quarta-feira, 19 de julho de 2017

São Paulo

Número de mortes no trânsito de SP sobe 24% em junho

Quantidade de óbitos no mês subiu de 67, em 2016, para 83, em 2017. Dados são do governo estadual, com base nos boletins de ocorrência registrados nos períodos.

O número de mortes no trânsito da cidade de São Paulo cresceu 23,8% no último mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento do Infosiga, banco de dados do governo estadual. Enquanto em 2016 foram registrados 67 óbitos, em 2017 a quantidade subiu para 83.
Segundo o balanço, a grande maioria dos mortos em ruas e avenidas de São Paulo no mês passado é composta por homens. Foram 70 vítimas do sexo masculino contra apenas 13 do feminino. Mais de 30% das vítimas que tiveram a idade revelada tinham entre 18 e 29 anos.
Os dados disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública com base em boletins de ocorrência também apontam que a maior parte dos acidentes com vítimas fatais aconteceu durante o período noturno: 54% das mortes ocorreram depois das 18h.
Por causa de acidente com motociclista, duas faixas da Marginal Pinheiros são bloqueadas (Foto: Reprodução/TV Globo)Por causa de acidente com motociclista, duas faixas da Marginal Pinheiros são bloqueadas (Foto: Reprodução/TV Globo)Por causa de acidente com motociclista, duas faixas da Marginal Pinheiros são bloqueadas (Foto: Reprodução/TV Globo)
Assim como registrado pelo Infosiga em todos os meses do ano até aqui, os pedestres foram as principais vítimas do trânsito na capital paulista em junho. Ao menos 32 pessoas morreram durante deslocamentos a pé pela cidade. Ou seja, quase 40% do total de óbitos.
Os motociclistas aparecem logo em seguida na lista dos mais vulneráveis: foram 31 óbitos no último mês. O índice representa uma alta de 55% em relação ao registrado no mesmo período de 2016. Outro meio de locomoção de duas rodas, a bicicleta, teve quatro vítimas fatais em junho – quatro vezes o computado nos 30 dias do ano passado.
Já o número de mortes envolvendo ocupantes de automóveis caiu de 12 para 8 na comparação entre junho de 2016 e 2017. Pelo menos três dos 83 mortos restantes estavam a bordo de um ônibus, e um deles dirigia um caminhão. Algumas ocorrências não tiveram o tipo ou meio de locomoção da vítima especificados pelo Infosiga. 
Veja número de mortes no trânsito de SP mês a mês
Histórico comparativo dos anos de 2016 e 2017
Mortes818160607777747481818787898987878181919167678383Janeiro/2016Janeiro/2017Fevereiro/2016Fevereiro/2017Março/2016Março/2017Abril/2016Abril/2017Maio/2016Maio/2017Junho/2016Junho/20170100255075
Fonte: Infosiga/Governo de SP
Com a alta de quase 24% registrada neste mês, a quantidade de mortes no trânsito paulistano passa a apresentar alta no acumulado do ano. No primeiro semestre de 2017, foram 482 óbitos frente a 476 ocorridos nos seis primeiros meses de 2016.
G1

Sul de Minas

Organização criminosa sonegava impostos utilizando títulos de mais de 100 anos, diz Receita Federal

Operação "Ex-Fumo", da Polícia e Receita Federal, cumpriu mandados em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Três pessoas foram presas e mais de 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em quatro estados durante a Operação “Ex-Fumo”, deflagrada pela Polícia Federal de Varginha (MG) em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público Federal, nesta quarta-feira (19). O grupo é investigado por fraudes tributárias de empresas de cerca de R$ 2,3 bilhões aos cofres públicos com a produção ilegal de cigarros e a sonegação fiscal. Segundo a Polícia Federal, o grupo agia pela criação de diversas empresas e chegava a utilizar títulos de débitos de mais de 100 anos para atrasar o trabalho da Receita Federal. Um empresário, apontado como cabeça do esquema e que estaria fora do país, tem um mandado de prisão em aberto.
As investigações apontam que o grupo atua há mais de 10 anos no setor cigarreiro de segunda linha, com três marcas, possuindo ao menos duas fábricas de cigarro e diversas distribuidoras no país, responsáveis pelo escoamento da produção.
"O grupo atuava em duas frentes: a produção paralela de cigarros, que fraudava a contagem da Receita Federal, eles produziam muito mais do que estavam autorizados a produzir. A outra frente era de sonegação tributária, eles não pagavam nada de tributos sobre os cigarros que eles produziam", disse o delegado da Polícia Federal, Alexander Castro de Oliveira.
Uma das fábricas operou até 2014 na legalidade, quando teve seu registro especial para produzir cigarros cassado administrativamente pela Receita após acumular mais de R$ 1 bilhão em dívidas tributárias. Com a cassação do registro, toda a estrutura produtiva e de distribuição migrou para uma segunda fábrica de propriedade do grupo, que passou a sonegar tributos.
Polícia e Receita Federal cumpriram mandados em São Gonçalo do Sapucaí (Foto: Reprodução/EPTV)Polícia e Receita Federal cumpriram mandados em São Gonçalo do Sapucaí (Foto: Reprodução/EPTV)Polícia e Receita Federal cumpriram mandados em São Gonçalo do Sapucaí (Foto: Reprodução/EPTV)
Segundo o delegado Alexander Castro de Oliveira, foram cumpridos dois mandados de prisão e busca e apreensão em São Gonçalo do Sapucaí (MG), mas o dono da empresa, Rafael Góis, não foi encontrado.
"Um dos cabeças se estabeleceu no Sul de Minas, tentando trazer o patrimônio pra cá. A gente acredita que ele queria lavar o dinheiro aqui no Sul de Minas. A investigação começou através dele e se irradiou para o resto do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul", disse o delegado.
Segundo o advogado do empresário, a defesa só irá se manifestar após analisar todo o processo. "A empresa tem como objeto social exatamente a fabricação de cigarros, então nesse sentido e após analisar toda a documentação, é que a defesa se pronunciará em quais os caminhos que devem ser adotados durante a tramitação do processo após o evidente trabalho da Polícia Federal e também da Justiça Federal", disse o advogado de Rafael Góis, Gustavo Chalfun.
A polícia cumpriu ainda mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em São Paulo (SP), Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), São José dos Campos (SP), São José do Rio Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Uruguaiana (RS). Foram apreendidos computadores, HDs, celulares, mídias de armazenamento e documentos, que serão posteriormente analisados, e ainda cigarros produzidos sem o selo da Receita Federal.
Os presos durante a operação serão ouvidos por um delegado da Polícia Federal em São Paulo.

Sonegação de impostos

Segundo as investigações, o grupo agia criando diversas empresas, sucessivamente, para fraudar os impostos e atrasar o processo de verificação dos tributos. A partir de 2014, as empresas do grupo deixaram de pagar qualquer tributo, declarando apenas parte deles por meio de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), e em seguida, fazendo a compensação com créditos “podres” de títulos da dívida pública.
“É realmente parasitário. As empresas são abertas, os cigarros vão sendo fabricados, vendidos, os tributos vão sendo sonegados, e à medida que esse tributo vai sendo acumulado, até chegar a um ponto em que não é mais possível seguir adiante com essa empresa, então ela é realmente fechada, ou ela tem o seu registro especial cassado pela Receita Federal, e aí o grupo encerra a atividade nessa empresa, e aí toda a cadeia migra para outra empresa do grupo”, explica Gualtieri.
Segundo a Receita Federal, as empresas usavam todo tipo de ação para postergar os processos administrativos em relação aos débitos com a Receita, inclusive declarando créditos inexistentes para postergar o pagamento de débitos. O grupo chegava a usar títulos de 100 anos atrás como garantia.
Grupo criminoso agia há pelo menos 10 anos em quatro estados (Foto: Reprodução/EPTV)Grupo criminoso agia há pelo menos 10 anos em quatro estados (Foto: Reprodução/EPTV)Grupo criminoso agia há pelo menos 10 anos em quatro estados (Foto: Reprodução/EPTV)
“Eles declaram que devem à Receita, só que, ao mesmo tempo, eles usam créditos de títulos da dívida pública inexistentes, títulos, para vocês terem uma ideia, de 1916, que já estão prescritos há muito tempo, que não podem ser usados. E eles fazem sabendo disso, eles vão postergando, aí a Receita tem que falar que não tem validade, e eles vão impugnando, e isso leva anos. E nisso eles vão ganhando tempo e produzindo cigarros”, explica a auditora fiscal da Receita, Viviane Lopes Franciscani.
A investigação calcula que foram abertas mais de 20 empresas laranja e pelo menos 10 pessoas comandavam o esquema criminoso. “O grande lance dessa organização criminosa foi que eles descobriram que, muito mais vantajoso do que contrabandear cigarro do Paraguai, é você fabricar o cigarro no Brasil e não pagar nenhum imposto”, completa o delegado Oliveira.
A maior parte das fábricas estava localizada no interior de São Paulo. Empresas no Sul de Minas cuidavam da parte administrativa. O grupo ainda tinha distribuidoras espalhadas em todo o país.
Ainda segundo a Receita Federal, a principal fonte de renda do grupo era a sonegação de impostos, o que ainda garantia vantagens competitivas no mercado por venderem os cigarros a valores bem abaixo do possível. No Brasil, o maço tem preço mínimo de R$ 5, sendo R$ 4 somente de tributos.
Polícia e Receita Federal realizam operação na manhã desta quarta-feira (19) no Rio de Janeiro. (Foto: Pedro Figueiredo/ TV Globo)Polícia e Receita Federal realizam operação na manhã desta quarta-feira (19) no Rio de Janeiro. (Foto: Pedro Figueiredo/ TV Globo)
Polícia e Receita Federal realizam operação na manhã desta quarta-feira (19) no Rio de Janeiro. (Foto: Pedro Figueiredo/ TV Globo)
A empresa pela qual o grupo atua atualmente declarou milhões de reais em débito de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas recolheu impostos correspondentes a apenas 5,97% do faturamento em 2015 e nenhum imposto em 2016. Os valores sonegados pelo grupo criminoso, até janeiro de 2017, alcançaram R$ 2,3 bilhões.
O grupo criminoso possuía ainda uma linha paralela de cigarros produzidos e comercializados sem nenhum controle da Receita Federal ou da Vigilância Sanitária. Com o estoque de matéria-prima e insumos da fábrica, informado à Receita, comparado à produção da empresa, é possível estimar uma produção paralela de pelo menos 15 milhões de maços de cigarro, quase um terço da produção anual da empresa. Somente essa produção renderia ao grupo criminoso em torno de R$ 50 milhões por ano.

Operação

A operação foi batizada de “Ex-fumo” em referência à expressão latina “ex fumo dare lucem” (tradução aproximada de “produzir a luz a partir da fumaça”), utilizada na obra Ars Poetica, do poeta romano Horácio.
A Polícia Federal informou que os envolvidos podem responder pelos crimes de associação criminosa, falsificação de papéis públicos e sonegação fiscal, podendo ser condenados a até 12 anos de prisão. Cerca de 180 servidores públicos federais participaram nas buscas e prisões durante a operação.

ESPORTE



Após pedir para deixar o Vasco, Nenê falta a treino em São Januário

Aniversariante do dia, meia avisa à diretoria que perdeu o voo de volta ao Rio de Janeiro. Conversa nesta quinta-feira deve definir futuro do jogador


Por Felipe Schmidt, Rio de Janeiro






Um dia após pedir para não enfrentar o São Paulo, Nenê não compareceu a São Januário. O jogador, que completou 36 anos nesta quarta-feira, era esperado nesta manhã para treinar, mas informou à diretoria de que perdeu o voo de volta ao Rio de Janeiro - na terça, havia viajado com a família. A informação foi divulgada primeiro pelo site "Uol".



Nenê está em processo de saída do Vasco (Foto: Reprodução SporTV)




Nenê está em processo de saída do Vasco (Foto: Reprodução SporTV)
A diretoria do Vasco deve se reunir com o jogador nesta quinta-feira para tomar uma providência. Na conversa, há a possibilidade também de definir o futuro de Nenê - que pediu para sair do clube, mas ainda não apresentou uma proposta oficial.
Nenê conversou com a diretoria na manhã de terça-feira e pediu para não viajar com o elenco para São Paulo, onde a equipe joga nesta noite. Ele revelou a possibilidade de receber propostas e externou o desejo de deixar o clube. Segundo seu empresário, Gilvan Costa, há interesse de clubes da Europa e do Oriente Médio.
Nenê chegou ao Vasco em agosto de 2015. Desde então, atuou em 108 partidas e marcou 38 gols. Sua relação com o clube, porém, vem se desgastando há tempos.
Sem seu camisa 10, o Vasco enfrenta o São Paulo às 21h45 (de Brasília) desta quarta-feira, no Morumbi, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.



E aí, vascaíno. Você é a favor ou contra a saída de Nenê?

GLOBO ESPORTE