quarta-feira, 27 de março de 2019

Câmara aprova em 2º turno PEC que amplia orçamento impositivo

26/03/2019 - 23h17


Segundo a proposta, deverão ser executadas obrigatoriamente as emendas orçamentárias de bancadas estaduais destinadas a obras e equipamentos
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Ordem do dia para discussão e votação de diversos projetos
Deputados aprovaram proposta que torna o orçamento impositivo para as emendas de bancadas estaduais
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (26), em dois turnos de votação, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 2/15, que determina a execução obrigatória de emendas parlamentares de bancada.
O texto foi aprovado por ampla maioria (448 a 3 e 453 a 6 votos em 1º e 2º turno, respectivamente) e seguirá para o Senado.
De autoria do deputado Hélio Leite (DEM-PA), a PEC foi aprovada na forma do substitutivo da comissão especial, elaborado pelo deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO).
Atualmente, já é impositivo o total das emendas individuais dos parlamentares, sendo que metade do valor deve ser aplicado em saúde. O valor está sujeito ainda ao teto dos gastos aprovado em 2016.
Obras e equipamentos
As emendas de bancadas estaduais e do Distrito Federal que deverão ser executadas obrigatoriamente se referem a programações de caráter estruturante (obras e equipamentos) até o montante global de 1% da receita corrente líquida (RCL) realizada no exercício anterior ao da elaboração do orçamento.
Para executar as emendas, poderão ser usados os chamados restos a pagar, que são promessas de pagamento para serviços, compras e obras realizados no ano anterior e ainda não quitadas.
De qualquer forma, essas emendas, assim como já ocorre com as individuais, serão afetadas pelo contingenciamento do orçamento na mesma proporção das demais despesas. Esse contingenciamento é um bloqueio que o Poder Executivo faz em função da queda da receita e funciona como um mecanismo para cumprir a meta de resultado primário.
O autor da PEC, deputado Hélio Leite, comemorou a aprovação. “Todos nós nos unimos para defender a cidadania, o nosso País. Esta vitória é uma vitória de todos nós”, afirmou.
Emenda de redação
Para ajustar o texto da proposta, aprovada na comissão especial em 2015, o Plenário aprovou emenda de redação para submetê-la às regras da emenda constitucional do teto de gastos.
A partir do segundo ano de promulgação da futura emenda constitucional e até o último ano de vigência da emenda do teto (EC 95/16), o valor da execução obrigatória dessas emendas será o montante do ano anterior corrigido pelo IPCA.
Impedimentos
A PEC também mexe em regras já existentes, introduzidas pela proposta do orçamento impositivo de emendas individuais, sobre procedimentos a serem adotados no caso de impedimentos técnicos para a execução orçamentária das emendas.
Segundo o texto atual, até 120 dias depois da publicação da lei orçamentária, os poderes deverão enviar ao Legislativo as justificativas sobre o que impede a execução da emenda em questão. Nos 30 dias seguintes, o Parlamento indicará o remanejamento da programação com impedimento insuperável ao Executivo, que terá mais 30 dias para enviar projeto de lei formalizando essa mudança.
Caso esses prazos cheguem até o dia 20 de novembro sem votação pelo Congresso, o Executivo poderá remanejar a emenda por decreto.
Se o problema surgir após 20 de novembro, a execução da emenda naquele ano deixa de ser obrigatória.
Com a redação da PEC 2/15, os problemas de execução de todas as emendas parlamentares (individuais e de bancada) deverão seguir regras da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) quanto ao cronograma para análise e verificação de eventuais impedimentos e demais procedimentos para viabilizar a execução pretendida.
O texto acaba ainda com o prazo limite de 20 de novembro para isentar o Executivo de realizar a programação prevista na emenda se não houver remanejamento.
Uma lei complementar definirá somente critérios gerais relativos à execução e ao acompanhamento dos planos e orçamentos. Essa lei ainda não existe e, na redação atual da Constituição Federal, ela deveria tratar também de critérios para a execução equitativa (igual para todos os parlamentares), de procedimentos relativos aos impedimentos legais e técnicos e da limitação das programações de caráter obrigatório.
Na definição constante do texto constitucional sobre o que é considerada execução equitativa, a PEC acrescenta que, ao atender de forma igualitária e impessoal as emendas, sua execução deverá observar critérios “objetivos e imparciais”.
Aspectos gerais
A proposta aprovada prevê ainda outros aspectos gerais sobre a programação orçamentária, determinando que a previsão de receita e a fixação da despesa no projeto e na lei orçamentária “devem refletir com fidedignidade a conjuntura econômica e a política fiscal”.
Já o dever de execução das programações é definido como o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. O acompanhamento e a verificação do cumprimento dessas diretrizes deverão ser feitos por meio de relatórios publicados pelos órgãos de execução, inclusive com a divulgação de eventuais impedimentos e medidas de resolução adotadas.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

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Deputados destacam autonomia do Legislativo com emendas de bancada impositivas

26/03/2019 - 21h40Atualizado em 26/03/2019 - 22h30


Eduardo Bolsonaro e Kim Kataguiri destacam que aprovação não pode ser vista como embate entre Executivo e Legislativo.
Najara Araujo/Câmara dos Deputados
Sessão extraordinária para discussão de diversos projetos. Dep. Carlos Henrique Gaguim (DEM - TO)
Carlos Henrique Gaguim, relator: proposta quer mais Brasil e menos Brasília
A autonomia do Legislativo foi ressaltada pelos deputados durante a votação da proposta (PEC 2/15) que obriga o governo federal a aplicar as emendas de bancadas estaduais até 1% da receita corrente líquida realizada no ano anterior. Hoje já são impositivas, ou seja, de aplicação obrigatória, apenas as emendas individuais dos deputados. Eventuais cortes poderão ser feitos se não for atingida a meta fiscal.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, comemorou a aprovação da proposta. Para ele, a obrigatoriedade de executar emendas de bancada fortalece o mandato parlamentar. “Para que cada um possa exercer seu mandato representando bem suas bases eleitorais”, declarou.
Maia ressaltou que a votação da PEC não foi um movimento do Legislativo contra o Executivo. “Uma boa notícia, afinal, depois de dias de atritos que espero tenham ficado no passado”, disse.

Para o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), a proposta é o verdadeiro pacto federativo solicitado por prefeitos e governadores. “Com a proposta, o Executivo federal não pode, ao seu bel prazer, fazer mudanças ou contingenciamentos”, disse. 

O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) disse que a emenda vai no caminho do fim da política de “toma lá, dá cá” tão criticada pela população brasileira. “O Executivo não terá mais na mão uma moeda de troca para comprar ou vender parlamentares. O Congresso vai determinar, de acordo com as bancadas, como será distribuído o Orçamento”, disse. 

O parlamentar negou que a votação seja uma resposta à troca de críticas entre os chefes do Executivo e da Câmara dos Deputados sobre a articulação do governo Bolsonaro. “Não é uma derrota do governo, não é um ataque ao governo, Jair Bolsonaro assinou a proposta enquanto deputado”, disse.
Independência
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também destacou que ele e o pai são favoráveis à medida. “Vai trazer mais independência aos deputados federais e se trata de uma relação harmônica entre os poderes”, disse. 

Relator da PEC, o deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO) destacou que a medida vai permitir planejamento e fiscalização das ações. “A proposta quer mais Brasil e menos Brasília. Vai permitir a divisão correta dos recursos sem as barganhas, permitir a aplicação da lei e a fiscalização das obras”, disse.
Ele destacou que há cerca de R$ 200 bilhões correspondentes a obras paralisadas.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Geórgia Moraes

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Deputados votam em 2º turno PEC que amplia orçamento impositivo

26/03/2019 - 21h29


O Plenário da Câmara dos Deputados vota neste momento, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/15, do deputado Hélio Leite (DEM-PA), que torna o orçamento impositivo para as emendas de bancadas estaduais até 1% da receita corrente líquida realizada no ano anterior.
Atualmente, já é impositivo o total das emendas individuais dos parlamentares, sendo que metade do valor deve ser aplicado em saúde. O valor está sujeito ainda ao teto dos gastos aprovado em 2016.
Os deputados aprovaram há pouco a PEC em 1º turno. O texto aprovado é o da comissão especial, de autoria do deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO).
Também foi aprovado, por 436 votos a 2destaque que excluiu do texto da PEC a necessidade de uma lei complementar para que os órgãos de execução publiquem relatórios de acompanhamento e verificação do cumprimento da execução das emendas.
Os deputados aprovaram, ainda, emendas de redação e o requerimento de quebra do prazo de cinco sessões para a votação em segundo turno da matéria.
Mais informações a seguir

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

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Eleição para coordenadora da bancada feminina será realizada em 10 de abril


26/03/2019 - 21h23


A nova coordenadora da bancada feminina da Câmara dos Deputados será escolhida no dia 10 de abril. A data foi definida nesta terça-feira (26) em reunião do grupo.
Atualmente, o cargo é ocupado pela deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO). No mesmo dia, também serão eleitas as três coordenadoras-adjuntas da bancada.
Com 77 parlamentares exercendo o mandato, a atual bancada feminina é a maior da história da Câmara. Representa um crescimento de mais de 50% em relação à legislatura passada, que tinha 55 deputadas.
Procuradoria
Ainda no dia 10, serão eleitas a procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados e as três procuradoras-adjuntas.
Procuradoria da Mulher é um órgão institucional criado em 2009, com o objetivo de zelar pela participação mais efetiva das deputadas nas atividades da Câmara, além de fiscalizar e acompanhar programas do governo federal, receber denúncias de discriminação e violência contra a mulher e cooperar com organismos nacionais e internacionais.
A deputada Leandre (PV-PR) está no comando da procuradoria neste momento.
Da Redação – MO

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Plenário aprova PEC que amplia orçamento impositivo de emendas; falta votar destaques

26/03/2019 - 21h18


O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou em 1º turno, por 448 votos a 3, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/15, do deputado Hélio Leite (DEM-PA), que torna o orçamento impositivo para as emendas de bancadas estaduais até 1% da receita corrente líquida realizada no ano anterior.
O texto aprovado é o da comissão especial, de autoria do deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO).
Atualmente, já é impositivo o total das emendas individuais dos parlamentares, sendo que metade do valor deve ser aplicado em saúde. O valor está sujeito ainda ao teto dos gastos aprovado em 2016.
Em votação subsequente, os deputados rejeitaram, por 389 votos a 5, dispositivo que tornava obrigatória a execução de programações que integrem políticas públicas e metas prioritárias, observado o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Está em votação, no momento, outro destaque que pretende excluir do texto a necessidade de uma lei complementar para que os órgãos de execução publiquem relatórios de acompanhamento e verificação do cumprimento da execução das emendas.
Mais informações a seguir

CPI do BNDES será instalada nesta quarta-feira, às 15h

26/03/2019 - 21h07


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, marcou para esta quarta-feira (27), às 15 horas, a reunião de instalação e eleição do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar irregularidades nos atos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) relacionados à internacionalização de empresas brasileiras.
A CPI terá prazo de 120 dias e vai investigar os atos praticados entre 2003 e 2015. O pedido de investigação é de autoria do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), para quem o BNDES beneficiou um grupo seleto de empresas sem comprovar efetiva indução do desenvolvimento econômico e social do Brasil.
requerimento do deputado lança dúvidas sobre investimentos feitos pelo banco em empreendimentos da Odebrecht em países africanos, na Venezuela e em Cuba.
A comissão terá 27 membros titulares e igual número de suplentes.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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Deputados iniciam votação nominal de PEC do orçamento impositivo para emendas de bancada

26/03/2019 - 20h56


O Plenário da Câmara dos Deputados começou a votar nominalmente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/15, do deputado Hélio Leite (DEM-PA), que torna o orçamento impositivo para as emendas de bancadas estaduais até 1% da receita corrente líquida realizada no ano anterior.
Um acordo entre os partidos permitiu a votação da matéria enquanto os deputados inscritos para debater o tema usam da palavra.
Segundo o texto da comissão especial que analisou a PEC, também será obrigatória a execução de programações que integrem políticas públicas e metas prioritárias, observado o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O texto da comissão foi elaborado pelo deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO).
Atualmente, já é impositivo o total das emendas individuais dos parlamentares, sendo que metade do valor deve ser aplicado em saúde. O valor está sujeito ainda ao teto dos gastos aprovado em 2016.
Mais informações a seguir

Plenário analisa PEC do orçamento impositivo para emendas de bancada

26/03/2019 - 20h46Atualizado em 26/03/2019 - 20h53


O Plenário da Câmara dos Deputados analisa neste momento a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/15, do deputado Hélio Leite (DEM-PA), que torna o orçamento impositivo para as emendas de bancadas estaduais até 1% da receita corrente líquida realizada no ano anterior.
Segundo o texto da comissão especial, de autoria do deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO), também será obrigatória a execução de programações que integrem políticas públicas e metas prioritárias, observado o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Atualmente, já é impositivo o total das emendas individuais dos parlamentares, sendo que metade do valor deve ser aplicado em saúde. O gasto está sujeito ainda ao teto dos gastos aprovado em 2016.
No momento, os deputados debatem requerimento de retirada de pauta da matéria.
Mais informações a seguir

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

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