domingo, 10 de novembro de 2013

Opinião

A internet livre incomoda o governo


Se a doutora Dilma começar uma faxina dos softwares fechados comprados pelo governo, fará um grande serviço, comparável ao do tucano Sérgio Motta.

Misturando ignorância, prepotência e marquetagem, o comissariado meteu-se numa salada de iniciativas que envolvem a liberdade da internet. Produziu ridículos, empulhações, lorotas e, por incrível que pareça, uma boa ideia.

O ridículo: Doutora Dilma propôs que a internet seja colocada sob algum tipo de supervisão da ONU. Se isso acontecer, a ONU criará a ONUNet, que funcionará em Genebra, dirigida por um marroquino, abrindo-se a quinta representação de Pindorama naquela aprazível cidade. ...

A empulhação: o comissariado quer que os provedores de conexões e de aplicações guardem seus dados no Brasil. Disso poderá resultar apenas a criação de cartórios de armazenamento a custos exorbitantes. Acreditar que essa medida conterá a espionagem estrangeira é pura parolagem. Estimula apenas a xeretagem e os controles nacionais. Toda vez que o governo se mete com a internet, há um magano na outra ponta querendo ganhar dinheiro com o atraso tecnológico. Gente que sonha com a boa vida dos anos 80, quando era mais fácil entrar no Brasil com cocaína do que com um computador.

Lorotas: os doutores falam que estão votando um “marco civil para a internet”. De civil, ele não tem nada. É governamental, e inútil.

A boa ideia: no meio dessa salada, ressurgiu a proposta de não se usarem mais softwares fechados como o Windows da Microsoft na rede pública. A Viúva migraria para sistemas abertos, gratuitos, como o Linux. Essa ideia chegou ao Planalto em 2003, quando Lula tomou posse. Foi abatida a tiros pelas conexões comissárias.

Nada do que os doutores estão propondo acontecerá, simplesmente porque a internet é maior que a onipotência de Brasília. Se a doutora Dilma começar uma faxina dos softwares fechados comprados pelo governo, fará um grande serviço, comparável ao do tucano Sérgio Motta, que, nos anos 90, atropelou os teletecas que pretendiam transformar a estatal de telecomunicações num provedor exclusivo de internet.

Os Guinle querem um pedaço de Cumbica

O repórter Juliano Basile revelou que a família Guinle entrou na Justiça buscando uma indenização pelo uso das terras da Fazenda Cumbica, que doou à Viúva em 1940. São 9,7 milhões de metros quadrados onde está hoje o aeroporto internacional de Guarulhos. Coisa de R$ 5 bilhões.

A área foi doada para proteger a segurança nacional durante a Segunda Guerra Mundial, para a construção de uma base aérea. Como agora a propriedade está sendo privatizada, os Guinle querem de volta o seu.

Caberá à Justiça decidir e, de fato, é esquisito a União ganhar um terreno para fazer uma coisa e depois vendê-lo para que outro empresário faça outra. Apesar disso, a guerra acabou em 1945. Os Guinle souberam disso. Segundo seus advogados, a base aérea era necessária diante dos “receios de bombardeios no Brasil (que) se confirmaram de fato, em 1942, com a derrubada de embarcações brasileiras na costa do Atlântico por nazistas”. Devagar. Os navios não foram derrubados, mas afundados por submarinos alemães e italianos, muitos deles longe do litoral brasileiro.

Na mesma época a ditadura do Estado Novo avançou sobre terras da Ilha do Governador, no Rio, onde está hoje o aeroporto do Galeão. Ao contrário do que sucedeu com a propriedade dos Guinle, que foi doada, as do Galeão foram tomadas, abrindo-se um litígio que durou até 2011, quando o Superior Tribunal de Justiça liquidou o pleito dos detentores de precatórios. Eles reclamavam uma indenização de R$ 17 bilhões. A compra e venda desses precatórios, que a essa altura não estavam mais nas mãos dos donos originais das terras, confunde-se com grandes e tenebrosas manobras da plutocracia carioca.

Boa notícia

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afastou-se da maldição do personal elevator. Até algum tempo atrás, o primeiro elevador da esquerda da entrada do monolito da Avenida Paulista era bloqueado quando ele se aproximava do prédio para subir (sem paradas) até o 14º andar.

Candidato ao governo de São Paulo, Skaf passou a usar os elevadores da mesma forma que os outros bípedes.

Personal elevator dá peso.

Humores

O prefeito Fernando Haddad sabe que nunca teve a boa vontade da doutora Dilma, nem quando era ministro da Educação, muito menos depois de ter tentado virar ferrabrás (em Paris) quando começaram as manifestações de julho.

Agora que faz campanha para renegociar a dívida da cidade, trata-se de medir o tamanho da má vontade.

Eremildo, o idiota

Eremildo é um idiota e entende que as polícias exijam que manifestantes mascarados mostrem o rosto. O que o cretino não entende é que policiais escoltem delinquentes presos por corrupção enquanto eles escondem os rostos a caminho do camburão.

O cretino acha razoável que o larápio saia mascarado da delegacia, mas, se quiser ir a uma manifestação contra as roubalheiras de que participou, deverá mostrar o rosto.

Amigo de fé

Roberto Carlos é um “amigo de fé, irmão camarada”. Bloqueou a publicação de dois livros e tentou barrar um trabalho acadêmico sobre a Jovem Guarda. Quando seu projeto de censura virou vinagre, pulou do barco, deixando Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil na frigideira.

Atraso e progresso

Enquanto em Pindorama meia dúzia de artistas quer bloquear a livre publicação de biografias, e o governo quer meter o dedo na liberdade da internet, saiu um grande livro, infelizmente em inglês, que mexe com as duas coisas. É “The everything store: Jeff Bezos and the age of Amazon" (“A loja de tudo: Jeff Bezos e a era da Amazon”), do jornalista Brad Stone.

É uma grande aula de administração de empresas e a biografia de um visionário. Conta como Bezos construiu a maior loja virtual do mundo, quantas besteiras fez e como virou um ícone perseguindo uma só ideia: o poder da rede.

Na parte biográfica, Stone indica que convivem nele um Doctor Jobs e um Mister Eike. Até hoje, felizmente, prevaleceu o lado Jobs. O livro caiu mal em casa, e a mulher de Bezos descascou-o, apontando alguns erros factuais. Ela fez isso na seção de críticas de leitores da Amazon, onde ele é vendido a US$ 10,99 e tem quatro estrelas numa cotação de até cinco.

Para quem está interessado no futuro, Stone mostra que Bezos prepara-se, em silêncio, para entrar no mundo das impressoras em 3-D. Quando essa tecnologia estiver de pé, um sujeito em Imperatriz, no Maranhão, poderá comprar um jogo de pratos de um designer sueco, imprimindo as peças em casa. Fará isso baixando as louças virtuais da Amazon. (Já se fazem revólveres para impressoras 3-D.)

Stone descobriu onde está o pai biológico de Bezos, que deixou a família em 1968, quando o garoto tinha 4 anos. Ele luta pela vida numa loja de bicicletas. Como Steve Jobs, Bezos tambem não quis conversa com o pai.
Fonte: BLOG DO SOMBRA

Opinião

O amor e o desamor por Brasília


Já ouvi dizer que a terra de Brasília é ouro de tolo. Fala-se até em certa maldição, que atinge a quem se atreveu a desbravar o cerrado sem o devido cuidado, atenção e generosidade. Bobagem crer em superstições. Afinal, há algo bem mais palpável nessa história: a terra pública de Brasília sempre foi objeto de ganância. Cada pedacinho desse quadrado, seja em área rural, seja em área urbana, é disputado. Não sem razão, pois muitos enriqueceram plantando prédios, abrindo estradas, fincando cercas onde não deviam, demarcando terrenos que não lhes pertenciam. Tantos ganharam dinheiro, respeitando as leis; muitos outros ganharam ainda mais, passando por cima delas. ...

Os lobbies por mudanças de destinação de área, os planos urbanísticos que tentam destruir o planejamento da capital tombada, a grilagem e, agora, o pagamento de propinas para a concessão de alvarás em tempo recorde são provas do desamor por Brasília. A pretexto de desenvolvê-la, ocupam seus generosos espaços livres para colher benefícios particulares. A Operação Átrio, que começou a tornar público um esquema fraudulento para liberar licenças de empreendimentos comerciais e residenciais em Águas Claras e Taguatinga, é mais um capítulo degradante dessa história.

Colocar um ponto final nessa longa trajetória de desmandos no uso e ocupação do solo em Brasília seria um belo recomeço. Respeitar as leis e ocupar de forma lícita e racional as áreas da capital e suas adjacências seria um motivo a mais para nos orgulharmos de viver aqui. Os moradores esperam ter razões para amar profundamente a sua cidade. Querem a capital das faixas de pedestres, do cinto de segurança, da qualidade de vida. Querem a cidade que vai terminar 2013 com recordes no setor de transplantes, no qual houve inegáveis avanços e reduções nas filas de espera. Querem a Brasília dos ciclistas; do lago despoluído e livre de ameaças; da Esplanada sem a parafernália das propagandas e barracas de lona; do Museu da República com um acervo rico e digno de se visitar.

Todos os dias, nos surpreendemos com um céu esplendoroso, uma vegetação linda, uma gente criativa e uma notícia que nos faz cair o queixo. Não raro, essa notícia é uma paulada na autoestima da capital, que nasceu para ser grande e próspera, mas vive encolhida de vergonha. Não há limite para a ambição de ganhar dinheiro à custa de corrupção. Também não há limite na busca por razões para renovar o amor por Brasília. Tem uma eleição aí na frente. Devemos pensar nisso.
Fonte:  BLOG DO SOMBRA

Produtos de beleza prejudicam saúde das crianças


Produtos de beleza prejudicam saúde das crianças

Uso contínuo de substâncias podem causar alergias graves em menores de 12 anos
 BRASÍLIA (10/11/13) – O avanço do mercado de cosméticos no país tem antecipado, cada vez mais, o uso desses produtos pelas crianças, principalmente as meninas, que já pintam unhas e cabelo e usam maquiagem. A Sociedade Brasileira de Dermatologia tem reiterado a contraindicação do uso frequente dessas substâncias em menores de 12 anos porque podem causar graves problemas de saúde.

Segundo o dermatologista do Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB), André Luís Ferreira Guimarães, o sistema imunológico da criança ainda está em formação e não consegue lidar com algumas substâncias químicas. Tal fator pode causar alergias, dermatites, queimaduras e até câncer.

"Muitos pacientes com esses sintomas procuram o hospital por causa do uso indevido desses produtos. O esmalte, por exemplo, é o maior causador de alergia nas pálpebras, e o alisamento pode provocar dermatites agudas e até o câncer", relatou o especialista.

Com os meninos não é diferente. O uso contínuo do gel e as famosas tatuagens de hena, feitas principalmente no período de férias, são grandes desencadeadores de inflamações na pele.

"Já atendi casos de crianças com queimadura de segundo grau por causa de tatuagem de hena. É muito comum atendermos casos assim", detalhou Guimarães.

Mãe de duas meninas, uma de 4 anos e outra de 7, a técnica administrativa Karina Greco reclama que as filhas querem levar maquiagem para o colégio, mas enfatiza que não deixa, por achar o uso precoce.

"Essa idade é para brincar e não para usar esses produtos. Fico apreensiva porque elas trocam de maquiagem com as amigas e podem pegar alguma doença uma das outras", contou a servidora.

Segundo a psicóloga da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Marina Kohlsdorf, esse tipo de dilema dos pais é comum, já que a vaidade faz parte da construção da autoestima das crianças. Mas ela lembra que, quando isso for exacerbado, pode encurtar a infância e causar dores físicas e psicológicas aos menores.

"Muitas vezes tentamos nos moldar a um padrão de beleza que não é o do brasileiro, mas que é vendido pela mídia - loiro, alto, olho claro, magro, cabelo liso - e acabamos submetendo os nossos filhos a verdadeiros processos de tortura, além de afetarmos a autoestima deles", destacou Marina Kohlsdorf.

A psicóloga explicou também que é muito difícil os pais barrarem toda influência vinda da escola ou da televisão. A solução seria tentar negociar com os filhos e indicar situações ou dias específicos para usar o cosmético, além de estimular a apreciação de vários tipos de beleza.

"Os pais devem criar o contraponto em casa, já que não irão conseguir frear toda influência. Colocar limites ajuda a evitar casos como esses. Outro fator importante é mostrar aos filhos que eles já são bonitos naturalmente e que não precisam mudar", concluiu a profissional.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

Médicos cubanos iniciam atendimento no DF


Médicos cubanos iniciam atendimento no DFFoto: Pedro Ventura
A partir de amanhã (11), 34 profissionais reforçarão as equipes de atenção primária em várias regiões administrativas
 BRASÍLIA (10/11/13) - Após dois meses de intenso treinamento e de reconhecimento de área, 34 profissionais cubanos que integram o programa "Mais Médicos" começam a atuar, amanhã (11), em diversos locais do Distrito Federal com a missão de facilitar o acesso da população aos serviços de saúde.

Os novos médicos integrarão as equipes de Saúde da Família, instrumento da Secretaria de Saúde responsável pela atenção primária de pacientes, que atinge, com esse reforço de pessoal, 60% dos moradores do DF.

Médico há 20 anos, o cubano Ramon Aragon, 44 anos, é um dos profissionais que trabalhará no DF pelos próximos três anos. Para ele, o principal motivo de participar dessa iniciativa do governo é colocar a medicina a serviço dos que mais precisam.

"Esperamos melhorar a situação de saúde do povo brasileiro, já que os indicadores mostram que a situação, de modo geral, não está tão boa. Nossa obrigação, aqui, é levar saúde às pessoas e melhorar a vida delas", disse o médico cubano.

Aragon veio para o Brasil há dois meses juntamente com a esposa, a também médica e integrante do programa Yelina Bacallao, 44 anos. Nesse período, o casal participou de cursos de ambientação, de idioma e conheceu um pouco mais sobre o país e as particularidades de suas enfermidades, como a doença de Chagas e a leishmaniose.

Voltado às causas humanitárias, o casal cubano participou, por seis anos, de missões na Guatemala e na Venezuela e, diante da realidade do DF, elogiou a estrutura dos hospitais e centros de saúde.

De acordo com Yelina, a decisão de vir ao Brasil participar do "Mais Médicos" foi motivada única e exclusivamente pela vontade em ajudar ao próximo. Apaixonada pela profissão, ela deixou três filhos na capital cubana para poder servir aos brasileiros.

"A estrutura que vimos aqui é diferente de outros lugares em que já estivemos, como na Venezuela, onde a situação era precária e não existiam centros de saúde. Essa é uma oportunidade de enriquecer profissionalmente e como pessoa. Nossa missão é chegar aonde nenhum médico chegou", frisou a médica.

EXPERIÊNCIAS – A formação dos médicos cubanos passa pela graduação, com duração de seis anos, seguida de uma especialização. No caso de Aragon e Yelina, essa pós-graduação, de três anos, lhes rendeu os títulos de médicos generalistas, especialidade que trata de diversas enfermidades.

Por terem essa formação –a mesma que a maioria dos médicos cubanos-, esses profissionais podem atuar, de forma segura, em diversas nações e nas mais difíceis situações.

"Já fomos enviados a lugares onde não tínhamos estrutura alguma. Tínhamos apenas o estetoscópio e as mãos. Mesmo assim, não deixamos de examinar e de dar o diagnóstico preciso. Por isso, com toda a certeza e diante da estrutura que temos, estamos prontos para atender a população", destacou Aragon.

MÃO DE OBRA – De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de médicos no país é insuficiente e chega a ser 1,8 profissional para atender grupos de mil habitantes, quantitativo menor que o registrado em outros países da América Latina, como a Argentina (3,2) e Uruguai (3,7).

Ao comparar o Brasil às nações da Europa, por exemplo, a desigualdade cresce de forma expressiva e esse quantitativo quase dobra, como no caso de Portugal, que conta com 3,9 médicos por mil habitantes, e a Espanha, que registra quatro profissionais para cada grupo de mil pessoas.

Conforme acordo estabelecido pelos governos brasileiro e cubano, os repasses de pagamento dos médicos são feitos do Ministério da Saúde para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que intermediará com o governo de Cuba.

Para o médico Aragon, o valor a ser recebido pelos serviços prestados no Brasil é "muito superior ao que é pago em Cuba". Ele destacou que, apesar disso, não foi o incentivo financeiro que o fez trabalhar para o "Mais Médicos".

"Estivemos em lugares em que não tínhamos condições e em que o salário não compensava, tudo pela vontade de ajudar. É importante que as pessoas saibam que vamos trabalhar onde os médicos brasileiros não estão e que o lugar deles está assegurado", acrescentou.

APROVAÇÃO - Apesar de não terem iniciado o atendimento, os médicos cubanos visitaram, na última semana, vários centros de saúde e hospitais regionais do DF para ambientação.

Ao ver que os profissionais estrangeiros conhecem a estrutura da rede pública, a população achou positiva a chegada de reforço médico para o atendimento na atenção primária.

"Tenho crises de asma e sempre uso a rede pública de saúde, mas às vezes é difícil conseguir atendimento. Com a chegada desses médicos, acredito que a saúde só tende a melhorar. Para mim, essa iniciativa está aprovada", disse a dona de casa Maria da Ajuda de Jesus, 38 anos, moradora do Setor O.

Na cidade em que Maria reside, Ceilândia, 12 médicos cubanos passarão a atuar em nove centros de saúde, principalmente nos setores Sol Nascente e Pôr do Sol.

Nas demais regiões administrativas, a quantidade de médicos será a seguinte: dois em Brazlândia, três em Samambaia, dois no Recanto das Emas, três no Gama, um em Santa Maria, dois em Sobradinho, um em Planaltina, três em Taguatinga e três no Guará/Estrutural.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA
Pelo menos duas mortes são confirmadas em acidente com ônibus em Luziânia

Um ônibus com cerca de 50 jovens capotou em uma estrada em Luziânia (GO) na noite desse sábado (10/11). Informações preliminares de testemunhas apontam que o coletivo teria saído de Taguatinga rumo à uma festa rave na Fazenda Falcão, no município goiano. Durante a viagem o motorista perdeu o controle e tombou.

Até o momento as mortes de duas pessoas foram confirmadas. A maioria das vítimas recebeu os cuidados no Hospital de Luziânia. As outras foram para as unidades de saúde do Gama e de Santa Maria. 

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
Lei regulamenta profissão de vaqueiro; profissional terá carteira assinadaO governo terá que criar estratégias para garantir que todos os benefícios trabalhistas previstos sejam cumpridos.


 (Daniel Ferreira/CB/D.A Press 
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Acostumados a receber, como contrapartida pelo trabalho, um lugar para morar e um espaço para plantar, os vaqueiros do Distrito Federal estão, aos poucos, habituando-se aos novos direitos estabelecidos pela lei que regulamenta e reconhece a profissão. Proprietários de fazenda e de agropecuárias também se adequam, mas, para a legislação funcionar na prática, segundo representantes do setor, o governo terá que criar estratégias para garantir que todos os benefícios trabalhistas previstos sejam cumpridos.

Romilton José Machado, presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais do Distrito Federal, considera a medida um avanço, e chama a atenção para a importância da fiscalização e de orientações aos produtores rurais para que a mudança se reflita nas relações de trabalho no campo. “A grande maioria dos vaqueiros não possui carteira assinada, muitos trabalham por diária, alguns em troca de um lugar para morar e um pedaço de terra para plantar. A realidade no campo é muito diferente. A regulamentação só será proveitosa se as relações arcaicas de trabalho forem superadas, e os patrões começarem a assinar a carteira. Hoje, falta muito”, explicou.

Porém, o parágrafo que obrigava o empregador a prover seguro de vida e de acidente a esses trabalhadores, que era considerado pelo setor como o maior avanço previsto no projeto de lei, foi vetado pela presidente. Dilma justificou que essa proposta não leva em consideração a realidade econômica do setor e que poderia onerar de forma excessiva o processo produtivo, principalmente para os pequenos produtores, como o aposentado Fernando Morais de 58 anos.

Laurêncio Neto Almeida de Jesus, 26 anos, é o típico vaqueiro. Tira leite de vaca, alimenta os animais, aplica remédio e ainda ajuda em outros serviços. De acordo com a lei, vaqueiro é o empregado “apto a realizar práticas relacionadas ao trato, ao manejo e à condução de espécies animais”. Entre elas, bois, búfalos, cavalos, mulas, cabras e ovelhas. O texto define também as atividades dos profissionais: fazer ordenha de vacas, alimentar os bichos, preparar e treinar animais para eventos culturais e socioesportivos e auxiliar nos cuidados necessários à reprodução das espécies. Laurêncio é natural de Ruy Barbosa, na Bahia, e está no Distrito Federal há dois anos. Mora com a família na agropecuária em que trabalha, em Planaltina. Está há aproximadamente um ano no emprego. “A lei ajuda muito, me sinto mais seguro, amparado”, explicou.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

Novas emergências oftalmológicas reduzem filas na rede pública de saúde


Novas emergências oftalmológicas reduzem filas na rede pública de saúdeFoto: Divulgação
Hospitais Regionais do Gama e da Asa Norte ganharam, este ano, pronto-atendimento para pacientes com conjuntivite e outros problemas nos olhos
 BRASÍLIA (10/11/13)- Criados neste ano, os serviços de pronto-atendimento em oftalmologia nos hospitais regionais da Asa Norte (HRAN) e do Gama (HRG) receberam 2.071 pessoas até setembro, o que contribuiu para redução do tempo de espera por esse tipo de atendimento na rede pública de saúde.

"Desde a criação de Brasília, as emergências oftalmológicas eram realizadas no Hospital de Base. Há aproximadamente seis anos, o HRT (Taguatinga) também passou a atender. Com o aumento da população, fez-se necessário abrir um novo serviço no HRG (Gama) e no HRAN (Asa Norte)", explicou hoje o coordenador de Oftalmologia da Secretaria de Saúde, Rogério Nóbrega.

No HRAN o serviço teve início no mês passado, e o do HRG foi inaugurado em fevereiro. As duas unidades atendem das 7h às 19h.

No Hospital de Base, o serviço ocorre 24h, todos os dias e, de janeiro a agosto, contabilizou 20.175 atendimentos.

Com funcionamento diário e 24h, a emergência do HRT recebeu 13.884 pacientes no período de janeiro a agosto de 2013.

"Temos um alto padrão de atendimento em oftalmologia na Regional de Taguatinga (e isso) reflete no quantitativo de pacientes que conseguimos atender, diariamente, em nossa unidade", afirmou o coordenador-geral de saúde de Taguatinga, Otávio Augusto de Siqueira.

O objetivo do serviço nos quatro hospitais é atender os casos graves sem filas, pois os pacientes aguardavam até seis horas por uma consulta de emergência antes da descentralização do atendimento.

A diarista Maria Anastácio, 57 anos, sentia dores nos olhos há 45 dias e resolveu procurar o pronto-atendimento do HRG.

"Fiz o exame de fundo de olho e não detectou glaucoma. A médica me orientou a realizar exames mais detalhados no Hospital de Base e retornar com os resultados", contou a paciente, que foi atendida em poucas horas.

O Pronto-Socorro de Oftalmologia atende pacientes que apresentam queimaduras químicas e térmicas, perfurações oculares, conjuntivites, úlceras de córnea, glaucoma agudo, traumas oculares e inflamações intraoculares.

Além disso, são realizados procedimentos cirúrgicos como suturas de córnea, retirada de corpo estranho e transplante de córnea.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

Estilo prático e cordial, enfatiza diferença de Jorge Lafetá e seu antecessor Mauri na Secretaria de Saúde


Jorge Lafetá conversa com servidores do Cridac: novo secretário imprime seu próprio estilo e ritmo de trabalho
Jorge Lafetá conversa com servidores do Cridac: novo secretário imprime seu próprio estilo e ritmo de trabalho
Ao contrário do antecessor, visto como pouco amistoso e de raras palavras, o novo secretário de Estado de Saúde, médico Jorge Lafetá, se mostra simpático e falante. Pelo menos essa é a impressão de diversos servidores que desfrutaram do convívio de Lafetá, em sua primeira semana à frente da SES.

Com a árdua missão de fazer funcionar o setor que é apontado como ‘patinho feito’ do governo Silval Barbosa, o novo titular da SES já vinha atuando na pasta há anos e, desta forma, conhece as nuances de cada problema. O governador Silval Barbosa (PMDB) tem confiança de que ele possui a ‘receita’ para fazer o Sistema Único de Saúde (SUS) funcionar. “Principalmente serviços de inclusão social à pessoa com deficiência”, argumenta.

O ápice da semana aconteceu nesta sexta-feira (08), quando o novo secretário transferiu o seu gabinete para o Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac), um dos segmentos mais problemáticos da pasta. E ele aproveitou para conhecer de perto todos os serviços de atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Houve inclusive um momento de comoção, segundo material da assessoria da SES, quando ele conversou com a dona de casa Antônia Nadir Fath, 66 anos, usuária do sistema. “A dona de casa dividiu com o secretário a satisfação por voltar a ouvir, após mais de quatro anos sem audição”, revela o texto.

Embora seja cardiologista, Jorge Lafetá é concursado para atender pelo SUS em Cuiabá e Várzea Grande, e é considerado profundo conhecedor dos ‘gargalos’ do sistema. “Foi muito importante estar com os servidores do Cridac e o mais gratificante foi conhecer dona Antônio que veio de Querência, a 945 km de distância da Capital, para fazer o seu primeiro teste de audição que deu certo e ela voltou a ouvir”, destacou ele.

Em todas as unidades, Lafetá tem verificado ‘in loco’ as necessidades de infraestrutura do prédio e os locais das instalações dos serviços. Os trabalhos de manutenção e anunciou obras que serão realizados na sede central, ainda este ano.

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Para o Cridac, há expectativa de tratamento preferencial. “Na nova sede vamos ter a capacidade de aumentar a oferta de serviços em várias áreas como na de reabilitação visual, cardiorrespiratório, bexiga neurogênica, fibrose cística e estamos estudando readequações de serviços afim de dar aos servidores e usuários melhores condições nos locais de atendimento”, completa Jorge Lafetá. Está assegurada a retomada das obras da nova sede do Cridac no antigo Hospital São Thomé, no bairro Consil.

Atualmente o Cridac atende cerca de mil usuários por dia que resulta em 2.500 procedimentos. São ofertados servidços de média e alta complexidade área de Fisioterapia, Fonoaldiologia, Terapia Ocupacional, Serviço Social, Enfermagem, Acumputura, Psicopedagogia, Nutrição, Psicologia, Laboratório de Voz, Brinquedoteca, Arteterapia, Atendimento em Grupo, Grupo de atenção a saúde da mama.

E, também, serviços de média e alta complexidade, como prótese e órtese, prótese mamária, impedanciometria, audiometria, prótese auditiva, bera, Eletrocardiograma, Eletroneuromiografia, Eletroencefalograma, Adequação Postural em cadeiras de rodas, Tecnologia Assistida, além das especialidades médicas: Ortopedia, Fisiatria, Otorrinolaringologia, Neurologia, Neuropediatria, Urologia, Cardiologia, Pediatria, Clinica Geral e Anestesista. 
FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

Compete Brasília atendeu mais de 2 mil atletas

Compete Brasília atendeu mais de 2 mil atletasFoto: Divulgação
Competidores interessados devem solicitar por escrito o pedido com 20 dias de antecedência da viagem
 BRASÍLIA (10/11/13) - O ponto de partida é sempre Brasília, mas o destino raramente é o mesmo. Do Rio Grande do Sul a Fortaleza, de Buenos Aires ao Japão, o programa Compete Brasília, da Secretaria de Esporte, já beneficiou mais de 2.200 atletas da capital.

Semanalmente, atletas e comissões técnicas de diversas modalidades vão até a Secretaria de Esporte buscar as passagens para representar Brasília em competições nacionais e no exterior.

É o caso do lutador Juquinha Brites, que com o apoio do programa já viajou, só neste ano, para mais de três destinos.

"Se não fosse esse incentivo, com certeza diversos competidores com condições de disputar grandes campeonatos não iriam viajar por falta de patrocínio. Fica complicado tirar o dinheiro da renda, que é destinado para a família, para financiar as passagens", disse.

Para o secretário de Esporte, Julio Ribeiro, o programa reflete o momento do esporte no DF. "Nós confiamos em nossos atletas e estamos trabalhando no sentido de reforçar os apoios e benefícios para diversas modalidades. É gratificante contribuir para que eles possam buscar seu objetivo e conquistar seus sonhos", ressaltou.

Como participar - Os atletas e paratletas interessados no benefício do Compete Brasília devem ser residentes no Distrito Federal por no mínimo dois anos e estar em situação regular com a Federação Esportiva de sua modalidade.

O atleta deve solicitar por escrito o pedido com 20 dias de antecedência da viagem. No formulário, disponível no site da Secretaria de Esporte, é preciso informar os dados da competição a qual pretende participar e anexar o currículo.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

Hospital de Base proporciona atendimento integral aos pacientes com câncer


Hospital de Base proporciona atendimento integral aos pacientes com câncerFoto: Lula Lopes / Arquivo
Serviço oferece quimioterapia, radioterapia, exames e cirurgias
 BRASÍLIA (10/11/13) – Desde o início do ano, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) oferece um atendimento integral a pacientes do DF com câncer, que inclui diagnósticos, tratamentos e cirurgias para tumores diversos.

"O atendimento da Oncologia do Hospital de Base vem atendendo uma demanda grande de pacientes, e, por isso, buscamos avançar e melhorar cada vez mais para diagnosticar cedo o câncer", afirmou o chefe da Oncologia Clínica, Gustavo Ribas.

De janeiro a agosto deste ano, foram 23.637 procedimentos de radioterapia realizados no hospital. Além do tratamento com medicação, exames e quimioterapias, também são realizadas cirurgias de tumores.

Desde o início do ano até junho, 2.482 pessoas receberam tratamento quimioterápico e 235 cirurgias foram realizadas. Na radioterapia, o número de procedimentos realizados é de 3.011 só no mês de outubro.

São recebidos diariamente na Oncologia Clínica 20 novos pacientes que confirmaram via biópsia a existência de tumores. Na quimioterapia, esse número duplica, pois um total de 40 pacientes recebem diariamente os medicamentos para tratar a doença.

"Em alguns casos, como os tumores de testículos e ovário germinativo (da região onde são produzidas células sexuais), existe a chance de cura. Por isso, queremos alertar a população para a prevenção, o diagnóstico e tratamento precoce", acrescentou Ribas.

SERVIÇO - O atendimento na Oncologia do HBDF é feito no ambulatório de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Para começar o tratamento no hospital, é necessário um parecer médico realizado em outras regionais ou postos de saúde e biópsia que comprovem a doença.

As marcações de consultas, exames e tratamentos são feitos pelo sistema de regulação do hospital, localizado na Divisão de Documentação e Informação, em frente ao estacionamento do Ambulatório Sul. Em casos de cirurgias, a marcação também é feita pela regulação com o pedido médico.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

Adolescente de 17 anos viciado em drogas atira na cabeça do próprio pai

Acusado disse que a vítima teria tentado estuprar a irmã dele há alguns meses


Vítima estava de carro e teria tentado atropelar grupo onde filho estava consumindo drogasDivulgação / PMGO
Um adolescente de 17 anos viciado em drogas atirou na cabeça do próprio pai na noite deste sábado (9) em Formosa (GO), região do Entorno do DF.  
O crime aconteceu por volta das 20h30 na Rua Travessa 11 do bairro São Benedito. O rapaz estava armado e consumindo drogas com alguns colegas na rua quando o pai apareceu de carro e tentou atropelar o grupo por não aceitar esse tipo de conduta por parte do filho. 
Neste momento, o garoto sacou o revólver e disparou contra o pai, que foi atingido na nuca. Os bombeiros foram acionados e prestaram os primeiros socorros no local.  
A vítima, de 41 anos, foi levada em estado grave ao Hospital Municipal de Formosa. O adolescente esteve no Ciops (Centro Integrado de Operações e Segurança) e prestou depoimento.  
Ele relatou ao delegado que tem raiva do pai porque ele teria tentado estuprar a irmã dele há alguns meses. Em seguida, o acusado foi levado para a delegacia especializada e responderá pelos atos infracionais análogos aos crimes de porte ilegal de armas e, inicialmente, tentativa de homicídio. 
FONTE: R7 DF

Quase 30 mil candidatos farão concurso da Polícia Civil neste domingo

Haverá reforço no policiamento dos locais de testes e também nas delegacias


28.472 candidatos se inscreveram no processo seletivo da Polícia CivilDivulgação / GDF
Quase 30 mil candidatos farão o concurso público para Agente de Polícia da Polícia Civil do Distrito Federal, que está marcado para domingo (10), visando o preenchimento de 300 vagas e cadastro reserva de outras 600. As provas serão aplicadas em 11 instituições às 14h.  
No total, 28.472 candidatos se inscreveram no processo seletivo, e para garantir a lisura e o bom andamento do concurso, a Polícia Civil adotará várias ações de segurança, entre elas, o reforço dos plantões da 1ª DP (Asa Sul) e da 2ª DP (Asa Norte), além do emprego de policiais na escolta das provas.  
Ainda para evitar qualquer tipo de fraude, a Polícia Civil realizará procedimentos de detecção de sinais de dados e radiofrequência nos locais de realização das provas. Papiloscopistas também estarão nos locais de prova para sanar possíveis dúvidas quanto à identificação de candidatos.  
O candidato deverá comparecer ao local designado para a realização das provas com antecedência mínima de uma hora do horário fixado para o início.  
Os candidatos devem levar somente caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, comprovante de inscrição ou comprovante de pagamento da taxa de inscrição, além do documento de identidade original.
FONTE: R7 DF

Após desativação, área de Lixão do DF levará 30 anos para ser recuperada

Durante esse período, local não poderá receber atividades humanas, diz especialista


Área ocupada por Lixão da Estrutural pode demorar 30 anos para ser recuperada, após construção de aterro sanitário que receberá o lixo do DFPedro Ventura / GDF
Após o encerramento do Lixão da Estrutural, a área de 174 hectares que ele ocupa pode levar até 30 anos para ser recuperada, de acordo com a Semarh (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal). No entanto, para encerrar as atividades, é necessária a criação de um aterro sanitário no DF, que ainda não saiu do papel.  
O subsecretário de políticas de resíduos sólidos da Semarh, Paulo Celso dos Reis,  diz que há duas possibilidades de recuperação e aproveitamento do espaço onde funciona o lixão após a desativação.    
Uma delas, mais convencional, é parar de despejar o lixo no local e continuar a coletar gases e chorume, que é o resíduo da decomposição de lixo enterrado, até 30 anos após a desativação.  Pela legislação brasileira, após esse período, o local poderá ser utilizado somente para a construção de um parque. A lei proíbe qualquer tipo de edificação em cima do antigo lixão.  
Outro processo de recuperação possível é o de mineração, isto é, a retirada de todo o material descartado do local e reaproveitá-lo o máximo possível. Ao final, sobra cerca de 10% de rejeitos inutilizáveis que serão levados para o aterro sanitário.  
— A Secretaria de Meio ambiente defende a mineração, porque após passar por esse processo, a área pode ser utilizada para qualquer fim, inclusive para edificações.  
O professor do Núcleo de Estudos Ambientais da UnB (Universidade de Brasília), Gustavo Souto Maior, explica que durante os 30 anos de recuperação do lixão , o local não poderá receber atividades humanas, porque além do chorume há toneladas de gás metano infiltrado no solo.  
— Recentemente, em uma escola que foi construída pelo GDF (Governo do Distrito Federal) em cima de uma área que já foi do lixão, na Estrutural, as crianças começaram a sentir cheiro forte de gás e passaram mal. Então não pode ter ocupação humana em cima de uma área dessa.   
De acordo com o professor, outra questão importante após a desativação do lixão é garantir emprego para as pessoas que sobrevivem do lixo no local.  
— Quando o lixão for encerrado, surgirá um grande problema social, já que mais de 1,5 mil catadores que sobrevivem de catar o lixo reciclável. Esse pessoal vai fazer o que da vida?  
O subsecretário da Semarh diz que no aterro sanitário, que o GDF pretende construir em Samambaia (DF), não será permitida a entrada de catadores. Segundo ele, o governo planeja fazer a coleta seletiva do lixo e construir centros de triagem do material reciclável que empreguem os catadores.  
— Há um comitê intersetorial de inclusão socioprodutiva dos catadores para evitar que haja prejuízo a eles. Nossa expectativa é de que até o meio do ano que vem, pelo menos oito de 12 centros de triagem sejam construídos.  
O líder da Coorace (Cooperativa de Reciclagem Ambiental da Cidade Estrutural), Joel Carneiro, vê com certa desconfiança algumas promessas do governo, mas está otimista em relação aos centros triagem que, segundo ele, são reivindicação antiga dos catadores.   
— É comum que eles nos enrolem, fazendo promessas de campanha política, mas acho que os catadores serão empregados, sim.   
Carneiro, que trabalha no local há 20 anos, diz que as condições de trabalho dos catadores no lixão são péssimas, já que passam grande parte do tempo exposto ao sol, chuva e lama.  
— Às vezes as pessoas passam mal, tem problemas nos olhos, na coluna, de respiração. Ainda não sabemos os efeitos que teremos a longo prazo por trabalhar desse jeito.
FONTE: R7 DF

Apenas 2% do lixo produzido no Distrito Federal é reciclado

Falta de coleta seletiva é o principal motivo do não aproveitamento dos resíduos sólidos


Governo promete construir centros de triagem de material reciclável para empregar catadores que trabalham no Lixão da EstruturalJosé Cruz/ABr
Apenas 2% das nove toneladas de lixo descartadas diariamente no Distrito Federal são reciclados. A informação é da Semarh (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do DF).   
O principal motivo de o lixo ser tão pouco reaproveitado é a falta de coleta seletiva no DF. A operação do serviço, ao lado da criação de um aterro sanitário, é promessa do GDF (Governo do Distrito Federal) para o final deste ano.  
O subsecretário de políticas de resíduos sólidos da Semarh, Paulo Celso dos Reis, diz que a empresa que fará a coleta seletiva no DF deve ser contratada no início de dezembro de 2013. A partir dessa data, a companhia terá 45 dias para começar o trabalho. Paulo Celso diz que em dezembro alguns setores do DF já contarão com o serviço e todo o DF será atendido até meados de fevereiro. 
Hoje, os principais agentes de reciclagem no DF são os catadores que trabalham no Lixão da Estrutural.  O subsecretário diz que quando o aterro sanitário for construído não será permitida a entrada de catadores. Segundo ele, além da coleta seletiva, o governo planeja construir centros de triagem do material reciclável que empreguem os catadores.  
— Há um comitê intersetorial de inclusão socioprodutiva dos catadores para evitar que haja prejuízo a eles. Nossa expectativa é de que até o meio do ano que vem, pelo menos oito de 12 centros de triagem sejam construídos.  
Para o professor do Núcleo de Estudos Ambientais da UnB (Universidade de Brasília), Gustavo Souto Maior, a falta de coleta seletiva gera risco para os catadores e até para os moradores da Estrutural (DF). O especialista chama atenção para o perigo de contaminação de doenças, devido ao descarte inadequado de lixo no local.   
— Eu já fui lá e vi lixo hospitalar, restos de seringa, soro. Aí de repente um catador ou uma criança que esteja brincando lá podem ser perfurados por um objeto desses e serem contaminados por uma doença gravíssima.   
Além da reciclagem, ele diz que também é importante que o governo incentive a redução do consumo, para diminuir a quantidade de lixo produzido diariamente, que em uma cidade com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) alto como Brasília, chega a cerca de um quilo por habitante.  
—É importantíssimo que a gente reduza essa quantidade. E não vemos campanha na área educativa para sensibilizar as pessoas a reduzir o seu lixo.  Como vivemos nessa sociedade de consumo, onde tudo é descartável, isso é muito difícil.
FONTE: R7 DF

Maior lixão da América Latina fica a 15 km do Palácio do Planalto

Depósito inadequado de lixo oferece riscos à maior unidade de conservação ambiental do DF


Com 174 hectares e 30 milhões de toneladas de dejetos, Lixão da Estrutural ameça Parque Nacional de BrasíliaFred Leão / R7
A 15 quilômetros do Palácio do Planalto, a capital do País abriga o maior lixão a céu aberto da América Latina. Com 174 hectares, e 30 milhões de toneladas de lixo acumulado, o Lixão da Estrutural não suporta mais receber dejetos e deveria ter sido desativado em 1997, por determinação judicial. 

Apesar disso, nove mil toneladas de lixo ainda são despejadas diariamente no local. Desse total, 70% são restos de construções civis e 30% de lixo residencial e comercial. Para o professor do Núcleo de Estudos Ambientais da UnB (Universidade de Brasília), Gustavo Souto Maior, o lixão é uma vergonha.
— Essa é a maior vergonha ambiental da capital da República, que ostenta o título de patrimônio cultural da humanidade, e que até hoje não conseguiu dar o exemplo para o resto do país, resolvendo essa questão da gestão do seu lixo.  
O professor também chama atenção para a localização do lixão, que faz divisa com o Parque Nacional de Brasília, a mais importante unidade de conservação ambiental do DF. Segundo ele, na reserva é captada a água que abastece mais de 20% da população do DF.  
Entre os riscos que o lixão oferece ao parque está a contaminação do solo por chorume, o resíduo da decomposição biológica do lixo, cem vezes mais poluente que o esgoto doméstico, que não é tratado. Além disso, também há perigo de incêndio florestal causado de alguma fagulha de fogo que as pessoas costumam colocar no lixo.  
De acordo com o professor, o lixão também impacta o parque porque atrai muitos cachorros que vão atrás de alimentos e acabam migrando para a unidade de conservação.  
— Eles invadem a área de preservação e se tornam cães selvagens que andam em grupo e começam a ser predadores da fauna nativa do parque.  
Gustavo Souto Maior diz ainda que Brasília não vai conseguir cumprir a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, que determina que todos os lixões do Brasil sejam erradicados até 2014.  
— Isso é impossível de cumprir. Vai jogar o lixo onde? Não há aterro.  
Prometido há anos, o GDF (Governo do Distrito Federal) garante que a unidade da federação se adequará à lei no prazo previsto (até agosto de 2014), e que um aterro sanitário começará a ser operado em Samambaia (DF). O subsecretário de políticas de resíduos sólidos da Semarh (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hidricos), Paulo Celso dos Reis, diz que até meados de dezembro deste ano será escolhida a empresa que vai operar o aterro por meio da licitação que foi liberada pelo TCDF (Tribunal de Contas do Distrito Federal) no último dia 24 de outubro.  
— Para abrir a célula e operar o aterro, a empresa deve levar um prazo de três a cinco meses.  
O subsecretário afirmou ainda que  algumas etapas da construção do aterro já foram realizadas, como a construção das vias que darão acesso ao local. Segundo ele, a rede de drenagem de águas pluviais também já está pronta.
 FONTE: R7 DF