Urticária
pode ser causa de emergência hospitalar
Foto: Divulgação |
"Desde
jovem eu ficava empolado, mas apenas há seis anos descobri que tenho
urticária. Só comecei a entender a gravidade quando tive que procurar a
emergência porque causou o edema de glote. Não conseguia respirar e
perdi a voz". O depoimento é de Alexandre Pires da Silva, 46 anos, que
possui urticária crônica e começou a ser acompanhado pelo Centro de
Referência de Alergia e Imunologia do Hospital de Base.
A
doença é tema da Semana Mundial de Alergia de 2017, celebrada de 2 a 8
de abril, e causa um grande impacto na vida de Alexandre, que chega a
ter três ocorrências em uma semana. "Já aconteceu várias vezes de estar
viajando com a família, e, em razão de uma crise, ser obrigado a parar
no meio do caminho para ir ao hospital ou ter que ficar no quarto do
hotel por causa da sonolência gerada pelo remédio", relatou.
Entre
os sinais e sintomas da urticária, destacam-se lesões avermelhadas,
quentes e que geralmente coçam. O surgimento das manchas é rápido e
permanece por pouco tempo. Em 40% dos casos, o paciente pode ter também
angioedema (inchaço).
"A
urticária se apresenta de duas formas: a aguda, que persiste por menos
de seis semanas, e a crônica, que dura mais de seis semanas de evolução.
Estima-se que 20% da população mundial terão pelo menos um episódio de
urticária", alertou a coordenadora de Alergia e Imunologia da Secretaria
de Saúde, Marta Guidacci, que acompanha o tratamento de Alexandre. No
caso dele, os locais mais atingidos são a nuca, o couro cabeludo, as
mãos e os pés.
ALERGIA - É
uma resposta exagerada do sistema imunológico a certas substâncias
(alérgenos). Os portadores de alergias são chamados de atópicos ou
alérgicos. O desenvolvimento dessa enfermidade depende da predisposição
genética e do ambiente em que o paciente vive.
Segundo
a Organização Mundial de Alergia, cerca de 40% da população mundial têm
algum tipo da doença. Com base neste percentual, pode-se projetar que o
Distrito Federal possua um milhão de pessoas alérgicas.
ATENDIMENTO - No
Distrito Federal, os hospitais de Base e Regional da Asa Norte são
especializados no tratamento de urticária e angioedema. Outros centros
de referência em alergia são os hospitais da Criança, Materno Infantil,
de Sobradinho, de Ceilândia e o Universitário de Brasília. Também há
atendimento nas policlínicas de Taguatinga e do Gama, no Centro de Saúde
1 do Paranoá e na Unidade Básica de Saúde 11 de Vicente Pires.
Confira as recomendações para pacientes alérgicos:
1
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Evitar ter em casa tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, bichos de pelúcia e móveis estofados
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2
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Revestir colchões e travesseiros com material sintético impermeável
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3
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Dar preferência às colchas de algodão e de piquet ou ededrom. Não usar cobertores de lã ou chenile
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4
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As paredes de casa deverão ter pintura lavável
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5
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Limpar
a casa diariamente, principalmente os quartos, com pano úmido e
aspirador de pó. Descartar o uso de vassouras, panos secos e espanadores
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6
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Não usar umidificadores e vaporizadores, aparelhos que estimulam o crescimento de ácaros e fungos
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7
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Evitar animais de penas e de pelos dentro de casa
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8
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Não utilizar inseticidas, espirais contra insetos, desodorantes ambientais e outras substâncias com aroma ativo
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9
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Não fumar dentro de casa nem na presença do paciente
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10
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Estimular atividades ao ar livre e praticar esportes
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Fonte: Agência de Notícias
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