP/Arquivos
O governo taiwanês acusou a força aérea chinesa de efetuar, neste domingo, uma incursão "provocadora" ao fazer dois aviões de combate J-11 sobrevoarem o estreito de Taiwan, cruzando a linha de separação entre a China continental e a ilha.
O ministério taiwanês da Defesa indicou que teve que fazer seus próprios aviões decolarem neste domingo de manhã e difundir advertências, depois de que os dois aviões de combate J-11 chineses atravessarem a "linha média" que separa a China da ilha no Estreito de Taiwan.
Os aviões chineses "violaram o acordo tácito de longa data (sobre a 'linha média'), ao atravessá-la no Estreito de Taiwan", declarou o ministério no Twitter.
"É uma ação intencional, perigosa e provocadora. Informamos nossos sócios na região e condenamos a China por sua conduta", acrescentou o ministério.
A China aumentou, nos últimos anos, o número de voos de aviões de combate e vem aumentando a presença de navios de guerra perto de Taiwan. Estas atividades são percebidas como uma demonstração de força na ilha, em um contexto de forte tensão.
Mas o sobrevoo da "linha média", reconhecida tacitamente como uma fronteira, é pouco comum.
Segundo os meios chineses, aviões chineses não cruzavam esta linha desde 2011.
A China denunciou recentemente a passagem de navios militares americanos no Estreito de Taiwan.
A China considera Taiwan como parte de seu território. Desde 1945, porém, a ilha é dirigida por um regime rival que se refugiou ali após a tomada do poder pelos comunistas no continente em 1949, depois da guerra civil chinesa.
Os Estados Unidos, que reconhecem a China no plano diplomático, e não Taiwan, continuam sendo o principal aliado militar da ilha.

AFP

Guaidó diz que quer intervenção internacional, mas em cooperação

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FOTO: REPRODUÇÃO R7
Caracas, 30 mar (EFE).- O chefe do Parlamento da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, afirmou neste sábado, em um protesto, que está disposto a invocar o artigo da Constituição que permite chamar missões internacionais no país, mas para pedir cooperação.Alguns setores da oposição apelaram nos últimos dias ao artigo 187.11 da Constituição que fala sobre "missões militares venezuelanas no exterior ou estrangeiras no país". A oposição venezuelana assegura que o país atravessa uma crise humanitária complexa e pediu doações à comunidade internacional para atenuar esta emergência.Parte destas ajudas está nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia, mas a tentativa de transportá-las no dia 23 de fevereiro culminou em enfrentamentos entre os opositores e as forças do ordem pública, diante da negativa do governo de Nicolás Maduro a aceitá-las.Guaidó, que participa de diversos atos hoje, voltou a chamar os venezuelanos a "montar um protesto" toda vez que ocorrerem cortes de eletricidade e água, depois de uma semana de constantes apagões em todo o país. Ele disse ainda que pessoas em centenas de pontos do país estão exigindo os direitos, em alusão aos grupos de opositores em diferentes lugares coordenando ações.As concentrações dos grupos opositores acontecem ao mesmo tempo que uma manifestação do chavismo em Caracas. As atividades acontecem pacificamente, embora durante a manhã a Polícia tenha lançado gás lacrimogêneo em dois protestos contra o governo no centro de Caracas, onde dezenas de cidadãos pediam a restituição do serviço de fornecimento de elétrico, cortado desde ontem em várias áreas do país. EFE


FONTE: EFE

Países árabes criticam decisão de Trump sobre Colinas do Golan

MUNDO
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Líderes reunidos na Tunísia para a Cúpula da Liga Árabe neste domingo criticaram decisões do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, consideradas injustamente benéficas para Israel. Os países, no entanto, se mostraram divididos em uma série de outras questões, incluindo se devem readmitir a Síria.

Representantes da Liga de 22 países - menos a Síria - esperam condenar conjuntamente o reconhecimento de Trump das Colinas do Golan - que pertencem à Síria e que Israel ocupou em 1967 - como território israelense, e também a decisão do ano passado de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

Na abertura da cúpula, o rei Salman afirmou que a Arábia Saudita "absolutamente rejeita quaisquer medidas que reduzam a soberania da Síria sobre as Colinas do Golan", e que apoia a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com o leste de Jerusalém como capital. Ele disse ainda que a instabilidade da região se deve ao envolvimento do Irã.

Espera-se que os líderes árabes reunidos na Tunísia divulguem uma declaração condenando esses movimentos. O porta-voz da cúpula, Mahmoud Khemiri, disse que haverá uma "forte resolução" em Golan. Mas é improvável que os líderes tomem medidas além dessas.

A reunião deste ano ocorre num contexto de guerras em curso na Síria e no Iêmen, autoridades rivais na Líbia e um boicote ao Qatar por quatro membros da Liga. O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, e o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, não foram à reunião porque enfrentam protestos contra seus longos reinos.

ESTADÃO CONTEÚDO

Domingo tem eleição na Ucrânia e princesa vira capitã na Dinamarca

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Turquia também vai às urnas e, na França, presidente presta homenagem a mortos na 2ª Guerra. Veja as principais imagens do Brasil e do mundo

Em Los Angeles, Anitta passa vergonha extrema com cidadã: ''Todo mundo ficou olhando''

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Anitta Reprodução/ Instagram

Anitta chega em Los Angeles e paga mico com cidadã

O mundo dos famosos também é cheio de gafes!
Anitta disse adeus para o Brasil e embarcou para Los Angeles, nos Estados Unidos, neste sábado, 30. Porém, a viagem não foi para tirar uns dias de folga ou para celebrar a chegada de seus 26 anos, e sim, para focar em seu trabalho.

Com a programação lotada, a funkeira saiu de casa logo cedo e acabou sendo surpreendida por pagar um micão com uma americana.
Nas redes sociais, a global se divertiu e contou todos os detalhes do episódio engraçado. “Ela veio me buscar e liguei para perguntar onde ela estava. Ela falou que estava em um carro branco”, começou enquanto mostrava sua amiga.
O problema foi quando a artista confundiu os carros que estavam na rua e acabou entrando no errado. “Só que tinha um carro branco do outro lado e uma mulher loira dirigindo. Eu cheguei no carro e tentei abrir, não abria e continuei tentando, até que ela gritou. Todo mundo ficou olhando para a nossa cara, loucas”, brincou ela.
Na tarde de hoje, a artista divulgou quais são as celebridades que estarão em seu novo álbum, Kisses.

FONTE: CARAS


Anastasia Kvitko, modelo russa'Kim Kardashian russa' deixa todo mundo boquiaberto com novas FOTOS

MUNDO
A famosa modelo Anastasia Kvitko, conhecida como a "Kim Kardashian russa", publicou na sua conta do Instagram novas fotos nas quais ela mostra toda a beleza de seu corpo.
Anastasia Kvitko, modelo russa
Nas novas imagens, a jovem mostra suas curvas inigualáveis, usando roupa sensual.

Nascida na região russa de Kaliningrado, nas margens do mar Báltico, Anastasia mora agora em Miami, nos EUA.
Ela tem 9,6 milhões de seguidores no Instagram. Suas novas fotos provocaram muitos comentários de admiradores, que elogiam as curvas da modelo. Entretanto, há usuários que duvidam que os dotes físicos da garota russa sejam totalmente naturais.
A própria Anastasia jura que seu corpo impressionante é resultado da herança genética e de muitas horas na academia e não da cirurgia plástica e revela que o segredo está no exercício físico.

SPUTNIK

Coreia do Norte chama de ‘ataque terrorista’ ação em sua embaixada em Madri

MUNDO

Coreia do Norte chama de ‘ataque terrorista’ ação em sua embaixada em Madri
Entrada da embaixada da Coreia do Norte em Madri, em 28 de março de 2019 - AFP/Arquivos
A Coreia do Norte descreveu, neste domingo (31), como um “ataque terrorista” a ação contra a sua embaixada em Madri no mês passado e pediu uma “investigação” sobre o ato, reivindicado por um misterioso grupo de opositores.
A representação diplomática da Coreia do Norte foi atacada em 22 de fevereiro por um comando, poucos dias antes da segunda cúpula em Hanói entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Após várias semanas de total silêncio sobre a investigação realizada na Espanha, um juiz de instrução revelou na terça-feira detalhes sobre o assalto e sobre o grupo responsável, do qual vários membros são alvos de um mandado de captura internacional.
O grupo de Defesa Civil Cheollima (DCC) assumiu a responsabilidade por este ataque e disse que queria divulgar as atividades “ilegais” dos representantes diplomáticos de Pyongyang no exterior.
Em sua primeira reação oficial, a Coreia do Norte fez alusão neste domingo a um possível envolvimento dos Estados Unidos e pediu às autoridades espanholas que levem “à Justiça os terroristas e aqueles que movem os fios”.
“Em 22 de fevereiro houve um grave ataque terrorista, em que um grupo armado invadiu a embaixada da Coreia do Norte na Espanha”, disse um porta-voz do ministério das Relações Exteriores norte-coreano, usando as iniciais do nome oficial do país, República Popular Democrática da Coreia, em uma declaração emitida pela agência oficial KCNA.
“Acompanhamos os rumores indicando que o FBI dos Estados Unidos e a insignificante entidade anti-RPDC estiveram envolvidos no incidente terrorista”, acrescentou.
“Esperamos que as autoridades competentes na Espanha realizem uma investigação”, acrescentou.
A justiça espanhola apontou na quarta-feira Adrián Hong Chang, um mexicano que mora nos Estados Unidos, como o suposto chefe do comando.
De acordo com a Audiência Nacional, Hong Chang “entrou em contato com o FBI dos Estados Unidos” cinco dias após o ataque, “a fim de fornecer informações sobre o incidente na embaixada”.
O juiz José de la Mata indicou que dois dos assaltantes levaram o adido comercial a uma sala subterrânea e forçaram-no a desertar, o que ele recusou.
– Grupo dissidente –
Em um comunicado divulgado na semana passada, o DCC afirmou que “a organização compartilhou informações de enorme valor potencial com o FBI, sob termos de confidencialidade por acordo mútuo”.
Também garantiu que o ataque não estava ligado à cúpula de Hanói e que outros governos não estavam envolvidos.
O grupo também anunciou a suspensão temporária de suas operações, embora tenha prometido “grandes coisas” no futuro.
“Somos um grupo de desertores que se reuniram com compatriotas de todo o mundo”, explicou o grupo no texto publicado em seu site.
O comunicado acrescenta que há preparativos para derrubar o líder norte-coreano Kim Jong, mas que eles foram perturbados por todo o ruído midiático a respeito da ação em Madri.
“As atividades dos membros foram temporariamente suspensas. A mídia deve parar de meter o nariz nos assuntos do nosso grupo e de nossos membros. Grandes coisas nos esperam”, assegurou.
As informações reveladas sobre os supostos vínculos entre o grupo e o FBI levaram Pyongyang a romper o silêncio depois de um mês, disse Thae Yong Ho, um ex-diplomata norte-coreano que desertou em 2016.
“O fato de a reação norte-coreana acontecer 37 dias depois do incidente mostra que eles se interessam muito pelo comunicado oficial”, escreveu Thae em seu site.
Thae apontou ainda que Pyongyang pressionou as autoridades espanholas para confirmar a identidade do grupo responsável pelo ataque.
No mês passado, o grupo se autoproclamou o governo da Coreia do Norte no exílio, chamado “Joseon Free”, que recebeu o nome da dinastia que ocupou o trono coreano de 1392 a 1910, ano da anexação do Japão.
O DCC alegou ter oferecido “proteção” a “compatriotas” e agradeceu a países como a Holanda, a China e os Estados Unidos por sua ajuda. Também disse que não queria nada em troca.
A organização ficou conhecida em 2017, quando postou um vídeo online do filho do irmão assassinado do líder norte-coreano, dizendo que ele havia garantido sua segurança.