quarta-feira, 31 de agosto de 2016

DISTRITO FEDERAL

Gás de cozinha fica até 21,4% mais caro no DF a partir desta quinta

Aumento considera custo de produção e com pessoal, dizem empresas.
Botijão de gás é mais caro no Plano Piloto; último aumento foi em 2015.


Botijões de gás enfileirados (Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília)Botijões de gás enfileirados (Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília)
O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, vai ficar mais caro a partir desta quinta-feira (1º) em todo o país. No Distrito Federal, a Associação Brasiliense das Empresas de Gás estima um reajuste de R$ 12 a R$ 15 no valor do botijão, que até então era vendido por preços entre R$ 55 e R$ 70, respectivamente. Na prática, o consumidor pode sentir um impacto de até 21,4% no gasto.
Diretora da entidade, Cyntia Moura Santo afirma que o aumento é anual e ocorre sempre em setembro para repassar reajustes no custo de produção e com pessoal, desde as distribuidoras até as revendedoras. De acordo com a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg), as distribuidoras comunicaram um reajuste de 10% em média em todo o país.
O botijão de gás mais barato é encontrado em regiões mais afastadas do centro, comoSamambaia e Recanto das Emas. No Plano Piloto, o gás é mais caro porque o empresário tem um gasto maior para manter o negócio, afirmou Cyntia. O aluguel é mais caro, por exemplo.
"Agora, o consumidor tem que ficar atento para não se deixar enganar por revenda clandestina. Aqui no DF é muito comum", disse. "[O profissional] Tem que entregar nota fiscal, tem que ter veículo identificado, funcionário uniformizado. Até porque coloca em risco a segurança do cliente, que põe um desconhecido em casa, e do seu patrimônio, já que é um produto de alto risco."
Em setembro do ano passado, a Petrobras reajustou os preços do GLP em 15%. Foi o primeiro aumento do preço do gás de cozinha desde dezembro de 2002.
Condenação
Em junho deste ano, o Tribunal de Justiça do DF condenou três empresas distribuidoras de gás de cozinha por formação de cartel. A Liquigás, a Supergasbrás e a Nacional Gás terão de pagar cada uma R$ 250 mil por danos morais coletivos.

O processo corre na Justiça desde 2013. Na decisão, os desembargadores afirmam que as distribuidoras uniformizam preços de venda e revenda do gás de cozinha, gerando prejuízo ao livre direito da concorrência e ao consumidor. No processo, o Ministério Público do DF alegou que as empresas aumentavam o preço em 4,5% para revenda.
Ainda segundo o MP, as três empresas se valeram do poder econômico que detinham para “promover a divisão de seus clientes” e se recusaram a comercializar botijões de gás com revendedores abastecidos por uma distribuidora concorrente. Como provas, a acusação usou interceptações telefônicas que revelam, segundo o MP, a existência de acordo entre as empresas.
Fonte: G1 

POLÍTICA

Lewandowski aceita separar votação de perda de mandato e direitos políticos de Dilma



O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deferiu o requerimento do PT para que ocorram duas votações no processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff.

A primeira para decidir sobre a cassação do mandato presidencial e outra votação que decidirá se Dilma terá ou não os direitos políticos suspensos, por oito anos.

Ouça as argumentações de Lewandowski sobre o assunto na sessão de julgamento do impeachment de Dilma, nesta quarta-feira (31).


Fonte: EBC

POLÍTICA

Rodrigo Maia assume interinamente a presidência com viagem de Temer à China



Momentos após assumir de forma efetiva o cargo de presidente do Brasil, caso se confirme oimpeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, Michel Temer repassará, em caráter interino, o comando do país ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PMDB-RJ).
De acordo com o Planalto, a cerimônia será rápida, protocolar e fechada à imprensa, na Base Aérea de Brasília, pouco antes de Temer embarcar para China, onde participará da reunião da Cúpula de Líderes do G-20, nos dias 4 e 5 de setembro.
Não há até o momento definição sobre o horário da cerimônia, uma vez que depende da conclusão do julgamento no qual o Senado decidirá se a presidenta Dilma perderá ou não o mandato.
Na China, além de participar das reuniões do G-20, Temer pretende se reunir com investidores e participar do encerramento de um seminário previsto para 2 de setembro, em Xangai, do qual participarão empresários brasileiros e investidores chineses. A viagem para a China deve durar cerca de 30 horas.
Nas reuniões com investidores estrangeiros – e nos encontros bilaterais que deverá ter com os líderes da China (Xi Jinping), da Espanha (Mariano Rajoy) e da Itália (Matteo Renzi), além do príncipe da Arábia Saudida (Mohammed Bin Nayef –, Temer pretende sinalizar que o Brasil está retomando sua atividade econômica e, assim, transmitir a ideia de que o país é seguro para receber investimentos.
Nesse sentido, a equipe econômica dispõe de uma lista de projetos que serão concedidos nos próximos meses à iniciativa privada, como rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, para que sejaa apresentada aos empresários.
Os chineses têm especial interesse em investir na infraestrutura brasileira, principalmente em ferrovias para o escoamento de commodities brasileiras com destino àquele país. O interesse chinês abrange, além de estradas de ferros, aviação, petróleo, e obras de metrô, entre outras áreas de negócios.


Fonte: EBC 

POLÍTICA

Senado aprova impeachment e Dilma é afastada definitivamente da Presidência



Por 61 a 20, o plenário do Senado acaba de decidir pelo impeachment de Dilma Rousseff. Não houve abstenção. A posse de Temer ocorrerá às 16h no Senado.
O resultado foi comemorado com aplausos por aliados do presidente interino Michel Temer, que cantaram o Hino Nacional. O resultado foi proclamado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comandou o julgamento do processo no Senado, iniciado na última quinta-feira (25).  
Agora, os senadores irão decidir se Dilma perde os direitos políticos por oito anos.
Fernando Collor, primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, foi o primeiro chefe de governo brasileiro afastado do poder em um processo de impeachment, em 1992. Com Dilma Rousseff, é a segunda vez que um presidente perde o mandato no mesmo tipo de processo.
Dilma fará uma declaração à imprensa. Senadores aliados da petista estão se dirigindo ao Palácio da Alvorada para acompanhar o pronunciamento de Dilma.
Julgamento
A fase final de julgamento começou na última quinta-feira (25) e se arrastou até hoje com a manifestação da própria representada, além da fala de senadores, testemunhas e dos advogados das duas partes. Nesse último dia, o ministro Ricardo Lewandowski leu um relatório resumido elencando provas e os principais argumentos apresentados ao longo do processo pela acusação e defesa. Quatro senadores escolhidos por cada um dos lados – Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pela defesa, e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Ana Amélia (PP-RS), pela acusação – encaminharam a votação que ocorreu de forma nominal, em painel eletrônico.
Histórico
O processo de impeachment começou a tramitar no início de dezembro de 2015, quando o então presidente da Câmara dos Deputados e um dos maiores adversários políticos de Dilma, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou a peça apresentada pelos advogados Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo.
No pedido, os três autores acusaram Dilma de ter cometido crime de responsabilidade fiscal e elencaram fatos de anos anteriores, mas o processo teve andamento apenas com as denúncias relativas a 2015. Na Câmara, a admissibilidade do processo foi aprovada em abril e enviado ao Senado, onde foi analisada por uma comissão especia, onde foi aprovado relatório do senador Antonio Anastasia (PMDB-MG) a favor do afastamento definitivo da presidenta.
Entre as acusações as quais Dilma foi julgada estavam a edição de três decretos de crédito suplementares sem a autorização do Legislativo e em desacordo com a meta fiscal que vigorava na época, e as operações que ficaram conhecidas como pedaladas fiscais, que tratavam-se de atrasos no repasse de recursos do Tesouro aos bancos públicos responsáveis pelo pagamento de benefícios sociais, como o Plano Safra.


Fonte: EBC

POLÍTICA

"Estamos fazendo a história", diz Renan no último dia do julgamento de Dilma



“Raríssimas vezes na vida, podemos dizer, sem sermos pretensiosos, que estamos fazendo a história. Hoje é uma destas escassas ocasiões”. A afirmação abriu o discurso do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no último dia de julgamento da presidenta afastada Dilma Rousseff.
Segundo o senador, como presidente do Senado Federal, cabe a ele dialogar não com as paixões do momento, mas com o perene espírito do tempo. “A democracia não é o melhor regime porque é infalível, mas porque corrige suas próprias imperfeiçoes sobre o mando do único soberano ao qual as democracias se curvam: o povo”.
Ainda segundo Calheiros os senadores podem estar cometendo um erro. “Se errarmos, a democracia nos corrigirá, o povo nos corrigirá" , afirmou.
O senador lembrou ainda que presidiu várias etapas do processo. “Demonstramos à nação o que a política tem de mais elevado. Discordamos sim, cometemos excessos sim. Peço desculpas ao país por qualquer atitude mais contundente ou passional”, disse acrescentando que os senadores ratificaram a política “no mais alto e grandioso nível, com confronto de ideias, posições antagônicas, com ênfase das paixões, com o rompante dos corações”.
Renan lembrou ainda uma forte simbologia da sessão de hoje: “Estão aqui em comunhão os três Poderes da República. Estamos julgando o chefe do poder Executivo (..) e isto tudo transcorre na Câmara mais alta do Poder Legislativo. É a unanimidade dos poderes democráticos que juntos estarão decidindo o destino da nação. É algo mais sólido do que maiorias momentâneas”, destacou.
Renan também aproveitou a fala para enaltecer o que classificou como “invejável sobriedade” demonstrada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comanda o julgamento.


Fonte: EBC 

POLÍTICA

Primeira mulher eleita presidente, Dilma deixa cargo a 2 anos do fim do mandato


Posse de Dilma em 2011
Posse de Dilma em 2011José Cruz/Agência Brasil 
Em 1° de janeiro de 2011, ao assumir o mandato como primeira presidente mulher do Brasil no Congresso Nacional, Dilma citou em seu discurso palavras do escritor mineiro Guimarães Rosa: "A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem".
Cinco anos e meio depois, ela voltou ao cenário em que foi empossada para enfrentar o julgamento do impeachment que a afastou em definitivo do cargo, mais de dois anos antes do fim de seu segundo mandato. Ex-ministra do governo Lula e presa política durante a ditadura militar, Dilma Vana Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947. Filha do imigrante búlgaro Pedro Rousseff e da professora Dilma Jane da Silva, nascida em Resende, no Rio de Janeiro, Dilma tem uma filha, Paula, e dois netos, Gabriel e Guilherme.
Ditadura militar
Dilma Rousseff iniciou os estudos no tradicional colégio de freiras Nossa Senhora de Sion (atual Santa Dorotéia) e fez o ensino médio no Colégio Estadual Central, ambos na capital mineira. 
No ensino médio, em 1964, ela conheceu o primeiro marido, Claudio Galeno, com quem se casou em 1967, ano em que entrou no curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e aderiu ao Comando de Libertação Nacional (Colina), organização que combatia a ditadura e que se fundiu com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), formando a VAR-Palmares.  A VAR-Palmares fez algumas ações armadas contra a ditadura, mas Dilma, que atuava em estratégia e planejamento, não participou de nenhuma delas. Nas campanhas eleitorais, essa passagem de sua vida era muito explorada.
No ano seguinte, ela e o marido passaram a ser perseguidos pelo regime em Minas Gerais, entraram na clandestinidade e acabaram se separando. Na clandestinidade, como mandavam os manuais de segurança, Dilma usou vários codinomes. Chamou-se Luiza, Wanda, Marina, Estela, Maria e Lúcia. Galeno foi para o exílio.
Em 1969, Dilma conheceu o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, com quem se casou e teve a única filha. Juntos, eles foram perseguidos pela ditadura. Condenada por subversão, Dilma passou quase três anos – de 1970 a 1972 – no Presídio Tiradentes, na capital paulista.
Tortura
No discurso dessa segunda-feira (29) em que foi ao Senado apresentar sua defesa no processo de impeachment, Dilma lembrou a perseguição, a prisão e a tortura sofrida durante o regime militar, episódios que sempre citou ao longa da vida pública. "Na luta contra a ditadura, recebi no meu corpo as marcas da tortura. Amarguei por anos o sofrimento da prisão. Vi companheiros e companheiras sendo violentados, e até assassinados", disse.
A jornalista Rose Nogueira, de 70 anos, foi companheira de prisão de Dilma. Presa em novembro de 1969, separada do filho recém-nascido e torturada, Rose foi levada ao Presídio Tiradentes, em São Paulo, onde conheceu Dilma. As duas dividiram a cela com mais 50 presas políticas.
“Dilma chegou com mais duas moças. Ela era mais jovem que eu e logo marcou presença porque estudava muito. Era muito disciplinada e participava de todas as organizações coletivas. Era o único jeito de suportar aquilo ali. Éramos todas muito machucadas, inclusive com lembranças. Dilma chamava a atenção por isso”, lembrou a jornalista.
“Passei só alguns meses com ela. Saí e fiquei em liberdade vigiada por dois anos e pouco. Dilma ficou três anos presa, mas tudo o que a gente discutia, sobretudo política, tudo para ela era o Brasil primeiro. 'Isso é bom para o Brasil?', perguntava.”
Vida política
Livre da prisão, Dilma mudou-se para Porto Alegre em 1973. Fez novo vestibular e retomou os estudos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar como estagiária na Fundação de Economia e Estatística do governo gaúcho. No ano seguinte, deu à luz a filha Paula Rousseff Araújo.
Com o marido Carlos Araújo, participou da fundação do PDT no Rio Grande do Sul e trabalhou na assessoria da bancada estadual do partido entre 1980 e 1985. Em 1986, o então prefeito de Porto Alegre, Alceu Collares, escolheu Dilma para a Secretaria da Fazenda.
Dilma também foi diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, quando participou da campanha de Leonel Brizola pelo PDT ao Palácio do Planalto em 1989 – ano da primeira eleição presidencial direta após a ditadura militar. No segundo turno, foi às ruas defender o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que foi derrotado pelo representante do PRN, Fernando Collor.
No início da década de 1990, Dilma retornou à Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, como presidente da instituição. Em 1993, com a eleição de Alceu Collares para o governo gaúcho tornou-se secretária de Energia, Minas e Comunicação.
Em 1998, iniciou curso de doutorado em Economia na Universidade Estadual de Campinas, mas, já envolvida na campanha sucessória no Rio Grande do Sul, não chegou a defender tese. A aliança entre PDT e PT elegeu Olívio Dutra governador e Dilma ocupou, mais uma vez, a Secretaria de Energia, Minas e Comunicação do estado. Dois anos depois, filiou-se ao PT.
Em 2002, Dilma foi convidada a participar da equipe de transição entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Lula (2003-2010). 
Lula a conheceu no Rio Grande do Sul, como secretária de Minas e Energia do governo de Olívio Dutra. No governo Lula, tornou-se ministra de Minas e Energia.
Entre 2003 e 2005, com a criação do chamado marco regulatório (leis, regulamentos e normas técnicas), comandou uma ampla reformulação no setor. Além disso, presidiu o Conselho de Administração da Petrobras, introduziu o biodiesel na matriz energética brasileira e criou o programa Luz para Todos.
Dilma e Lula em 2009
Dilma e Lula em 2009Arquivo/Agência Brasil
Em 2005, Lula escolheu Dilma para a chefia da Casa Civil. Nesse cargo, ela assumiu o comando de programas estratégicos como o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, e Minha Casa, Minha Vida - chegou a ser chamada de "mãe do PAC".
Ela também coordenou a comissão interministerial encarregada de definir as regras para exploração das reservas de petróleo na camada pré-sal e integrou a Junta Orçamentária do Governo.
O ex-ministro das Cidades e ex-governador gaúcho Olívio Dutra, de 75 anos, que conheceu Dilma na década de 70, quando presidia o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, falou sobre a capacidade técnica de Dilma.
“Dilma tinha um acúmulo de senso crítico, um bom cabedal de informações e conhecimento. Lembro bem que, na época, laptop era coisa rara. Ela foi uma das primeiras pessoas a utilizar muito bem essa ferramenta. Tinha um arquivo considerável, uma avaliação sempre segura.”
Câncer 
Com perfil enérgico e gerencial, Dilma abandonou o ar sisudo ao revelar que estava com câncer linfático, em 2009.  Fez sessões de quimioterapia, perdeu o cabelo e usou peruca por uns tempos. No final daquele ano, os médicos a declararam curada.
Eleição
No dia 3 de abril de 2010, Dilma, que nunca havia disputado um cargo eletivo, deixou a equipe ministerial para se candidatar à Presidência da República pelo PT, com apoio de Lula.
No segundo turno das eleições, em 31 de outubro de 2010, Dilma derrotou o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). Aos 63 anos, Dilma Rousseff foi, então, eleita presidenta da República, com quase 56 milhões de votos. A primeira mulher a presidir o Brasil.
Em 2013, foi considerada pela revista Forbes a segunda mulher mais poderosa do mundo, atrás apenas da chanceler alemã Angela Merkel.
A reeleição, conquistada também em segundo turno, veio em 2014. No dia 25 de outubro daquele ano, com 54.501.118 votos (51,64%), Dilma foi reeleita, derrotando o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que teve 51.041.155 votos (48,36%).
A presidenta Dilma Rousseff chega ao Congresso Nacional onde toma posse no plenário da Câmara dos Deputados, para o segundo mandato (Marcelo camargo/Agência Brasil)
A presidenta Dilma Rousseff assumiu o segundo mandato em 2015Marcelo Camargo/Agência Brasil
Impeachment
Dos mais de 30 pedidos de impeachment da presidenta Dilma Rousseff que chegaram à Câmara dos Deputados no ano passado, o então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu apenas o que foi apresentado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr e Janaína Paschoal, no dia 21 de outubro. A presidenta foi acusada de crime de responsabilidade fiscal e de edição de decretos sem autorização do Legislativo.
Dilma alega inocência, afirmando que não infringiu a lei, e diz que é vítima de um golpeliderado por Eduardo Cunha e Michel Temer, seu vice-presidente, com quem teve uma relação conturbada.
Fernando Collor, primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, foi o primeiro chefe de governo brasileiro afastado do poder em um processo de impeachment.
Com Dilma Rousseff, é a segunda vez que um presidente perde o mandato no mesmo tipo de processo. Aprovado na Câmara e no Senado, o processo entrou na fase de julgamento na última quinta-feira (25). Em maio, ela foi afastada temporariamente da Presidência da República após os senadores acatarem o processo.
Com a saída de Dilma, encerra-se um ciclo de 13 anos de governos petistas.


Fonte: EBC 

POLÍTICA

PT deixa o poder após 13 anos com avanços sociais e economia debilitada



Chega ao fim nesta quarta-feira (31) o julgamento do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no Senado Federal. Com a decisão dos senadores pelo afastamento definitivo da presidenta, também se encerra um período de 13 anos consecutivos em que o Partido dos Trabalhadores esteve no poder no Executivo Federal brasileiro. Eleito por quatro mandatos sucessivos, o PT deixa o protagonismo nacional após consagrar-se como primeiro partido de esquerda a chegar ao poder após a redemocratização do país. Sai de cena com altos índices de desaprovação e marcado por escândalos de corrupção, mas também carrega bons resultados na área social e no combate à desigualdade.
Especialistas analisam aspectos fundamentais da gestão petista no poder e a evolução dos principais indicadores econômicos e sociais do país  de 2003 até 2016. Confira:
Economia
Na avaliação da professora de economia da Fundação Getúlio Vargas, Virena Matesco, o primeiro mandato do governo Lula foi marcado por uma continuidade da política macroeconômica estabelecida por Fernando Henrique Cardoso. O campo foi conduzido inicialmente com base em um tripé, que considerava a meta fiscal, com a Lei de Responsabilidade Fiscal orientando estados, municípios e União a gerar superavit primário, proibindo entes de gastar mais do que é arrecadado no Orçamento. Além da meta fiscal, foram estabelecidas metas para inflação e câmbio flutuante.
Para Virena, a política macroeconômica do último período da gestão petista, sob a gestão de Dilma Rousseff, foi um “desastre”.
“O rompimento do fundamento da economia no governo Dilma, associado a uma política heterodoxa da economia, com o congelamento de preços administrados, que é luz, água, tarifas públicas, combustível, associado ao descontrole nas contas públicas do país, levou o país a um total desastre”, explicou a professora. “Não é uma questão de ideologia, é uma questão de administração”, argumenta.
Entretanto, para o professor do Instituto de Economia, do Centro de Conjuntura da Unicamp, Francisco Luiz Lopreto, a crise que levou à queda do PT no poder foi, em grande parte, produzida pela atuação da própria política brasileira.
“A partir da eleição de Dilma para o segundo mandato, há uma turbulência política que alterou completamente e contaminou todos os indicadores [econômicos] e, em grande medida, tem o reflexo da rixa política que se criou na eleição e isso influenciou diretamente todos os índices porque houve uma suspensão [do governo], as expectativas foram contaminadas”, diz.
Para Lopreto, o PT introduziu uma nova forma de governo no país, chamada de “desenvolvimentista social”, um contraponto à política neoliberal adotada por Fernando Henrique Cardoso nos anos anteriores.
“Dentro desse desenvolvimento social a proposta básica é avançar e isso tem uma presença mais presente do Estado. O Estado não está só preocupado com uma presença de desenvolvimento, mas está mais inclusivo. A sociedade mais inclusiva do que foi a grande parte da história econômica do país. Nesse sentido, a grande questão desse desenvolvimentismo social é a melhoria da distribuição de renda”, avalia.
Índice de Gini
O professor da área de finanças públicas da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Bocaccio Piscitelli aponta que o maior legado da gestão petista foi a ascensão de classes promovidas pelas políticas dos governos petistas. No início do governo, o Índice de Gini, parâmetro internacional para medição de miséria, era de 0,589. Atualmente, o índice está em 0,518. A taxa varia de 0 a 1 e quanto mais próximo a 1, menos distribuição de renda há no país.
“O Brasil é um dos campeões da desigualdade no mundo e nesse período houve uma melhoria, apresentada pelo índice de Gini. Como houve um crescimento, mesmo que moderado da economia, não se pode dizer que alguém saiu perdendo. Houve uma redução e quase eliminação da pobreza. Do ponto de vista econômico, houve uma emergência de classes, rendas mais altas e melhoria de vida com acesso a bens de consumo”, explica.
Salário Mínimo
Segundo Piscitelli, a política de valorização do salário mínimo, com aumento real ou seja, acima da inflação, assegurou o crescimento de renda dos trabalhadores. “A valorização do salário mínimo assegurou o crescimento da renda dessas pessoas na base da pirâmide e elevou o salário dessa classe, que recebe até três salários mínimos. Houve uma enorme valorização do nível de renda desse pessoal e isso foi mais favorecido com a formalização das relações de trabalho, com a formalidade que grande parte de trabalhadores não tinha”.
O economista Francisco Lopreto ressalta que 40 milhões de brasileiros ascenderam de classe. “Esse é o aspecto mais importante da gestão petista. Rompeu a reprodução da miséria do Brasil tradicional”, afirma. No período de 13 anos da gestão PT, o salário mínimo avançou de R$ 240, registrado em 2003, para o valor atual de R$ 888.

Reservas Internacionais
As reservas internacionais são aspectos ressaltados pelos especialistas como ponto forte da gestão petista, que assume o país com um caixa de US$ 38 bilhões. As reservas compõem uma espécie de poupança que blinda a economia, ao garantir que o país honrará seus compromissos com credores nacionais e estrangeiros, mesmo em situações de crise. Dessa forma, o recurso é um instrumento que pode barrar riscos de disparada da dívida pública.
O governo Lula fecha o primeiro mandato com saldo de US$ 85,8 bilhões. Atualmente, as reservas estão avaliadas em US$ 363,4 bilhões. “[As reservas internacionais] são muito benquistas no mundo, tanto ajudam os investidores brasileiros no exterior e sinalizam aos investidores internacionais que temos condições de honrar os compromissos, com isso o risco soberano cai. Não foi por acaso, que vamos ganhar o grau de investimento internacional, ou seja, um país que honra seus compromissos. Depois, com a Dilma nós vamos perder isso”, avalia Virena Matesco.
Produto Interno Bruto
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no início do mandato petista, em 2003, era de 2,7%. O índice ganha corpo nos dois mandatos de Lula, mas retrocede na gestão de Dilma Rousseff, e apesar do ápice de 7,6% em 2010, volta a taxas menores no curso de seu governo. Já no final da gestão, é registrado o menor valor do período, um percentual negativo de -3,8%.
“Nos primeiros dois anos do segundo mandato [Lula], o Brasil estava bem. Em 2009 tem a crise financeira internacional, nós temos uma queda de PIB e o Brasil apresenta uma taxa negativa. Há uma queda livre de PIB. Nós caímos, assim como o mundo inteiro cai. A nossa queda não foi tão desesperadora como em outros países. Nesse momento, o Brasil estava blindado com US$ 206 bilhões em reservas internacionais e foi por isso que o Lula falou que a crise era uma 'marolinha'”, explica a professora da FGV.
Inflação
De acordo com a avaliação de Virena Matesco, a estabilidade econômica da gestão petista foi mantida até 2010, quando o incentivo ao crédito facilitou o acesso ao dinheiro, com mais disponibilidade de recursos para empréstimo e, assim, houve uma disparada da inflação. Para segurar a inflação, o Banco Central aumentou a taxa de juros e o governo segurou preços administrados, como energia elétrica e combustíveis.
“Quando Dilma começa a baixar os juros, sinaliza que não vai dar grande atenção para inflação. Isso é um sinal ruim na formação de expectativas para o mercado. A política fiscal e a política monetária serão expansionistas, com crédito em abundância, passa-se a focar consumo e aumentam gastos do governo. Então vai baixar os juros e a inflação começa a subir. Quado a inflação começa a subir, há o controle de combustível, tarifas urbanas, reajuste de energia. O governo vai combater a inflação congelando preços – começaa ter problemas nas empresas de serviços e bens de utilidade pública. Começa uma sucessão de erros. E já começam umas discussões de corrupção”, diz.
No primeiro mandato da Dilma, a taxa de crescimento cai para 2,7%. A inflação ganha “vida própri”a e não para mais de subir, na avaliação da professora.
Desemprego
Uma das principais bandeiras do governo Dilma, o pleno emprego, acabou se tornando um problema crucial para a gestão petista no final de seu mandato. O índice de desemprego, que chegou a atingir 4,8% em 2014, voltou aos níveis encontrados no início do mandato PT (12,3%, em 2003). A equipe econômica de Dilma Rousseff chegou a adotar medidas para evitar que a crise chegasse ao mercado de trabalhado Apesar dos esforços, em julho deste ano, a taxa de desemprego alcançou 11,6%, atingindo 11,8 milhões de pessoas.

Renda média do trabalhador
Apesar de a remuneração média do trabalhador brasileiro ter aumentando, o crescimento da inflação no último período da gestão petista fez com que a renda perdesse seu potencial de compra. Diferentemente da política de salário mínimo, que prevê aumento anual real na remuneração do trabalhador, a renda média não registrou o mesmo aumento diante da inflação. No início do mandato do presidente Lula, o valor alcançou R$ 1.029,59, segundo apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Em 2014, último ano divulgado, o valor chega a R$ 1.737,13.
Educação
Os programas sociais ganharam força ao longo dos 13 anos de atuação do PT no Executivo Federal para tornar o Brasil em um país “sem miséria”, aumentar a inclusão social e reduzir a desigualdade. A área educacional ganhou protagonismo com programas como o Financiamento Estudantil (Fies), Programa Universidade para Todos (ProUni), Brasil Carinhoso, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), além da atuação política na aprovação de leis importantes para o setor, como a do Piso dos Professores e o Plano Nacional de Educação.
Desde 2016, a educação infantil, para crianças de 4 e 5 anos, é obrigatória no Brasil e o país deve ofertar vagas a todos os que têm essa idade e estão fora da escola. Para cumprir a meta de universalização da pré-escola, que está no Plano Nacional de Educação (PNE), o país tem de incluir 18,6% das crianças nessa faixa etária, segundo o Ministério da Educação (MEC). O índice de estudantes matriculadas no ensino fundamental, de 4 a 17 anos, subiu de 88,9%, em 2003, para 93,6%, em 2016.
“Esse foi um período positivo para educação, mas foram avanços que sempre ficaram aquém da necessidade. É um paradoxo, porque avançamos como nunca nós tínhamos avançado como sociedade e isso teve uma participação fundamental do governo federal, sem excluir a mobilização da sociedade civil. Porém, o governo, por mais difícil que fosse o diálogo, tinha canais estabelecidos. No entanto, diante de todo esse avanço, dessa inovação entre sociedade civil e governo, a realidade é que a gente ficou muito aquém do necessário”, avalia o coordenador geral da Campanha Nacional pela Educação, Daniel Cara.
A presidente executiva do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz também ressalta que os resultados das políticas desenvolvidas pelo governo ainda são “tímidos”. Para ela, esses resultados não apareceram porque a implementação dessas políticas não foi no mesmo patamar. “Em termos de desenho, teve mais acerto do que erro, mas a implementação foi muito ruim”.
“Apesar de a gente ter evoluído muito na política, elas não tiveram resultados esperados. Como exemplo temos o Ciência sem Fronteiras, investimos muito num programa e a execução deixou a desejar. Foi muito recurso, mas um resultado muito questionável.”, diz. “O Fies [Financiamento Estudantil] teve inclusão, mas não teve qualidade. Foi um recurso que as universidades privadas se beneficiaram muito, mas não entregaram a qualidade esperada. Faltou regulação, fiscalização. Mesma coisa o ProUni, avançou muito na matricula, mas o ensino superior não conseguiu avançar muito na qualidade”, avalia.
O ensino médio foi um dos aspectos em que a política educacional petista não conseguiu evoluir como esperado. Nesta etapa, ainda há um deficit de 1,6 milhão de matrículas para que haja a completa universalização de alunos em sala de aula.
Segundo Priscila Cruz, a etapa e tem apresentado resultados declinantes na aprendizagem em matemática, apesar de ter dobrado investimento por aluno. “A gente tem que avançar muito no que se está pensando em políticas de educação para alcançar o ensino médio. Essa etapa é preocupante. Em termo de resultado não tem muito o que comemorar”.
Investimento em Educação
O investimento público total em educação em relação ao Produto Interno Bruto cresceu ao longo da gestão do PT e foi impulsionado pela lei do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb), aprovada em 2007. O valor saiu de 4,6%, em 2003, para 6,2%, em 2014. O investimento por aluno no período saiu de um patamar de R$ 2.213,07, em 2003 para R$ 6.203, em 2014.
“A aprovação da lei do Fundeb foi o primeiro passo para o aumento de recursos na educação e para uma mudança na trajetória, que era ruim no primeiro mandato do governo Lula e, proporcionalmente, praticamente repetia ou ficava um pouco abaixo do investimento feito pelo governo de Fernando Henrique Cardoso”, diz.
Segundo Cara, ainda faltam 500 mil matrículas para universalizar o ensino fundamental. “São crianças não brancas, moradoras das periferias das grandes cidades, quilombolas, indígenas ou crianças com deficiência. Ou seja, o ensino fundamental não foi universalizado porque o Brasil não consegue avançar a ponto de universalizar a matrícula dessa população que vive em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica”.
“Enquanto tiver crianças fora da escola não dá para a gente ficar tranquilo e em uma postura exclusivamente elogiosa dos avanços. É necessário apontar as necessidades porque aquela criança que não teve um processo de escolarização durante a infância, ela não recupera mais. Ela vai ter um prejuízo, por melhor que seja a política de educação de jovens e adultos”, ressalta Cara.
Ensino Superior
A política educacional petista no ensino superior foi marcada pela interiorização das universidades, que deixaram de ser exclusividade das capitais e grandes centros. Em 13 anos, a gestão criou mais 20 universidades públicas federais. Atualmente, 63 universidades estão espalhadas em todos os estados do país. 
De 2003 a 2016, o número de professores doutores no quadro das universidades federais aumentou 189%. Há 13 anos, 20.711 docentes efetivos da carreira do magistério superior tinham doutorado. Hoje, esse número está em 59.658. Neste período, também aumentou o número de mestres e doutores formados no país.


Fonte: EBC 

POLÍTICA

Aliados de Dilma já admitiam impeachment antes de resultado



Primeira a encaminhar a votação, pelo lado da acusação, a senadora Ana Amélia (PP-RS) enalteceu o trabalho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, no comando do julgamento que se estende desde a última quinta-feira (25) e afirmou que o processo chega ao fim mostrando que a Constituição foi respeitada ao longo de toda a tramitação. A gaúcha defendeu o impeachment de Dilma Rousseff e afirmou que o julgamento mostrou que o sistema brasileiro precisa ser mudado.
“A sociedade mudou e fez os políticos agirem e trabalharem de forma diferente", disse. A sociedade foi empoderada pelas redes sociais e não podemos ignorar este fato”, disse. Segundo ela, o país vive “a nova esperança de um novo Brasil e um sistema mais transparente e responsável”, completou.
Dividindo o tempo de cinco minutos com o petista Lindbergh Farias (RJ), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) admitiu a derrota antecipadamente e lamentou, voltando a classificar o processo como golpe para “cassar uma presidente inocente”. “Aqui não há nenhum hipócrita ou ingênuo para saber que ela não cometeu crime. Sem o crime, isso não é impeachment, isso é golpe, não contra Dilma, mas contra o povo brasileiro. [O presidente interino Michel] Temer não tem legitimidade para governar este país”, disse.
Lindbergh Farias, visivelmente emocionado, disse sentir “profunda indignação” com o julgamento que definiu como “farsa, farsa farsa”. Segundo Lindbergh, o processo foi tomado por pretextos e as provas são irrelevantes. “Tem dois tipos de senadores aqui: os que sabem que não houve crime e votam contra o impeachment e os que também sabem que não houve crime e votam, ainda assim, a favor do impeachment”, disse. Ao citar as declarações de Tancredo Neves na sessão que derrubou João Goulart, o senador repetiu: “canalhas! canalhas! canalhas!”, e acrescentou que esta sessão foi anulada pela história.
No contra-ataque, Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que “os verdadeiros canalhas da política brasileira são os que assaltaram a Petrobras, os que tiraram o dinheiro para que o cidadão não tivesse atendimento à saúde, os que deixaram 12 milhões de brasileiros desempregados, os que levaram o Brasil a uma situação crítica”, disse.
Segundo Caiado, o processo deixou algumas lições e a primeira é que um presidente precisa respeitar o Orçamento e “não tratá-lo como peça de ficção. Não avançar no dinheiro público para fazer o populismo, a demagogia e a irresponsabilidade que levou o Brasil para a situação caótica em que se encontra. Estamos vivendo um novo momento, de poder praticar a maior assepsia da politica brasileira para tirar todo o tecido contaminado da politica nacional. Para o ressurgimento da boa política”, disse.


Fonte: EBC 

POLÍTICA

Senadores decidem que Dilma pode exercer função pública



Depois de aprovar a perda do mandato de Dilma Rousseff, o Senado também manteve, por 42 votos a 36, os direitos políticos de Dilma. Com isso, ela pode ocupar cargo público. Foram registradas três abstenções. A votação deste quesito foi feita separadamente a pedido de senadores do PT, que apresentaram o requerimento logo no início do dia e que foi acatado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, mesmo sob protestos de aliados do presidente interino Michel Temer.
Encaminhamentos
A senadora peemedebista Kátia Abreu  (TO) foi a primeira a argumentar contra a perda dos direitos políticos de Dilma Rousseff. Para fundamentar a argumentação, ela leu trecho escrito pelo presidente interino Michel Temer dizendo que as penas "são autônomas e independentes" e não "acessórias".
"É uma pessoa que com certeza pode ser convidada para dar aulas em universidades", disse. "A presidente Dilma precisa continuar trabalhando para poder suprir suas necessidades. Não vote pelas palavras de uma pessoa, mas pela sua consciência e por aquilo que acreditam na personalidade da presidente Dilma", disse.
Na defesa pela perda dos direitos, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou que o Senado não protagonizou uma farsa, como declararam aliados de Dilma. “É um procedimento legítimo, que legitima a decisão que tomamos agora. Aqui não houve golpe”, assegurou. Nunes ainda criticou a comparação feita pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), minutos antes, do atual julgamento com a sessão que declarou a vacância do cargo até então ocupado por João Goulart. “É uma burla a história deste país. Não tem nada a ver. Primeiro porque não houve deliberação do Congresso naquela ocasião. Em segundo porque o Congresso estava sitiado. As únicas desordens hoje em dia são promovidas pelas informações factoides que vive o PT. Pessoas que incendeiam pneus, pessoas que tiveram audácia de dizer que pegaria em armas se o impeachment fosse aprovado”, disse .
Nunes disse que a Constituição deixa claro que a perda do mandato no caso de crime de responsabilidade está associada à perda dos direitos políticos e afirmou que é possível ocupar função pública sem ocupar cargo público. “Além de invocar a letra da Constituição, quero invocar o artigo que trata da perda do mandato com a inabilitação”, pediu.
Sereno, o senador Capiberibe fez um apelo “em nome da conciliação” e do reencontro. “O sectarismo só nos divide mais”, afirmou ao destacar que a política tem que ser uma “atividade conciliadora”. “Não tivemos a capacidade de construir uma alternativa mais consensual. Fomos para o confronto. Mas não podemos esquecer o amanhã. Não basta derrotar? Tem que esmagar?”, disse.
Num tom dramático, Jorge Viana (PT-AC) fez uma analogia com a morte de Tiradentes e afirmou que a votação em duas fases está prevista na Lei do Impeachment (1.079). “Não estamos em Ouro Preto enforcando ninguém e para ter certeza, esquartejando”, disse. Viana disse que Dilma não poderá sequer dar aula em universidades se perder os direitos políticos. “Excessos todos cometemos aqui, mas todos nós, ainda mais num processo delicado como este, vamos ter que seguir convivendo com os outros”, disse.
O líder tucano Cássio Cunha Lima (PB) afirmou que “por trás” da possível manutenção dos direitos políticos há “mais um acordo entre Dilma e [o ex-presidente da Câmara Eduardo] Cunha porque o resultado dessa cassação terá repercussão na votação de Cunha [que vai definir o futuro de seu mandato em sessão agendada para o próximo dia 12]. O que estaremos fazendo é permitir que a presidente Dilma perca seu cargo e amanhã inicie uma campanha Brasil afora”, disse.
Cunha Lima antecedeu o presidente de seu partido, Aécio Neves (MG), que emocionado declarou: “Venceu a democracia, venceu a Constituição, venceu o Brasil”, comemorando o resultado. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu a palavra e antecipou o voto contrário à inabilitação da petista.


Fonte: EBC

POLÍTICA

Impeachment: Saiba como votaram os Senadores de cada estado no julgamento de Dilma


O Senado Federal condenou por 61 votos a 20 votos a presidenta afastada Dilma Rousseff pelos crimes de responsabilidade. A votação no plenário aconteceu nesta quarta-feira (31) e contou com todos os senadores 81 que compõem esta Casa legislativa.
Com a decisão, Dilma será definitivamente afastada de seu cargo. A votação sobre a inelegibilidade por oito anos a partir do fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato, foi feita em separado.
A votação decisiva foi comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. O processo teve fim nove meses após a autorização da abertura do processo pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Dois senadores favoráveis ao impeachment de Dilma e dois contrários tiveram cinco minutos cada para encaminhamento de votação. A votação foi aberta, nominal e por registro eletrônico.
O maior número de votos a favor do impeachment foi registrado nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Já contra sua admissibilidade, as regiões Norte e Nordeste registraram a maioria dos votos. Todos os senadores dos estados de Minas Gerais, Sergipe, Paraíba, Alagoas, Mato Grosso, Santa Catarina, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e do Distrito Fereral votaram pelo impeachment. A maior quantidade de votos contra o impedimento foi somada na Bahia, todos os senadores do estado votaramnão ao impeachment.

Confira como votaram cada estado no Senado:


Fonte: EBC

POLÍTICA

Dilma Rousseff fará declaração depois de perder mandato



Acompanhada de aliados e ex-ministros, a presidenta Dilma Rousseff acompanhou o desfecho de seu processo de impeachment no Senado no Palácio da Alvorada. Ela deve fazer em breve uma declaração à imprensa. Dilma será formalmente notificada sobre o resultado.
Ela não deve responder a perguntas de jornalistas, segundo a assessoria, e focar no enfraquecimento da democracia brasileira após os senadores decidirem pela perda de mandato da presidenta afastada.
Acompanham a votação ao lado de Dilma o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do PT, Rui Falcão. Entraram também no Alvorada diversos deputados petistas e do PCdoB. Ex-ministros da presidenta também estão no local: Miguel Rosetto (Trabalho), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Jaques Wagner (Casa Civil) e Nelson Barbosa (Fazenda).
"A luta vai seguir", disse o deputado e ex-ministro do Esporte Orlando Silva (PCdoB-SP) ao chegar ao Palácio do Alvorada. 
Governadores petistas também vieram a Brasília para prestar solidariedade a Dilma, como o governador do Ceará, Camilo Santana.
Cerca de 200 militantes da CUT e do PT assistem à sessão no Senado por meio de um telão montado em frente ao Alvorada. "A mulher resistiu 6 anos, não é agora que a gente ia abandoná - lá," disse o autônomo Jonas Fantim,  de 35 anos.
Senado cassa mandato de Dilma
Por 61 a 20, o plenário do Senado aprovou o impeachment de Dilma Rousseff. Não houve abstenção. A posse de Michel Temer ocorrerá ainda hoje, quando assumirá definitivamente a Presidência da República.
O resultado foi proclamado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comandou o julgamento do processo no Senado, iniciado na última quinta-feira (25). 
Agora, os senadores irão decidir se Dilma perde os direitos políticos por oito anos.
Fernando Collor, primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, foi o primeiro chefe de governo brasileiro afastado do poder em um processo de impeachment, em 1992. Com Dilma Rousseff, é a segunda vez que um presidente perde o mandato no mesmo tipo de processo.


Fonte: EBC 

POLÍTICA

Michel Temer toma posse às 16h no Senado


Com o impeachment de Dilma Rousseff, aprovado hoje (31) pelo Senado, o presidente interino Michel Temer assume às 16h o cargo definitivamente. A cerimônia ocorrerá no Senado, conforme anunciou o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). 


Fonte: EBC 

FUTEBOL

Palmeiras nega doping de Arouca e compara a caso de corintiano



O Palmeiras contesta a dopagem do volante Arouca. Em entrevista na Academia de Futebol, nesta quarta-feira, o médico do Alviverde, Rubens Sampaio, negou que o medicamento utilizado pelo jogador – hexacetonida de triancinolona, um anti-inflamatório – vá contra as regras da Fifa ou da CBF, e ainda eximiu o DM palmeirense de qualquer culpa.
“Desde ontem surgiu uma notícia que o atleta Arouca teria sido flagrado em exame antidoping após o jogo contra o Internacional, dia 17 de julho, em Porto Alegre. Fomos comunicados ontem pela comissão Antidoping da CBF que o exame mostrou resultado analítico adverso, testou positivo para a classe dos glicocorticoides, a substancia se chama triancinolona. Estamos absolutamente tranquilos em relação ao que causou essa notificação porque temos tudo documentado no prontuário e calcado nos exames de imagem”, disse o doutor.
Após negar a dopagem do atleta, Rubens Sampaio explicou como se deu a utilização do medicamento administrado pelo Departamento Médico do Palmeiras para Arouca. De acordo com o médico palmeirense, a substância utilizada contém glicocorticoides, que podem ser dopantes em algumas ocasiões e em outras não, que é o caso da aplicação intra-articular, segundo o profissional do Verdão.
“O Arouca foi operado do joelho esquerdo no dia 3 de junho por uma lesão de menisco lateral. Voltou a treinar no fim de junho ia jogar no início de julho. Começou a ter um processo inflamatório e no dia 13 de julho, antes do jogo contra o Internacional, tinha um quadro inflamatório importante, foi diagnosticado e documentado com exames de imagem, de ultrassonagrafia. Isso consta do prontuário do atleta. Nesse dia fizemos um procedimento, sedimentado na medicina, que foi uma medicina que é um medicamento chamado Triancil. Na caixa deste medicamento consta uso adulto e intra-articular.”
“É fundamental que o uso intra-articular seja ressaltado, porque os glicocorticoides são considerados dopantes em algumas situações e liberadas em outras. O uso intra-articular é permitido. O atleta está livre de qualquer dolo, o clube agiu de acordo com as regras. Não fizemos que ele levasse qualquer vantagem. É permitido pela Wada, pela Fifa, pela Comissão Antidoping, é um recurso de tratamento. É absolutamente frequente. Ele pode ser utilizado e deve continuar sendo, sem caracterizar nenhum dolo.”

Fonte: Gazeta Esportiva 

FUTEBOL

Jorginho lamenta reação da torcida e liga o sinal de alerta



O técnico Jorginho tinha dois motivos para se mostrar aborrecido durante a entrevista coletiva. Primeiro, pela derrota da equipe para o Vila Nova, mantendo a incômoda sequência sem vitórias da equipe do Vasco no Campeonato Brasileiro da série B. E depois pelas ofensas dirigidas ao treinador por parte da torcida que compareceu ao estádio de São Januário.
Jorginho foi chamado de “burro” durante o jogo e disse tambem ter escutado ofensas aos familiares. O treinador disse que como qualquer ser humano tem sentimentos e não pode ficar feliz quando escuta xingamentos direcionados a sua família.
Em relação ao desempenho da equipe, o comandante cruzmaltino disse entender a preocupação do torcedor com o período sem vitórias, “Entendo que ele também está muito preocupado com o momento que estamos passando agora, deixando que a gordura que nós criamos chegue ao fim”, disse.
Jorginho admite que os desfalques de jogadores importantes como Nenê, Andrezinho, Jorge Henrique e Martín Silva fizeram grande diferença. O treinador reconheceu que o Vasco fez um primeiro tempo muito irregular e melhorou muito na segunda etapa com as substituições feitas no intervalo. Ele fez questão de elogiar o jovem volante Douglas que mostrou muita personalidade e marcou um belo gol.
O técnico vascaíno disse ainda que é hora de ligar o sinal de alerta porque a situação que ainda é cômoda, pode se tornar complicada: “Precisamos estar atentos e os jogadores sabem disso”.
Mas o treinador lembrou que já viveu momentos bem piores desde que chegou ao clube. Por isso, acha que agora é mais fácil sair da fase negativa em que se encontra. “Tivemos momentos em que o torcedor chegou a agredir jogadores, tínhamos que sair do aeroporto escondidos. Hoje a situação está bem melhor pra todos nós”, finalizou.

TÊNIS

Murray estreia com vitória fácil sobre tcheco nos Estados Unidos




Número 2 do ranking mundial, o britânico Andy Murray teve uma estreia tranquila no Aberto dos Estados Unidos. Na noite desta terça-feira, o campeão dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro derrotou o tcheco Lukas Rosol, 81º colocado na lista da ATP, por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/2, em apenas 1h51 de partida, disputada na quadra central Arthur Ashe, localizada no complexo de tênis em Nova York.
Com o resultado, Murray se classificou para enfrentar o espanhol Marcel Granollers, 45º do mundo, que mais cedo vencera o argentino Juan Monaco, 94º, em sets diretos. Campeão do torneio norte-americano em 2012, o britânico venceu seis dos sete duelos que fez com o tenista de Barcelona, sustentando uma invencibilidade desde 2013. Os dois voltarão a ficar frente a frente nesta quinta-feira.
Para despachar Rosol, Murray disparou 11 aces, contra apenas três do adversário da República Tcheca. O vice-líder do ranking mundial ainda conquistou cinco quebras de serviço, enquanto não deixou seu saque ser ameaçado em momento algum. Ainda falhou bem menos que o rival: 17 erros não forçados, 28 a menos que Rosol.
Fechando a rodada desta terça, Ivan Dodig caiu para o ucraniano Illya Marchenko por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/4, 6/7 (4-7) e 7/5. O croata, no entanto, voltará a jogar já na tarde desta quarta-feira. Ao lado do brasileiro Marcelo Melo, duelará contra os norte-americanos Donald Young e Nicholas Monroe, pela primeira rodada do torneio de duplas.
Vencedores de Roland Garros no ano passado, Melo e Dodig formam a parceria cabeça de chave número 2 em Nova York.
Veja os resultados do Aberto dos EUA desta terça-feira:
Grigor Dimitrov (BUL) 3 x 0 Iñigo Cervantes – 6/2, 6/4 e 7/6 (9-7)
Daniel Evans (ING) 3 x 1 Rajeev Ram (EUA) – 6/2, 4/6, 7/5 e 6/1
Kei Nishikori (JAP) 3 x 1 Benjamin Becker (ALE) – 6/1, 6/1, 3/6 e 6/3
Karen Khachanov (RUS) 3 x 1 Thomas Fabbiano (ITA) – 6/3, 6/3, 4/6 e 6/3
Alexander Zverev (ALE) 3 x 1 Daniel Brands (ALE) – 3/6, 6/1, 6/4 e 7/6 (7-4)
Pablo Carreno-Busta (ESP) 3 x 0 Ilya Ivashka (BLR) – 6/0, 7/5 e 6/2
Jeremy Chardy (FRA) 3 x 0 Michael Mmoh (EUA) – 6/4, 6/4 e 6/1
Viktor Troicki (SER) 3 x 2 Radu Albot (MOL) – 5/7, 3/6, 6/4, 6/4 e 7/6 (7-5)
Janko Tipsarevic (SER) 3 x 1 Sam Querrey (EUA) – 7/6 (7-4), 6/7 (7-0), 6/3 e 6/3
Nicolas Mahut (FRA) x Philipp Kohlschreiber (ALE) – 6/3, 7/5 e 1/0 (desistência)
Stan Wawrinka (SUI) 3 x 0 Fernando Verdasco (ESP) – 7/6 (7-4), 6/4 e 6/4
Alessandro Giannessi (ITA) 3 x 2 Denis Kudla (EUA) – 0/6, 6/4, 6/1, 1/6 e 6/0
David Ferrer (ESP) x Alexander Dolgopolov (UCR) – 6/5 (desistência)
Jared Donaldson (EUA) 3 x 1 David Goffin (BEL) – 4/6, 7/5, 6/4 e 6/0
Paul-Henri Mathieu (FRA) 3 x 0 Christian Harrison (EUA) – 6/0, 6/2 e 6/1
João Sousa (POR) 3 x 0 Victor Estrella-Burgos (DOM) – 6/0, 6/1 e 6/1
Feliciano López (ESP) x Borna Coric (CRO) – 3/4 (desistência)
Fabio Fognini (ITA) 3 x 2 Teimuraz Gabashvili (RUS) – 6/7 (11-9), 3/6, 7/6 (7-5), 7/5 e 6/4
Damir Dzumhur (BOS) 3 x 1 Bernard Tomic (AUS) – 6/4, 6/3, 4/6 e 7/6 (7-0)
Horácio Zeballos (ARG) 3 x 0 Florian Mayer (ALE) – 6/3, 6/4 e 7/6 (9-7)
Dominic Thiem (AUT) 3 x 2 John Millman (AUS) – 6/3, 2/3, 5/7, 6/4 e 6/3
Ivo Karlovic (CRO) 3 x 2 Yen-Hsun Lu (TPE) – 4/6, 7/6 (7-4), 6/7 (7-4), 7/6 (7-5) e 7/6
Juan Martín Del Potro (ARG) 3 x 0 Diego Schwartzman (ARG) – 6/4, 6/4 e 7/6 (7-3)
Donald Young (EUA) 3 x 1 Jan Lennard Struff (ALE) – 6/3, 7/5, 4/6 e 7/5
Steve Johnson (EUA) 3 x 2 Evgeny Donskoy (RUS) – 4/6, 1/6, 7/6 (7-2), 6/3 e 6/3
Gilles Simon (FRA) 3 x 0 Radek Stepanek (TCH) – 6/3, 6/1 e 6/4
Marcel Granollers-Pujol (ESP) 3 x 0 Juan Monaco (ARG) – 7/6 (7-5), 7/6 (7-2) e 6/4
Nick Kyrgios (AUS) 3 x 0 Aljaz Bedene (ESV) – 6/4, 6/4 e 6/4
Ricardas Berankis (LIT) 3 x 1 Malek Jaziri (TUN) – 3/6, 7/6 (7-3), 6/4 e 6/2
Paolo Lorenzi (ITA) 3 x 0 Carlos Berlocq (ARG) – 6/4, 6/2 e 6/1
Andy Murray (GBR) 3 x 0 Lukas Rosol (TCH) – 6/3, 6/2 e 6/2
Illya Marchenko (CRO) 3 x 1 Ivan Dodig (CRO) – 6/3, 6/4, 6/7 (4-7) e 7/5

FÓRMULA 1

Vettel vê punições desnecessárias e defende diálogo entre os pilotos



Sebastian Vettel não está satisfeito com a política de punições dos organizadores da Fórmula 1. Segundo o alemão, os responsáveis por analisar as manobras polêmicas deveriam deixar que os próprios pilotos resolvessem suas diferenças durante as práticas e caso algum deles não estiver satisfeito, que recorra às autoridades.
“Você quer ter uma corrida limpa, você não quer estar no tráfego quando começar a volta, especialmente em pistas como Spa, isso é o que todo mundo pensa. Às vezes você está em uma situação onde dois pilotos vão utilizar parte da zebra e é possível que venham conversar por conta do ocorrido. Mas no geral não sou fã disso, penso que eles deveriam nos deixar resolver sozinhos”, disse Vettel.
Durante o treino livre do GP da Bélgica, na última semana, Vettel comentou com sua equipe pelo rádio sobre a atitude inapropriada de Kevin Magnusen. O ferrarista não concordou com a conduta do rival da Renault que, mesmo sem haver disputas na prática do dia, tentou segurá-lo no traçado de Spa.
Apesar das reclamações, Sebastian Vettel conversou com a comissão de julgamento e defendeu Magnussen, dizendo às autoridades que a postura do dinamarquês não chegou a ser tão grave a ponto do adversário ser punido. O piloto da Renault reconheceu o ato do tetracampeão mundial e prometeu evitar mais problemas no restante da temporada.
“Ninguém saiu  da pista e não houve contato, deixei espaço para ele. Ele estava irritado, mas quando nós falamos com as autoridades, ele estava muito calmo. Na verdade ele disse que não achava que aquilo era passível de punição. Foi legal da parte dele ser justo. Garanto que irei melhorar na questão de administrar meus espaços da próxima vez”, comentou Magnussen.