sexta-feira, 12 de agosto de 2016

GOIÁS

Apontado como serial killer diz se arrepender de matar dona de casa

Vigilante Tiago Henrique da Rocha enfrenta o 12º júri popular, em Goiânia.
Ele confessou morte de Lilian Sissi e afirmou que 'estava sem controle'.


Tiago Henrique prestou depoimento durante júri popular e confessou morte de Lilian Sissi, em Goiás (Foto: Vitor Santana/G1)Tiago Henrique confessou morte de Lilian Sissi durante júri popular (Foto: Vitor Santana/G1)
O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 28 anos, apontado como serial killer, confessou durante o 12º júri popular que enfrenta nesta sexta-feira (12), em Goiânia, que matou a dona de casa Lilian Sissi Mesquita e Silva, de 28. Questionado sobre a autoria do crime pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, que preside o julgamento no 1º Tribunal do Júri, o réu disse: "Sim, eu confesso. Fui eu".
Tiago Henrique, que responde por mais de 30 mortes, já foi condenado por 11 homicídios, destacou que estava descontrolado. "Peço desculpas, pois antes não consegui me expressar. Refleti muito e me arrependo. No momento do fato, eu estava sem controle. Eu não sou isso tudo", disse o vigilante.
O vigilante destacou, ainda, que mudou seu comportamento. “Tenho apenas dois desejos agora, que são amar ao Senhor sobre todas as coisas e ao próximo. Eu me submeto à Justiça", afirmou.
Logo após o depoimento do vigilante, o padrasto da vítima, Erinaldo de Sousa, se levantou da plateia, se dirigiu até as proximidades do vigilante, que estava sentado no banco dos réus, e mostrou a camiseta com a foto de Lilian. “Essa aqui a pessoa que você matou. Você destruiu a família e agora vem se mostrar bonzinho", disse.
Erinaldo foi imediatamente repreendido pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, que disse que é proibido fazer manifestação durante o julgamento. "Sofremos durante dois anos e agora ele vem falar isso, se fazer de bom? Ele tem todo direito, e a gente não pode falar nada? Agora, o que espero é que a justiça seja feita", lamentou o padrasto.

O julgamento começou por volta das 8h30 e, por volta das 10h40, estava na fase da tese da acusação, que é feita pelo promotor de Justiça Maurício de Camargos. Ele pede que Tiago Henrique seja condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
"Condenar o Tiago em 20, 30 anos, não vai trazer a Lilian de volta, mas podemos amenizar o sofrimento da família aplicando uma pena justa e necessária para um crime como esse", disse Camargos.
Lílian Sissi Mesquita e Silva, 28 anos, assassinada em Goiânia, Goiás (Foto: Carlos Eduardo Valczak/ Arquivo Pessoal)Lílian Sissi, 28 anos, foi morta com um tiro no peito (Foto: Carlos Eduardo Valczak/ Arquivo Pessoal)
Em seguida será a vez da defesa apresentar sua tese. No início do julgamento, a defensora pública Ludmilla Mendonça explicou qual será estratégia. “Nós defendemos a tese da semi-imputabilidade, que é o fato da pessoa saber o que faz, mas não consegue se portar de maneira diferente. Não pedimos a absolvição, pedimos apenas uma sentença justa”, disse.
Sobre os laudos que atestam que o vigilante não tem problemas mentais, a defesa diz que faltam novas análises. "Existe um laudo, mas a defesa pediu outro exame, mas estranhamente nunca foi feita uma contraprova do laudo que já existe", sustentou Ludmilla.

O julgamento segue ao longo do dia, sem horário previsto para término.
O crime
Lilian foi morta no dia 3 de fevereiro de 2014, quando saiu de casa para buscar os filhos, de 6 e 10 anos, na escola, no Setor Cidade Jardim. Câmeras de segurança de uma empresa flagraram o momento em que ela foi baleada na esquina das ruas Formosa e Buriti Alegre (veja no vídeo abaixo).

As imagens mostram quando um homem chegou em uma motocicleta, desceu e foi em direção à vítima, que estava caminhando. Em seguida, ele disparou uma vez e fugiu pela rua logo em seguida, sem levar nada. A dona de casa morreu no local.
Condenações
Tiago Henrique ficou conhecido como o serial killer de Goiânia por ser apontado como responsável por mais de 30 assassinatos na capital. Preso desde outubro de 2014, em Aparecida de Goiânia, ele também já cumpre pena por roubo e porte ilegal de arma. Ele já foi condenado por 11 homicídios.

Além dos homicídios, a Justiça condenou o réu a 12 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica do Setor Central, na capital goiana.Juntas, as penas do vigilante ultrapassam 200 anos.
Fonte: G1 

NATUREA

Crianças tentam salvar golfinho encalhado em praia na Indonésia

Animal foi parar na praia após forte tempestade com maré cheia.
Apesar da tentativa de resgate, mamífero marinho não resistiu e morreu.

Um golfinho foi encontrado encalhado nesta sexta-feira (12) em uma praia em Cilacap, em Java Central, na Indonésia, após uma forte tempestade com maré cheia. Crianças chegaram a tentar ajudar o mamífero marinho, mas ele não resistiu e morreu.
Crianças tentam ajudar um golfinho que ficou preso à areia de uma praia em Cilacap, em Java Central, Indonésia, após uma forte tempestade com maré cheia (Foto: Idhad Zakaria/Antara/Reuters)Crianças tentam ajudar um golfinho que ficou preso à areia de uma praia em Cilacap (Foto: Idhad Zakaria/Antara/Reuters)

Fonte: G1 

MUNDO

Trump diz que chamar Obama de fundador do EI foi 'sarcasmo'

Republicano fez acusações na quarta-feira em comício na Flórida.
'Barack Obama não é o fundador do EI', respondeu a rival Hillary Clinton.

Donald Trump mais uma vez voltou atrás em uma de suas afirmações e disse que, ao falar que o presidente Barack Obama e Hillary Clinton, candidata democrata à presidência,  fundaram o grupo Estado Islâmico, ele só estava sendo sarcástico.
Trump chamou Obama e Hillary de cofundadores do Estado Islâmico (Foto: Evan Vucci/AP)Trump chamou Obama e Hillary de cofundadores do Estado Islâmico (Foto: Evan Vucci/AP)
Como faz constantemente, o candidato presidencial republicano acusou os meios de comunicação de interpretar errado algo que ele disse.
Neste caso ele atacou a CNN, embora seus comentários sobre o grupo extremista e o presidente tenham sido divulgados por vários outros meios de comunicação.
"Audiência desafiada @CNN noticiou tão seriamente que eu chamo o presidente Obama (e Hillary) de 'fundador' do EI e MVP ('Most Valuable Player'). ELES NÃO ENTENDEM SARCASMO?", escreveu Trump em um tuíte.
O candidato republicano fez estas acusações na quarta-feira, em um comício na Flórida, e as repetiu em entrevistas na quinta-feira.
Ele parecia estar utilizando o argumento de que a retirada das tropas americanas do Iraque sob as ordens de Obama, com Clinton atuando como secretária de Estado, criou um vácuo que permitiu ao grupo Estado Islâmico surgir e se espalhar pelo Iraque e Síria.
Mas Trump não explicou totalmente o que queria dizer.
Ele também disse que considerava Hillary Clinton, sua rival democrata nas eleições presidenciais, a cofundadora do grupo Estado Islâmico.
A equipe de Hillary respondeu na quinta-feira considerando a acusação bizarra.
"Não, Barack Obama não é o fundador do EI", tuitou Hillary, referindo-se ao EI. A candidata também acusou Trump de "desprestigiar" Obama.
"Nunca se deveria permitir que qualquer pessoa que quisesse ir tão baixo, com tanta frequência, fosse nosso comandante-em-chefe", completou.
Trump tende a permanecer firme em suas acusações. No entanto, na semana passada reconheceu um erro, o que é muito raro da parte dele.
O candidato republicano admitiu no dia 5 de agosto que se equivocou a respeito das imagens de vídeo às quais fez referência ao afirmar que Washington pagou 400 milhões de dólares ao Irã a título de resgate.
Em um mea-culpa pouco habitual, Trump disse que se equivocou a propósito das imagens que mencionou durante um comício dias antes em Daytona Beach, Flórida.
O magnata havia citado imagens que mostravam "dinheiro sendo descarregado de um avião", o que, segundo ele, demonstrava que os 400 milhões de dólares em efetivo pagos pelos Estados Unidos eram um resgate para obter a libertação de cinco prisioneiros americanos.
O caso foi energicamente negado pelo Departamento de Estado e o presidente Barack Obama assegurou que o pagamento aconteceu em função de uma antiga disputa comercial, dentro do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano.
A libertação dos cinco americanos em uma troca inédita de prisioneiros aconteceu simultaneamente ao traslado do dinheiro, mas não houve vínculo entre os dois casos, segundo as autoridades americanas.
Em um tuíte no da 5 de agosto, Trump reconheceu que "o avião que vi na televisão era o avião que levava os reféns a Genebra, na Suíça, não o avião que levava os 400 milhões de dólares em efetivo ao Irã!".
No último dia 9, Trump também sugeriu, em um comício, que "as pessoas da Segunda Emenda" - os donos de armas - poderiam impedir que Hillary Clinton de chegar à Presidência.
Não ficou claro a princípio o que Trump quis dizer com essas declarações, mas elas tiveram repercussão imediata na imprensa e nas redes sociais, que expressaram sua preocupação de que Trump estivesse defendendo, de brincadeira ou não, que Hillary ou os juízes pudessem ser baleados.
Na mesma noite, na Fox News, o candidato rejeitou esta interpretação: "a segunda emenda é um movimento forte e poderoso."
Fonte: G1 

MINAS GERAIS

Incêndio na Canastra é controlado; devastação ultrapassa 21 mil hectares

Informações foram repassadas pelo ICMbio; ambientalistas lamentam.
Equipes de brigadistas e bombeiros farão avaliação da área.


Serra da Canastra (Foto: ICMbio/Divulgação)Fogo foi controlado na Serra da Canastra; área destruída ultrapassa 21 mil hectares (Foto: ICMbio/Divulgação)
Após mais de uma semana de combate, o incêndio na Serra da Canastra foi controlado na tarde de quinta-feira (11), segundo informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A assessoria do órgão informou que as chamas devastaram cerca de 21.500 hectares de vegetação nativa. Equipes de brigadistas e bombeiros continuam no local e irão participar de sobrevoo para avaliação na área.
O ICMbio também destacou que o fogo atingiu três locais: próximo ao Rio Santo Antônio, Chapadão da Zagaia e Chapadão da Babilônia, essa última área não regularizada pelo Parque Nacional. A região atingida está entre as cidades de Sacramento, São Roque de Minas, Delfinópolis, São João Batista do Glória e Vargem Bonita.
Em 2015 não foram registrados incêndios de grandes proporções no local. Mas em  2014, o fogo chegou a consumir mais de 40 mil hectares do parque.
Combate
Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Uberaba composta por 15 militares auxiliou no combate desde sexta-feira (5), dando apoio aos mais de 40 brigadistas de Brasília e do Instituto Chico Mendes, além de voluntários. Como os locais não ofereciam nenhuma condição para uso de caminhões-tanque, o combate foi feito com abafadores e os militares usaram viaturas leves como caminhonetes. Houve ainda ajuda de uma aeronave que usou água.
Visitas não foram prejudicadas
De acordo com a Associação de Turismo da Serra da Canastra (Atusca), as visitas ao parque não foram prejudicadas pelas queimadas, pois o incêndio não chegou às portarias III e IV, que dão acesso às principais atrações do local, como a nascente do Rio São Francisco, a cachoeira Casca D’anta e demais cachoeiras do entorno.
Pato Mergulhão Serra da Canastra (Foto: Wilfred Rogers/Arquivo Pessoal)Espécies são ameaçadas por incêndios na região da
Canastra (Foto: Wilfred Rogers/Arquivo Pessoal)
Ambientalistas lamentam prejuízos 
Queimadas frequentes provocam danos irreversíveis tanto na flora quanto na fauna. Na Serra da Canastra habita uma grande diversidade de animais que dependem especificamente do cerrado, como as aves. Há ainda espécies nativas de plantas que deixam de existir por conta do fogo. Cada incêndio trás junto preocupações iminentes de extinção de espécies raras, segundo pesquisadores.
Há cerca de dois anos a bióloga Mariana Vabo realiza um projeto de pesquisa para estudar a dinâmica do fogo sobre as aves para embasar o plano de manejo de queimadas no parque. “Neste caso usamos as aves como indicadores. Com os estudos que temos já concluímos que há vários impactos para essas espécies, sendo um dos maiores esse período de queimadas que ocorre no segundo semestre do ano, pois é justamente o período reprodutivo das mais de 400 espécies de aves encontradas na região. O fogo em proporções descontroladas queima muitos ninhos e isso prejudica totalmente a reprodução dessas aves”, explicou.
Outro fator agravante é que o parque está localizado em uma das poucas áreas brasileiras cuja vegetação predominante é o campo de cerrado e assim existem espécies que são completamente dependentes desse tipo específico de campo.
"Como essa vegetação vem sofrendo queimadas anuais de forma descontrolada, as interferências que já observamos são que as áreas onde já foram queimadas com mais constância, especificamente em locais fora de áreas de preservação, não apresentam mais determinadas espécies. Como exemplo de escassez podemos citar o galito, que é uma ave indicadora de qualidade ambiental, ameaçada de extinção. Também está escasso o  caminheiro grande, o próprio pato mergulhão que vive na água e que portanto é diretamente afetado, pois suas águas dependem dessa vegetação no entorno para estarem preservadas”, detalhou Vabo.
A especialista defende a necessidade urgente de manejo de queimadas no parque, visto que o fogo é proveniente de ação humana, seja proposital ou acidental. “Por esses motivos a gente apoia o manejo, para quando acontecerem as queimadas não tomar proporções catastróficas. É preciso também trabalhar pesado com a educação ambiental nas propriedades particulares e que as pessoas sejam assistidas pelo órgão competente. Dessa forma os aceiros das particulares devem ser feitos nas áreas corretas e nas épocas certas para que não invadam as áreas de preservação ambiental. Que fique claro, ninguém está negando essa cultura do fogo, contudo é preciso que seja controlado”, finalizou.
Lobo-guará na Serra da Canastra (Foto: Joarez May/Divulgação)Lobo-guará é monitorado na Serra da Canastra
(Foto: Joarez May/Divulgação)
Jean Pierre Santos também é biólogo e pesquisador do Instituto Pró-Carnívoros. Ele e uma equipe de especialistas monitoram o lobo-guará na região há quase 20 anos. Segundo ele, os danos causados pelo fogo são devastadores para o animal. Isso porque as chamas consomem toda reserva alimentar do lobo e mata os que não têm condições de fugir das linhas de fogo.
"Os danos são catastróficos porque começam destruindo toda reserva de alimentos como os frutos do cerrado, matam presas desses lobos como os roedores e as aves. Outro péssimo agravante é o período reprodutivo, pois se houver lobos em tocas, esses pequenos animais não têm a destreza de saírem da linha do fogo e acabam sendo vítimas do incêndio”, contou.
Ainda segundo Jean Pierre, os prejuízos ocorrem em cadeia. “É inevitável não sofrer com esses incêndios. Já vi lobo-guará pular faixas de fogo e é de cortar o coração. Além do lobo, o tamanduá-bandeira é o animal que tem o maior prejuízo com essas queimadas, já que ele anda muito devagar, não enxerga muito bem e tem o pelo muito grande. Às vezes eles estão em uma área e tentam se locomover, mas por conta da pouca agilidade o fogo o cerca e é inevitável, acabam morrendo queimados. O que não é diferente para os répteis que também não conseguem fugir ”, explicou.
Turismo
Em entrevista na última quarta-feira (10), Daniela Labonia, diretora da Associação de Turismo da Serra da Canastra (Atusca), informou que o incêndio não tinha prejudicado o turismo no local.  “O turismo continua normal. Há inclusive um movimento intenso de turistas que ainda estão aproveitando as férias. Muitos do Rio de Janeiro, que se deslocaram para cá por conta da Olimpíada. Portanto, todos os passeios continuam normais”, frisou.
prosa canastra (Foto: TV Integração/Reprodução)Um dos pontos de visitação, a Cachoeira Casca D'anta (Foto: TV Integração/Reprodução)
Daniela Labonia ainda destacou que existe uma política de preservação severa nas áreas visitadas do parque a fim de evitar queimadas e qualquer tipo de degradação. Todos os guias são treinados para que passem aos turistas o sentimento de defesa pelo meio ambiente.
“Uma das ações que funciona há bastante tempo na região é a realização dos passeios em carros abertos para que os turistas apreciem e façam as fotografias de dentro do veículo. Isso evita que eles pisem e invadam o campo, ou mesmo joguem bitucas de cigarros na vegetação seca. Estando todos dentro desses veículos abertos fica mais fácil para o guia controlar os visitantes, visto que eles são treinados para isso”, destacou.
“Ressalto que, mesmo não havendo focos nas áreas de acesso aos principais pontos da Canastra, a Associação de Turismo se solidariza e se entristece muito com esses incêndios frequentes, pois somos defensores de todo ecossistema e também sofremos em ver o cerrado, uma vegetação quase extinta, sendo queimada e animais também quase extintos, tendo que fugir do calor ou mesmo morrendo", acrescentou a diretora.

Fonte: G1 

MUNDO


Prefeito proíbe burkinis nas praias de Cannes, no sul da França

Quem for pega com maiôs de corpo inteiro terá que pagar multa.
Para o prefeito, peça é um símbolo do extremismo islâmico.

Mulher islâmica usa um burkini para surfar em praia da Califórnia, nos EUA (Foto: Chris Carlson/AP/Arquivo)Muçulmana usa um burkini para surfar em praia da Califórnia, nos EUA (Foto: Chris Carlson/AP/Arquivo)
O prefeito de Cannes, no sul da França, baniu a utilização nas praias de maiôs de corpo inteiro, conhecidos como burkinis. Ele alega que a peça é um símbolo do extremismo islâmico, de acordo com a BBC. Quem for pega desrespeitando a determinação pagará multa de 38 euros (R$ 133).
“O acesso às praias e para a natação é proibido a qualquer pessoa vestindo roupas impróprias que não respeitem os bons costumes e secularismo”, diz o decreto. Desde que ele foi publicado, no fim de julho, ninguém foi apreendido utilizando a vestimenta.
A proibição não se aplicaria ao véu que algumas mulheres muçulmanas usam nos cabelos. Outros símbolos religiosos, como a kipá (solidéu judaico) e a cruz, são permitidos.
Esta não é a primeira polêmica envolvendo hábitos de vestimenta muçulmanos na França. Em 2011, o país se tornou o primeiro a vetar a burca, que cobre todo o corpo e deixa apenas uma tela na altura dos olhos, e o niqab, véu que deixa apenas os olhos à mostra.
Fonte: G1 

PARANÁ

Advogados pedem revogação de prisão de operador do PMDB

João Augusto Henriques foi condenado em ação da Operação Lava Jato.
Preso desde 2015, defesa diz que ele poderia estar no semiaberto.

João Rezende Henriques fez exame de corpo de delito no IML, em Curitiba, nesta terça-feira  (Foto:  Rodrigo Félix Leal/  Futura Press/ Estadão Conteudo )João Rezende Henriques é réu em ação da 19ª fase da Lava Jato (Foto: Rodrigo Félix Leal/ Futura Press/ Estadão Conteudo )
O lobista João Augusto Rezende Henriques, apontado pela força-tarefa da Operação Lava Jato como o operador de propina do PMDB dentro da Petrobrás, pediu na quinta-feira (11) a revogação da prisão a qual é submetido. Nesta manhã de sexta-feira (12), o juiz Sérgio Moro ainda não havia se manifestado sobre o pedido.
Henriques foi condenado a seis anos e oito meses de prisão por corrupção passiva em ação relacionada à 19ª fase da operação Lava Jato. Ele está detido do Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O lobista também é réu em outra ação da Lava Jato ao lado, por exemplo, de Claudia Cruz, esposa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e do ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Jorge Zelada.

De acordo com os advogados de Henriques, o acusado poderia estar em regime semiaberto, se não fosse a prisão preventiva decretada nesta segunda ação que responde. À época, Moro considerou que Henriques havia dissipado dinheiro em off-shore e poderia fugir.
A Justiça bloqueou aproximadamente US$ 4,5 milhões de Henriques. Na tentativa de revogar a prisão, os advogados afirmaram que o lobista pode, por precaução, disponibilizar o este montante para cautela da Judiciário. Disse também que o único passaporte do investigado encontra-se com a Justiça.
A acusação
João Augusto Rezende Henriques foi preso na 19ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em setembro de 2015. Segundo as investigações, ele era operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras.

À época da prisão, a direção do PMDB afirmou que jamais autorizou ninguém a agir como intermediário, lobista ou operador junto à estatal.

No despacho em que decretou a prisão preventiva, que é por tempo indeterminado, de Henriques, o juiz federal Sérgio Moro relatou que o investigado confirmou pagamento de propina a um agente político, com foro privilegiado, já investigado pela Lava Jato.

Segundo procuradores ligados à investigação, esse agente político é o deputado federalEduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados.
A força-tarefa afirma que Cunha recebeu pelo menos US$ 1,5 milhão em propina na trust Orion SP. A transferência foi feita pela off-shore Acona Internacional, que, conforme a acusação, pertence ao operador João Henriques.

Ele, por sua vez, havia recebido os valores de uma holding proprietária da Compagnie Béninoise des Hydrocarbures (CBH) - a empresa que vendeu 50% de um bloco de campo de exploração de petróleo na costa do Benin para a Petrobras em 2011.
Fonte: G1 

MATO GROSSO

Ibama queima barcos contra pescaria ilegal em terra indígena em MT

Fiscais apreenderam 170 kg de pescado irregular e recolheram materiais.
Operação ocorreu nas T.I Pequizal do Naruvôto e Parque Nacional do Xingu.

Ibama queima barcos contra pescaria ilegal em terra indígena em MT (Foto: Ibama de Barra do Garças)Ibama queima barcos contra pescaria ilegal em terra indígena em MT (Foto: Ibama de Barra do Garças)
Um carregamento de 170 kg de pescado irregular foi apreendido durante uma operação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Polícia Federal entre as cidades de Canarana e Gaúcha do Norte, a 836 e 595 km de Cuiabá. Segundo o Ibama, a operação ocorreu na região do Rio Xingu entre os dias 3 e 5 de agosto e foi divulgada nesta sexta-feira (12).
Foram apreendidos materiais, barcos e objetos ilegais para a prática da pesca. A área abrange as terras indígenas Pequizal do Naruvôto e Parque Nacional do Xingu, e há registros de caça, pesca predatória e o turismo ilegal.
Fiscais apreenderam 170 kg de pescado irregular e recolheram materiais (Foto: Ibama de Barra do Garças)Fiscais apreenderam 170 kg de pescado irregular e recolheram materiais (Foto: Ibama de Barra do Garças)
De acordo com o Ibama, a região é conhecida pela riqueza de peixes e atrai grupos de pescadores provenientes de todo o país, muitos dos quais se rendem a oferta ilegal de empresários locais, por momentos de pesca no interior de áreas proibidas.
Os agentes do Ibama e da Polícia Federal percorreram de barco os rios 07 de Setembro, Culuene e Xingu para apurar denúncias de crimes ambientais em áreas de especial proteção da etnia indígena Calapalo. Foram apreendidos sete barcos e equipamentos de pesca, e realizada a destruição imediata de alguns destes materiais.
Também foram apreendidos duas armas, 10 kg de carne de caça, cinco motores de popa, um gerador de energia e 170 kg de pescado. O responsável de uma das pousadas investigadas alegou que aguarda pagamento de indenização pela criação da Terra Indígena Pequizal do Naruvôto e, por isso, ainda não poderia ser retirado do local.
Foram apreendidos sete barcos e equipamentos de pesca; alguns tiveram a destruição imediata (Foto: Ibama de Barra do Garças)Foram apreendidos sete barcos e equipamentos de pesca; alguns tiveram a destruição imediata (Foto: Ibama de Barra do Garças)
Conforme o Ibama, independente de ser ou não área indígena, o empreendimento já tinha sido embargado em ações anteriores por falta de licença ambiental. Foi constatado o seu funcionamento, a venda de bebidas e alimentos, e peixes capturados com rede. O responsável negou a autoria dos crimes, inclusive o de caça, indicado pelos agentes, mesmo com a equipe localizando a espera de caça em uso, uma paca com marca de tiros e uma espingarda. Desta forma, o mesmo foi autuado por três infrações ambientais e responderá criminalmente.


Fonte: G1 

ECONOMIA

BNDES tem prejuízo de R$ 2,174 bilhões no 1º semestre

É o primeiro prejuízo da instituição desde o 1º semestre de 2003.
No mesmo período do ano passado, banco teve lucro de R$ 3,515 bilhões.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira que assinou acordo para cooperação com o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), dos Brics, juntamente com as instituições de fomento de Rússia, Índia, China e África  (Foto: Reuters)Sede do BNDES. (Foto: Reuters)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve prejuízo líquido de R$ 2,174 bilhões no primeiro semestre, ante lucro de R$ 3,515 bilhões em igual período de 2015, afetado, principalmente, por maiores despesas com provisões (que cobrem possíveis calotes). Esse é o primeio prejuízo da instituição desde o primeiro semestre de 2003, quando as perdas chegaram a R$ 2,4 bilhões.
Tais despesas alcançaram R$ 9,588 bilhões no primeiro semestre, frente R$ 1,635 bilhão um ano antes.
"O aumento das despesas com provisões foi provocado, em grande parte, pela revisão do rating de empresas da carteira do BNDES e pelo impairment de investimentos da carteira de participações societárias em empresas não coligadas", afirmou o banco em comunicado.
De acordo com o BNDES, a despesa com provisão para risco de crédito atingiu R$ 4,438 bilhões no primeiro semestre do ano, contra R$ 480 milhões no mesmo período de 2015 e R$ 988 milhões no segundo semestre do ano passado, "refletindo o cenário econômico brasileiro desfavorável nos primeiros seis meses deste ano".
O índice de inadimplência do BNDES chegou a 1,38% em 30 de junho. No fechamento do segundo semestre de 2015, a taxa era de 0,02%.
No primeiro semestre, a carteira de crédito e repasses do BNDES atingiu R$ 646,924 bilhões, uma redução de R$ 48,454 bilhões (7%) em relação a dezembro de 2015. "O resultado foi influenciado pelo efeito da depreciação do dólar na parcela em moeda estrangeira e pela redução da parcela em moeda nacional, impactada pelo fim do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), em dezembro de 2015."

Fonte: G1

TOCANTINS

Ministério cancela nomeação de chefe do Ibama que ironizou órgão

'Deliciando pernil de Caititu. O medo é aparecer o Ibama', escreveu advogado.
Nomeação havia sido publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira.

Novo superintendente relata ter comido animal silvestre e debocha em publicação nas redes sociais, em 2013 (Foto: Reprodução/Facebook)Novo superintendente relata ter comido animal silvestre e debocha em publicação nas redes sociais, em 2013 (Foto: Reprodução/Facebook)
O Ministério do Meio Ambiente cancelou nesta sexta-feira (12) a nomeação do novo superintendente do Ibama no Tocantins. A decisão foi tomada após vir a público que, em 2013, o indicado ironizou o órgão ao relatar ter comido carne de um animal silvestre.
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, havia nomeado Luciolo Cunha Gomes para o cargo na terça-feira (9). O despacho da nomeação foi publicado na quinta-feira (11) no Diário Oficial da União.
Numa postagem publicada em uma rede social em 2013, Gomes ironizava estar com "medo" de ser flagrado pelo Ibama após comer uma carne de caititu, também conhecido como porco do mato. "Deliciando pernil de Caititu [...] o medo aqui é só aparecer o Ibama", escreveu ele na ocasião.
Com a nomeação, a Associação Nacional de Servidores do Ibama resgatou a publicação e a divulgou na rede social.
"Tá difícil de entender, se o Ministério do Meio Ambiente é para defender o Meio Ambiente, se as suas vinculadas são para executar estas ações, a pergunta que não quer calar é como pode ser nomeado um infrator das normas para Superintendente?", questionou a associação em texto publicado nesta quinta-feira (11).
Procurado, o ministro Sarney Filho disse, por meio da assessoria de imprensa, que os nomes designados para as superintendências estaduais do Ibama são indicações das bancadas parlamentares dos respectivos estados.
"Não aceitaremos, contudo, em nosso quadro funcional, indivíduos que se mostrem incompatíveis com o cargo. No caso do superintendente nomeado para o Tocantins, a incompatibilidade ficou clara e a nomeação foi tornada sem efeito."
O Ministério não informou ainda quem ocupará o cargo.
Legislação
A legislação brasileira restringe a caça de animais silvestres. A lei que trata sobre crimes ambientais trata como crime "matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória" sem permissão, licença ou autorização de autoridade competente. A pena é de detenção de seis meses a um ano e multa.


Fonte: G1 

MUNDO

Rússia mobiliza sistemas antimísseis ultramoderno na Crimeia

Desde quarta (10), Crimeia está no centro de nova escalada de violência.
Anexação é denunciada pela Ucrânia e pelos países ocidentais.


Veículos militares ucranianos vistos em Kiev  (Foto: Gleb Garanich/ Reuters)Veículos militares ucranianos vistos em Kiev (Foto: Gleb Garanich/ Reuters)
A Rússia anunciou nesta sexta-feira (12) a mobilização na Crimeia de seu sistema mais avançado de defesa antiaérea S-400 'Triumph', indicou um comunicado do distrito militar sul da Rússia, citado pelas agências de notícias russas.

O S-400 é um sistema de defesa antiaérea e antimísseis ultramoderno, de um alcance teórico de 400 quilômetros.
O anúncio é feito em um momento em que a região da península ucraniana, anexada por Moscou em 2014, vive um momento de crescente tensão. Desde quarta-feira (10), a Crimeia enfrenta uma nova escalada de violência entre Ucrânia e Rússia.
A Ucrânia colocou na quinta-feira suas tropas em estado de alerta na linha de demarcação com a Crimeia e no leste do país, depois que a Rússia afirmou que havia desmantelado "atentados" planejados por Kiev na península anexada em 2014. A anexação é denunciada pela Ucrânia e pelos países ocidentais.
Os serviços de inteligência russos acusam o governo ucraniano de ter organizado várias incursões de "sabotadores-terroristas" que provocaram confrontos armados e a morte de um agente do FSB (antigo KGB) e de um militar russo, segundo Moscou.
O presidente russo, Vladimir Putin, reuniu na quinta-feira (11) o conselho de segurança russo para abordar "medidas adicionais" com o objetivo de "garantir a segurança dos cidadãos e das infraestruturas vitais da Crimeia", segundo o Kremlin.
A Crimeia conta com várias bases militares e navais russas. Moscou já reforçou sua presença militar na península, sobretudo mobilizando caças.
Além dos instalados em seu território, a Rússia também mobilizou S-400 em sua base aérea de Jmeimim na Síria. Está previsto que outros sejam mobilizados nas principais bases navais da marinha russa, no Extremo Oriente, em Vladivostok e em Viliutchinsk, na região de Kamtchatka.
Fonte: G1

BRASIL

Ministro pede desculpas por ter dito que homem trabalha mais que mulher

Ricardo Barros disse que homem cuida menos da saúde por trabalhar mais.
Fala repercutiu negativamente e foi contestada pela própria filha do ministro.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, divulgou nota nesta sexta-feira (12) para esclarecer a declaração dada por ele nesta quinta de que que os homens vão menos aos serviços de saúde porque trabalham mais que as mulheres.
Segundo a nota (leia a íntegra ao final desta reportagem), divulgada pela assessoria do ministério, ele pede desculpas caso tenha sido mal interpretado.
Nesta quinta, durante anúncio da criação de um plano para aumentar as estatísticas de atendimento a homens na rede pública de saúde do Brasil, Barros afirmou que os homens "trabalham mais", são os "provedores da maioria das famílias", e, por isso, cuidam menos da saúde porque "estão fora trabalhando".
A declaração repercutiu negativamente nas redes sociais e foi contestada, inclusive, pela própria filha do ministro, a deputada estadual Maria Victoria Borghetti Barros (PP-PR).
Na nota, o ministro afirma que se referiu não à jornada de trabalho, mas sim ao número de homens no mercado de trabalho.
"Segundo pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, o IBGE aponta que pessoas de 16 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, por sexo, 53,7 milhões são homens e 39,7 milhões são mulheres", diz a nota.
"Conhecendo o quanto as mulheres trabalham, eu jamais diria que os homens trabalham mais que as mulheres. Quero deixar claro que eu me referia ao número de homens no mercado de trabalho, que ainda é maior", afirmou o ministro na nota.
Durante o texto, o ministro ressalta ainda que as mulheres, além de trabalhar fora, "têm as tarefas de casa, cuidam da família e ainda arrumam tempo para cuidar da saúde".
Nota
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada nesta sexta pela assessoria do Ministério da Saúde.
NOTA À IMPRENSA
Ministro esclarece informação sobre cuidado de saúde dos homens
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, esclarece sua fala durante o lançamento da campanha para sensibilizar os homens no cuidado de sua saúde.
Pede desculpas se foi mal interpretado na frase ao informar que homens trabalham mais. Ele se referia ao número de homens no mercado de trabalho. Segundo pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, o IBGE aponta que pessoas de 16 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, por sexo, 53,7 milhões são homens e 39,7 milhões são mulheres.
Deixa claro, não fez referência à jornada de trabalho, quando, de fato, as mulheres exercem uma segunda ou terceira etapa do dia. “Conhecendo o quanto as mulheres trabalham, eu jamais diria que os homens trabalham mais que as mulheres. Quero deixar claro que eu me referia ao número de homens no mercado de trabalho, que ainda é maior”, explica.
“As mulheres, além de trabalhar fora, tem as tarefas de casa, cuidam da família e ainda arrumam tempo para cuidar da saúde. A campanha que lançamos quer espelhar esse exemplo das mulheres”, afirma.
Nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde apresentou uma pesquisa na qual mostra que quase um terço (31%) dos homens brasileiros não têm o hábito de ir aos serviços de saúde para acompanhar seu estado de saúde e buscar auxílio na prevenção de doenças e na qualidade de vida.
O ministro ainda reforçou que o mote da campanha é mudar a cultura masculina. “Dentro de todas as tarefas diárias, ainda deve ser reservado um tempo para pensar na prevenção de doenças e na melhoria da qualidade de vida. Queremos que os homens aprendam a cuidar da saúde, como as mulheres fazem tão bem”, conclui.
Fonte: BEM ESTAR

PARANÁ

Marisa e filho de Lula decidem se calar em depoimento, e PF lamenta

Além de familiares do ex-presidente, PF intimou empresários e Bumlai.
Força-tarefa investiga propriedade de sítio e suposta ligação com Petrobras.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-primeira-dama, Marisa Letícia (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-primeira-dama, Marisa Letícia (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Marisa Leticia Lula da Silva e Fábio Luis Lula da Silva, esposa e filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informaram que ficarão em silêncio no depoimento à Polícia Federal (PF). Ambos foram intimados a prestar esclarecimentos no inquérito que apura a propriedade de um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo.

A força-tarefa da Operação Lava Jato suspeita que a propriedade seja do ex-presidente e que tenha sido omitida nas declarações de renda. Por outro lado, Lula afirma que ele e a família frequentam o espaço na condição de amigos dos proprietários – os sócio de Fábio Luis Lula da Silva, Jonas Leite Suassuna Filho e Fernando Bittar.
A Polícia Federal caracterizou a decisão como "lamentável". "Apesar de sempre terem alegado estarem a disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos quando intimados, buscam evitar o comparecimento, notadamente diante de tantos fatos a serem esclarecidos", diz o delegado Marcio Anselmo.
Na petição, a defesa de Marisa disse que, “tendo em vista o grande estardalhaço realizado pela imprensa a respeito dos fatos apurados”, a cliente pretende usar o direito constitucional de permanecer em silêncio. Os advogados dizem que, por essa razão, o deslocamento de Marisa a Curitiba, ou outro local, “se mostra inútil”.
A defesa voltou a afirmar que Marisa não é proprietária do imóvel investigado e que não tem conhecimento ou participação da utilização de recursos de origem ilícita relacionados ao sítio de Atibaia.

Assinada na quarta (10), a petição foi protocolada no processo eletrônico da Justiça Federal nesta sexta-feira (12).

Também por meio de petição, os advogados de Fábio Luis Lula da Silva informaram que ele, assim como a mãe Marisa, vai se valer do direito constitucional de permanecer em silêncio.

Além de familiares de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai e os sócios de Fabio Luis Lula também foram intimados para prestar esclarecimentos sobre o sítio.

A defesa de Marisa Letícia e de Fábio Luis Lula da Silva ainda informou que, se ainda assim, o delegado federal Marcio Adriano Anselmo pretender ouvi-los, a situação "incide no caso concreto a proibição legal estabelecida no artigo 206, do Código de Processo Penal".

Conforme o artigo, a testemunha não pode se dispensar da obrigação de depor. Porém, ascendente ou descendente, como cônjuge e filho, podem se recusar a prestar depoimento.

Na petição assinada pelos advogados de Fábio Luis Lula da Silva, eles também negam o fato de o cliente ser o dono do sítio de Atibaia e reafirmam que o filho de Lula não tem conhecimento ou participação da utilização de recursos de origem ilícita relacionados ao sítio de Atibaia.

Laudo descritivo
Também nesta sexta-feira foi anexado um laudo da Polícia Federal com informações sobre as áreas nativa e construída do local.
O sítio é formado por dois terrenos. De acordo com a perícia, a compra ocorreu em agosto e outubro de 2010 no valor de R$ 1,5 milhão, sendo que foi pago por um dos terrenos R$ 500 mil e R$ 1 milhão pelo outro.  O laudo diz que “os peritos consideraram factível o preço negociado de R$ 1,5 milhão”.

Os técnicos consideram que o valor está no intervalo de confiança de R$ 1.106.611,08 a R$ 1.732.787,46. Eles mencionam que a avaliação parte do pressuposto da intenção de venda e que é possível que o imóvel tenha sido negociado com valor acima da média de mercado porque o antigo proprietário não tinha interesse em se desfazer da propriedade. 

“Nessa situação, é possível que o imóvel tenha sido negociado com valor acima da média do mercado, de forma a angariar o interesse do seu antigo proprietário para a venda”, diz trecho do laudo.
O laudo ainda aponta que a parte do sítio que está no nome de Fernando Bittar foi registrada por um valor cerca de R$ 655 mil abaixo da avaliação de mercado. Já a outra parte, correspondente ao que está no nome de Jonas Leite Suassuna Filho, foi registrada por um valor aproximado de R$ 655 mil acima da avaliação de mercado, conforme o laudo assinado por três peritos criminais federais.
Fonte: G1