sexta-feira, 31 de março de 2017

AGRONEGÓCIO

Clima no início de outono favorece olerícolas e frutas

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Nas Missões e na Fronteira Noroeste do RS, os tomates apresentam boa produtividade e sanidade, elevando a oferta local e baixando o preço ao consumidor  Foto: Divulgação

 

Na Serra, o primeiro cacho das lavouras de tomate do tarde está sendo colhido, apresentando frutas de ótimo calibre, coloração e sabor. As plantas apresentam quantidade de pencas dentro da média e com número de frutos bem acima do requerido para atingir o calibre desejado. O raleio dos cachos, prática cultural de grande importância, principalmente nos plantios do tarde (cultivados no final do verão e durante o outono, período este caracterizado por dias mais curtos e temperaturas mais baixas) raramente é feito, interferindo no desenvolvimento dos frutos.
A área de cebola na região Sul ficou em 3.481 hectares e a previsão de produção é de 83.120 toneladas. A cultura já está com a colheita finalizada. Segue a comercialização tanto para os mercados locais da região, principalmente nos municípios de Rio Grande e Pelotas, como para as demais regiões do país. Com uma estimativa de 10% da safra de cebola estar armazenada em galpão, os produtores esperam por preços melhores para comercialização, já que o preço médio em Rio Grande, por exemplo, é considerado muito abaixo do esperado, na faixa de R$ 0,45/kg.
FRUTAS
O desenvolvimento das frutícolas também está favorecido no Estado. A produção de morango nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo é bastante reduzida, em especial das cultivares San Andreas e Albion. Nesta época de encomenda de mudas nacionais e importadas e planejamento da próxima safra, são também feitas melhorias e reformas nas unidades de produção em ambiente protegido, como reposição de slabs e construção de novas estufas, além de poda das cultivares de dias neutro. Na segunda quinzena de março a maioria dos produtores faz a poda drástica das plantas visando o preparo para a produção. Há tendência de manutenção das áreas de cultivo nos 23 municípios dos Vales do Caí e Taquari, onde 300 famílias cultivam 78,5 ha de morango. Em termos de áreas e famílias envolvidas, destacam-se os municípios de Feliz, com 100 famílias/50 ha de cultivo, e Bom Princípio, com 70 famílias/15 ha de cultivo.
Nos citros do Vale do Caí, as chuvas regulares e bem distribuídas têm permitido excelente desenvolvimento das frutas, desde a época da floração, no mês de agosto, até a fase atual, de crescimento. A maioria das bergamotas e laranjas será colhida a partir de maio, conforme seu período de maturação (de ciclo precoce, médio ou tardio), sendo que a colheita se estende normalmente até novembro. Entre as bergamoteiras, a sequência de maturação das principais cultivares começa com a Satsuma e segue com Ponkan, Caí, Pareci, Montenegrina e Murcott.
A Satsuma é a fruta cítrica mais precoce, com a qual se inicia a colheita de frutas cítricas na região, no início de março e atualmente atinge 35% das frutas. A bergamota Satsuma é de origem japonesa, com pouca acidez e sem sementes, cuja casca não libera o cheiro característico das bergamotas comuns quando descascada. Em virtude de ter pouca acidez, pode ser consumida com a casca ainda verde. O preço recebido pelos citricultores está em média R$ 21,50/cx. de 25 quilos.
A produção do limão Tahiti, que na verdade é uma lima ácida, tem um comportamento diferente das demais frutas cítricas, pois a floração nas plantas acontece durante todo o ano, o mesmo ocorrendo com a produção, embora com diferentes intensidades. O maior volume produzido na região do Vale do Caí ocorre em maio, junho e julho. Pelas frutas colhidas agora, os citricultores estão recebendo em média R$ 25,00/cx. de 25 quilos.
A atividade mais intensa nesta época no Vale do Caí é o raleio da bergamota verde, que já atinge em torno de 50% das frutas das bergamoteiras do grupo das comuns, Caí, Pareci e Montenegrina. O raleio é uma prática fundamental para a obtenção de frutas com qualidade. Trata-se da retirada de parte das frutas da planta, quando no início do seu desenvolvimento, ainda verdes, para que as que ficam na planta possam ter um tamanho maior, evitando assim a concorrência devida a uma grande carga de frutos. Outro motivo importante para a realização do raleio é evitar a alternância de produção, que é a produção excessiva em uma safra e uma produção pequena ou nula na safra seguinte. As frutas verdes, das cultivares do grupo das comuns, são vendidas para indústrias da região, que retiram um óleo que está nas cascas das frutas. Este óleo tem aplicação na indústria de cosméticos, indústria de alimentos e bebidas e de higiene e limpeza. Este produto resultado do raleio, que em outros tempos tinha um valor pequeno, atualmente tem sido uma excelente fonte de renda para os citricultores, mesmo que o valor tenha reduzido em relação ao raleio da safra de 2016. O valor médio recebido pelos citricultores pela bergamotinha verde está em R$ 320,00 por tonelada.
CRIAÇÕES
Apicultura - A predominância de tempo mais seco da semana é favorável à apicultura, pois intensifica a atividade das abelhas na coleta de pólen e néctar. São abundantes as floradas de diversas espécies melíferas, como eucaliptos, aroeira e maricá, entre outras. Os enxames estão fortes e populosos e apresentam boas condições sanitárias. Em alguns locais os apicultores realizam a migração das colmeias para as florestas de eucaliptos com o objetivo de aproveitar a floração. Alguns apicultores relatam o sumiço de colmeias em áreas próximas às lavouras de soja e relatam acreditar que seja pelo uso de agroquímicos.
A maioria dos apicultores conseguiu realizar apenas uma colheita de mel nesta safra. Início da colheita de outono na região Sul. Alguns apicultores ainda não estão com as melgueiras operculadas e irão realizar a colheita no final de abril ou até mesmo no “veranico” de maio. Para esses produtores, a Emater/RS-Ascar orienta entrar, logo após a colheita do mel, com constante alimentação artificial complementar.
Avicultura colonial - No município de Santo Cristo, dentro do planejamento de diversificação das produções, um produtor está iniciando a atividade com 600 aves de postura e já obteve licenciamento ambiental e foi orientado no que se refere a manejo e instalação dos piquetes com grama Tifton 85, pois trabalhará no sistema colonial. Os produtores estão renovando os plantéis de postura e de corte, buscando informações sobre novas linhagens e manejo de animais.
GRÃOS
Apesar da colheita do milho evoluir de forma mais lenta devido à intensificação da colheita da soja, esta atinge 62% das lavouras, com 22% maduras e por colher e 15% em enchimento de grãis. No Estado, as condições meteorológicas têm propiciado o segundo plantio da cultura (milho safrinha), que apresenta ótimo desenvolvimento vegetativo, sendo que em algumas lavouras se observa o início do período reprodutivo, com boas perspectivas de produtividade.
No momento se mantém o processo de escoamento do milho e do trigo estocados nos silos e armazéns, com o objetivo de oportunizar espaço para o recebimento da soja, considerando a expectativa de um aumento significativo da produção desta oleaginosa.
A colheita da soja avançou e alcança 22% da área projetada, com produtividades até o momento superiores às estimativas iniciais. Segundo relatos de técnicos da região administrativa de Emater/RS-Ascar de Ijuí, não há informações de lavouras com produtividade abaixo de 60 sacas por hectare (3.600 quilos/ha), sendo que algumas atingem facilmente 80 sacas (4.800 quilos/ha). Outras regiões seguem no mesmo sentido, apresentando produtividades acima do esperado. Tal fato provavelmente deverá provocar uma nova reavaliação na produtividade média estadual. Atualmente, 42% das lavouras de soja estão maduras e por colher e 36% estão em enchimento de grãos.
Ótimos rendimentos também tem apresentado o feijão 1ª safra. Nos Campos de Cima da Serra, última região produtora de feijão considerado de primeira safra no RS, foi iniciada a colheita, com produtividade de até três toneladas por hectare. As demais áreas estão em final de enchimento de grãos e maturação, com aspecto de lavoura muito bom.
Feijão safrinha – Lavouras da safrinha encontram-se nas fases de desenvolvimento vegetativo, floração e, as mais adiantadas, em enchimento de grãos. A semeadura ultrapassa os 90% da área inicialmente estimada. Produtores realizam os tratos culturais da cultura. Não há relatos de ataque de pragas e doenças que possam causar danos expressivos à cultura, mas os dias frios desTa última semana não foram favoráveis. Temperaturas amenas/frias com umidade favorecem doenças como antracnose. Nessas condições, faz-se necessária uma maior atenção dos agricultores na observação da lavoura.



Fonte: Emater/RS-Ascar

 

SAÚDE

Urticária pode ser causa de emergência hospitalar

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Foto: Divulgação

"Desde jovem eu ficava empolado, mas apenas há seis anos descobri que tenho urticária. Só comecei a entender a gravidade quando tive que procurar a emergência porque causou o edema de glote. Não conseguia respirar e perdi a voz". O depoimento é de Alexandre Pires da Silva, 46 anos, que possui urticária crônica e começou a ser acompanhado pelo Centro de Referência de Alergia e Imunologia do Hospital de Base.
A doença é tema da Semana Mundial de Alergia de 2017, celebrada de 2 a 8 de abril, e causa um grande impacto na vida de Alexandre, que chega a ter três ocorrências em uma semana. "Já aconteceu várias vezes de estar viajando com a família, e, em razão de uma crise, ser obrigado a parar no meio do caminho para ir ao hospital ou ter que ficar no quarto do hotel por causa da sonolência gerada pelo remédio", relatou.
Entre os sinais e sintomas da urticária, destacam-se lesões avermelhadas, quentes e que geralmente coçam. O surgimento das manchas é rápido e permanece por pouco tempo. Em 40% dos casos, o paciente pode ter também angioedema (inchaço).
"A urticária se apresenta de duas formas: a aguda, que persiste por menos de seis semanas, e a crônica, que dura mais de seis semanas de evolução. Estima-se que 20% da população mundial terão pelo menos um episódio de urticária", alertou a coordenadora de Alergia e Imunologia da Secretaria de Saúde, Marta Guidacci, que acompanha o tratamento de Alexandre. No caso dele, os locais mais atingidos são a nuca, o couro cabeludo, as mãos e os pés.
ALERGIA - É uma resposta exagerada do sistema imunológico a certas substâncias (alérgenos). Os portadores de alergias são chamados de atópicos ou alérgicos. O desenvolvimento dessa enfermidade depende da predisposição genética e do ambiente em que o paciente vive.
Segundo a Organização Mundial de Alergia, cerca de 40% da população mundial têm algum tipo da doença. Com base neste percentual, pode-se projetar que o Distrito Federal possua um milhão de pessoas alérgicas.
ATENDIMENTO - No Distrito Federal, os hospitais de Base e Regional da Asa Norte são especializados no tratamento de urticária e angioedema. Outros centros de referência em alergia são os hospitais da Criança, Materno Infantil, de Sobradinho, de Ceilândia e o Universitário de Brasília. Também há atendimento nas policlínicas de Taguatinga e do Gama, no Centro de Saúde 1 do Paranoá e na Unidade Básica de Saúde 11 de Vicente Pires.
Confira as recomendações para pacientes alérgicos:
1
Evitar ter em casa tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, bichos de pelúcia e móveis estofados
2
Revestir colchões e travesseiros com material sintético impermeável
3
Dar preferência às colchas de algodão e de piquet ou ededrom. Não usar cobertores de lã ou chenile
4
As paredes de casa deverão ter pintura lavável
5
Limpar a casa diariamente, principalmente os quartos, com pano úmido e aspirador de pó. Descartar o uso de vassouras, panos secos e espanadores
6
Não usar umidificadores e vaporizadores, aparelhos que estimulam o crescimento de ácaros e fungos
7
Evitar animais de penas e de pelos dentro de casa
8
Não utilizar inseticidas, espirais contra insetos, desodorantes ambientais e outras substâncias com aroma ativo
9
Não fumar dentro de casa nem na presença do paciente
10
Estimular atividades ao ar livre e praticar esportes



Fonte: Agência de Notícias



DF

Em Ceilândia, homem assedia vizinha, apanha do marido dela e vai parar no hospital

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Shutterstock

 

Uma briga entre vizinhos mobilizou uma equipe da Polícia Militar, por volta da 1h40 desta sexta-feira (31), na QNM 4, em Ceilândia. Um jovem de 19 anos e um homem de 41 foram flagrados em luta corporal pelos militares. Um deles teve de ser encaminhado ao hospital.
Segundo a PM, a confusão começou depois que o jovem chegou em casa e viu seu vizinho agarrando a sua esposa. A mulher de 25 anos contou aos militares que estava em casa fazendo o jantar, quando seu vizinho apareceu e começou a incomodá-la com gracejos.
Na sequência, passou a mão em seus cabelos, nos glúteos, em um dos seios e tentou beijá-la, momento em que o marido chegou, viu a cena e teve início a confusão.
A briga só teve teve fim com a intervenção da polícia. O casal foi encaminhado à 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) para registro de ocorrência.
O homem de 41 anos foi levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde ficou internado com suspeita de fratura na perna. A mulher sofreu um arranhão na perna e foi levada ao Instituto Médico Legal (IML). 

Fonte: Jornal de Brasília

 

 

 


SEGURANÇA

Polícia Militar e Corpo de Bombeiros fazem a troca da Bandeira no domingo (2)

Cerimônia na Praça dos Três Poderes será às 8h30, acompanhada de desfile cívico


Cerimônia na Praça dos Três Poderes será às 8h30, acompanhada de desfile cívico
Troca da Bandeira na Praça dos Três Poderes será às 8h30, acompanhada de desfile cívico. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília – 10.01.2016        
No domingo (2), a troca da Bandeira Nacional, na Praça dos Três Poderes, será feita pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. A cerimônia começará às 8h30.

O evento cívico é organizado uma vez por mês, geralmente no primeiro domingo, com rodízio entre Exército, Marinha, Aeronáutica e o governo de Brasília.
Durante a troca, serão executados o Hino Nacional e o Hino da Bandeira, acompanhados por 21 tiros de canhão disparados pelo Exército. Em seguida, haverá um desfile cívico-militar.
Nesta gestão, é a oitava vez que o governo local faz a troca. A próxima está agendada para 5 de novembro.

A Bandeira Nacional

Com 286 metros quadrados, a Bandeira, ou Pavilhão Nacional, fica hasteada na Praça dos Três Poderes a 100 metros de altura. Ela é presa por 24 hastes de metal que, segundo a Casa Militar, significam o diálogo e a convergência entre as unidades da Federação e os três poderes da República.


 Fonte:  Agência Brasília


POLÍTICA



Entenda o racionamento de água no DF

O site da Caesb detalha os dias em que cada área será atingida. Veja algumas das principais questões relacionadas ao revezamento

O racionamento de água por sistema de rodízio que será feito em 14 regiões administrativas abastecidas pela Barragem do Descoberto (veja a arte) entrou no terceiro dia e já atingiu parte de Ceilândia, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Vicente Pires, Colônia Agrícola Samambaia, Vila São José, Jóquei, Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK e Residencial Santa Maria. A rede está em fase de religação e de estabilização do sistema nesses lugares. Nesta quarta-feira (18), a interrupção ocorreu no Gama.
No site da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é possível ver a ordem do revezamento. Um quadro detalha os dias em que cada área será atingida. As células em vermelho indicam a interrupção; em amarelo, o restabelecimento; e em verde, o fornecimento normal.
Sistemas de abastecimento de água do DF
A partir de 30 de janeiro, a Caesb vai diminuir a pressão da rede nas regiões abastecidas pelo Sistema Torto/Santa Maria (nomes na área amarela da arte). Até lá, a companhia informa que fará testes e regulagens de válvulas na área. Ambas as medidas estão previstas na Resolução nº 20, de novembro de 2016, da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa-DF).

ENTENDA O RACIONAMENTO

Por que o racionamento não é feito em todo o Distrito Federal?O rodízio só ocorre em regiões abastecidas pelo reservatório da Barragem do Descoberto, que está com o nível de sua capacidade abaixo de 20%. No ano passado, a Caesb fez a redução de pressão e depois, por dez dias, rodízio de abastecimento nas áreas supridas pelos sistemas de águas isoladas (Brazlândia, Sobradinho e Sobradinho II, Planaltina e São Sebastião). Já o reservatório de Santa Maria ainda está com cerca de 40% de seu volume útil. Mesmo assim, serão tomadas medidas no sistema do qual ele faz parte para que haja redução do consumo.
Por que não é aconselhável estocar água neste período?Segundo a Caesb, estocar água pode aumentar o desperdício. Além disso, caso os recipientes fiquem abertos, tornam-se ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre ckikungunya, do zika vírus e da febre amarela.
Por que é importante manter a caixa d’água limpa?É necessário verificar a boia, que precisa estar nova e limpa. Sem abastecimento, o volume de água descerá, e, com a caixa vazia e suja, quando a Caesb religar a rede, a sujeira subirá e a água para consumo não terá qualidade.

POLÍTICA



Corumbá 4 está previsto para fornecer água ao DF a partir de 2018

Com 65% das obras executadas, sistema vai beneficiar cerca de 1,3 milhão de moradores do Distrito Federal e de Goiás. Rollemberg esteve no local nesta sexta (31) para vistoriar o serviço

Sistema Produtor Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO), começará a fornecer água até o fim de 2018. Durante vistoria às obras, na manhã desta sexta-feira (31), o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, projetou para setembro do ano que vem o início dos testes para distribuição.
Com 65% das obras executadas, sistema vai beneficiar cerca de 1,3 milhão de moradores do Distrito Federal e de Goiás
Com 65% das obras executadas, Sistema Produtor de Água Corumbá 4 vai beneficiar cerca de 1,3 milhão de moradores do DF e de Goiás. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília
Trata-se de um projeto estratégico para assegurar o provimento de água para as gerações futuras. “Com fornecimento de até 5,6 mil litros por segundo, essa obra entra no sistema de captação e distribuição que vai ampliar em 70% a capacidade de abastecimento do DF”, destacou Rollemberg.
A fase de licitação começou em 2009, e os trabalhos, dois anos depois. Em 2013, a gestão passada paralisou a obra. “Logo no início de 2015, preocupados com o crescimento populacional e a gestão hídrica de Brasília, recebemos recursos federais e retomamos o serviço imediatamente”, lembrou o governador.
A construção, em parceria com o governo de Goiás, está orçada em cerca de R$ 540 milhões — divididos de forma igualitária — e vai abastecer 1,3 milhão de pessoas nas duas unidades federativas.
No DF, moradores do Gama, de Santa Maria e do Recanto das Emas serão beneficiados. No estado vizinho, o público abastecido será o da Cidade Ocidental, de Luziânia, do Novo Gama e de Valparaíso.

Responsabilidades de cada unidade federativa no Sistema Produtor Corumbá 4

Compete à companhia de saneamento de Goiás, a Saneago, a captação hídrica e a construção de 15 quilômetros da adutora. Outros 15 quilômetros são de responsabilidade da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), bem como a estação de tratamento. “Posteriormente, cada uma cuidará de construir uma estação elevatória e uma adutora para levar a água até suas regiões”, explicou o presidente da empresa pública, Maurício Luduvice.
O sistema envolve a captação do Lago de Corumbá e o tratamento em Valparaíso (GO). Depois, a água será bombeada para o DF e o Entorno
Dividida em etapas, a obra está 65% executada. O sistema envolve a captação de água do Lago de Corumbá, que será encaminhada para tratamento em Valparaíso (GO). Depois, a água será bombeada para o DF e o Entorno.
As intervenções sob responsabilidade de Goiás estão interrompidas após recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que investiga ilícitos em contratos e licitações da estatal goiana. No entanto, já há encaminhamento para solução do problema.
O diretor de Produção da Saneago, Marco Túlio de Moura, informou que o Ministério das Cidades está com o parecer sobre a retomada do serviço por parte de Goiás. “O estado ainda não teve acesso ao documento, mas a tendência é que seja favorável para a imediata volta ao trabalho.”

Outras obras para melhorar a captação de água no DF

As obras do Subsistema do Bananal, no Parque Nacional de Brasília, atingiram 18% de execução na semana passada. A projeção é beneficiar cerca de 170 mil habitantes com a estrutura, na qual estão sendo investidos R$ 20 milhões.
De acordo com o projeto, o subsistema se integra ao Santa Maria-Torto para reforçar o abastecimento em 11 regiões administrativas. As intervenções da primeira grande obra de captação de água no DF desde a Bacia do Pipiripau, há 16 anos, começaram em novembro de 2016.
A água será captada do Ribeirão Bananal e injetada na tubulação adutora que conduz água do Lago de Santa Maria à Estação de Tratamento de Água de Brasília.

SAÚDE



Estratégia Saúde da Família chega a 76% de Samambaia

A unidade básica de saúde da Quadra 302 iniciou o recadastramento dos pacientes. Euda Vaz, de 69 anos, é uma das atendidas no local

A conversa informal na varanda de casa é sinônimo de mais cuidado, segundo Euda Vaz, de 69 anos. A pensionista é atendida pela Unidade Básica de Saúde n° 7 de Samambaia, uma das oito da região, que já funciona exclusivamente com equipes de saúde da família. Trata-se da maior cobertura do programa no DF — 76% do território está incluído.
Uma das unidades básicas de saúde, na Quadra 302, iniciou o recadastramento dos pacientes. Euda Vaz, de 69 anos, é uma das atendidas no local
Uma das unidades básicas de saúde, na Quadra 302, iniciou o recadastramento dos pacientes. Euda Vaz, de 69 anos, é uma das atendidas no local. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília
Desde segunda-feira (20), os agentes comunitários da unidade trabalham no recadastramento de todas as pessoas atendidas no local — processo que deve durar no mínimo seis meses. A visita a cada uma leva menos de uma hora, e o diálogo é bem detalhado.
Informações como número de animais de estimação, quantidade de parentes na casa e se há fumante na família fazem diferença. A ideia é traçar um perfil do paciente, ao qual o médico terá acesso durante a consulta. São dois cadastros: um da família e outro individual.
"Eu estou amando. Me sinto mais cuidada. Os médicos são bem atenciosos"Euda Vaz, moradora de Samambaia
Desde que foi inaugurada, em 2013, a unidade — que antes era batizada como Clínica da Família — funciona dessa maneira. O modelo é o mesmo que será adotado em todas as unidades básicas de saúde com a nova política de atenção primária estabelecida pela Portaria nº 77, de 2017.
Moradora de Samambaia desde a fundação da região, em 1989, Euda conta que a prática é muito diferente da a que estava acostumada. “Eu estou amando. Me sinto mais cuidada. Os médicos são bem atenciosos.”
Diabética e precisando controlar a glicose rigorosamente, ela já chegou a ser atendida em casa e sempre tem retorno na própria unidade. Além do atendimento domiciliar e das consultas marcadas, também há a opção da demanda espontânea, em que, dependendo do caso, o interessado pode ser examinado no mesmo dia.

Horário de atendimento será ampliado

Hoje, o atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 7 às 18 horas. Mas, conforme prevê a portaria, esse horário será estendido. O texto determina que unidades tipo 2, ou seja, com mais de três equipes, funcionem das 7 às 19 horas, de segunda a sexta-feira, e das 7 horas ao meio-dia, aos sábados.
1,3 milMédia de consultas médicas por mês na unidade de saúde da família de Samambaia
A média mensal de consultas médicas é de 1,3 mil. No local, ficam seis equipes de saúde da família. Cada uma é composta por médico, enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e um número variado de agentes comunitários. Os casos mais complexos são encaminhados para especialistas presentes em outras unidades de saúde.
Ana Beatriz Santos, de 17 anos, conheceu o serviço na gravidez, quando teve acompanhamento de um dos médicos. Atualmente, ela e o filho, de 1 ano e 7 meses, continuam indo a consultas para observar o desenvolvimento infantil da criança.
O caso é semelhante ao de Irla Suiane Ribeiro, de 20 anos, e Marcos Gabriel, de apenas 2 meses. Quando gestante, a jovem recebeu a visita de uma equipe que a cadastrou. Desde então, ela marca consultas frequentes para seguir o crescimento do filho.
De acordo com o gerente de Serviços de Atenção Primária n° 7 de Samambaia, Ricardo Aguiar, a média de espera para marcação de consultas não passa de uma semana. No entanto, antes disso, todo paciente passa pelo acolhimento, ocasião em que um técnico de enfermagem faz o primeiro contato com o morador. “Ali ele fica mais tranquilo e já sai com a consulta marcada.”
A espera para marcação de consultas é de no máximo uma semana. Antes disso, todo paciente passa pelo acolhimento
O acolhimento é feito a qualquer hora, assim que o paciente procura a unidade. “Não existe aquilo de alguém chegar às 6 horas da manhã e esperar para ver se vai ser atendido”, resume o gerente. Outra realidade é o fato de não ter dia específico para cada tipo de consulta.
Isso também depende da demanda. São 16 quadras de Samambaia atendidas pelo espaço, o que perfaz um total de mais de 26 mil habitantes.

Práticas integrativas de saúde focam na prevenção

Ponto forte da atenção primária, três práticas integrativas são desenvolvidas na Unidade Básica de Saúde n° 7 de Samambaia. Além da shantala (massagem para bebês), da ioga e da automassagem, o local ainda tem grupos com foco no tabagismo, na gestação, no desenvolvimento infantil, no planejamento reprodutivo e na odontologia.
Cada atividade é pensada com base na necessidade da população. Quem tem interesse em participar pode comparecer ao local ou ser encaminhado por um dos profissionais.
Pelas projeções da Secretaria de Saúde, é possível resolver até 70% dos problemas somente na atenção primária. Por isso, a meta é estender de 30,7% para 75% a cobertura do modelo de Estratégia Saúde da Família no DF até 2018.

política



Hospitais públicos usam polvo de crochê no tratamento de bebês prematuros

Unidades de Taguatinga, Ceilândia e Santa Maria já tocam a iniciativa de forma experimental. Ideia é que o bichinho lembre o ambiente uterino

O formato espiral dos oito tentáculos não é à toa. Eles foram inspirados em um cordão umbilical. A ideia é que o polvo, feito com linha de crochê 100% algodão e manta siliconada, lembre o útero materno.
Os polvos, feitos em crochê e manta siliconada são utilizados em fase experimental na UTI Neonatal do Hospital Regional de Santa Maria.
Os polvos, feitos em crochê e manta siliconada, são utilizados em fase experimental na UTI Neonatal do Hospital Regional de Santa Maria. Foto: Tony Winston/Agência Brasília
O projeto de utilizar o material no tratamento de prematuros internados na unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal está em fase experimental nos Hospitais Regionais de Taguatinga, Ceilândia e Santa Maria.
No de Santa Maria o projeto está mais avançado. “Eles [os bebês] perderam o contato com o útero antes do tempo, e o objetivo é que o polvo os lembre esse ambiente”, explica a fisioterapeuta Ana Carolina Barros, que trabalha na UTI neonatal do hospital.
Até agora, seis crianças, das 18 internadas, receberam o bichinho. Quando têm alta, elas o levam para casa, com o intuito de que a mudança de ambiente não cause estranhamento.
"Eles (os bebês) perderam o contato com o útero antes do tempo, e o objetivo é que o polvo os lembre esse ambiente"Ana Carolina Barros, fisioterapeuta da UTI neonatal do Hospital Regional de Santa Maria
Em Santa Maria, o projeto começou a ser tocado em fevereiro. Funcionários leram sobre a iniciativa na internet e começaram a pesquisa sobre o tema. Uma artesã, mãe de servidor do hospital, deu uma oficina de crochê para os que queriam aprender a produzir o mimo.
Os polvos são confeccionados pela própria equipe do hospital. “Tem gente de vários setores fazendo crochê”, conta a técnica de enfermagem Dayse Macêdo, da UTI neonatal. Ela leva duas semanas na confecção de cada peça, trabalho feito em casa.
Além do formato, outro detalhe importante é o tamanho. Por questão de segurança, os tentáculos devem ter entre 20 e 22 centímetros — para que não se enrolem no bebê —, e a cabeça precisa de sete fileiras do crochê, cada uma com um número determinado de pontos.
A técnica já é desenvolvida, segundo a pesquisa da equipe, em outros sete países, entre os quais Austrália, Holanda e Estados Unidos. O primeiro relato que encontraram sobre a iniciativa foi na Dinamarca, em 2013.

Polvos auxiliam no ganho de peso dos bebês

Apesar de ainda não haver registro científico que ateste os benefícios da dinâmica, há relatos positivos de equipes que começaram a desenvolvê-la. O polvo acalma o bebê, com redução de sua frequência cardíaca e respiratória, e ajuda no ganho de peso.
Antônia Elivanete de Oliveira, de 34 anos, percebeu a diferença. Ela acompanha a filha, Luana, há 15 dias. Internada em um dos leitos da UTI neonatal, a bebê nasceu com 35 semanas (o normal é entre 40 e 42), após a mãe sofrer complicações no parto devido a uma infecção urinária.
“Ela não sossegava a mãozinha, ficava tentando tirar os dispositivos”, lembra a manicure, que mora em Valparaíso. Com as mãos quietinhas sobre os tentáculos do animal, Luana está bem mais calma e dorme grande parte do dia.
Com as mãos quietinhas sobre os tentáculos do animal, Luana está bem mais calma e dorme grande parte do dia
A ideia agora é que cada funcionário que passou pela oficina, na semana passada, ensine outras pessoas. “Queremos chegar ao ponto de receber doações”, destaca Dayse. As mães de quem estiver internado na seção também serão ensinadas.
Os polvos são esterilizados a uma temperatura que varia de 60 a 120 graus antes de terem contato com os bebês. Para a fase de testes, a equipe escolheu crianças sem isolamento de contato ou que não estivessem entubadas. No entanto, a expectativa é que todas recebam seu bichinho.
O próximo passo, de acordo com a gerente de enfermagem do hospital, Cinthia Pelegrini, é que a mesma metodologia seja levada para a unidade de cuidado intermediário neonatal, onde servidores já confeccionam a novidade.

Outros hospitais adotaram a iniciativa

No Hospital Regional de Ceilândia, um grupo de artesãs, que também soube da iniciativa por meio da internet, ofereceu-se para doar o polvo já pronto aos bebês. A unidade só aguarda a entrega para começar a colocar o bichinho junto aos prematuros.
Em Taguatinga, a equipe do próprio hospital regional cuida da confecção. A supervisora de enfermagem da unidade, Kaísa Raiane dos Santos, organiza uma oficina para que servidores que saibam fazer crochê ensinem pais e interessados em contribuir com o projeto. A unidade tem oito polvos prontos e 22 bebês internados.

política



Viveiro do Senado produz e doa mudas de árvores a órgãos públicos

   
Da Redação | 21/11/2016, 09h59 - ATUALIZADO EM 21/11/2016, 10h23


Nos últimos três anos, pelo menos 3 mil mudas de árvores foram produzidas e doadas pelo viveiro do Senado a instituições públicas do Distrito Federal. São espécies frutíferas, exóticas e nativas do Cerrado entregues a órgãos como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a Administração do Lago Norte — bairro residencial próximo ao Lago Paranoá — e o Jardim Botânico.
Coordenado pelo Núcleo de Ações Socioambientais, o viveiro foi criado em 2013 com o objetivo de compensar parte do gás carbônico (CO2) emitido pelo Senado por meio do plantio de árvores, além de fornecer mudas para os jardins do complexo do Senado.
O servidor e arquiteto Mário Viggiano, responsável pela construção do viveiro, explica que, inicialmente, foi realizado o cálculo da emissão de gás carbônico pelo Senado. De acordo com ele, atualmente, as cerca de 2 mil árvores plantadas sequestram 1% do CO2 emitido.
— No início, não tínhamos isso bem estabelecido e começamos uma pesquisa, feita ao longo de 2014 e 2015, para levantar quantas árvores já haviam sido plantadas e saber o quanto o Senado sequestra de carbono. Paralelo a isso, levantamos as principais fontes de emissão, considerando questões como passagens aéreas, transporte terrestre e energia - explicou.
A partir do estudo, foi estabelecida a meta de mitigar pelo menos 10% do gás carbônico gerado pelo Senado nos próximos anos. Para que o objetivo seja alcançado, é necessário aliar a redução das emissões ao plantio de árvores, segundo Viggiano.
— Nosso grande estímulo é que cada árvore plantada representa um filtro de carbono, e quanto mais jovem é a planta, maior é a sua capacidade de sequestro. Se conseguirmos reduzir as emissões, há uma expectativa de que no futuro as curvas se juntem para termos a possibilidade de o Senado ter 100% das suas emissões mitigadas — diz.

Economia

Entre os critérios adotados na construção do viveiro, segundo Viggiano, estão o aproveitamento da luz natural, a produção de energia por meio de placas solares e a captação da água da chuva. Além de reduzir o impacto no meio ambiente, essas medidas também trazem economia aos gastos com jardinagem e energia.
Mário Viggiano lembra também que o lixo orgânico produzido pelo Senado é processado para produzir o adubo utilizado nos jardins.
— Temos conseguido transformar boa parte dos resíduos sólidos. Poucas coisas têm sido mandadas embora. Estamos fazendo a compostagem de restos dos restaurantes, como cascas, alfaces e borras de café - disse.
Para Viggiano, a conscientização ambiental está cada vez mais inserida na realidade de boa parte dos órgãos públicos, deixando de ser uma “ação extracurricular feita apenas por algumas pessoas”.
— Já temos, inclusive, algumas instruções normativas a respeito disso. O TCU [Tribunal de Contas da União] tem realizado um levantamento sobre como os órgãos públicos estão atuando em relação a essas instruções, se estão seguindo ou não. Isso está sendo feito de uma maneira mais educativa, mas, futuramente, será de uma forma mais punitiva. É uma necessidade, e o serviço público tem a obrigação de ser um exemplo — afirmou.

Paisagismo

Segundo Mário Viggiano, a equipe também pretende prosseguir com o projeto de paisagismo do Senado adaptado ao clima do Cerrado. Para isso, serão usadas plantas de baixa exigência hídrica, como os cactos.
— Temos uma infinidade de plantas com qualidade estética que se prestam a essa filosofia de trabalho. Neste ano, já vamos fazer duas experiências: plantaremos dois canteiros com esses tipos de plantas - disse.
Outra atividade do viveiro é a confecção de arranjos para os eventos realizados no Senado e para ornamentação dos espaços.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)