PPCUB
GDF quer mais lotes na orla
PPCUB. Terrenos poderão ser fracionados em até 15 mil metros quadrados, o que ampliará o número de construções na área
Urbanistas consideram que haverá prejuízo para escala bucólica | RICARDO MARQUES/METRO BRASÍLIA |
O GDF planeja aumentar a ocupação da orla do Lago Paranoá. Para tanto, os lotes atuais dos setores de clubes Sul e Norte e do Setor de Hotéis de Turismo poderão ser fracionados em até 15 mil metros quadrados. ...
A proposta que está sendo analisada pela Câmara Legislativa do DF é até mais agressiva do que a que foi indicada pela empresa RS Projetos, contratada pelo GDF em 2009 para a elaboração do PPCUB. A RS Projetos havia sugerido fracionamentos de até 25 mil metros quadrados -ou seja, o limite estipulado era 40% maior do que aquele que está indicado no projeto de lei em discussão na Câmara.
“A ocupação da orla foi um dos principais pontos de atrito entre nós e o governo,. Como o PL está redigido há ameaça para a escala bucólica pensada por Lucio Costa”, aponta Decio Rigatti, professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, urbanista que trabalhou como consultor para a RS Projetos na elaboração da minuta do PPCUB. O contrato da consultoria com o GDF foi suspenso no final de dezembro.
A arquiteta e urbanista Vera Ramos, do Instituto Histórico e Geográfico do DF, teme que o fracionamento cause prejuízos ao projeto original. “A característica da escala bucólica é a baixa densidade de ocupação, a proposta intensifica o uso do solo, isso pode ser prejudicial”, afirma Vera Ramos.
A Sedhab (Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano) defende que o fracionamento promoverá uma melhor utilização da orla do Paranoá. De acordo com o governo, a escala bucólica não corre perigo, porque os parâmetros construtivos serão os mesmos em vigor hoje. “Há vários terrenos subutilizados, queremos dar melhor uso para eles, democratizando o acesso ao lago”, afirma a diretora da área de preservação do conjunto urbanístico de Brasília, Rejane Jung Vianna.
Por Érica Montenegro
A proposta que está sendo analisada pela Câmara Legislativa do DF é até mais agressiva do que a que foi indicada pela empresa RS Projetos, contratada pelo GDF em 2009 para a elaboração do PPCUB. A RS Projetos havia sugerido fracionamentos de até 25 mil metros quadrados -ou seja, o limite estipulado era 40% maior do que aquele que está indicado no projeto de lei em discussão na Câmara.
A arquiteta e urbanista Vera Ramos, do Instituto Histórico e Geográfico do DF, teme que o fracionamento cause prejuízos ao projeto original. “A característica da escala bucólica é a baixa densidade de ocupação, a proposta intensifica o uso do solo, isso pode ser prejudicial”, afirma Vera Ramos.
A Sedhab (Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano) defende que o fracionamento promoverá uma melhor utilização da orla do Paranoá. De acordo com o governo, a escala bucólica não corre perigo, porque os parâmetros construtivos serão os mesmos em vigor hoje. “Há vários terrenos subutilizados, queremos dar melhor uso para eles, democratizando o acesso ao lago”, afirma a diretora da área de preservação do conjunto urbanístico de Brasília, Rejane Jung Vianna.
Por Érica Montenegro