domingo, 20 de outubro de 2013

STF OMITE DESPESAS COM PASSAGENS AÉREAS, REFORMAS E DIÁRIAS
DECISÃO FOI TOMADA APÓS DIVULGAÇÃO DE GASTOS COM VIAGENS, REFORMAS E DIÁRIAS

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Depois que gastos com viagens, reformas e diárias foram revelados pela imprensa, o Supremo Tribunal Federal (STF) recuou e tirou do site informações sobre despesas com passagens aéreas usadas pelos ministros e passou a fazer triagens sobre o que pode ou não ser divulgado por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
O tribunal alega que ainda não regulamentou o cumprimento da Lei, mesmo estando a legislação em vigor há praticamente um ano e meio. A regulamentação dependeria da Comissão de Regimento do tribunal. Não há previsão de quando a comissão se reunirá para tratar do assunto.
O argumento passou a ser usado depois que o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, por exemplo, que ministros usaram passagens para viajar ao exterior acompanhado das mulheres, como o vice-presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, inclusive durante o recesso de fim de ano. Os dados mostravam também que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, viajava com passagem do tribunal mesmo estando de licença médica.
As informações estavam disponíveis no site do tribunal. E foram retiradas depois da publicação, sob o argumento de que haveria imprecisões nos dados e que voltariam a ser publicados em agosto. Até agora, as informações sobre viagens antigas não voltaram ao ar, e o tribunal parou de divulgar gastos das viagens mais recentes dos ministros.
Uso livre
O tribunal, na época, informou que os ministros dispõem de cota de passagem que podem usar livremente. Entretanto, a Corte recusa-se a divulgar qual o valor dessa cota e qual o instrumento legal pelo qual foi definido.
Nos últimos meses, o tribunal também negou acesso a informações sobre o registro de advogados e agentes públicos que estiveram no STF e para quais gabinetes se encaminharam. Esse tipo de informação já foi divulgada por outros órgãos públicos também por meio da Lei de Acesso.
O STF recusou-se a passar os dados “por se tratar de tema afeito à segurança do Supremo Tribunal Federal”. A Corte negou-se também a informar quanto gasta anualmente em recursos públicos com despesas médicas de ministros, informação que é prestada regularmente pelo Senado, por exemplo.

FONTE: DIÁRIO DO PODER
POLÍCIA PRENDE NOVE PESSOAS POR COMÉRCIO DE ANIMAIS SILVESTRES
COM PASSAGEM PELA POLÍCIA, IDOSO DE 81 ANOS FOI PRESO EM BH APÓS DENÚNCIA

Militares da Companhia de Meio Ambiente prenderam nove pessoas neste domingo (20) por tráfico e comércio ilegal de animais silvestres e maus tratos contra animais.
Após denúncia anônima, o idoso José das Neves Dutra, 81 anos, foi detido em casa, em Santa Luzia, na Grande BH. Ele já tem passagem na polícia pelos mesmos crimes.
O suspeito trazia aves da Bahia e revendia nas imediações do bairro São Benedito, onde mora. Além dele, oito pessoas foram presas por terem adquirido do idoso pássaros das espécies trinca-ferro, bico-de-veludo, canário chapinha, curió, azulão e pintassilgo. Todos os envolvidos serão encaminhados à delegacia de plantão de Santa Luzia para prestar depoimento.

FONTE: DIÁRIO DO PODER
AOS 57 ANOS, DEPUTADO HOMERO PEREIRA MORRE EM SÃO PAULO
CORPO SERÁ VELADO AINDA HOJE, NA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DE MT


Faleceu na manhã deste domingo (20) o deputado federal Homero Pereira (PSD), de 57 anos, que  lutava há meses contra câncer no estômago. O parlamentar estava internado em São Paulo, no Hospital Sírio Libanês.
O corpo de Homero será velado ainda hoje, no auditório da Federação  da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). No final do mês passado, Homero deu uma entrevista coletiva, a última à imprensa, onde falou do tratamento e de sua saída da política.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou pelo Twitter que prestará nesta terça-feira (22) uma “grande e merecida homenagem a ele. Esteve há poucos dias com os amigos da bancada ruralista, se despediu de todos”.

FONTE: DIÁRIO DO PODER
NOVO ATAQUE SUICIDA DEIXA PELO MENOS 30 MORTOS NA SÍRIA
MOTORISTA DETONOU O PRÓPRIO CAMINHÃO QUE LEVAVA 1,5 TONELADA DE EXPLOSIVOS


Pelos menos 30 pessoas morreram neste domingo (20) na Síria após novo ataque suicida. Segundo a agência de notícias estatal SANA, um homem dirigindo um caminhão carregado com 1,5 tonelada de explosivos detonou o veículo numa estrada movimentada nos arredores da cidade de Hama, no centro do país.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, organização baseada no Reino Unido que acompanha o conflito no país, disse que o alvo do ataque era um posto de controle do exército sírio no local. Mais de 100 mil pessoas já morreram nos últimos dois anos e meio de confrontos na Síria.

FONTE: DIÁRIO DO PODER

Primeiro crematório de animais de Brasília cobra de R$ 500 a R$ 1.400 

Opção é a mais indicada pela Zoonozes, mas preços ainda são considerados altos

A cremação dura em média 1h30min, dependendo do porte do animalRenata Laurindo/R7

Perder um animal de estimação, seja por qual for a causa, é sempre triste. Alguns já fazem da parte da família e fica difícil retomar a vida sem eles. Além do choque, o dono se depara com a dúvida do que fazer com o animal após a sua morte.
Em Brasília, o destino mais comum dos animais é ser levado para o lixo hospitalar para serem incinerados, o que acaba sendo uma opção mais barata, mas não ecologicamente correta. As opções na capital federal são limitadas, por ainda não existir um cemitério público e o preço do sepultamento em cemitérios particulares ainda serem altos, de R$300 a R$ 500, dependendo do tipo de jazigo, que pode ser temporário ou perpétuo. 
De acordo com a médica veterinária e gerente do canil do Centro de Controle de Zoonoses do Distrito Federal, Lucia d'Anduraia, a cremação é a opção mais recomendada para os animais domésticos mortos dentro das opções atuais.  
Enterrar no quintal ou em algum terreno baldio é uma atitude comum, mas muito incorreta, pois prejudica o meio ambiente. O organismo em decomposição pode contaminar o solo e o lençol freático.  Segundo ela, existe uma expectativa da criação de um cemitério público em Brasilia, pois a Terracap doou um terreno para a Secretaria de Saúde para ser usado, a principio, com esta finalidade.
Foi pensando em dar um destino mais digno aos pets que a família do advogado, Luiz Felippe Silva Loppes resolveu abrir o primeiro crematório de animais de Brasília.  Criado em 2011, o crematório, localizado em uma chácara na área rural de Sobradinho, realiza hoje uma média de três a cinco cremações por dia de animais domésticos de até 100kg.
Os animais mais cremados são os cachorros e gatos, mas já foram cremados chinchilas, porquinho da índia, hamster e até papagaios. De acordo com Luiz, sócio-diretor da empresa, a procura pelo serviço tem crescido muito nos últimos tempos.
— No início fazíamos dez cremações, em média, por mês, porque poucas pessoas conheciam o serviço e dependíamos da divulgação de veterinários. Depois, com propagandas na internet e indicações dos próprios clientes, a procura aumentou e hoje fazemos de três a cinco cremações por dia.
Ele conta que a ideia da criação da empresa surgiu depois que sua avó perdeu uma cadela companheira chamada Menina, que vivia com ela há 20 anos. Segundo ele, sua avó pagou o enterro para uma clínica veterinária, mas semanas depois, descobriu que a cadela não tinha sido enterrada, mas sim descartada em uma chácara em Planaltina, no Entorno do DF.
Comovidos com a história, o pai resolveu criar o crematório, mas foram seis anos de luta para conseguir uma licença ambiental do Ibram/DF (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal), que permitisse a abertura da empresa.
Os preços da cremação variam de R$ 500, para animais de até 15kg, e pode chegar a R$ 1400 reais, dependendo do peso do animal. O estabelecimento conta com uma capela ecumênica, onde podem ser realizadas cerimônias de despedida e de onde pode ser assistida, por meio de uma janela, a cremação do pet.
Os custos incluem o translado para buscar o animal em casa, o acesso à capela, e as cinzas depositadas em uma caixa em madeira. A cremação dura em média 1h30min a depender do porte do animal e a empresa garante que as cinzas retornam a casa do dono em até 48 horas. Se comparada às cremações de seres humanos, que variam de R$1650, valor que não inclui o serviço funerário, a R$ 7920 para cremações de luxo, o preço não é tão alto.
Histórias
A estudante Thayana Lins, 20 anos, perdeu a sua gata, em dezembro e ainda é difícil falar sobre ela sem se emocionar. Ela conta que sempre pensou em cremar Nina, quando partisse, mas como tudo aconteceu muito rápido, acabou enterrando-a em sua chácara.
— Como meus pais já haviam gastado muito na clínica veterinária para tentar salvá-la, acabei desistindo da ideia. Resolvemos enterrá-la em uma chácara da família e me senti aliviada por poder visitá-la quando quero.
O servidor público Marcus Giovane, de 39 anos, optou junto com a namorada pela cremação de sua gata Josefina, que foi atacada um cachorro e morreu em uma clínica veterinária no dia 18 de julho.  
Segundo ele, a namorada tinha outras gatas, mas Josefina era especial pelo seu comportamento arisco e olhar cativante.    
Marcus conta que ela ainda está bastante abalada com a morte da felina, que viveu por quatro anos com ela, mas se sentiu mais confortada com a cremação, tendo as cinzas guardadas em casa. Ele foi quem acompanhou a cremação de perto e aprovou o serviço, que custou R$ 500. 
Para Luiz, que sempre foi muito ligado aos cachorros e já teve dois cremados, não dá para não se comover com as histórias. Ele conta que, muitas vezes, o animal é a única companhia do dono e que um cão já chegou a salvar o dono de um assalto.
De acordo com ele, o destino das cinzas é o mais variado possível. Há clientes que preferem guardá-las, para sentir o animalzinho sempre por perto, mas há outras que optam por jogar as cinzas no mar, no jardim de casa, ou até mesmo plantar uma árvore com elas.

FONTE: R7 DF

Óleo derramado contaminou o fundo do Lago Paranoá, diz Corpo de Bombeiros

Principal preocupação é com o surgimento de novos pontos de contaminação

Vazamento teria vindo o Hospital Regional da Asa NorteAgência Brasil

Em avaliação feita neste sábado (19), o Corpo de Bombeiros constatou que parte do óleo vazado do HRan (Hospital Regional da Asa Norte) contaminou o fundo do Lago Paranoá, em uma área próxima à saída do duto pluvial (ponto por onde a substância teve acesso ao lago). Em análises aéreas e da superfície da água, não foram encontrados mais pontos de contaminação, informou o chefe de Operação do Comando Unificado, capitão Rodrigo Rasia.

— Na avaliação, vimos que parte do óleo que se encontra na superfície desceu, contaminando o fundo. Essa é a nossa principal preocupação no momento. Montamos um plano de ação que vai mapear o local e redimensionar a detenção, pois o óleo pode surgir em novos pontos.
A retirada do óleo do fundo não é complicada, e será feita pela empresa Suatrans, especializada em atendimentos emergenciais ambientais, informou o capitão.

Para evitar que o óleo se espalhe, há 800 metros de barreiras flutuante e de absorção. Se por um lado a chuva deste sábado é considerada positiva para ajudar a dissipar a mancha de óleo e para limpar o duto pluvial, onde há ainda resíduos de óleo, por outro lado, atrapalha as barreiras. De acordo com o capitão, a chuva implica em risco maior de rompimento das barreiras.
Até o momento, foram capturados três animais afetados pelo óleo: duas tartarugas e uma ave. Segundo a analista ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Cristiane Oliveira, eles foram encaminhados ao Zoológico.
— A ave morreu, e as tartarugas estão sob tratamento.
Segundo ela, foram encontradas mortas uma tartaruga e outra ave, mas ainda não está confirmado se isso ocorreu em decorrência do óleo. Alguns peixes também forma encontrados mortos, “mas até o momento sem vestígios de óleo”.
— A suspeita é que eles tenham sido descartados pelos pescadores.
A necropsia dos peixes está sendo feita pela UnB (Universidade de Brasília) e pelo Zoológico.

FONTE: R7 DF

Jovem moradora de rua é condenada por tentativa de homicídio

Junto com o companheiro, ela teria agredido um idoso de 72 anos no Guará

Camila Augusto dos Santos tem 19 anos e está presa. Ela foi condenada à pena de dez anos e três mesesReprodução/TV Record Brasília

O Tribunal do Júri de Brasília sentenciou, nesta sexta-feira (18), Camila Augusto dos Santos Silva, 19 anos, à pena de dez anos e três meses de reclusão a serem cumpridos em regime inicial fechado. A moça foi condenada por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e praticado por meio cruel. A ré está presa e não poderá recorrer em liberdade.

Segundo a denúncia apresentada no início da ação penal, Camila e Júlio César Pires Monteiro, 30 anos, “em comunhão de esforços”, tentaram matar a vítima, um senhor de 72 anos,  “mediante múltiplos golpes na região da cabeça”.
O idoso foi socorrido por terceiros quando estava desfalecido em via pública e sobreviveu. Para o Ministério Público, “o fato se deu por motivo fútil, por imaginarem que a vítima teria feito proposta de natureza sexual” para a ré, que seria moradora de rua e usuária de crack.
A mulher teria relatado a suposta cantada ao companheiro, que reagiu, “dando azo ao bárbaro espancamento”, relata o MP. Entendia ainda a acusação que o crime foi pautado por  “pela crueldade, uma vez que procuraram infligir à vítima sofrimento intenso e desnecessário ao fim visado, provocando-lhe diversos ferimentos, demonstrando a ausência do mais elementar sentimento de piedade”.
De acordo com a sentença condenatória, “não há notícias de que a vítima tenha se comportado de maneira a contribuir com a conduta da ré”.

O processo foi desmembrado em relação a Júlio César e ainda não há data prevista para seu julgamento.
As informações são do site do TJDFT (Tribunal de Jusitça do Distrito Federal e Territórios).

FONTE: R7 DF

Parque aquático da UnB será reaberto

Previsão é de que seja entregue à comunidade acadêmica em até 20 dias

Complexo é composto por piscina olímpica, semi-olímpica e de saltos ornamentaisUnB Agência

Após mais de seis anos interditado devido a infiltrações e vazamentos, o Parque aquático da UnB voltará a funcionar. As três piscinas do Centro Olímpico já estão sendo cheias e devem passar por testes antes de serem entregues à comunidade acadêmica. A previsão é que o complexo composto por piscina olímpica, semi-olímpica e de saltos ornamentais seja entregue à comunidade acadêmica nos próximos 20 dias.
Nos primeiros meses, as piscinas atenderão aos projetos comunitários, de extensão e à Associação Atlética Acadêmica da UnB. Somente no primeiro semestre de 2014, previsto para começar no mês de março, o curso de Educação Física deverá usar as piscinas nas disciplinas de graduação. Na terceira etapa, haverá a abertura do parque aquático para recreação da comunidade universitária, no período do almoço e nos finais de semana.
Segundo Alexandre Rezende, diretor da FEF (Faculdade de Educação Física), por enquanto, não será possível abrir as piscinas para uso recreativo.
— Precisaríamos de salva-vidas em tempo integral e mais mão de obra para a manutenção das piscinas.
A direção da FEF pretende mobilizar a universidade para providenciar a contratação de profissionais para dar suporte ao uso do parque.
— Acho que não vai ser difícil.

FONTE: R7 DF

Termina neste domingo o período do vazio sanitário do feijão no DF

Medida visa evitar a proliferação da mosca branca

Plantas vivas de feijão podem ser mantidas novamente no DF a partir de segunda-feira (21)Divulgação/Agência Brasília

Termina neste domingo (20) o período de "Vazio Sanitário do Feijão" no Distrito Federal, estabelecido para evitar a proliferação da mosca branca – praga que transmite a doença conhecida como mosaico dourado do feijoeiro e que causa grandes perdas aos produtores. Agora, com prazo finalizado, será permitido, novamente, manter plantas vivas de feijão em todo o Distrito Federal.

A decisão de estabelecer o vazio sanitário para a cultura do feijão começou em 1° de outubro, após várias reuniões realizadas entre agricultores, pesquisadores, técnicos agrícolas e dirigentes do setor agropecuário.
Outubro foi escolhido para a vigência do vazio sanitário por ser o período de menor plantio de feijão na capital do País, o que, consequentemente, não trará impacto na oferta ou no preço do produto.

Na última safra, os agricultores chegaram a registrar perdas superiores a 60% da área cultivada, o que provocou o aumento no preço do feijão no início de 2013.
FONTE: R7 DF

sábado, 19 de outubro de 2013

Taguatinga recebe primeira etapa do "Circuito de Corrida 2013"


Taguatinga recebe primeira etapa do "Circuito de Corrida 2013"

Evento será realizado neste domingo (20) no Taguaparque
TAGUATINGA (19/10/2013) – A primeira etapa do "Circuito de Corrida Sesp 2013" será realizada neste domingo (20), no Taguaparque, com largada prevista para as 9h. Os kits serão entregues ao lado da administração do parque, a partir das 8h, para os inscritos que levarem 1kg de alimento não perecível.

"Temos muito orgulho de receber a primeira corrida do "Circuito de Corrida" deste ano. Taguatinga é uma grande cidade que merece receber eventos como esse para incentivar cada vez mais a população a praticar esportes", explicou o administrador de Taguatinga, Carlos Jales.

O "Circuito de Corrida" tem como objetivo fomentar a participação popular neste tipo de provas de rua realizadas no Distrito Federal, principalmente nas regiões administrativas. As corridas são preparatórias para a "Corrida de Reis", que acontece em janeiro de 2014.

"O entusiasmo com que os brasilienses participam das corridas de rua motivou a Secretaria de Esporte, com o apoio das administrações das cidades e supervisão técnica da Federação de Atletismo do Distrito Federal, a realização do 'Circuito de Corridas do SEsp 2013'", disse o secretário de Esporte, Julio Ribeiro.

Os primeiros colocados nas categorias feminina e masculina - ao final das seis provas - ganharão passagem de ida e volta para disputar a "Corrida de São Silvestre". A mesma premiação será destinada aos atletas deficientes físicos.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

Espelhos gigantes refletem luz solar e ajudam a iluminar cidade norueguesa

Cidade de Rjukan é conhecida por seus dias escuros durante o inverno.
Luz solar atingirá espelhos e será refletida na direção do centro da cidade.


Espelhos têm o objetivo de refletir a luz solar na direção do centro da cidade de Rjukan, na Noruega. (Foto: AFP PHOTO / NTB scanpix/ MEEK, TORE )
Espelhos têm o objetivo de refletir a luz solar na direção do centro da cidade de Rjukan, na Noruega. (Foto: AFP Photo / NTB scanpix/ Meek, Tore)

A cidade de Rjukan, na Noruega, optou por uma alternativa ecologicamente correta para melhorar a iluminação da cidade durante os escuros dias de inverno pelos quais a região é conhecida.
Três espelhos gigantes foram instalados no alto de uma montanha para refletir a luz do sol na direção do centro da cidade.
Rjukan fica no fundo de um vale entre duas montanhas íngremes, no condado de Telemark, 150 km a oeste de Oslo. A ideia de instalar espelhos para refletir a luz solar na cidade foi lançada há 100 anos e agora se tornará uma realidade a partir da inauguração do projeto, no dia 31 de outubro.
Moradores aproveitam luz solar refletida por espelhos, no centro da cidade de Rjukan. (Foto: AFP Photo / NTB scanpix / Meek, Tore)Moradores aproveitam luz solar refletida por espelhos, no centro da cidade de Rjukan. (Foto: AFP Photo / NTB scanpix / Meek, Tore)
Imagem mostra área iluminada por espelhos gigantes instalados para refletir a luz solar. (Foto: AFP Photo / NTB scanpix / Meek, Tore)Imagem mostra área iluminada por espelhos gigantes instalados para refletir a luz solar. (Foto: AFP Photo / NTB scanpix / Meek, Tore)
Fonte: g1 df

Eleições 2014

Aécio chama o jogo


A união de Marina Silva e Eduardo Campos não tira do senador tucano a condição de principal candidato da oposição e o PSDB define a estratégia de campanha para os próximos meses.

AÇÃO
Pesquisas mostram o crescimento de Aécio Neves,
que planeja antecipar programa de governo
Depois de voltar casado dos Estados Unidos, na última semana o senador Aécio Neves (PSDB-MG) reafirmou a posição de principal candidato da oposição na sucessão presidencial. Em almoço na quarta-feira 16, o senador se reuniu com 44 dos 46 deputados federais tucanos e traçou a estratégia para os próximos meses. As últimas pesquisas mostram que a inesperada união de Marina Silva com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), permitiu um crescimento na candidatura do socialista, mas revelam também que a saída de Marina da disputa direta eleva Aécio à condição de mais forte adversário da presidenta Dilma Rousseff, com 21% das intenções de voto contra 15% do pernambucano. “Ainda temos um ano pela frente, mas o certo é que as pesquisas mostram que 60% dos brasileiros não querem a continuação de Dilma no poder”, disse Aécio. “Tenho a convicção de que quem for para o segundo turno contra a candidata do PT sairá vitorioso”, completou, logo depois do almoço com os deputados. Durante o encontro, Aécio enfatizou que os números são animadores, mas não permitem nenhum tipo de acomodação. E, diante da movimentação feita por Campos, o mineiro resolveu antecipar para dezembro as linhas básicas do programa de governo que os tucanos oferecerão ao País na campanha de 2014. “Os brasileiros querem um novo projeto e somos os mais capacitados para elaborá-lo e colocá-lo em prática”, afirmou. ...

Além de antecipar o debate sobre as propostas concretas para o Brasil, Aécio planeja fazer intensificar os ataques ao PT e ao governo Dilma, e se colocar como candidato efetivamente contra o governo, sem se indispor com Eduardo Campos e Marina Silva, que procuram se colocar como alternativa ao PT, mas sem se caracterizarem como oposição. A política de boa vizinhança com Pernambuco, no entanto, não implica em facilitar a vida de Campos. No encontro, Aécio ressaltou que o PSDB não deve tolerar os palanques duplos nos Estados. Um recado ao governador paulista, Geraldo Alckmin, que trabalha com a possibilidade de ter o PSB como aliado para a sua reeleição. “Não vamos tolerar que um governador nosso esteja apoiando a candidatura de Campos”, disse um dos parlamentares presentes no encontro. “Palanque duplo é coisa de corno”, brincou um deputado de São Paulo. A mesma ideia se aplica em Minas. Os tucanos já descartam a candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), ao governo estadual com apoio de Aécio. “A grande conclusão é que temos chances de crescer muito ainda. Aécio não é conhecido de todos os brasileiros, mesmo assim aparece bem nas pesquisas. O PSDB está consolidado no papel de oposição e isso conta pontos”, diz o líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP).

PALANQUES
Nova estratégia de Aécio tenta evitar que tucanos tenham apoios duplos nos Estados

Mas não são apenas os números das pesquisas que colocam Aécio em posição privilegiada nessa pré-disputa eleitoral. Em todas as seis eleições diretas para presidente realizadas após a democratização, o PSDB só ficou fora da primeira, em 1989. Ganhou duas no primeiro turno e passou para o segundo turno nas outras três. Em nenhum caso o partido teve menos do que 35% dos votos. Hoje, o PSDB governa 47% da população brasileira em oito Estados – nenhuma legenda tem dimensão comparável – e possui mais de 700 prefeitos Brasil afora. Num país onde candidatos se fazem – e desfazem – durante o horário eleitoral de rádio e televisão, o PSDB conta com perspectivas animadoras. Possui sozinho direito a um minuto e 51 segundos, quase o dobro do PSB de Campos. Se as tendências se concretizarem, o recém-criado Solidariedade, que se inclina a fechar acordo com Aécio, tem a oferecer um minuto a mais à candidatura tucana, além do tempo do histórico aliado DEM, de 56 segundos, e dos 27 segundos do PPS. “Temos a vantagem de uma estrutura consolidada e a identidade definida como oposição ao atual governo. Não acho mesmo que estamos em desvantagem. Pelo contrário, nossas chances aumentam sem uma candidatura polarizada”, disse Aécio, em entrevista à ISTOÉ.

Na avaliação dos tucanos, a presença de Campos e Marina tem um efeito útil à candidatura de Aécio. A disputa concentrada apenas entre candidatos do PT e do PSDB leva o debate eleitoral à discussão sobre os legados dos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso. Essa tem sempre se mostrado uma batalha desfavorável para os tucanos, já que Lula é o mais popular político brasileiro da história, enquanto Fernando Henrique, mesmo tendo deixado uma herança positiva, saiu do Planalto com índices negativos de aprovação. Com a entrada de novos protagonistas, tanto Campos como Marina irão competir com Dilma Rousseff pela herança de Lula com o argumento legítimo de que os dois integraram seu Ministério. Isso explica por que Aécio orientou seu exército a seguir a linha de apontar falhas do governo e lembrou que está na hora de demarcar território, condenando a ideia anterior de construir palanques duplos aos candidatos presidenciais do PSDB e PSB.



Durante o encontro da semana passada, outro aspecto inevitável da aliança entre Marina e Campos foi considerado vantajoso para os tucanos: o envelhecimento de todo fato novo na política. A experiência ensina que a alegria dos recém-casados do mundo político tem muitas semelhanças com os casamentos da vida real, quando os cônjuges debatem os bens da família. No PSDB, aposta-se que as diferenças políticas entre Campos e Marina devem acentuar-se nos próximos meses. Enquanto Campos procura uma aproximação importante com o agronegócio, coerente com seu perfil político e com o crescimento eleitoral, Marina trabalha em direção oposta, como fez ao esvaziar a candidatura-símbolo de Ronaldo Caiado (DEM-GO). Na oposição a um governo que administrou uma das mais baixas taxas de crescimento, desempenho que fará da economia um assunto obrigatório na campanha, Aécio tem mais condição do que Campos (e Marina) de apontar as mazelas atuais da economia. Na semana passada, quando Marina acusou Dilma Rousseff de ter abandonado o tripé que garantiu o crescimento econômico – superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação –, Aécio lembrou, com todo direito, que essa fórmula nasceu nas fileiras do PSDB, que deve colher os louros pela ideia. 
Fonte: Blog do Sombra

Comportamento

A geração que vai mudar o mundo


Pesquisa realizada em 27 países revela que os jovens de hoje apostam no poder da tecnologia, acreditam que podem fazer a diferença e são muito otimistas. Saiba como eles estão transformando a maneira de se relacionar, trabalhar, fazer política e negócios.

 
Pesquisa realizada em 27 países revela que os jovens de hoje apostam no poder da tecnologia, acreditam que podem fazer a diferença e são muito otimistas. Saiba como eles estão transformando a maneira de se relacionar, trabalhar, fazer política e negócios

Aos 23 anos, a paulista Lala Rudge é referência para adolescentes e garotas na sua idade com dicas de moda, beleza e life style pela internet. Ela começou a postar fotos de si própria no Instagram e em um blog há três anos. Hoje, é seguida por quase 400 mil pessoas na rede social de fotos e seu diário virtual recebe 80 mil visitas diárias. O blog possui dez anunciantes e, para ter um banner estampado nele por um mês, a empresa interessada tem de desembolsar entre R$ 5 mil e R$ 30 mil. Com o sucesso, Lala abandonou a faculdade de direito e é disputada por grifes de moda para prestigiar eventos e desfiles.

Eles são otimistas, acreditam que podem fazer a diferença, têm espírito empreendedor e são ultraconectados. Também podem ser descritos como narcisistas, excessivamente confiantes e um tanto mimados. O retrato dos jovens nascidos entre os anos 1980 e 2000 depende do ângulo escolhido e da lente utilizada. Mas a juventude de hoje, que cresceu embalada pela maior revolução tecnológica dos últimos tempos, a internet, vem transformando o seu tempo com uma eloquência que não se via desde os anos 1960 e 1970, quando a garotada fez barulho pela liberdade sexual e contra os regimes ditatoriais e as guerras. Educados sob o lema “yes, you can” (sim, você pode), interligados pela rede mundial onde compartilham ideais e ambições, eles estão mudando a forma de se relacionar, trabalhar, fazer política e negócios. ...

Uma pesquisa feita em 27 países, inclusive o Brasil, com 12 mil jovens de 18 a 30 anos traçou o perfil da Geração Milênio. Salta aos olhos a crença no poder da tecnologia (leia quadro), capaz, na visão deles, de transpor barreiras de linguagem, de facilitar a conquista de um novo emprego e até de reduzir as diferenças sociais. Na enquete, intitulada Telefónica Global Millennial Survey, encomendada pela multinacional de telecomunicações espanhola, os brasileiros se destacam pelo otimismo: 81% acreditam que os melhores dias do País estão por vir, contra 67% da juventude no mundo, e 87% esperam ter dinheiro o suficiente para se aposentar de forma confortável – a média mundial ficou em 61%. Também vale ressaltar que 80% dos nossos jovens creem que podem se destacar na sua comunidade (no mundo o percentual ficou em 62%) e apostam no empreendedorismo. Para 47% dos brasileiros entrevistados, ser dono do próprio negócio é muito importante, contra 22% na média geral. “Essa geração quer mudar o mundo como o Mark Zuckerberg, do Facebook, criando algo grande e ganhando muito dinheiro”, resume a psicóloga Maria Célia Lassance, do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).



A estudante de moda Jordana França é um exemplo do jovem empreendedor. Aos 22 anos, nunca pensou em ter patrão. Recém-chegada de um intercâmbio na Itália, ela acaba de inaugurar, com o apoio financeiro da família, seu primeiro empreendimento, a loja de roupas de ginástica Move Fitwear. “Preciso ser um sucesso. E rápido”, diz. Jordana toca o negócio que fatura cerca de R$ 30 mil por mês, mas também gosta de fazer as vezes de modelo e posta fotos de si própria no Instagram da loja. Os planos para o futuro já estão delineados: “Em seis meses quero abrir outra unidade, lançar minha coleção de peças e vendê-las pela internet”.

“Há um desejo muito grande de se arriscar longe do caminho convencional traçado dentro de uma empresa”, diz Marcela Butazzi, consultora da MB Coaching especializada em carreira para jovens. Em seu escritório, Marcela ouve queixas diante da promoção rápida que não veio ou do salário que não cresceu exponencialmente. “Antigamente, o sujeito primeiro acumulava experiência no mercado. Hoje, ele quer experiência e reconhecimento simultâneos”, explica. Em 2012, uma pesquisa da agência de recrutamento Cia de Talentos sondou 40 mil jovens em todo o País. O sonho de 56% dos entrevistados era não ter patrão e metade revelou a intenção de montar uma empresa no prazo máximo de seis anos.


 

O desejo de tornar-se uma marca é outra característica desta geração. Jovem, bonita e bem-nascida, a paulista Lala Rudge, 23 anos, virou referência para adolescentes e garotas da sua idade ao dar dicas de moda, beleza e life style pela internet. Ela começou a postar fotos dela mesma no Instagram e em um blog há três anos. Hoje, seu diário virtual recebe 80 mil visitas diárias. Para ter um banner estampado nele por um mês, a empresa interessada tem de desembolsar entre R$ 5 mil e R$ 30 mil. Lala, que deixou a faculdade de direito para desbravar o mundo virtual, possui dez anunciantes. Os convites recebidos constantemente para figurar na primeira fila de desfiles são um termômetro da sua influência. Grifes como Cris Barros, Mixer e Daslu, entre outras, fazem questão da presença dela em seus eventos.


Mesmo gigantes do varejo, como a Riachuelo, estão de olho nas blogueiras fashion. No fim do ano, a marca irá lançar uma coleção assinada por dez personalidades da moda, entre elas duas blogueiras. “Elas são grandes formadoras de opinião”, afirma Marcella Kanner, gerente de marketing da Riachuelo. “Temos um núcleo de mídias sociais que acompanham, entre outras coisas, blogs e sites dessa turma.” Para Veranise Dubeux, da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro, pesquisadora desse público nas áreas social e de consumo, a juventude atual tem uma maneira peculiar de lidar com a pressão para se destacar e ainda ter qualidade de vida. “Ela compartilha isso usando a felicidade como meio de promoção, mostrando sempre coisas agradáveis nas redes sociais.” É nessa passarela que Lala desfila. Seu Instagram é seguido por 396 mil pessoas. “Jovens como eu não querem trabalhar para os outros”, diz ela, hoje dona de uma grife de lingerie localizada no badalado shopping Iguatemi, em São Paulo.

 


Carreiras tradicionais em grandes empresas continuam atraindo os profissionais do futuro, mas a relação entre o jovem talento e o chefe experiente mudou drasticamente. Flexibilidade de horários, plano de carreira e maior acompanhamento profissional são fatores decisivos na hora de preencher vagas. Uma pesquisa da Amcham, a Câmara Americana de Comércio, ouviu 87 gestores de recursos humanos e mostrou que 34% deles já haviam criado algum plano específico para reter funcionários da Geração Milênio. Este mês, 8.185 brasileiros até 31 anos foram entrevistados pela Clave Consultoria de Recursos Humanos e o LAB SSJ, consultoria especializada em soluções de aprendizagem corporativa, que queriam entender o que esses profissionais procuram na hora de escolher uma empresa e o que os faz permanecer nela. O estudo, intitulado “Atração e Retenção de Jovens”, mostrou que os fatores mais importantes para a atração dessa mão de obra são a boa perspectiva na carreira futura (69,3%) e a possibilidade de desenvolver novas habilidades (60%). O que retém esses jovens são os desafios constantes e responsabilidades relevantes (39,1%) e a existência de um gestor que os apoie e lhes dê autonomia para realizar o trabalho (31,1%).



 
 Hoje, é comum ver empresas oferecendo acompanhamento profissional a pessoas de 25 anos. “Os dilemas foram antecipados”, explica a consultora Adriana Marques, da Sociedade Brasileira de Coaching. “Quanto mais possibilidades de carreiras, maior é a quantidade de dúvidas e menor o comprometimento com a companhia.” Uma das marcas da Geração Milênio é não temer as novas experiências profissionais. Estatisticamente, eles tendem a permanecer em uma empresa por dois ou três anos, enquanto os Baby Boomers, seus pais, ficavam entre cinco e sete anos, de acordo com a pesquisadora americana Peg Streep, que irá lançar um livro sobre o tema em dezembro.

O engenheiro carioca Augusto Acioly, 29 anos, formado há quatro, está em seu quarto emprego. Há três meses, conseguiu realizar o sonho de viver no Exterior e foi morar em Milão, na Itália. Funcionário da multinacional francesa Anotech Energy, ele presta consultoria a uma gigante italiana do ramo petrolífero. Antes, trocou três vezes de patrão. Ficou seis meses no primeiro emprego, depois passou dois anos em uma empresa de onde saiu para ganhar três vezes mais. A experiência, porém, durou apenas oito meses. “Saí porque o chefe não enxergava que poderíamos crescer juntos, como alguém que pode agregar. Quando vi que não teria espaço para crescer, procurei outro lugar”, diz. “Uma das mudanças possibilitou que eu adquirisse experiência em gerenciamento, pois sempre havia atuado na parte técnica da profissão.” Como não poderia deixar de ser, quase todas as oportunidades de trabalho de Acioly surgiram via Linkedin, a rede social profissional.



 
Na pesquisa da Telefónica, temas como educação e desigualdade social também estão em alta na cartilha de interesses da Geração Milênio brasileira. Esses dois fatores foram citados como os que mais afetam o País e receberam 24% dos votos, seguido de saúde, com 17%. Não surpreende, então, que nas manifestações de junho – todas coordenadas pelas redes sociais – as principais bandeiras fossem melhorias no ensino, na saúde e no transporte. Muito antes dos protestos, a estudante catarinense Isadora Faber, 14 anos, já denunciava a precariedade do sistema educacional público do País. No ano passado, ela ganhou notoriedade ao criar a fanpage Diário de Classe, no Facebook, na qual mostrava como funciona uma escola pública na visão de quem a frequenta. Seus posts ecoaram pelo País e a colocaram no centro das atenções. “Se não fosse a internet talvez eu não tivesse feito nada”, diz ela. Com a repercussão, a casa da adolescente foi apedrejada e ela recebeu uma ameaça de morte.

Isadora, porém, seguiu em frente e, hoje, é referência para empresários, educadores e gestores públicos que frequentam as palestras dela pelo País. No mês passado, a estudante catarinense lançou o site de sua ONG que, entre outras propostas, servirá de canal de denúncias sobre a situação de escolas de todo o Brasil. A postura de Isadora está alinhada com o pensamento de 54% dos brasileiros ouvidos na pesquisa da Telefónica, para quem melhorar o acesso e a qualidade da educação é uma maneira de fazer a diferença no mundo. “A maioria dos jovens de hoje quer resolver questões sociais que, eles acreditam, foram deixadas pelas gerações anteriores”, afirma o sociólogo Ronald E. Riggio, professor de liderança e psicologia organizacional da Claremont McKenna College, na Califórnia.
 


Da mesma forma, a questão ambiental tem um apelo inédito para a juventude. Proteger o meio ambiente é citado por 45% dos brasileiros como a maneira de fazer a diferença mundialmente e 70% acreditam que a questão da mudança climática é muito urgente. O pernambucano Lucas Tiné, 21 anos, tornou-se ativista ambiental três anos atrás, em meio à discussão da votação do novo Código Florestal. Depois de alguns debates via internet, ele e o grupo que criou decidiram ir às ruas do Recife fazer coleta de lixo e educar a população sobre a causa. “Percebi uma destruição do meio ambiente gigantesco em minha cidade”, diz ele, que chegou a cursar jornalismo, mas hoje é flautista. Tiné está presente em várias mídias sociais e lança mão delas para difundir suas ideias. “As redes são a maior porta para o debate porque dão o maior e mais rápido feedback atualmente”, acredita. “Meu trabalho de formiguinha pode se converter em um trabalho do formigueiro todo muito mais rápido.” É com essa crença que eles constroem a própria história e transformam o mundo. 

foto: Rafael Hupsel)/ag istoé
fotos: montagem sobre foto de kelsen fernandes;
Leo Caldas; Masao Goto Filho /ag. Isto É
Fonte: Telefónica Global Millennial Survey: Global Results
Fonte: Blog do Sombra

Constituição

Gilmar Mendes alfineta governo


Ministro do STF ressalta a importância da Carta Magna e critica a concentração de recursos pela União.

Para o ministro, a Constituição permite um ambiente de paz e liberdade
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes encerrou ontem o 16º Congresso Brasiliense de Direito Constitucional, em Brasília, destacando a importância da Constituição Federal de 1988, que completou 25 anos no último dia 5, por permitir que os brasileiros vivam em um ambiente de paz e liberdade. “É o mais longo período de normalidade institucional, pelo menos da vida republicana, o que já seria suficiente para valorizar esse modelo que foi feito com muito sacrifício”, avaliou. Na ocasião, o ministro aproveitou para alfinetar o governo.

Passados 25 anos, no entanto, disse o ministro, há reformas a serem feitas no plano constitucional e também no da legislação ordinária. Ressaltou que algumas leis que complementam a Carta Magna não foram editadas, o que gera enormes conflitos entre o STF e o Congresso, tendo como pano de fundo a falta da lei ou a inércia legislativa.

Mendes elogiou avanços como a reforma do Judiciário, que instituiu o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público, e a Lei de Acesso à Informação, mas citou a necessidade de repensar o pacto federativo, a distribuição dos royalties do petróleo e as dívidas dos estados, entre outros pontos. Segundo ele, a situação atual é “peculiar” e “atípica”, que é “a concentração, pela primeira vez, de recursos financeiros nas mãos da União e falta de recursos nos estados e municípios”. ...

Nos três dias no congresso promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) — Do Poder Constituinte aos dias atuais — em defesa da Constituição na celebração dos seus 25 anos —, os participantes acompanharam palestras de juristas brasileiros e estrangeiros, parlamentares e economistas, que abordaram desde o nascimento da Carta e a sua evolução nesses 25 anos. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez a conferência de abertura na noite de quarta-feira. O ex-governador de São Paulo José Serra, também palestrante, contou sua experiência como relator de parte do texto constitucional.

Em brilhante exposição ontem, em que comparou a Carta de 88 e a de Portugal de 76, o constitucionalista português Jorge Miranda deixou um recado aos brasileiros, de que só a “consciência constitucional de paz cívica e liberdade dos indivíduos, essência do estado democrático de direito, pode garantir a sobrevivência da Carta Magna. Miranda lembrou que o Brasil passou esses 25 anos da Constituição de 88 com crises graves, como o impeachment do presidente Collor de Mello, e outros fatos determinantes, como a luta contra a inflação, a alternância de poder com a subida do PT (à Presidência), em ambiente de paz institucional. “É a Carta dos nossos direitos que temos que defender, que não podem ser esmagados por nenhuma força interna ou externa”, declarou.
Fonte: Blog do Sombra

Eleições 2014

A batalha nordestina


Entrada do pernambucano Eduardo Campos na corrida presidencial embaralha a disputa pelos votos da região e obriga a presidenta Dilma a lançar novas armas

POPULAR
Dilma veste o gibão de couro, roupa típica do vaqueiro nordestino, em visita ao Piauí: em alguns Estados da região, a presidenta tem 60% das intenções de voto
Debruçados sobre o mapa do Nordeste, com seus nove Estados, 37 milhões de habitantes e 26% do total de eleitores que irão às urnas em outubro de 2014, estrategistas de Dilma Rousseff e Eduardo Campos preparam-se para uma batalha decisiva. Em sua primeira disputa presidencial, Eduardo tem obrigação de exibir um bom desempenho na região que é seu berço político. Para a reeleição de Dilma Rousseff, a conservação do eleitorado do Nordeste, que favorece o PT desde a vitória de Lula em 2002, é ainda mais essencial. O quadro agora é outro. Em 2010, quando Dilma e Eduardo Campos subiram unidos no mesmo palanque, o PT foi buscar votos em locais que devem se tornar de acesso muito mais difícil quatro anos depois. Na última eleição presidencial, o PSDB assistiu, impotente, à derrota de José Serra em Minas Gerais, o que permitiu a Dilma ganhar o pleito também na região Sudeste por uma diferença de 1,6 milhão de votos. Em 2014, com o mineiro Aécio Neves como candidato tucano, essa performance dificilmente se repetirá. Dilma vai precisar, portanto, de cada um dos 18,4 milhões de votos que recebeu na primeira vez na região – e conquistar outros mais. No confronto entre os antigos aliados Dilma e Campos, pode-se prever uma batalha de longos punhais. ...

 
ISOLADO
Num movimento chamado de “traiçã cirúrgica”, o PT afastou-se do grupo político do ex-presidente José Sarney
A presidenta tem trunfos indiscutíveis na região. No Nordeste, o Índice de Desenvolvimento Humano avançou 41% em dez anos, contra 19% no Sul-Sudeste. Em julho, quando os protestos derrubaram a popularidade de Dilma em toda parte, a queda entre os nordestinos foi a menor do País. De acordo com pesquisas recentes, Dilma lidera as intenções de voto com mais de 40% da preferência do eleitorado. Em alguns Estados do Nordeste, seus índices chegam a 60%. Ao medir um hipotético segundo turno entre Dilma e Marina Silva, a mais popular candidata da oposição até seu partido cair no TSE, o DataFolha descobriu que a presidenta venceria, no Nordeste, por 51% a 37%. No cenário atual, esses indicadores certamente valem muito. A dúvida é se eles serão mantidos até o ano que vem.



Levado a um confronto que tentou evitar até o último momento contra o pernambucano Eduardo Campos, o Planalto está convencido de que deve realizar um combate preventivo contra a tentativa do adversário de ganhar musculatura. Desde a semana passada, as visitas ao Nordeste tornaram-se prioridade absoluta na agenda de viagens presidenciais. Dilma foi a Vitória da Conquista, no interior da Bahia, entregar 1.740 unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida. Depois, desembarcou em Salvador para assinar uma ordem de serviço para o novo trecho do metrô, ao lado do governador petista Jaques Wagner. Nas próximas semanas, a presidenta vai inaugurar uma adutora em Afogados da Ingazeira, no sertão de Pernambuco, e a quinta etapa do “Eixão das Águas”, no Ceará.



 
O primeiro ataque direto do Planalto a Eduardo Campos foi preparado no silêncio dos bastidores políticos. Enquanto o candidato do PSB ensaiava passos para fora do governo, o Planalto se movimentou para trazer, para dentro, o senador Armando Monteiro (PTB), concorrente fortíssimo à sucessão de Eduardo Campos. Um dos grandes empresários do Estado, antigo presidente da Confederação Nacional da Indústria e criado numa família com ligações históricas com Miguel Arraes (avô de Eduardo Campos), Monteiro chega com credenciais de quem pode abrir caminho para sua própria candidatura estadual, enquanto cria obstáculos para o PSB no plano federal. “Com esse adversário, o Eduardo não poderá sair de casa, sob o risco de perder votos domésticos,” calcula um interlocutor de Dilma Rousseff.

RUPTURA
O governador do Ceará, Cid Gomes, rompeu com Eduardo Campos no mesmo dia em que este se afastou de Dilma


Com tantas nuances, a campanha presidencial será marcada por um xadrez político muito bem estudado. Um primeiro cuidado de Dilma consiste em evitar ataques diretos a Eduardo Campos. Convencido de que, se a eleição chegar a um segundo turno contra Aécio Neves, o candidato do PSB poderá ser levado a apoiar uma candidatura coerente com sua história política, o PT não pretende tomar qualquer atitude hostil em direção a Campos. Por recomendação expressa de Lula, o adversário não deve ser afrontado nem criticado. Os ataques ferozes ficarão para adversários do PT de longa data, como o senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB, no cenário pernambucano, e Marina Silva, no plano federal. Aguarda-se, por parte de Campos, um comportamento também cauteloso. Ele deverá evitar ataques diretos a Dilma e a Lula, pois calcula o risco que isso representaria para sua popularidade. Sem negar a paternidade do imenso canteiro de obras erguido pelo governo federal em Pernambuco, Campos vai lembrar que fez sua parte. Dirá que sua gestão teve capacidade de criar condições para atrair a iniciativa privada e que soube aplicar bem os recursos vindos de Brasília.



Quando se olha o mapa do Nordeste, verifica-se que o PT conseguiu uma proeza importante, ao estabelecer duas fortalezas nas áreas de fronteira com outras regiões. Na linha divisória com o Sudeste, encontra-se a Bahia de Jaques Wagner, governador do PT que ficará no controle da máquina estadual até o último dia do mandato, convencido de que, numa reeleição de Dilma, terá uma posição assegurada em Brasília a partir de 2015. Na fronteira com a região Norte, fica o Ceará dos irmãos Cid e Ciro Gomes, que romperam com Eduardo Campos no mesmo dia em que este se afastou do governo. A questão, como sempre, é encontrar atores adequados para cumprir os papéis necessários. A popularidade de Cid Gomes é imensa no Ceará. A de Lula é maior. Conforme o Vox Populli, 68% dos eleitores cearenses votariam no concorrente que o ex-presidente indicar.

RIVAL
Adversário do PT de longa data, o senador do PMDB  Jarbas Vasconcelos tentará tirar votos de Dilma em Pernambuco

Na vida real, no entanto, o nome mais popular para disputar o governo cearense é outro aliado, o senador Eunício Oliveira, ex-ministro, do PMDB de Michel Temer – e adversário inconciliável dos Gomes. Na terça-feira da semana passada, em reunião com o presidente do PT, Rui Falcão, Eunício lembrou que aliou-se ao partido antes da chegada de Lula ao Planalto e que Dilma só teria a ganhar com sua candidatura. Se ele vencer a eleição, explicou, o Planalto não só terá um “governador aliado”, mas também o PT ganhará um senador a mais, já que o suplente, Waldemir Catanho, é petista filiado. São argumentos bem pensados, mas é difícil imaginar que possam ser acolhidos pelo Planalto, que se sente no dever de apoiar os irmãos Gomes em qualquer decisão depois que eles se afastaram de um Eduardo Campos cada vez mais incômodo, sempre alerta para construir alianças com personalidades desgarradas do palanque de Dilma.

Foi o risco de fornecer mais combustível para o PSB que levou o PT a rever uma das mais polêmicas alianças eleitorais de sua história recente. Num movimento já chamado de “traição cirúrgica,” o partido ensaiou uma ruptura no Maranhão, afastando-se do grupo político do ex-presidente José Sarney, para apoiar Flávio Dino, do PCdoB, na disputa pelo governo do Estado. Pré-candidato de Sarney, o atual secretário de infraestrutura, Luis Fernando Silva, ainda não decolou, enquanto Flávio Dino lidera as pesquisas com tanta folga que sua popularidade subiu até nos protestos de junho. Inconformado com o acordo, fechado em segredo, o veterano Sarney reagiu. Mobilizou seus aliados na cúpula do Senado, ameaçando bloquear toda iniciativa do governo na casa onde usufrui de um ambiente muito mais amistoso do que na Câmara. Ameaçando uma adesão a Eduardo Campos, Sarney ligou para o próprio Lula, que, diante do risco, pediu para Dilma recuar. Num esforço para manter um palanque no Estado, a presidenta ainda trabalhava, na semana passada, com a alternativa de apoiar a candidatura de Roseana Sarney para o Senado, sem abrir mão da aliança com Dino. O problema é que o candidato do PCdoB, que já é cortejado pelo PSB de Eduardo Campos, manda dizer que tem pressa. A batalha deve ganhar intensidade nas próximas semanas.

FONTE: Blog do Sombra