quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

DF

Em meio à pior crise hídrica da história de Brasília, Alvorada aumentou consumo de água em 64%

Dados foram obtidos pelo G1 por meio da Lei de Acesso à Informação. Procurada, presidência da República informou que vai promover mudanças no sistema de manutenção do Palácio.




Apesar de Brasília enfrentar a pior crise da história, o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, aumentou em mais da metade o consumo de água nos últimos dois anos. A elevação chegou a 64,18% entre os anos de 2015 e2016. 

Segundo relatório obtido pela Lei de Acesso à Informação ao G1, só com água, o Alvorada gastou no ano passado R$ 1,6 milhão – R$ 640 mil a mais do que em 2015. Desocupado, o imóvel aguarda a mudança definitiva do presidente Michel Temer e família, sem previsão para ocorrer.

Até agosto de 2016, o Palácio era ocupado pela então presidente Dilma Rousseff. Em nota, a gestão atual informou que, após a mudança de governo, em setembro do ano passado, adotou medidas para reduzir o consumo de água. 

"Foram adotadas medidas para a redução dos gastos, envolvendo, por exemplo, a conscientização dos funcionários para o uso racional da água, troca de torneiras e acompanhamento contínuo para verificar a existência de vazamentos", diz o comunicado.
A nota afirma que, em novembro de 2016, "foi identificado e corrigido um vazamento na rede principal do Palácio". O governo disse também que vai fazer mudanças no sistema de manutenção e moderniazar hidrômetros e aparelhos sanitários.

Crise hídrica

A crise hídrica na capital do país se arrasta pelo menos desde agosto de 2016, quando o nível dos dois reservatórios que abastecem o Distrito Federal – Santa Maria e Descoberto – começaram a apresentar quedas significativas. O racionamento imposto a parte dos moradores completa um mês nesta quinta-feira (16).
Localizado em área nobre de Brasília, à beira do Lago Paranoá, o Alvorada não foi atingido pelos cortes sistemáticos de água. A área é abastecidada pela bacia do Santa Maria que, apesar da crise, ainda não foi submetida ao regime adotado pelo governo do DF para conter as perdas.
O corte, em vigor desde 16 de janeiro, atinge apenas às regiões abastecidas pelo Descoberto. Juntas, elas constituem áreas de baixo índice de desenvolvimento e somam mais de dois terços da população total do DF – que tem 2,9 milhões de habitantes.
A política de racionamento do DF é alvo de crítica entre os estudiosos em gestão de recursos hídricos. Para o especialista da Universidade de Brasília Sérgio Koide, os prédios do governo deveriam "dar o exemplo para a população".
"Quando o Palácio da Alvorada ao invés de diminuir o consumo ele aumenta, mostra que há, no mínimo, um descuido dos órgãos públicos", afirma o professor.
De acordo com Koide, o governo deveria investir em reformas na estrutura dos prédios para poupar água, além de propor um "pacto para abaixar o consumo". Não só o Palácio da Alvorada, mas todo o governo deveria se unir, um mecanismo que olha o sistema como um todo", diz.

Símbolo do desperdício

Outro prédio público do DF que se tornou um símbolo de desperdício de água é a Residência Oficial de Águas Claras. Apesar de inabitado desde 2015, o local em que deveria morar o governador da capital consumiu cerca de 750 mil litros de água em 2016.
O volume corresponde ao consumo estimado de 75 casas de médio porte. Essa quantidade seria suficiente para abastecer uma escola com até 500 alunos.
Já a sede do GDF, o Palácio do Buriti conseguiu reduzir significativemente o consumo de água durante o período de crise hídrica na capital. Na comparação de novembro e dezembro de 2016 com o mesmo período de 2015, o consumo foi reduzido em 67,3%.
G1 pediu também os gastos com água do Palácio do Jaburu, onde mora atualmente o presidente Michel Temer, mas não recebeu resposta.

Palácio da Alvorada

Projetado por Oscar Niemeyer, o Palácio da Alvorada, atualmente desocupado, é a residência oficial do presidente da República. A estrutura é composta por quatro suítes, salão de jogos e sala de cinema. O Palácio tem também um espelho d'água e uma piscina.


O Alvorada foi ocupado pela ex-presidente Dilma Rousseff de janeiro de 2011 até novembro de 2016. Após o impeachment de Dilma, o Palácio vem sendo reformado para receber o presidente Temer. O custo das obras foi de R$ 20.279,65.
Com supervisão de Helena Martinho

DF

Após adiar sessão por 2 vezes, TRE deve retomar julgamento de Liliane Roriz

Sessão está marcada para as 17h. Na semana passada, um 'problema técnico' impediu desfecho; Corte já formou maioria para condená-la.





Após ter sido adiado por duas vezes, o julgamento da deputada distrital Liliane Roriz (PTB) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal deve ser retomado nesta quinta-feira (16). O caso volta à pauta da Corte eleitoral, com a sessão prevista para começar às 17h.
Segundo a assessoria do tribunal, um "problema técnico" impediu que o caso fosse apreciado na última quinta (9). O tribunal explicou que uma demora na degravação dos áudios da primeira sessão do julgamento, em dezembro, impediu o desembargador relator Rômulo de Araújo de concluir uma revisão a tempo. Isso só foi avisado pelo magistrado horas antes da sessão desta quinta.
Apesar de já ter apresentado o voto sobre o caso, Araújo demonstrou o interesse em revisar a pena sugerida em dezembro. Por enquanto, a condenação está estipulada em 3 anos e 9 meses de reclusão e pagamento de R$ 44 mil de multa.
O pedido de vista do desembargador Everardo Guerreiros suspendeu o julgamento pela primeira vez. Na ocasião, a Corte, de seis magistrados, já havia formado maioria com cinco votos para condenar a deputada. Para confirmar a punição, Guerreiros precisa liberar o voto.

Entenda as acusações

Liliane é acusada de compra de votos e falsidade e ideológica durante a campanha de 2010 à Câmara Legislativa. Se condenada, o Código Eleitoral prevê penas que variam de multa a reclusão para os dois crimes. Caso o TRE decida puní-la, ainda caberá recurso no Tribunal Superior Eleitoral.
Pela legislação eleitoral, ela pode pegar até cinco anos de reclusão por omitir documento, e até quatro anos por oferecer vantagem indevida. Ela também teria de pagar multa e pode ficar inelegível por tempo determinado pela Corte.
A Corte eleitoral do DF já tinha condenado a distrital em março do ano passado em um caso semelhante, por omitir documentos na prestação de contas na campanha para a reeleição dela em 2010. A parlamentar também foi condenada por prometer cargo público a um colaborador e à mulher dele.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

DF

DF registra 325 casos prováveis de dengue em seis semanas 

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O número equivale a apenas 6,5% do verificado no mesmo período de 2016. São Sebastião foi a região mais atingida Foto: Gabriel Jabur/ Agência Brasília

 

O Distrito Federal registrou 325 casos prováveis de dengue nas primeiras seis semanas deste ano. Desse total, 267 eram pessoas residentes na capital do País e 58 oriundas de outras unidades federativas.
No mesmo período de 2016, foram anotados 4.982 registros no total, o que significa uma queda de mais de 93% em 2017. Os dados são do Informativo Epidemiológico nº 7, divulgado pela Secretaria de Saúde nesta quarta-feira (15).
De acordo com o boletim, dez locais concentram 70% das ocorrências. Os maiores índices foram verificados nas regiões de São Sebastião (32), Planaltina (24), Gama (20), Vicente Pires (19), Ceilândia (17), Santa Maria (16), Sobradinho II (16), Sobradinho (15), Samambaia (14) e Taguatinga (14).
Até agora, conforme o levantamento, não foram registrados casos graves, nem mortes causadas pela doença em 2017. No ano passado foram notificados 11 pacientes graves e oito óbitos.

Febre chikungunya e zika vírus

O informativo também trouxe dados sobre outras duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Com referência à febre chikungunya, foram anotados 28 casos prováveis, dos quais, 22 em moradores locais e seis em pacientes de outras unidades.
Os infectados estão distribuídos pelas regiões de Vicente Pires (5), Santa Maria (3), Ceilândia (2), Gama (2), Lago Norte (2), Paranoá (2), Samambaia (2), Guará, Itapoã, São Sebastião e Sobradinho.
Quanto ao zika vírus são 26 registros, 19 envolvendo moradores locais e sete de fora. As notificações do DF estão divididas entre as localidades de Vicente Pires (6), Samambaia (3), Santa Maria (3), Guará (2), Águas Claras, Lago Sul, Paranoá, São Sebastião e Taguatinga. Também foi identificado um caso agudo da doença em gestante. A ocorrência aguarda confirmação laboratorial.

Fonte: Agência Brasília

 

BRASIL

Hospital das Clínicas - PA seleciona para 119 vagas

 

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PHPEHC Foto: Divulgação

 

A Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (PHPEHC), no Estado do Pará, está realizando processo seletivo para 119 vagas para profissionais temporários. Há oportunidades para cargos de níveis fundamental, médio e médio/técnico, com salários de R$880, mais gratificações e auxílios, e de nível superior, com remuneração de R$1.804,28, além de benefícios. Todas as vagas são para Belém do Pará.
As inscrições ficarão abertas nos dias 16 e 17 de fevereiro e devem ser feitas por meio do site da Universidade do Estado do Pará (Uepa), clicando na aba 'Processo Seletivo'. Não será cobrada taxa de inscrição. A seleção terá duas etapas: a primeira de análise curricular, que será feita entre os dias 9 e 15 de março, com resultado que será divulgado no dia 16 de março, e entrevista, cuja convocação será feita dia 20 de março e realizada no período de 21 a 29 de março.
 
Fonte: Folha Redigida

 

POLÍTICA



Governadores defendem repatriação e mudança nas regras para precatórios

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O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, defendeu que se coloque em votação, se possível ainda hoje, o projeto que estabelece uma nova rodada de regularização de ativos enviados ao exterior por brasileiros e não declarados, a chamada repatriação. Foto: Reprodução Rede Brasil Atual
Começou há pouco a reunião dos governadores em Brasília, que irão discutir com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, uma pauta federativa do interesse dos estados.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, defendeu que se coloque em votação, se possível ainda hoje, o projeto que estabelece uma nova rodada de regularização de ativos enviados ao exterior por brasileiros e não declarados, a chamada repatriação.
A nova regra tramita na forma do Projeto de Lei 6568/16, do Senado, e estabelece prazo será de 120 dias, contados após 30 dias da publicação da futura lei. O projeto determina que os recursos arrecadados sejam divididos com estados, Distrito Federal e municípios. O texto estipula que 54% dos valores arrecadados serão destinados à União, enquanto 46% seguirão para os outros entes.
Outra proposta que os governadores defendem, segundo Rollemberg, é o projeto que melhora as regras para pagamento de precatórios, permitindo o uso dos depósitos judiciais.
Os governadores ainda pediram ao presidente da Câmara para não colocar em pauta o Projeto de Lei Complementar (PLP) 54/15, que facilita a validação de incentivos tributários (geralmente relacionados ao ICMS) concedidos irregularmente por estados e pelo Distrito Federal para atrair empresas e investimentos para seus territórios. Segundo Rollemberg, os governadores pediram uma pauta consensual.
O governo do DF,  se reuniu na residência oficial em Águas Claras, com  o deputado Rodrigo Maia.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Fonte: Agência Câmara Notícias

AGRONEGÓCIO



Banana atinge o maior preço nos últimos 10 anos


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A falta de chuvas fez com que a expressão a “preço de banana” perdesse o sentido no Ceará Foto: Divulgação
A expressão a “preço de banana” perdeu o sentido esta semana no Ceará. Conforme informou o colunista da Rede Jangadeiro FM, Odálio Girão, analista de mercado da Central de Abastecimento (Ceasa), o preço da banana chegou a R$ 3,50 o quilo, o maior valor dos últimos 10 anos.“O mercado inicia a semana bastante agitado, principalmente no setor de frutas, onde a banana prata e a pacovã alcança o maior preço dos últimos 10 anos. A banana prata e pacovã chegaram a R$ 50 o preço do cento, o que é muito elevado para o varejista e o consumidor”, revela.
Murilo Ponciano é proprietário de uma fazenda produtora de bananas em Iguatu, região centro sul do Estado. Ele amarga perdas, sua produção que era de 12 hectares, caiu apenas para 3. Ponciano ressalta que, além da seca, a pouca água existente em poços profundos apresenta óxido de ferro, mais conhecido por “capa rosa”, prejudicial ao desenvolvimento da banana.
Fonte: Rede Jangadeiro FM

AGRONEGÓCIO

Novo registro de inseticida permite aplicação no amendoim e no feijão


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Agora o produto pode ser utilizado para o manejo do Tripes no Amendoim e de Mosca Branca e Cigarrinha Verde no Feijão. Essas pragas, conhecidas como “Insetos Sugadores” ocasionam grandes prejuízos às lavouras de Amendoim e Feijão, pois são consideradas importantes transmissoras de viroses, diminuindo a produtividade e, assim causando graves prejuízos ao produtor.
“Visando uma lavoura saudável e de qualidade, certificamos o Perito também para culturas de hortifrúti. É uma grande conquista para a UPL. É por meio de ações como esta que demonstramos todo o nosso comprometimento com o campo”, destaca Fernando Gilioli, Desenvolvedor de Mercado da UPL.
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SOBRE A UPL
Com mais de 10 anos de atuação no Brasil, a indiana UPL é uma empresa global que traz soluções inovadoras e sustentáveis em proteção e nutrição de cultivos para o agricultor. Fundada em 1969, a companhia atua hoje em mais de 86 países com 27 fábricas que desenvolvem, fabricam, formulam e comercializam produtos da mais alta qualidade, segurança e tecnologia.  Com mais de 28 aquisições nos 11 últimos anos, a empresa está entre as 10 maiores empresas mundiais do segmento com faturamento de mais de US$ 2 bilhões e ações na Bolsa de Mumbai.  Por meio de novas formulações e produtos, equipe profissionalizada, pesquisas e expansão de portfólio, conta com forte presença nos mercados de soja, milho, cana-de-açúcar, arroz, café, citros, algodão, pastagem e hortifruti.
Fonte: Teia Editorial

AGRONEGÓCIO

Orgânicos do Brasil estão em feira 

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Representantes da agricultura familiar brasileira participam da Biofach, maior mostra mundial de produtos orgânicos, que começou nesta quarta-feira na Alemanha. Foto: divulgação

Brasília - Representantes da agricultura familiar brasileira participam da 28° edição da Biofach, a maior feira de orgânicos do mundo, que começou nesta quarta-feira (15) e vai até o dia 18, na Alemanha. A feira tem como enfoque a ampliação do acesso dos agricultores familiares aos mercados e a realização de negócios internacionais.

Este ano, seis pequenos produtores do Brasil estão no evento, segundo a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário. Os agricultores apresentarão na Biofach os alimentos mais exportados para a Alemanha, como mel, grãos, café, arroz, cachaça e castanha do Brasil. Além disso, o grupo levará a manteiga de cacau pela primeira vez à Alemanha.

No Brasil, a área de produção de orgânicos já ultrapassou 750 mil hectares e cerca de 70% dos produtores são agricultores familiares, segundo dados do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos.

Fonte: Agência Brasil

MEIO AMBIENTE

Gelo no mar da Antártida pode encolher para mínimo histórico

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O gelo no mar da Antártida terá derretido para a extensão mais reduzida desde que há registos, depois de vários anos a resistir ao aquecimento do planeta, segundo dados preliminares de uma agência norte-americana. Foto: Divulgação



Os números, ainda provisórios, são do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC). É no fim de fevereiro - verão no hemisfério sul - que o gelo a flutuar na região da Antártida tem tendência a derreter de forma mais acentuada. Só com a chegada do outono é que volta a consolidar-se. 
Este ano a extensão do gelo do mar apontava para 2,28 milhões de quilómetros quadrados, segundo as medições do NSIDC. O valor mais baixo de sempre.

Em 1997 a extensão do gelo era de 2,290 milhões de quilómetros quadrados e representava a maior diminuição registada desde 1979. 

Mark Serreze, diretor do NSIDC, disse que iria aguardar durante alguns dias por mais medições para confirmar o registo.

"Exceto se algo de anormal acontecer, estamos diante de um recorde mínimo na Antártica. Algumas pessoas dizem que já aconteceu, mas nós somos mais conservadores e queremos observar o fenómeno durante mais cinco dias", afirmou. 

O facto é que durante estes últimos anos a extensão média do gelo marinho da Antártida tinha tendência a aumentar. Alguns cientistas associam o fenómeno a flutuações climáticas, nomeadamente as mudanças dos ventos e das correntes oceânicas.
"Um elefante"
Apesar do aquecimento global, consequência da acumulação de gases com efeito de estufa na atmosfera, principalmente provenientes dos combustíveis fósseis, o degelo na Antártida contrariava o esperado e até diminuía.

"Pensamos sempre na Antártida como um elefante adormecido que pode começar a mexer. Bem, talvez ele esteja a começar a mexer-se agora", confessa Serreze.
As temperaturas médias mundiais subiram exponencialmente em 2016, pelo terceiro ano consecutivo. Os cientistas acreditam que o aquecimento é o responsável pelas alterações climáticas contemporâneas: temperaturas elevadas, chuvas imprevisíveis e o aumento do nível médio das águas do mar.

Já na outra extremidade do globo, o gelo que cobre o Oceano Ártico tem registado uma diminuição ao longo dos últimos anos.

Fonte: RTP Notícias

POLÍTICA

Por 8 a 1, STF rejeita pedido de Cunha e mantém ex-deputado preso

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A maioria dos ministros acompanhou voto proferido pelo relator, Edson Fachin Foto:AFP/JC 

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta quarta-feira (15) um pedido de liberdade apresentado pela defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).Seguindo recomendação do novo relator da Operação Lava Jato na Corte, Edson Fachin, e por 8 votos a 1, a maioria dos
ministros resolveu mantê-lo na prisão em Curitiba (PR) - o único voto a favor de conceder liberdade a Cunha foi do ministro Marco Aurélio Mello.
O peemedebista, que teve o mandato cassado em setembro, foi preso em outubro do ano passado pela Polícia Federal em Brasília por determinação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância.
No âmbito da Lava Jato, Eduardo Cunha responde a diversas ações penais por suposto recebimento de propina oriunda de contratos da Petrobras.
O advogado Ticiano Figueiredo, que defende Eduardo Cunha, falou com a imprensa ao final da sessão e disse que o Supremo não entrou no mérito sobre se a prisão está correta ou não e que confia que o STJ concederá a soltura e que, se isso não acontecer, recorrerá ao STF novamente.
O julgamento

No julgamento desta quarta, os advogados de Cunha alegaram que ele foi preso com os mesmos argumentos
usados em maio do ano passado pelo STF para afastá-lo do cargo de deputado e da presidência da Câmara.
Por isso, na visão da defesa, Sérgio Moro contrariou decisão do STF de não prendê-lo, optando por uma medida menos grave."Com os mesmíssimos argumentos o juiz Sérgio Moro revalora a decisão do Supremo, revê a decisão do Supremo e prende Eduardo Cunha sem nenhum fato novo, a não ser a perda do mandato", afirmou o advogado Ticiano Figueiredo.
Em seu voto, porém, o relator do caso, Edson Fachin, reproduziu decisão do ministro Teori Zavascki – antigo relator da Lava Jato, que morreu no mês passado –, que já havia negado o pedido de liberdade. Em dezembro, Teori considerou que o STF não decidiu sobre a prisão, mas somente sobre o afastamento.
"Esse Supremo Tribunal Federal não se manifestou sobre requisitos da prisão. É equivocada a conclusão de que magistrado ao não decretar prisão decide que não estão presentes requisitos. O reclamante no ponto confunde ausência de análise com ausência de motivo", disse Fachin.
Assim, para o relator, no caso de Cunha, o pedido de liberdade só poderia ser concedido num habeas corpus, ação que deve passar por todas as instâncias judiciais antes de chegar ao STF.
Atualmente, um pedido do tipo para soltar Cunha está em análise no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sem data para decisão final.


Fonte: G1


BRASIL


PF prende 28 pessoas em ação contra desvio de recursos públicos na UFPR

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Fraude na UFPR foi "grosseira", segundo delegado  Créditos:Giuliano Gomes/Folhapress













A Polícia Federal (PF) realiza uma operação para combater a prática de desvio de recursos públicos destinados à Universidade Federal do Paraná (UFPR) na manhã desta quarta-feira (15) em cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. A ação foi batizada de 'Research'.
De acordo com a Polícia Federal, 28 pessoas tinham sido presas até o fim da manhã.
A secretária da pró-reitoria de Planejamento e Orçamento, Tânia Márcia Catapan, e Conceição Abadia de Abreu Mendonça, que é chefe do setor de Orçamento e Finanças do mesmo setor, são suspeitas de ser as principais responsáveis pelo desvio de, pelo menos, R$ 7,3 milhões em bolsas de pesquisa para 27 pessoas.
Ambas foram presas pela manhã e tiveram o exercício da função pública suspenso pelo juiz Marcos Josegrei da Silva.
"Há indícios substanciais, portanto, de autoria delitiva direta em relação às servidoras públicas federais CONCEIÇÃO ABADIA DE ABREU MENDONÇA e TÂNIA MARCIA CATAPAN quanto aos desvios de recursos públicos objeto de investigação. A esta altura vale a pena recordar que CONCEIÇÃO MENDONÇA anteriormente já foi denunciada pelas práticas no ano de 2008 dos crimes capitulados nos arts. 312 do CP (peculato) e no art. 89 da Lei nº 8666/93 (fraude em procedimento licitatório)", disse o juiz no despacho em que autorizou as prisões.
Na decisão, o juiz ressaltou ainda que "os processos concessórios das bolsas não foram encontrados e, ao que tudo está a indicar, nem mesmo existiam". 

"Os desembolsos eram autorizados pela Instituição de Ensino com base em singelos expedientes que levavam os nomes dos beneficiários e os valores a serem pagos. Esse estado de coisas conduziu a pagamentos mensais a quem sequer vínculo com a Universidade possuía ocasionando um desfalque inaceitável de mais de R$ 7 milhões em um período superior a três anos sem que, para dizer o mínimo, ninguém da instituição de ensino percebesse, ainda que os fatos se repetissem mensalmente", declarou Josegrei.
G1 tentará contato com os advogados dos envolvidos. De acordo com a Justiça Federal, até as 10h50, os investigados não tinham advogado constituído.
Ao todo, foram expedidos 73 mandados judiciais, sendo 29 de prisão temporária, 8 de condução coercitivas, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e 36 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos, estão dois funcionários públicos federais.
As prisões têm prazo de cinco dias e podem ser prorrogadas pelo mesmo período ou convertidas para preventivas, que é quando os presos ficam detidos por tempo indeterminado.
Investigações apuram repasse irregular de recursos
As investigações apuraram o repasse irregular de recursos mediante pagamentos sistemáticos, fraudulentos e milionários de bolsas a inúmeras pessoas sem vínculos com a universidade no período entre 2013 e 2016, segundo a PF.
Ainda conforme os policiais, há indícios concretos de fraudes em pagamentos de título de auxílio a pesquisadores, bolsas de estudo no país e no exterior a diversas pessoas que não tinham vínculo com a Universidade Federal do Paraná.
As cidades onde os mandados estão sendo cumpridos são CuritibaAlmirante TamandaréSão José dos PinhaisAntoninaFrancisco Beltrão e Ponta Grossa, no Paraná; Rio de Janeiro; e Campo Grande e Maracaju, no Mato Grosso do Sul.
O nome da operação, segundo a PF, é uma referência ao objetivo central das bolsas concedidas pela unidade, destinada a estudos e pesquisas pelos contemplados.
A operação é realizada em parceria com a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União.
O que a UFPR diz 
Em nota, a UFPR disse que as suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios são objeto de investigações internas na UFPR desde dezembro de 2016, quando a própria universidade também tomou a iniciativa de encaminhar o caso à Polícia Federal, para investigação criminal. Veja a íntegra da nota abaixo:
"Diante da operação deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal, a Universidade Federal do Paraná informa:
1.As suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios são objeto de investigações internas na UFPR desde dezembro de 2016, quando a própria universidade também tomou a iniciativa de encaminhar o caso à Polícia Federal, para investigação criminal.
2. Assim que tomou conhecimento da suspeita de desvios de verba pública, em dezembro de 2016, a administração anterior da Reitoria determinou a abertura de sindicância para apurar responsabilidades. O procedimento é conduzido por uma comissão formada por dois professores e uma servidora técnico-administrativa e, por força de lei, corre em sigilo. O prazo para conclusão do trabalho é de 60 dias, prorrogáveis por mais 60. A previsão de término dos trabalhos é meados de abril de 2017.
3. Por determinação do atual reitor, Ricardo Marcelo Fonseca, as duas servidoras suspeitas de envolvimento no caso foram suspensas do exercício de suas atividades funcionais, nos termos da Lei 8112/90.
4. O reitor Ricardo Marcelo Fonseca também determinou a criação do Comitê de Governança de Bolsas e Auxílios, visando aperfeiçoar os mecanismos de controle sobre esse tipo de pagamento. Também está criada, por meio de portaria, uma comissão para trabalhar no Plano de Transparência e de Dados Abertos da Universidade, instrumento para garantir que a sociedade tenha acesso a todas as informações de caráter público.
5.A Universidade Federal do Paraná tomou todas as providências cabíveis para esclarecer os fatos e responsabilizar os eventuais envolvidos. Com o resultado da investigação, a UFPR solicitará a restituição dos valores ao erário.
6. A gestão do reitor Ricardo Marcelo Fonseca reafirma seu compromisso com a transparência e a ética. Reforça ainda que condena veementemente qualquer prática ilícita e que continuará colaborando com as investigações, tanto no âmbito do Tribunal de Contas da União quanto da Polícia Federal".

Fonte: G1