quarta-feira, 14 de junho de 2017

MUNDO

Israel apresenta tecnologia e 

métodos que tornaram o país 

referência no uso da água


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Uma central é responsável pela gestão da água em todo o país Foto: Reprodução



Falar sobre a eficiência de Israel em aproveitar a água é chover no molhado. Mas, como em Israel a chuva é escassa, já que 50% do país é deserto, a repetição do assunto é sempre válida. Serve para mostrar que, para a sobrevivência do país, prevalece o conceito da utilização adequada da água.
Israel não tem rios caudalosos. Nem lagos volumosos. No entanto, o planejamento para preencher essas carências, como será apresentado na próxima Watec, uma das maiores feiras de água do mundo, faz, pela própria história do povo judeu, da luta constante o milagre da vida. Que possibilita, enfim, a Terra Santa emergir do ventre da terra seca.
A Watec (Water Technology & Environment Control), bianual, ocorrerá  em Israel entre os próximos dias 12 e 14 de setembro. Numa prévia do que será a feira, a missão econômica de Israel no Brasil promoveu nesta terça-feira (13) uma apresentação, em São Paulo, de exemplos práticos ligados à eficiência tecnológica israelense. E que já está sendo usada em território brasileiro, no Nordeste inclusive, e no mundo. Em Cubatão, por exemplo, foi apresentado a uma comitiva um método israelense, utilizado por uma indústria local, para evitar perda de água e com isso reduzir custos. Algo semelhante é feito com a Sabesp, empresa de saneamento estadual paulista.
O cônsul de Israel para assuntos econômicos no Brasil, Boaz Albaranes, ressalta que todo esse processo vem, inicialmente, do fato de o país ter pouca água. No sul do Neguev, deserto ao sul de Israel, o índice pluviométrico chega a apenas 100 mm ao ano. E no Norte, onde há o maior índice pluviométrico, este chega a 811 mm, quase metade do registrado em média no Estado de São Paulo. Para tanto, o país desenvolveu uma tecnologia que já possibilita suprir a defasagem de 45% entre a água disponível e a que é consumida pelos israelenses.
— A tecnologia ajudou muito os israelenses a superarem o desafios da água. Israel é um país onde falta água, mas a água não falta para os israelenses.
Com estratégia, vinda basicamente da central responsável pela gestão da água, em todo o país, estabeleceu-se um preço relativamente alto para o consumo da água e a consciência de que cotas que forem ultrapassadas geram um custo para a família, dentro de uma cultura que evita o excesso. As crianças já são educadas nessa cultura e, muitas vezes, chegam a alertar os pais quanto ao consumo exagerado.
Albaranes conta que, além da tecnologia e de leis claras, o país se baseia em quatro frentes para trabalhar com a água. Sempre contando com a integração entre empreendedores (em Israel são criadas 1,3 mil start-ups por ano), governo e universidades.
— Temos atuado para desenvolver e exportar cada vez mais conhecimento em tratamento e reúso de água; gestão inteligente para evitar desperdício; dessanilização, que passou a ser desenvolvida há pouco tempo, em 2004; e irrigação por gotejamento, porque tanto a falta quanto o excesso de água são prejudiciais para a agricultura.
Para a feira, ele afirmou que o país está aberto a todos os interessados, entre eles empresários, agricultores, técnicos e profissionais ligados ao setor, que podem comparecer sem custo às exposições, inclusive as interativas, direcionadas de acordo com a área procurada: industrial, rural, etc...E entender como o país conseguiu fazer com que 70% do volume da água consumida nos lares seja dessalinizado. Ou que 100% da água usada na agricultura seja irrigada, para evitar desperdício, tendo uma única fonte de abastecimento.

— A feira tem uma característica própria, já que, além de expor as tecnologias em um centro de exposição, os participantes podem visitar, em locais por todo o país, centros de tratamento, autoridades do setor, universidades e instituições vinculadas a essa plataforma hídrica. Uma coisa é saber, outra é ver como tudo acontece e esse é o objetivo da feira. É uma ótima oportunidade para abrirmos as portas de todo esse setor hídrico para os interessados do mundo inteiro, inclusive do Brasil, que enviou cerca de 50 pessoas à última feira.
Muitos fatores levaram Israel a esse patamar. Um deles é a altíssima porcentagem de investimento do PIB (Produto Interno Bruto) em tecnologia, chegando a 4,3%, o mais alto do mundo. Mas, segundo conta Boaz, o sistema está longe de ser perfeito. O desperdício, mesmo em um limite baixo de 10,5% em média (contra 37% em locais de São Paulo, por exemplo), precisa chegar a pelo menos 5%. Em cidades como Tel Aviv, ele já está em torno de 7%.
Ideia inspiradora
De qualquer maneira, o país já está recebendo enormes dividendos com os recursos tecnológicos. Só em relação à água, eles já são responsáveis por até U$ 5 bilhões anuais, dentro de um PIB de US$ 291,1 bilhões, segundo Albaranes.
— Por causa do tamanho do país, a economia israelense é baseada em exportação.
Um ponto de partida para a descoberta do deserto foi a ideia de David Ben-Gurion, um dos principais inspiradores do Estado de Israel. Nos anos 50, ele já defendia o povoamento das terras áridas, para que o país entendesse que seria possível e importante viver e trazer a água para a região, por meio de tubulações.

Por isso, Ben-Gurion foi morar no Neguev, no kibutz Sde Boker, fundado em 1952. Hoje a água está presente naquelas areias escaldades e bíblicas, que já sustentam vastas plantações pela superfície ressecada e quente. Albaranes conta que a iniciativa do estadista surtiu efeito.
— Ele mostrou que era possível morar no deserto. Foi uma iniciativa importante para ajudar a povoar o país e desenvolver novas tecnologias. Afinal, a necessidade é que faz o uso. Se tivéssemos um rio como o Amazonas, talvez o empenho em encontrar água não fosse o mesmo.
A atitude de Ben-Gurion, com isso, levou outras pessoas para lá. Novos kibutzim (cooperativas) foram fundados. E celebridades em busca de sossego foram morar na região. Uma delas é o escritor Amós Oz, que na brisa desértica se inspirou e desenvolveu histórias poéticas sobre o passado, o país, os homens e o tempo. Ben-Gurion e Oz puderam mostrar que, no deserto em Israel, tudo é possível. Até fluir a água ao lado da poesia.

Fonte: R7


SAÚDE



No 'Dia Mundial do Doador de 

Sangue', veja como contribuir


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Foto: Reprodução


No Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado nesta quarta-feira (14), campanhas procuram incentivar e valorizar quem arregaça as mangas.
Em Brasília, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, vai participar de uma cerimônia para celebrar o dia, no qual será lançada a Campanha Nacional de Doação de Sangue deste ano. Além disso, a importância das doações no período de outono e inverno será reforçada, para que o número de doadores no Brasil atinja, pelo menos, os 3% da população recomendados – hoje está em 1,9%.
No hospital Sírio Libanês, no centro da capital, os doadores mais assíduos serão homenageados em uma cerimônia.
Os estoques da Fundação Pró Sangue, que vinham apresentando constante queda, não estão mais em estado crítico. Ainda assim, aumentar o número de doadores é necessário.
Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50kg, estar descansado e alimentado e levar documento com foto.
No feriado, é possível doar no sábado, no Posto Clínicas, das 8h às 17h. Durante a semana, os postos Mandaqui, Regional de Osasco, Barueri e Dante Pazzanese funcionam das 8h30 às 16h30.
https://media.metrolatam.com/2017/06/13/doesangue-1.jpg
Junho Vermelho
Desde o início do mês, como parte do Junho Vermelho,  espaços como o Memorial da América Latina e a Sala São Paulo estão iluminados com a cor para incentivar a doação de sangue. Hoje, a torre da Band também será iluminada.

Fonte: Metro Jornal

TECNOLOGIA

Brasília recebe Campus Party pela 

primeira vez



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A Campus Party Brasil é o principal acontecimento tecnológico realizado anualmente no Brasil. Foto: Reprodução
Nesta quarta-feira (14), a partir do meio-dia, os 4 mil campuseiros inscritos na primeira Campus Party realizada em Brasília, poderão ter acesso à arena onde ocorre o maior encontro de tecnologia do universo digital. Serão cinco dias com mais de 250 horas de programação sobre inovação, ciência, empreendedorismo e criatividade.
Participante usual do encontro em outras cidades, o analista de sistema José Roberto Pereira foi o primeiro campuseiro a retirar as credenciais desta edição. Para ele, o fato de ser na cidade onde mora gera ansiedade muito maior. “Como sempre vou ao encontro em São paulo e esta será a minha sexta edição, o fato de ser aqui em Brasília, na capital, bate aquela ansiedade. Por isso me esforcei para ser o primeiro”, conta.
O encontro reúne no Centro de Convenções Ulysses Guimarães uma estrutura com quatro palcos temáticos (principal, criatividade e entretenimento, Inovação e Ciência), duas áreas de workshops, um espaço para desafios, além de uma bancada com acesso à internet de alta velocidade ligada ao Ovini, um servidor central, que funciona como o coração da Campus Party.
A arena tem ainda um camping com 2,8 mil barracas para descanso dos inscritos entre as atividades “non stop”, que não param durante os cinco dias. José Roberto diz que dormir é uma das tarefas mais difíceis. “A gente tem um grito de guerra que é para deixar os campuseiros sempre acordados. É um grito que sempre vai ter um retorno, para informar que está acordado.”
Com o tema Feel the future (sinta o futuro), a edição pioneira prevê a participação de seis magistrais do universo tecnológico, que são especialistas como o cientista de dados Ricardo Cappra, a artista Ani Liu, o pai do software livre, Richard Stallman, o pesquisador Horst Hörtner, o consultor estratégico da Nasa (a agência espacial norte-americana), Matthew F. Reyes, e um dos criadores do encontro, Paco Ragageles.
Um fórum também debaterá as cidades inteligentes e humanas no futuro, além de diversos workshops e desafios, como o Hackatons, que reúne desenvolvedores em uma maratona de programação. Segundo José Roberto, as atividades de todas as edições da Campus Party são bastante completas, mas para ele a troca entre os participantes é o grande atrativo do encontro. “Vamos trocando informações, o que você não sabe o outro te ensina, o que você sabe você repassa para o outro, então, isso é uma grande família ali, a grande família Campus Party”.
A troca de conhecimento foi o que atraiu a estudante de administração Ana Maria Lisboa, que também garantiu a credencial para participar do encontro pela primeira vez. Embora não seja da área, ela já tinha lido algumas notícias sobre a Campus Party, mas imaginava que o encontro era para um público especializado. "Eu achava que era algo muito além da minha realidade, dos meus conhecimentos."
Experiente, José Roberto garante que há espaço para todos, veteranos e iniciantes, e que a vivência proporciona momentos marcantes. Ele diz que isso sempre faz com que os participantes retornem nas próximas edições. “No meu primeiro contato, eu não conhecia ninguém, eu fui sozinho e lá eu comecei a fazer um network (rede de contatos profissionais). Agora já estou na minha sexta edição”.
Tem programação até para quem não conseguiu um dos 4 mil ingressos para a arena. A área open está preparada para receber 50 mil visitantes durante os cinco dias de encontro. Nela é possível experimentar simuladores, assistir às batalhas de robôs, campeonato de drones, além de visitar os espaço para trabalhos universitários inovadores, empreendedorismo e exposição de startups. “Quero sair daqui com muito conhecimento, quero aproveitar tudo ao máximo”, diz Ana Maria.

Fonte: Agência Brasil

SAÚDE

Polícia Federal faz operação contra desvio de verba do SUS em AL e mais 3 estados

Auditores da Receita Federal acompanham  agentes da Polícia Federal na operação contra desvios no programa de glaucoma (Foto: Carolina Sanches/G1)
Auditores da Receita Federal acompanham agentes da Polícia Federal na operação contra desvios no programa de glaucoma (Foto: Carolina Sanches/G1)

A Polícia Federal fez buscas na manhã desta terça-feira (13) no prédio do Instituto Oftalmológico de Alagoas (Iofal), no Benedito Bentes, em Maceió. A Operação Hoder, que investiga o desvio de verba federal para o tratamento de glaucoma, cumpre quatro mandados de prisão temporária, um de condução coercitiva e oito de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Alagoas.
Além da capital alagoana, as buscas também aconteceram nas cidades de Marechal Deodoro (AL), Itabaiana (SE), Brumado (BA) e Goiânia (GO). Até o início da tarde, um médico e outras duas pessoas haviam sido presas. Auditores da Receita Federal participam da operação.
A reportagem do G1 tentou falar com representantes do Iofal, mas não conseguiu. Nenhum funcionário do Instituto quis dar entrevista no local.
O nome dado à operação é de um personagem da mitologia nórdica, um deus cego, referência à natureza dos ilícitos investigados, uma vez que os recursos desviados seriam destinados ao tratamento de doença que pode levar à cegueira. 

Polícia Federal e Receita Federal fazem buscas no Iofal durante Operação Hoder (Foto: Carolina Sanches/G1)
Polícia Federal e Receita Federal fazem buscas no Iofal durante Operação Hoder (Foto: Carolina Sanches/G1)

Em outubro de 2016, a PF instaurou inquérito policial para investigar desvio de verbas do Programa Nacional de Combate ao Glaucoma e da Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Média Complexidade nos estados onde acontece a operação. 

Segundo as investigações, foi constatada a existência de uma organização criminosa responsável por lesar a União, através do SUS, prestando informações divergentes sobre atendimentos médicos e fornecimento de medicamentos para tratamento de glaucoma. A PF diz que empresas ligadas aos investigados receberam dinheiro a mais do que deveria ter sido repassado.
Foi constatado também que as irregularidades ocorreram entre os anos de 2014 e 2016, entretanto, algumas práticas criminosas ocorriam até hoje, de acordo com a PF. Uma empresa investigada em Maceió recebeu cerca de R$ 16 milhões do SUS para custear consultas e fornecimento de colírios.
Em auditorias passadas feitas pelo Departamento de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), foi constatada irregularidades e foi determinado que houvesse o ressarcimento de mais de R$ 9 milhões.
Todo o material arrecadado, além dos presos, serão levados à Superintendência Regional de Polícia Federal em Alagoas, no bairro de Jaraguá, em Maceió. 

Fonte: G1 AL

MUNDO

Grande incêndio em prédio 

residencial de Londres deixa ao 

menos 6 mortos


Foto: Reprodução Twitter


Um incêndio de grandes proporções em um prédio residencial de ao menos 24 andares e 120 apartamentos deixou ao menos 6 mortos e 50 feridos na madrugada desta quarta-feira (14) em Londres.Segundo a comissária dos bombeiros Dany Cotton, este é um "incidente sem precedentes" na capital britânica. O resgate demorou seis minutos para chegar ao local.A polícia londrina diz que os feridos foram levados a hospitais e que moradores do prédio foram retirados do local.Testemunhas disseram que era possível ver pessoas pedindo ajuda nas janelas.



Cerca de 40 equipes dos bombeiros tentam apagar as chamas, que vão do segundo até o último andar. Ao menos 20 ambulâncias foram deslocadas para a região.Moradores de ao menos 30 casas e apartamentos vizinhos ao prédio foram retirados pelo risco de queda de destroços do prédio.Construído em 1974, o prédio Grenfell Tower fica em Lancaster West Estate, na região oeste da cidade.Ainda não se sabe a causa do incêndio.



PROCEDIMENTO


Segundo o jornal "The Guardian", moradores do prédio receberam em 2014 uma mensagem que dizia que, em caso de incêndio, eles deveriam permanecer em seus apartamentos até receber segunda ordem.O documento indicava que a Grenfell Tower era projetada de acordo com "rigorosos padrões de segurança contra incêndio" e que as portas eram capazes de segurar o fogo por até 30 minutos.




Fonte: Folha de S.  Paulo


POLÍTICA

Rocha Loures será transferido 

para carceragem da PF em Brasília


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Defesa alegou à Justiça que pai do ex-deputado Rocha Loures (PMDB-PR) recebeu telefonema com ameaças (foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)


O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira a transferência do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para a carceragem da Polícia Federal em Brasília.


O ex-parlamentar estava na Penitenciária da Papuda desde o dia 7 e alegou risco de vida para voltar para a carceragem da PF.



A defesa de Rocha Loures disse que ele sofria "ameaças diretas e indiretas" por especulações de que poderia assinar um acordo de delação premiada com a Justiça.



E contou que, no último dia 8, o pai do ex-deputado recebeu um telefonema em que foi avisado que corria risco de vida caso Loures não aceitasse fazer delação.


“Não seria de se ignorar que o interior de prisões é local propício para se encaminhar um matador, um executor de sua execução”, alegou a defesa do ex-deputado.


Ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB), Rocha Loures foi flagrado pela Polícia Federal recebendo, em São Paulo, uma mala com R$ 500mil. Segundo delações de executivos da JBS, o dinheiro era proveniente de propina.


No despacho de duas páginas, o ministro Edson Fachin determinou a transferência de Loures em razão das gravidade das alegações. O magistrado ainda pediu apuração das ameaças pelo Ministério Público.






(Com agências)









GOVERNO

Em meio à crise política, Temer vai 

deixar o país por cinco dias


O presidente Michel Temer
O presidente Michel Temer (PMDB), que decidiu se ausentar do país em meio á crise política (Beto Barata/PR/Divulgação)

Em meio à crise política e na expectativa de ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nos próximos dias, o presidente Michel Temer (PMDB) decidiu que não vai perder a oportunidade de mostrar “que o país não pode parar” e vai viajar para Rússia e Noruega na semana que vem.
A equipe precursora da viagem decolou nesta terça-feira do Brasil por volta do meio-dia. A decisão não foi unânime no Palácio do Planalto, pois alguns interlocutores do presidente salientavam que havia “um risco político alto” de o presidente deixar o país com a possibilidade da denúncia e também de novos desdobramentos das investigações.
Um desses desdobramentos seria uma eventual prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que já pôs o Palácio do Planalto em alerta. Nesta terça, o ex-ministro colocou o passaporte e os sigilos bancário e fiscal à disposição do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar evitar uma possível detenção. De acordo com interlocutores do presidente, o “roteiro” lembra o do ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures, que foi preso num sábado.
Apesar dos argumentos contrários à ida de Temer para o exterior, a ala “vencedora” alega que é fundamental que o presidente mostre que está trabalhando, independentemente da crise, e que, além disso, a eventual apresentação de denúncia contra ele não representará de imediato a sua aceitação pelo STF.

Um desses desdobramentos seria uma eventual prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que já pôs o Palácio do Planalto em alerta. Nesta terça, o ex-ministro colocou o passaporte e os sigilos bancário e fiscal à disposição do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar evitar uma possível detenção. De acordo com interlocutores do presidente, o “roteiro” lembra o do ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures, que foi preso num sábado.
Apesar dos argumentos contrários à ida de Temer para o exterior, a ala “vencedora” alega que é fundamental que o presidente mostre que está trabalhando, independentemente da crise, e que, além disso, a eventual apresentação de denúncia contra ele não representará de imediato a sua aceitação pelo STF.
Auxiliares que defendem a ida do presidente lembram também que o Congresso estará praticamente parado na semana que vem por causa das festas de São João, quando diversos parlamentares voltam às suas bases eleitorais. Por isso, por mais que a intenção do governo seja acelerar para “tirar da frente” mais uma crise com a eventual denúncia, não haveria o que ser feito em uma semana sem quórum na Câmara e no Senado.
Viagens
Antes de passar a ser investigado pelo Supremo em virtude da delação premiada de Joesley Batista, Temer havia dito que sua prioridade do segundo ano de mandato era justamente investir em uma agenda externa. A previsão é que Temer deixe Brasília no dia 19 pela manhã e cumpra agenda na Rússia até o dia 21. No dia seguinte, vai à Noruega e retorna para o Brasil no dia 23.
Nos compromissos já programados para o presidente brasileiro estão agendas bilaterais e reunião com empresários nos dois países. Há ainda a possibilidade de um almoço com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que tem sido alvo de protestos em seu país.
Segundo fontes do Planalto, nas duas viagens, Temer vai assinar acordos com o objetivo de trazer investimento e ajudar a retomada da economia. A concessão da Ferrovia Norte-Sul deverá ser oferecida durante a viagem que fará à Rússia e à Noruega. Os russos já demonstraram interesse em operar as ferrovias.
(Com Estadão Conteúdo)



terça-feira, 13 de junho de 2017

BRASIL

'A solução é prender Aécio', afirma Deltan
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Imagem: Reprodução / Redes Sociais

O procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol afirmou nessa segunda (12), ao repercutir reportagem da "Folha de S.Paulo" que revelou que o Senado ainda não afastou Aécio Neves (PSDB-MG) conforme determinou a Justiça, que "a solução é prender Aécio". Segundo ele, o afastamento do tucano visa a "proteger a sociedade" - e, sem ele, a prisão do senador seria a única maneira de atingir o objetivo. "O afastamento objetiva proteger a sociedade. Desobedecido, a solução é prender Aécio, conforme pediu o PGR [Procurador-Geral da República, Rodrigo] Janot", escreveu Dallagnol, em uma rede social.

A PGR pediu a prisão do tucano, o que foi negado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A corte, porém, determinou o afastamento do senador, medida que não foi cumprida pela Mesa do Senado. A assessoria de Aécio afirma que ele "está afastado das suas funções legislativas conforme determinação do ministro Edson Fachin".

O procurador Dallagnol vem se queixando de que "o governo PMDB-PSDB declarou guerra aberta à Lava Jato", segundo escreveu em redes sociais. Ele já criticou a redução do número de delegados dedicados à operação em Curitiba, de nove para quatro, e disse que "o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] se apequenou" ao julgar a cassação da chapa Dilma-Temer, na semana passada, "fazendo de conta que a Lava Jato não existe".



Fonte: Folhapress

DF

Sem salários, trabalhadores protestam em frente à Papuda
Empregados das empresas que ganharam o consórcio de obra de ampliação da Papuda protestam em frente ao complexo penitenciário (foto: reprodução)

No fogo cruzado entre o GDF e o consórcio que realiza as obras de ampliação do Complexo Penitenciário da Papuda estão os funcionários das duas empresas que realizam a construção.
Nesta segunda (12), os empregados cruzaram os braços por causa do atraso de quase dois meses no pagamento dos salários, de R$ 1,5 mil. Os manifestantes fecharam o acesso ao presídio.
Entenda
As obras de expansão da Papuda estão suspensas há mais de um mês – assim como o pagamento dos funcionários que fazem parte da construção – por causa de um impasse entre o GDF e as duas empresas ganhadoras do consórcio, a Triunfo Iesa Infraestrutura S/A (Tiisa), investigada na Operação Lava Jato, e CMT.
O GDF suspendeu os repasses as empresas que realizam a obra depois que laudos técnicos, encomendados pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), apontaram divergências entre o que as construtoras afirmam ter executado e o que realmente foi feito.
Segundo a Sejus, a pasta tem o recurso necessário para quitar a dívida de cerca de R$ 15 milhões, mas só realizará o pagamento quando o impasse for resolvido. Enquanto isso, as obras continuam paralisadas, desde o último mês, e os trabalhadores continuam sem receber das empresas. As construtoras negam as acusações.

Com Diário do Poder



POLÍTICA

Moro condena ex-governador Sérgio Cabral a 14 anos e 2 meses de prisão

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"A responsabilidade de um Governador de Estado é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio", escreveu Moro na sentença. Foto: Reprodução

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado nesta terça-feira (13) a 14 anos e 2 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. A sentença foi proferida pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro (12 vezes) em processo a que ele responde no âmbito da Operação Lava Jato.
"O crime insere-se em um contexto mais amplo, revelado nestes mesmos autos, da cobrança sistemática pelo ex-governador e seu grupo de um percentual de propina incidente sobre toda obra pública no Estado do Rio de Janeiro", diz Moro na sentença. Além da pena de reclusão, cabral deve pagar uma multa de cerca de R$ 528 mil.
O juiz determinou, ainda, que Cabral terá de responder preso caso decida recorrer da decisão em primeira instância. A progressão de regime, segundo o despacho, só deve acontecer após a devolução das vantagens indevidas recebidas.
"A responsabilidade de um Governador de Estado é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio", escreveu Moro na sentença.
Outros réus
Também foram condenados o então secretário do governo Cabral Wilson Carlos Carvalho e o sócio do ex-governador Carlos Emanuel Miranda. Moro absolveu a esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, por falta de provas de autoria e participação nos crimes. Mônica Carvalho, esposa de Wilson Carlos, foi absolvida pela mesma razão.
Wilson Carlos foi sentenciado a 10 anos e 8 meses por corrupção passiva e dois crimes de lavagem de dinheiro. Carlos Miranda, por sua vez, foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (quatro vezes).
Os ex-diretores da Andrade Gutierrez Clóvis Peixoto e Rogério Nora também são réus nesta ação penal. No entanto, ambos firmaram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) que, por sua vez, pediu a suspensão do processo contra eles.

Fonte: Agência Brasil

POLÍTICA

Reforma trabalhista avança mais uma etapa no Senado

BRASÍLIA, DF, BRASIL, 13.12.2016. Sessão do Senado Federal para votar o segundo turno da PEC 55/ 2016, que trata do teto dos gastos públicos. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
Sessão no Senado Federal  Foto:Alan Marques

O relatório da reforma trabalhista deve ser lido nesta terça-feira na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, após acordo entre os senadores da oposição e da base aliada do governo. O relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é favorável à reforma e mantém o texto como foi aprovado na Câmara dos Deputados.
Na reunião também devem ser lidos os votos em separado apresentados por integrantes da comissão. A expectativa é de que a votação do relatório na CAS ocorra dia 21 de junho.

A reforma trabalhista foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos no último dia 6 e o relator também foi o senador Ricardo Ferraço. Na CAE, o relatório foi aprovado por 14 votos favoráveis e 11 contrários sem que fossem feitas alterações no texto vindo da Câmara. A proposta de reforma ainda deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir para votação no plenário da Casa.
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Apesar de não propor alterações no texto aprovado pela Câmara, o relator Ricardo Ferraço sugere que o presidente Michel Temer vete seis pontos, entre eles o trabalho intermitente, a jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso e a possibilidade de atividade insalubre para gestantes mediante atestado médico.

Segundo Ferraço, alguns dos vetos sugeridos estão acordados com o presidente Temer. Senadores da oposição discordam e dizem que assim a Casa está abrindo mão de melhorar a proposta.  

(Com Agênia Brasil)


esportes



13/06/2017 17h25 - Atualizado em 13/06/2017 17h25

Um recorde amargo: LeBron termina final com média inédita de triplo-duplo

Astro dos Cavaliers fecha a série contra os campeões Warriors com 31,8 pontos, 11,8 rebotes e 10,5 assistências, mas com sua quinta derrota em oito decisões da NBA

Por Oakland, Estados Unidos


Em sua oitava final de NBA, a liga americana de basquete, LeBron James saiu de quadra com sua quinta derrota (veja acima os melhores momentos do Jogo 5). Apesar de mais um vice, o Rei deixou o seu nome mais uma vez na história. Ele se tornou o primeiro jogador a terminar uma série decisiva com uma média de triplo-duplo, somando 31,8 pontos, 11,8 rebotes e 10,5 assistências por jogo. O feito inédito, porém, não muda o fato amargo de terminar a temporada derrotado pela segunda vez em três anos de confrontos com o Golden State Warriors.
LeBron James cumprimenta Kevin Durant depois da derrota na final para os Warriors (Foto: Getty Images)LeBron James cumprimenta Kevin Durant depois da derrota na final para os Warriors (Foto: Getty Images)
LeBron evitou se vangloriar pelo feito na série, principalmente com a derrota do Cleveland Cavaliers por 4 a 1. Ele também deixou o confronto com os Warriors como o recordista de triplos-duplos em finais, com nove, superando Magic Johnson. Nada disso, no entanto, serve de consolo para o astro, sempre em busca de títulos.

- Essa é a minha oitava final, e tive boas atuações. Tento fazer de tudo para ajudar meu time a conseguir as vitórias. Por eles, que me deixam liderá-los, que acreditam em mim, nas minhas escolhas, que me dão essa honra. Apenas tento fazer o meu trabalho individualmente, na sala de vídeo, na minha cabeça, meu corpo em todo dia de preparação para enfrentar qualquer obstáculo. Sempre resulta em vitória? Não. É o meu terceiro ano aqui, e não venci todos os jogos, nem todas as finais. Perdemos duas. Mas sinto que deixei tudo na quadra, então é pensar para frente e esquecer o que passou - disse LeBron.
Mesmo com o retrospecto negativo em finais, o astro de Cleveland não se deixa abater. Aos 32 anos e com 14 temporadas na NBA, LeBron tem consciência de que pode repetir a campanha em busca de mais uma decisão e outro título. Ele lamenta mais por companheiros que não tiveram a chance em suas carreiras de comemorar uma conquista.
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- Não tenho razão para baixar a cabeça, para olhar para trás e achar que poderia ter feito algo melhor. Deixei tudo que podia na quadra em cada jogo. Lamento que alguns jogadores não tiveram a chance de chegar tão longe e segurar um troféu, como Kyle Korver, Derrick Williams, Deron Williams, Kay Felder e Edy Tavares. Então, havia muita emoção por todo canto - comentou.

LeBron preferiu dar todo o crédito aos Warriors do que achar algum problema nos Cavaliers. Para ele, o título está em boas mãos, lembrando as campanhas dos últimos três anos, o recorde de vitórias em uma temporada regular em 2015/16, com 73, e agora nos playoffs ao vencerem 16 jogos e perderem apenas um.

- Golden State é um adversário duro, claro o melhor time da liga nos últimos três anos, deste ano, e fizeram o mesmo nos playoffs. Fomos mais um - afirmou LeBron, que tem contrato com os Cavaliers por mais duas temporadas.

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‘O trabalho infantil perpetua a pobreza’, defende procuradora do Trabalho

Contrariando leis nacionais e acordos internacionais, o trabalho infantil ainda é realidade para 2,7 milhões de crianças e adolescentes em todo o Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles estão no campo, nos semáforos, nos lixões ou exercendo tarefas domésticas. Comemorado em 12 de junho, o Dia de Combate ao Trabalho Infantil é uma data de mobilização em vários países. Na Câmara Legislativa do Distrito Federal, a data foi lembrada em audiência pública com representantes do Ministério Público do Trabalho, do governo local, de conselhos tutelares e de militantes dos direitos das crianças e dos adolescentes.
A vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Ana Cláudia Rodrigues de Monteiro, ressalta que o trabalho infantil deve ser uma pauta permanente de toda a sociedade, visto caber ao Estado e às famílias proteger as crianças de qualquer violação de direitos. E, em sua opinião, o trabalho infantil é uma das piores violações: "Ele afasta a criança da escola, de brincar e de conviver com outras de sua idade".
Ainda segundo a procuradora, as pessoas que começam a trabalhar precocemente, privadas de um desenvolvimento físico, psíquico e intelectual adequado, geralmente não conseguem acessar boas condições de trabalho no futuro. "O trabalho infantil é uma forma de perpetuar a situação de miséria e pobreza", defende.
Esse argumento foi apresentado por vários participantes da audiência pública para desconstruir ideias como a de que crianças trabalham para ajudar a família ou de que "quem começa a trabalhar desde cedo não vira bandido". "Não podemos admitir que para uma criança pobre só reste o trabalho infantil ou a criminalidade", continua Ana Cláudia Monteiro.
Para Yuri Soares, da CUT/DF, a exploração de mão de obra infantil geralmente resulta em trabalhadores menos qualificados e na precarização das relações de trabalho. A partir de um quadro histórico do sistema capitalista, o sindicalista coloca o trabalho infantil na gênese do próprio capitalismo, quando crianças eram exploradas nas carvoarias e fábricas de tecelagem da Inglaterra.  "O trabalho infantil penaliza a classe trabalhadora como um todo", argumenta, elencando questões como a consequente redução de salários e a elevação do índice de desemprego entre pessoas mais velhas – substituídas por crianças e adolescentes – e o fato de que a criança explorada será da própria classe trabalhadora.
Mudança cultural – Com o objetivo de combater a exploração do trabalho de meninos e meninas – naturalizada no Brasil – e de romper com o ciclo vicioso de crianças pobres que crescem sem direito à infância e que, muitas vezes, no futuro, repetem essa situação com seus filhos, é preciso mudar mentalidades e aspectos culturais. "Esse é um dos cenários mais difíceis de combater", afirma o secretário-adjunto de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do DF, Antônio Carlos Filho, para quem é essencial sensibilizar a sociedade como um todo.
À frente da audiência pública, o deputado Chico Vigilante (PT) contou ter começado a trabalhar aos oito anos de idade. Ele citou, ainda, outras histórias corriqueiras, a exemplo de famílias que buscam crianças e adolescentes no interior do País para trabalharem em suas casas, e elencou casos de exploração sexual infanto-juvenil verificados em 1994, na CPI do Trabalho Infantil.  "Precisamos nos irmanar contra essas práticas devastadoras. Lugar de criança não é no chão da fábrica nem vendendo amendoim ou água no semáforo, é na escola", prega o distrital.
Educação – Para a professora da Universidade de Brasília (UnB) Edileuza Fernandes da Silva, o combate ao trabalho infantil passa, necessariamente, pela escola. "A educação é um direito basilar, essencial para o processo de empoderamento das crianças para reivindicarem os demais direitos", defende.
Citando os princípios de que todos são iguais perante a lei e que os desiguais não devem ser tratados como iguais, a professora aponta que as crianças que trabalham não têm as mesmas oportunidades que as que não trabalham e, por isso, são necessários mecanismos que permitam, não apenas o acesso à educação, mas também a permanência na escola.
A questão do acesso à educação pública e de qualidade foi levantada também por outros participantes da audiência pública desta manhã. Um dos pontos defendidos diz respeito à garantia de matrícula em creches.  "Isso evita que a criança mais velha de uma família tenha de cuidar dos irmãos mais novos enquanto os pais trabalham, o que é bem comum", diz Yuri Soares, da CUT. No Brasil, de acordo com a professora Edileuza da Silva, o déficit de vagas em creches é de R$ 2,4 milhões.
Críticas – O procurador do Ministério Público do Trabalho Paulo Neto aproveitou a comemoração do Dia de Combate ao Trabalho Infantil para cobrar "efeitos práticos" das discussões promovidas em torno da data. Ele lamentou a falta de infraestrutura e de pessoal nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), fundamentais para combater essa e outras violações de direitos: "O CRAS é a porta de entrada para as políticas públicas de assistência social. Eles fazem o cadastramento de famílias em situação de vulnerabilidade e fazem transferência de renda".
De acordo com o procurador, apenas um CRAS funciona com a equipe completa no DF. "Sem equipe mínima para cadastrar no Bolsa Família, o Distrito Federal deixou de receber mais de R$ 5 milhões", afirma. Ainda segundo Paulo Neto, as pessoas que não puderam ser atendidas pelos centros de referência, por falta de pessoal, somam mais de 8 mil.
O procurador fez um apelo ao deputado Chico Vigilante para ajudar com a questão, em especial no que diz respeito ao preenchimento dos cargos vagos na área de assistência. "Não vemos interesse por parte do Estado, talvez porque não dê votos", critica.
Legislação – A legislação internacional define trabalho infantil como aquele em que meninos e meninas são obrigados a efetuar qualquer tipo de atividade econômica, remunerada ou não, que afete seu bem-estar e o desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.
A Constituição Federal proíbe a execução de qualquer trabalho por pessoas com menos de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Nesse caso, o trabalho não pode ser noturno, perigoso ou insalubre, mesmo para os maiores de 16 e menores de 18 anos. Além disso, as atividades de aprendizagem não podem prejudicar nem a frequência nem o rendimento escolar do adolescente. O direito à profissionalização e à proteção no trabalho para os aprendizes também está disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Denise Caputo - Coordenadoria de Comunicação Social

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Projeto que cria Instituto do Hospital de Base deve ser apreciado nesta quarta-feira

Um acordo de líderes partidários definiu que a Câmara Legislativa do Distrito Federal irá debater e apreciar nesta quarta-feira (14) o projeto de lei nº 1.486/2017, do Executivo, que cria o Instituto do Hospital de Base. O projeto é polêmico e divide opiniões no legislativo local, que já realizou audiência pública para debater a proposta do governo.
A criação do instituto significa a mudança no modelo de gestão do hospital. Na sessão ordinária desta terça-feira (13), alguns distritais se anteciparam e se manifestaram sobre o assunto. O deputado Chico Vigilante (PT) adiantou que é contra o projeto e afirmou que o GDF está mentindo para a opinião pública ao divulgar que o novo modelo resolverá os problemas de gestão do hospital.
Na opinião do deputado, o instituto "não vai resolver absolutamente nada". Para ele, a proposta é um engodo, pois o orçamento continuaria o mesmo. Vigilante disse ainda que vai apresentar uma proposta de descentralização dos recursos para permitir que o hospital administre seu próprio orçamento.
O deputado Agaciel Maia (PR) concorda que o tema é polêmico, mas defende que a Câmara discuta e vote a proposta, "aprovando ou não". Já o deputado Wasny de Roure (PT) reclamou que enviou ao GDF três requerimentos solicitando informações complementares sobre o projeto em março e até agora não obteve nenhuma resposta. O distrital também cobrou a apresentação de um parecer por escrito da procuradoria do DF sobre a adoção do modelo proposto pelo governo. Wasny também criticou a ausência de concordância do Conselho de Saúde sobre a proposta.
A deputada Celina Leão (PPS) destacou reportagem exibida no último domingo no programa Fantástico sobre rombo de R$ 1 bilhão em instituto que gerenciava hospital no Maranhão. Para ela, o fato revela que o modelo proposto pelo GDF tem que ser analisado com muito cuidado. Para ela, a melhor solução seria a descentralização da administração dos recursos.
A mesma reportagem foi comentada também pelo deputado Raimundo Ribeiro (PPS), que ponderou que o caso do Maranhão deve servir de alerta para a Câmara Legislativa.
Sangue – Também na sessão ordinária desta terça-feira, a deputada Luzia de Paula (PSB) anunciou a apresentação de projeto de lei criando o Dia do Vampiro no DF, a ser comemorado em 13 de agosto. Segundo ela, a proposta foi motivada por um grupo de artistas e tem a intenção de aproveitar a data para realização de atividades e campanhas de esclarecimento sobre a doação de sangue.
A deputada informou que a experiência já existe em São Paulo e reúne milhares de pessoas, com a realização de diversas atividades incentivando a doação de sangue.
Luís Cláudio Alves - Coordenadoria de Comunicação Social

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Deputado ressalta importância da qualificação profissional de jovens

O deputado Agaciel Maia (PR) elogiou na sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal desta terça-feira reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense sobre a importância da qualificação profissional de jovens. Segundo ele, a reportagem apresenta um levantamento detalhado sobre o impacto da qualificação sobre as pessoas que vivem em áreas carentes.
O parlamentar ressaltou a importância do projeto jovem candango de qualificação, do qual foi um dos idealizadores, e defendeu este caminho para resolver problemas na área de segurança e qualidade de vida. Maia disse que a proposta está sendo copiada em vários estados brasileiros e também em outros países.
Agaciel lembrou que a ideia surgiu na década de 80 na gráfica do Senado e desde então é uma das suas bandeiras. O deputado Wasny de Roure (PT) também elogiou o programa, apesar do pouco alcance atualmente. A deputada Luzia de Paula (PSB) defendeu a qualificação como saída para dar dignidade aos jovens.

Luís Cláudio Alves - Coordenadoria de Comunicação Social