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"A responsabilidade de um Governador de Estado é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio", escreveu Moro na sentença. Foto: Reprodução |
O
ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado nesta
terça-feira (13) a 14 anos e 2 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, da
13ª Vara Federal em Curitiba. A sentença foi proferida pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro (12 vezes) em processo a que ele
responde no âmbito da Operação Lava Jato.
"O
crime insere-se em um contexto mais amplo, revelado nestes mesmos
autos, da cobrança sistemática pelo ex-governador e seu grupo de um
percentual de propina incidente sobre toda obra pública no Estado do Rio
de Janeiro", diz Moro na sentença. Além da pena de reclusão, cabral
deve pagar uma multa de cerca de R$ 528 mil.
O
juiz determinou, ainda, que Cabral terá de responder preso caso decida
recorrer da decisão em primeira instância. A progressão de regime,
segundo o despacho, só deve acontecer após a devolução das vantagens
indevidas recebidas.
"A
responsabilidade de um Governador de Estado é enorme e, por
conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode
haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato e a sagrada
confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio", escreveu
Moro na sentença.
Outros réus
Também
foram condenados o então secretário do governo Cabral Wilson Carlos
Carvalho e o sócio do ex-governador Carlos Emanuel Miranda. Moro
absolveu a esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, por falta de provas de
autoria e participação nos crimes. Mônica Carvalho, esposa de Wilson
Carlos, foi absolvida pela mesma razão.
Wilson
Carlos foi sentenciado a 10 anos e 8 meses por corrupção passiva e dois
crimes de lavagem de dinheiro. Carlos Miranda, por sua vez, foi
condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro (quatro vezes).
Os
ex-diretores da Andrade Gutierrez Clóvis Peixoto e Rogério Nora também
são réus nesta ação penal. No entanto, ambos firmaram acordo de
colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) que, por sua
vez, pediu a suspensão do processo contra eles.
Fonte: Agência Brasil
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