segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Academias de Brasília passam até a roupa dos clientes

Para acabar com as desculpas para não malhar, academias ampliam oferta de serviços

Decoração da academia tem cara de casa para cliente ficar à vontade enquanto malhaFábio Moraes/Divulgação
Esteira com telas interligadas a internet e sistema de TV prendem a atenção dos alunos enquanto se exercitamFabio Moraes/Divulgação













Manter a forma pode ser também sinônimo de conforto e comodidade. É o que prometem algumas academias do DF que se adaptaram à rotina do aluno e criaram serviços que prometem acabar com as desculpas para não malhar.

Além dos serviços tradicionais da prática esportiva, o cliente pode receber a roupa passada, refeição ou atendimento no spa ao final do treino. O preço da mensalidade varia entre R$ 270 a R$ 600 dependendo do pacote,e dos serviços inclusos, que optar.   
Em uma academia inaugurada em junho deste ano no Parkshopping, a ideia é que o aluno se sinta em casa. Segundo o gerente Marcelo Galvão, foram investidos R$ 7 milhões para oferecer ao público comodidade associada à prática de exercício físicos.   
— Nossa intenção é que o aluno fique conosco o máximo de tempo que ele puder e de maneira confortável. Por isso nós oferecemos uma série de atrativos que facilitam a rotina deles associadas à prática esportiva.   
Com tantos atrativos, cumprir o treino parece ser mais fácil. O cliente tem à disposição internet, massagem, spa, almoço executivo e banheiros com boxes duplos e produtos de higiene pessoal. Os equipamentos são novos e modernos. A esteira de corrida, que para muitos representa um martírio, é equipada com uma tela interligada a canais da TV, com acesso a redes sociais e dispositivo de conexão com iPod e iPhone.   
E nem precisa se preocupar com estacionamento. O cliente tem o limite de até três horas de permanência. Dá até pra fazer umas comprinhas no shopping. Para a estudante Julita Kissa, a academia apresenta um conceito diferenciado que respeita a individualidade do aluno. Para ela, o conforto o tratamento dos instrutores são os grandes atrativos da academia.   
— Eu optei por essa academia porque ela foi a que mais se adaptou a minha rotina que é bastante apertada. Então eu posso chegar para malhar, fazer minha refeição balanceada ao final do treino e ainda pegar minha roupa passada. E o melhor é que tenho um acompanhamento de perto dos professores que estão sempre atentos a minha postura.  
Outro atrativo que a academia oferece para as mulheres é o programa voltado para gestantes. As clientes grávidas ingressam em um programa voltado para a qualidade de vida durante o período gestacional e no pós-parto. De acordo com a coordenadora do programa, Ana Flávia Rangel, as alunas são avaliadas e participam de aulas de hidroginástica, natação, alongamento, musculação e yoga.  
— Durante o período gestacional, nossas alunas são preparadas e condicionadas para terem uma qualidade de vida adquirida com a prática de exercícios físicos. Quando elas ganham os bebês e após a liberação médica, elas voltam e participam das aulas com seus filhos. Neste momento, os bebês são estimulados com musicalização, natação e atividades de psicomotricidade.  
Os gestores das grandes academias também chegaram à conclusão que além de um bom serviço, é preciso investir na integração e entretenimento dos alunos. Uma academia instalada em um shopping do Lago Norte (DF) promove semanalmente baladinhas enquanto os clientes malham.   
Um DJ é responsável por animar a festa com música eletrônica. Para os mais tranquilos, um café da manhã grátis promove a interação entre os alunos. Tudo para cativar o cliente, conforme explicou o gerente Helder Rodrigo Souza.
— Nossa missão como empresa é oferecer sempre o melhor serviço. Por isso nossos banheiros são climatizados, com aquecimento de água a gás, além do nosso spa, massagem e aluguel de toalhas e kit de higiene pessoal grátis.   
A convergência dos serviços e da tecnologia dentro da academia cativou o servidor público Flávio Albuquerque, 32 anos. Quando sai da academia no fim da manhã, ele já tem metade do dia resolvido.  
— Eu consigo me conectar a internet enquanto faço esteira ou pedalo. Daí eu aproveito pra mandar e-mails, atualizar as redes sociais e ainda assistir TV se quiser. Quando termino meu treino, já resolvi muita coisa do meu dia e ainda suei a camisa.

Ganhador do Nobel de Economia alertou sobre bolha imobiliária no Brasil

 
 
 
Um dos vencedores do prêmio Nobel de Economia, Robert Shiller, afirmou no mês passado que o Brasil pode estar vivendo um bolha imobiliária semelhante a vivida pelos Estados Unidos, e que deu origem a crise econômica de 2008.
Ele ganhou o prêmio Nobel de Economia junto com outros dois professores da universidade de Chicago.
Durante apresentação em evento no país, o economista levantou suspeitas sobre uma alta sem explicação nos preços dos imóveis.
"Suspeito que haja uma bolha imobiliária no Brasil. Os imóveis mais que dobraram de preço no Rio de Janeiro e em São Paulo nos últimos cinco anos [segundo números da pesquisa FipeZAP]. O que aconteceu em cinco anos de tão dramático para os preços subirem assim? A inflação não foi muito menor? Os preços caíram 25% em Los Angeles e Nova York no mesmo período. E por que os preços no Brasil foram para cima ininterruptamente?", disse.
Apesar dos indícios apontados, Shiller afirmou que não poderia ter certeza sobre uma bolha imobiliária em andamento no país.
"Eu não posso cravar que exista uma bolha no Brasil porque não conheço a fundo as características do mercado local. Mas comparando os dados brasileiros com os de outros países, posso dizer que a alta sugere cautela. Os preços dos imóveis no Japão tiveram o mesmo movimento na década de 1980 e depois, no início dos 1990, começaram a cair sem parar e perderam dois terços do valor até agora. São pessoas que investem em imóveis, não são "hedge funds". Você acha que os preços dobraram por fundamentos econômicos ou por um movimento psicológico?"
Ainda de acordo com a apresentação feita no país no mês passado, o professor de Yale afirmou que não investiria em imóveis no Brasil.
"É preciso evitar ativos caros, seja nas ações ou no mercado imobiliário. Eu não investiria no mercado imobiliário brasileiro. Os mercados financeiros são empurrados a comprar bolhas apesar de elas acontecerem com tanta regularidade e causarem tantos prejuízos. Sempre há novas bolhas", declarou.
Na década de 1980, Shiller ajudou a criar o índice S&P/Case-Shiller, o primeiro indicador de preços dos imóveis do mercado americano e ainda hoje a principal referência dos valores praticados no país.
A partir de 2005, Shiller começou a falar abertamente sobre a bolha no mercado imobiliário americano – a crise do subprime eclodiu três anos depois e ainda se faz sentir ao redor do mundo. 
O economista é autor do livro "Exuberância Irracional", um dos mais importantes sobre o tema e fonte de pesquisas em todo o mundo.


Fonte: Bol Notícias
Com a volta do período chuvoso, aumentam os riscos de acidentes na capitalEntre novembro do ano passado e essa semana, houve pelo menos quatro mortes, três delas de crianças
'Não foi Deus que levou o meu filho embora, foi a incompetência dessa classe política, que
está se lixando para quem é pobre' Keile Guimarães de Oliveira (Iano Andrade/CB/D.A Press)
"Não foi Deus que levou o meu filho embora, foi a incompetência dessa classe política, que está se lixando para quem é pobre" Keile Guimarães de Oliveira

Inconformada, a diarista Keile Guimarães de Oliveira, 32 anos, olhava o bueiro onde o filho acabou sugado por uma enxurrada. A imagem de João Victor de Oliveira desesperado tentando vencer a correnteza jamais sairá da memória dela. A força da água tragou o garoto de 6 anos para uma passagem de pouco mais de 30cm. O corpo foi encontrado em um córrego, a 4km de distância. O episódio aconteceu em 9 de abril, na Vila Buritis, em Planaltina e, assim como no caso da menina Geovana Moraes Oliveira, afogada dentro de um ônibus escolar, em Ceilândia (leia Memória), ilustra a falta de planejamento das autoridades ao abrir vias.

Além do luto permanente, Keile alimenta uma revolta contra o Estado, pois uma série de fatores contribuiu para a morte da criança. Na região, as redes pluviais são insuficientes para absorver a grande quantidade de água. Outra falha é o tamanho exagerado das bocas de lobo. Todas têm mais de 30cm de largura, sendo possível até mesmo um adulto passar deitado. Fora isso, as grades de proteção só foram instaladas após a tragédia e, mesmo assim, o material usado é de péssima qualidade. Resultado: a maior parte está aberta novamente. “Não foi Deus que levou o meu filho embora, foi a incompetência dessa classe política, que está se lixando para quem é pobre”, protestou.
Homem é internado após ter 60% do corpo queimado na Asa NorteDe acordo com a Polícia Militar, a vítima está internada no Hospital Regional da Asa Norte
Um jovem de 23 anos teve 60% do corpo queimado na madrugada desta segunda-feira (14/10), na Asa Norte. De acordo com a Polícia Militar, a suspeita é de que a vítima seja um morador de rua. Ele foi internado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Segundo a Polícia Civil, o jovem, identificado como  Felipe Aragão Da Silva, foi sozinho ao hospital pedir socorro. O crime ocorreu no canteiro central de Brasília, em frente ao Hran.

Marinha diz que são 8 até o momento os mortos em naufrágio no Amapá


A Marinha divulgou ontem (13) que oito pessoas morreram no naufrágio da embarcação na orla de Macapá que ocorreu na manhã do último sábado (12). O número de vítimas é menor do que o divulgado ontem pelo Corpo de Bombeiros, que informou que 12 pessoas haviam morrido no acidente.

A embarcação Capitão Reis 1 naufragou por volta de 11h, nas proximidades do Igarapé das Pedrinhas, no Amapá, quando retornava à cidade de Santana, a cerca de 20 quilômetros de Macapá, depois de fazer o percurso da procissão fluvial em comemoração ao Círio de Nazaré.

As equipes da Capitania dos Portos, responsável pelos trabalhos de busca e resgate, encerraram as atividades na noite de ontem e retomaram os trabalhos no local as 6h30 de domingo, com uma lancha e o apoio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros. De acordo com a assessoria do órgão, as buscas vão continuar até que não haja informação sobre a busca de parentes por desaparecidos.

Segundo a Capitania, ainda não é possível saber quantas pessoas estavam a bordo quando a embarcação naufragou. O barco foi vistoriado pela Capitania antes de partir para o Círio e foram confirmadas as condições regulares, documentação e número máximo de pessoas a bordo: três tripulantes e 40 passageiros.

Há suspeitas de que durante o Círio mais passageiros embarcaram, o que pode ter provocado o naufrágio. Quando as equipes da Marinha chegaram ao local, a maioria dos tripulantes e passageiros já tinham sido recolhida por outras embarcações que retornavam da procissão fluvial, o que dificulta um levantamento preciso sem que sejam concluídas as investigações.

A Capitania instaurou inquérito sobre o acidente para apurar as causas do naufrágio. As investigações devem ser concluídas em 90 dias.


Fonte: Agência Brasil

Círio de Nazaré reúne 2,1 milhões de devotos em Belém


Desde às 6h30 deste último domingo (13), devotos lotaram as ruas de Belém para a romaria do Círio de Nazaré. Foram aproximadamente 2,1 milhões de devotos em procissão acompanhando a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré por 3,6 quilômetros. Pagando promessas, fazendo pedidos ou agradecendo, os fiéis, por mais um ano, fizeram um Círio emocionante, que terminou às 12h30, meia hora depois do previsto.

Para conduzir a berlinda que leva a imagem da Catedral da capital do Pará até a Basílica Santuário de Nazaré, foram 7.200 "promesseiros". Eles ficam distribuídos em cinco estruturas de ferro atreladas à corda que puxa a Virgem durante o trajeto. "É muito sacrificante, mas é ainda mais gratificante. Venho na corda há mais de dez anos. A gente sente o amor de Deus, o amor de Maria, é uma honra levar a Mãe na procissão, não tenho palavras para descrever", afirma Rubens Santos, "promesseiro" da corda.

As homenagens à santa de Nazaré ocorrem por todo o percurso. Fogos e apresentações musicais emocionaram quem acompanhou a romaria. Muitos romeiros percorreram descalços o caminho, outros de joelhos e milhares carregaram objetos que simbolizavam bênçãos alcançadas. "Sou de Santarém (PA) e é a primeira vez que acompanho a procissão inteira, vim descalça assim como faço no Círio de Nossa Senhora da Conceição, na minha cidade. É maravilhoso estar aqui, me sinto privilegiada", afirma Raimunda Silva, devota de 64 anos.

Por volta das 10 horas, a berlinda já havia percorrido mais da metade do trajeto. Os momentos mais difíceis para os romeiros são as curvas das avenidas, onde a multidão se aperta para que a imagem continue caminhando. Após a grande procissão, a imagem da Virgem fica exposta no altar da Praça Santuário para a visitação dos devotos por 15 dias.

De acordo com as pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Pará, o número de turistas na capital paraense durante o período do Círio chegou a 80 mil, a maioria deles brasileiros. Desde a sexta-feira, 11, a programação da festividade se intensificou com as romarias. "Vir e participar de tantos momentos no Círio é a cada ano mais emocionante. Fico feliz de conseguir vir a Belém nessa época", declara a devota paraense Rebeca Nunes, que mora São Paulo.


Fonte: Agencia Estado

População sofre com a falta de atendimento


Não prestar socorro é crime previsto no Código Penal, artigo 135. Contudo, por mais que se esforcem, bombeiros e servidores do Serviço Médico de Urgência (Samu) não estão conseguindo atender a todos os chamados de urgência da população do Distrito Federal. Isso ocorre por falta de ambulâncias ou mesmo de pessoal para atendimento. 

Os bombeiros trabalham hoje apenas com 20 ambulâncias, 50% do seu total. Isso porque seis estão quebradas, sem condições de uso, e outras 14 em manutenção. Já o Samu, que conta com 31 carros em pleno funcionamento (seis estão parados), sofreu redução nas horas-extras dos trabalhadores, segundo o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF), o que colaborou com a queda nos acolhimentos.

“A Secretaria de Administração Pública (Seap) pediu que diminuíssem as horas-extras. O governo, em vez de fazer pente fino em outras áreas, optou por fazer o corte no Samu”, aponta o vice-presidente do Sindate, Jorge Vianna. 

Descaso

Por outro lado,  explica o major do Corpo de Bombeiros, Eduardo Luiz Gomes, mesmo faltando ambulâncias, não houve queda de rendimento na corporação. “É claro que a gente tem uma demanda reprimida, mas nada gritante”, diz, sem calcular quantas pessoas deixam de ser atendidas devido ao déficit.

A afirmação, porém, não é confirmada por boa parte da população. “Eu liguei para os Bombeiros e me disseram que não tinha carro. No Samu, desligaram o telefone na minha cara. Isso é uma total falta de respeito com o cidadão”, conta, indignada, a dona de casa Marilange Célia Toledo, 48 anos, (foto abaixo) moradora de Ceilândia, região administrativa com o maior número de chamados de emergência: 2,7 mil registros de atendimento até abril deste ano.

As ligações aconteceram no último dia 3, quando o irmão dela, Wanderley Augusto, 42 anos, passou mal, apresentando sinais de convulsão.  “O que mais indigna é que não pedi nenhum favor. O Estado tem obrigação de oferecer esses serviços. Meu irmão poderia ter morrido se uma pessoa que passava de carro aqui na rua não tivesse aceitado levá-lo até o Hospital de Ceilândia. Ele está lá até hoje, internado, em observação”, acrescenta a Marilange. 

Sem direito a reclamar

Depois da falta de assistência, ela tentou registrar ocorrência do caso. Porém, os agentes disseram que precisaria dos nomes dos atendentes. “Como? Eles não passam o nome deles”, aponta. Na Ouvidoria do GDF, a mesma situação. “Perguntei para a atendente se Brasília tem governador. Se tem, não parece”.

Repasse de verba para o Samu

O mais estranho no caso do Serviço Médico de Urgência (Samu) é que o Ministério da Saúde destinou verba de custeio, com aumento de 19% para o serviço, somando mais de R$ 884 mil para a rede.  

A portaria que define o repasse foi publicada no Diário Oficial da União, em 19 de julho, e valia para os próximos meses. Os recursos estariam reservados à capacitação de profissionais e à manutenção das equipes e equipamentos das unidades móveis.

Redução

“Os servidores do Samu são da Secretaria de Saúde. O contrato deles é de 24 e 40 horas semanais, com plantões extras de seis ou 12 horas. Reduziram isso. E, além de tudo, já havia demanda de trabalhadores na área, porque não é qualquer profissional que pode trabalhar no Samu. Eles precisam de capacitação e isso leva tempo”, explica o vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF), Jorge Vianna. 
 
Carros inutilizados

De acordo com o major dos Bombeiros Eduardo Luiz as 20 ambulâncias da corporação rodam cerca de 600 quilômetros diariamente. “Usamos os carros até não suportarem mais”. Enquanto isso, vários carros estão parados no depósito, alguns para conserto e outros devem ir à leilão.

Ponto de Vista

O especialista em gestão pública da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira observa que o Governo do Distrito Federal (GDF) é o único responsável pela falta de ambulâncias nos Bombeiros e servidores no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Trata-se de um caso de ineficiência de administração. A postura deste governo, diante dos fatos, beira a inconsequência”, alerta o estudioso.  O especialista  argumenta ainda que,   “se as coisas chegaram a esse nível de negligência, minha sincera opinião é de que não resta mais nada para a população a não ser rezar para não precisar desses serviços de emergência”.  O professor salienta ainda que sempre faltou aos representantes do Palácio do Buriti a capacidade de desenvolver as prioridades do governo. “Todo governo deve ter objetivos para atingir as demandas da população. Aqui no Distrito Federal isso não aconteceu”, completa. Diante do cenário dos serviços de emergência, o estudioso em gestão pública da UnB opina: “a administração de Brasília caminha rumo ao caos”. 
 
Redução no atendimento

O major dos Bombeiros  Eduardo Luiz fala que a corporação atende em média uma ocorrência a cada meia hora, ou seja, 48 por dia. “Em Ceilândia e Taguatinga, regiões com maior demanda, esse número chega a 75, ou seja, três por hora”, diz. 

Contudo, os veículos inutilizados pela corporação podem ter cooperado para a redução no número de atendimentos pré-hospitalares em comparação com o ano passado. Até abril de 2012, as assistências a casos clínicos chegaram a mais de 6,3 mil. No mesmo período de 2013, porém, a corporação apresentou queda de 1,1 mil registros, com 5,2 mil ocorrências. Quando os chamados dizem respeito a traumas, ou seja, vítimas de acidente e agressão, este ano a corporação atendeu 6,1 mil chamados. De janeiro a abril de 2012 foram 7,4 mil atendimentos. 

Samu 
A reportagem não teve acesso a dados de atendimento dos últimos dois anos do Samu. Porém, matéria divulgada pela agência de comunicação do GDF mostra que em oito anos de funcionamento, o serviço recebeu mais de 10 milhões de ligações pelo 192. Entre os atendimentos, 60% são casos clínicos: convulsões, problemas cardíacos, crise hipertensiva, desmaios. Os demais são traumas, casos obstétricos e psiquiátricos.

Uma ambulância de unidade básica é composta de dois técnicos de enfermagem Para casos graves como derrame, parada cardíaca ou acidente de trânsito são disponibilizadas as ambulâncias de unidade avançada.

Sem respostas

Questionado, o Samu não respondeu o porquê das recorrentes reclamações da população por falta de atendimento. Quanto ao Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Comunicação do GDF informou que está prevista a compra de mais 30 carros ainda este ano, restando apenas três meses até 2014.

Operação Cidade Limpa reforça trabalhos no Paranoá

Principais solicitações são relação à limpeza e recolhimento de entulhos

População pede limpeza na regiãoDivulgação/GDF
A partir desta segunda-feira (14) até sexta-feira (18) a operação "Cidade Limpa" está de volta ao Paranoá (DF), quando serão realizados vários serviços pela Coordenadoria das Cidades, CEB, Detran, Caesb, SLU, Novacap e Administração do Paranoá.   

Segundo a ouvidoria da Administração Regional do Paranoá, as principais solicitações são exatamente em relação à limpeza, recolhimento de entulhos e desobstrução de bocas de lobo.


O objetivo, segundo a administração, é atender o máximo das solicitações dos moradores.

FONTE: R7 Notícias.

88% dos jovens assassinados no DF são negros

Itapoã, Estrutural e Samambaia lideram o ranking com este tipo de crime

Em 2010, foram 880 assassinatos de jovens negros no DFReprodução/TV Record Brasília

Um total de 88,41% dos jovens mortos com violência no Distrito Federal são negros. É o que aponta o “Mapa da Violência 2012”. Os dados do estudo se referem a estatísticas do ano de 2010, quando  ocorreram 880 mortes violentas no DF, das quais 57,84% foram homicídios de jovens. Do percentual de jovens negros assassinados  82,7%  são do sexo masculino. O levantamento mostra ainda que o Distrito Federal é a quinta unidade da Federação com maior taxa de morte entre jovens negros.

De acordo com o membro do Conselho de Juventude do DF, Akiní Aduni, quem é jovem, negro e da periferia, tem cinco vezes mais chances de morrer.

— Aqui no DF, se você é jovem, negro e da periferia, tem cinco vezes mais chances de morrer.

O mapeamento aponta que Itapoã, Estrutural, Ceilândia e Samambaia como os locais com maiores índices de mortalidade de jovens negros do DF.  Em municípios do Entorno do DF, como Novo Gama e Águas Lindas de Goiás, 100% das vítimas de homicídios entre 15 e 29 anos eram negros.

De acordo com João Paulo Todde Nogueira, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF (Ordem dos Advogados do Brasil – Distrito Federal), primeiramente, é importante aumentar o nível de educação entre esta parcela da população. Outro ponto é a aplicação mais eficaz dos recursos destinados à educação.

— O problema não é exatamente a quantidade de recursos aplicados na educação e sim a competência com a qual eles são executados. Os órgãos responsáveis são despreparados para utilizar as verbas que possuem.

Para o especialista, outro ponto que pode ajudar a reverter este quadro seriam polícias  de oportunidade de empregos para os jovens que estão em zona de vulnerabilidade social, pois do contrário, crescem as chances de que eles se envolvam com criminalidade.  

Projeto 

No último dia 5, foi lançado pelo GDF (Governo do Distrito Federal) o plano "Juventude Viva", que vai disponibilizar R$ 90,3 milhões em recursos do governo federal para a capital do país e também seis municípios vizinhos desenvolverem ações que reduzam os riscos sociais para jovens negros entre 15 e 29 anos.
FONTE: R7 Notícias.

Brazlândia recebe trabalho intensificado de combate à dengue

Ação começa nesta segunda-feira e segue cronograma

Equipes de vários órgãos vão trabalhar juntas na cidadeDivulgação

Equipes da regional de Saúde de Brazlândia (DF), da Vigilância Ambiental e da administração regional da cidade iniciarão, nesta segunda-feira (14), uma força-tarefa para o recolhimento de entulho e objetos que possam servir para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

A coleta começará pelas quadras 46, 47, 48, 55, 56, 57 e 58, da Expansão da Vila São José, e continuará, na semana seguinte, em outras localidades conforme cronograma estabelecido pela equipe.


Durante esse período, os moradores devem retirar de dentro dos lotes todos os materiais que acumulem água e colocá-los nas calçadas das casas para que caminhões façam a coleta dos produtos.

 FONTE: R7 Notícias.

Inmet prevê dia quente para esta segunda-feira


A previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para esta segunda-feira (14) é de céu parcialmente nublado e sem possibilidade dechuva ao longo do dia. À tarde, a temperatura pode chegar a 31 graus. No período da noite, os termômetros devem registrar 17 graus.



Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

Motociclista filma roubo que sofreu em SP

Vítima foi abordada por dois criminosos em uma moto quando parou em um farol; policial foi acionado e atirou em um dos criminosos

Vítima gravou ação dos criminosos / Reprodução/YouTube

Um motociclista filmou uma tentativa de assalto que sofreu no bairro do Cangaíba, na zona leste de São Paulo. O crime aconteceu por volta das 18h30 de sábado, no cruzamento entre as avenidas Gabriela Mistral e Doutor Assis Ribeiro.

A vítima foi abordada por dois criminosos em uma moto quando parou em um farol. Um dos ladrões, de 18 anos, estava armado com um revólver. Ele desceu do veículo e exigiu o acionador do alarme, que estava com o motociclista.

Quando se preparava para fugir, a dupla foi surpreendida por um cabo da Polícia Militar, que passava pelo local e estava em um carro preto. O agente, que estava fardado, desceu do veículo e atirou duas vezes contra o bandido armado, que caiu ferido. O outro criminoso, ainda não identificado, conseguiu fugir.

O detido foi levado para o pronto-socorro do Hospital do Tatuapé, onde passa bem.

Segundo a polícia, os criminosos são moradores da Favela do Pira, comunidade localizada na região.

Toda a ação foi gravada por uma câmera que estava no capacete do motociclista e as imagens foram divulgadas no YouTube e em redes sociais.


FONTE: UOL NOTÍCIAS.

População sofre com a falta de atendimento


Não prestar socorro é crime previsto no Código Penal, artigo 135. Contudo, por mais que se esforcem, bombeiros e servidores do Serviço Médico de Urgência (Samu) não estão conseguindo atender a todos os chamados de urgência da população do Distrito Federal. Isso ocorre por falta de ambulâncias ou mesmo de pessoal para atendimento

Os bombeiros trabalham hoje apenas com 20 ambulâncias, 50% do seu total. Isso porque seis estão quebradas, sem condições de uso, e outras 14 em manutenção. Já o Samu, que conta com 31 carros em pleno funcionamento (seis estão parados), sofreu redução nas horas-extras dos trabalhadores, segundo o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF), o que colaborou com a queda nos acolhimentos.

“A Secretaria de Administração Pública (Seap) pediu que diminuíssem as horas-extras. O governo, em vez de fazer pente fino em outras áreas, optou por fazer o corte no Samu”, aponta o vice-presidente do Sindate, Jorge Vianna. 

Descaso

Por outro lado,  explica o major do Corpo de Bombeiros, Eduardo Luiz Gomes, mesmo faltando ambulâncias, não houve queda de rendimento na corporação. “É claro que a gente tem uma demanda reprimida, mas nada gritante”, diz, sem calcular quantas pessoas deixam de ser atendidas devido ao déficit.

A afirmação, porém, não é confirmada por boa parte da população. “Eu liguei para os Bombeiros e me disseram que não tinha carro. No Samu, desligaram o telefone na minha cara. Isso é uma total falta de respeito com o cidadão”, conta, indignada, a dona de casa Marilange Célia Toledo, 48 anos, (foto abaixo) moradora de Ceilândia, região administrativa com o maior número de chamados de emergência: 2,7 mil registros de atendimento até abril deste ano.

As ligações aconteceram no último dia 3, quando o irmão dela, Wanderley Augusto, 42 anos, passou mal, apresentando sinais de convulsão.  “O que mais indigna é que não pedi nenhum favor. O Estado tem obrigação de oferecer esses serviços. Meu irmão poderia ter morrido se uma pessoa que passava de carro aqui na rua não tivesse aceitado levá-lo até o Hospital de Ceilândia. Ele está lá até hoje, internado, em observação”, acrescenta a Marilange. 

Sem direito a reclamar

Depois da falta de assistência, ela tentou registrar ocorrência do caso. Porém, os agentes disseram que precisaria dos nomes dos atendentes. “Como? Eles não passam o nome deles”, aponta. Na Ouvidoria do GDF, a mesma situação. “Perguntei para a atendente se Brasília tem governador. Se tem, não parece”.

Repasse de verba para o Samu

O mais estranho no caso do Serviço Médico de Urgência (Samu) é que o Ministério da Saúde destinou verba de custeio, com aumento de 19% para o serviço, somando mais de R$ 884 mil para a rede.  

A portaria que define o repasse foi publicada no Diário Oficial da União, em 19 de julho, e valia para os próximos meses. Os recursos estariam reservados à capacitação de profissionais e à manutenção das equipes e equipamentos das unidades móveis.

Redução

“Os servidores do Samu são da Secretaria de Saúde. O contrato deles é de 24 e 40 horas semanais, com plantões extras de seis ou 12 horas. Reduziram isso. E, além de tudo, já havia demanda de trabalhadores na área, porque não é qualquer profissional que pode trabalhar no Samu. Eles precisam de capacitação e isso leva tempo”, explica o vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF), Jorge Vianna. 
 
Carros inutilizados

De acordo com o major dos Bombeiros Eduardo Luiz as 20 ambulâncias da corporação rodam cerca de 600 quilômetros diariamente. “Usamos os carros até não suportarem mais”. Enquanto isso, vários carros estão parados no depósito, alguns para conserto e outros devem ir à leilão.

Ponto de Vista

O especialista em gestão pública da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira observa que o Governo do Distrito Federal (GDF) é o único responsável pela falta de ambulâncias nos Bombeiros e servidores no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Trata-se de um caso de ineficiência de administração. A postura deste governo, diante dos fatos, beira a inconsequência”, alerta o estudioso.  O especialista  argumenta ainda que,   “se as coisas chegaram a esse nível de negligência, minha sincera opinião é de que não resta mais nada para a população a não ser rezar para não precisar desses serviços de emergência”.  O professor salienta ainda que sempre faltou aos representantes do Palácio do Buriti a capacidade de desenvolver as prioridades do governo. “Todo governo deve ter objetivos para atingir as demandas da população. Aqui no Distrito Federal isso não aconteceu”, completa. Diante do cenário dos serviços de emergência, o estudioso em gestão pública da UnB opina: “a administração de Brasília caminha rumo ao caos”. 
 
Redução no atendimento

O major dos Bombeiros  Eduardo Luiz fala que a corporação atende em média uma ocorrência a cada meia hora, ou seja, 48 por dia. “Em Ceilândia e Taguatinga, regiões com maior demanda, esse número chega a 75, ou seja, três por hora”, diz. 

Contudo, os veículos inutilizados pela corporação podem ter cooperado para a redução no número de atendimentos pré-hospitalares em comparação com o ano passado. Até abril de 2012, as assistências a casos clínicos chegaram a mais de 6,3 mil. No mesmo período de 2013, porém, a corporação apresentou queda de 1,1 mil registros, com 5,2 mil ocorrências. Quando os chamados dizem respeito a traumas, ou seja, vítimas de acidente e agressão, este ano a corporação atendeu 6,1 mil chamados. De janeiro a abril de 2012 foram 7,4 mil atendimentos. 

Samu 
A reportagem não teve acesso a dados de atendimento dos últimos dois anos do Samu. Porém, matéria divulgada pela agência de comunicação do GDF mostra que em oito anos de funcionamento, o serviço recebeu mais de 10 milhões de ligações pelo 192. Entre os atendimentos, 60% são casos clínicos: convulsões, problemas cardíacos, crise hipertensiva, desmaios. Os demais são traumas, casos obstétricos e psiquiátricos.

Uma ambulância de unidade básica é composta de dois técnicos de enfermagem Para casos graves como derrame, parada cardíaca ou acidente de trânsito são disponibilizadas as ambulâncias de unidade avançada.

Sem respostas

Questionado, o Samu não respondeu o porquê das recorrentes reclamações da população por falta de atendimento. Quanto ao Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Comunicação do GDF informou que está prevista a compra de mais 30 carros ainda este ano, restando apenas três meses até 2014.


Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

Abandono é marca dos laboratórios de ciências



Unir teoria e prática é essencial para melhorar o aprendizado, dizem os especialistas. Principalmente em temáticas relacionadas à física, química e biologia. Para isso, os laboratórios de ciências são importante aliado. Porém, nas escolas públicas do DF, os estudantes não podem contar com eles. O Jornal de Brasília visitou alguns desses estabelecimentos e encontrou um quadro preocupante: em algumas escolas, os laboratórios estão abandonados; em outras, funcionam em péssimas condições.

Em meio à escassez de recursos, a aprendizagem fica restrita à sala de aula. Os professores também relatam que faltam investimentos na  formação continuada. E pedem a criação de programas de incentivo à pesquisa científica. 

Atenção

No Centro de Ensino Médio 3 do Gama, o laboratório de ciências transformou-se em sala de aula há dez anos. “Hojenão temos espaço para ter um laboratório. Além da falta de atenção a esse segmento, a demanda aqui é muito alta. Temos muitos alunos que vêm do Entorno porque não tem vaga em suas cidades”, comenta a vice-diretora da instituição, Flávia Maria Barbosa. Segundo ela, a escola conta com 1.700 alunos.

Diante da escassez, os alunos anseiam por melhores condições de aprendizagem e, inclusive, espalharam cartazes pela escola reivindicando a instalação de laboratórios de ciências.


Abandono

Com um frasco de reagente químico vencido em mãos, o professor de química do Centro de Ensino Médio 2 Fernando Mendes observa o abandono do laboratório de ciências na escola. “Quando viemos limpar o espaço para utilizá-lo, encontramos esse frasco empoeirado e descobrimos que estava vencido desde 2002. Mas, mesmo assim, usamos porque o efeito é semelhante ao necessário, mas não é o esperado”, diz o professor.  Ele observa, ainda, que somente a teoria não garante um aprendizado completo. “Quando o ensino se limita à teoria, percebemos que, no final do ano, o livro dos alunos ainda está novinho, mal foi manuseado”, diz.

É necessário capacitação

Além da fragilidade que envolve a  infraestrutura das instituições de ensino públicas, a falta de recurso humano para atender os 1.900 alunos do CEM 1 do Gama também é um dificultador. “É importante ter pessoas capacitadas para atuar dentro do laboratório, pois, no modelo atual, o professor tem de trabalhar dobrado. Ele traz 20 alunos por vez, enquanto os outros ficam na sala de aula. Com isso, precisa se desdobrar para conciliar as aulas práticas e teóricas”, acrescenta o supervisor da instituição, Carlos Fernandes. Ele diz que as atividades de experimentação são essenciais para o processo de aprendizagem e uma forma de o aluno vivenciar o conteúdo aprendido em sala de aula.

Carlos destaca que existe uma carência de profissionais nas áreas de ciências da natureza. “Para o professor que atua nessa área, não vale a pena ir para a sala de aula. Financeiramente não é bom negócio. Afinal, ele conclui a graduação em cerca de cinco anos. Depois faz um mestrado”, declara.
 
Faltam recursos para investimento na área
 
No Centro de Ensino Médio 1, no Gama, as aulas práticas são ministradas em um laboratório com estrutura física abaixo do ideal. De acordo com o supervisor da instituição, Carlos Fernandes, há dois anos a atual gestão retomou os investimentos na área. “Apesar de todas as dificuldades, nunca abrimos mão do espaço. A escola tem 50 anos de existência  e nunca passou por uma reforma estrutural. No nosso caso, a gestão da escola sempre teve a preocupação de manter o espaço dos laboratórios”, assegura.
 
Segundo o supervisor, a manutenção dos espaços vem de recursos próprios da instituição. “Por meio do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), o governo nos envia uma verba para ser gasta com reparos na escola. Porém, como temos essa atenção voltada para a importância dos laboratórios, deixamos de usar o dinheiro em algumas áreas e centralizamos neste setor. Só com a compra de materiais investimos aproximadamente R$ 20 mil. Porém, não é suficiente. Ainda falta muita coisa”, explica o supervisor Carlos Fernandes.
 
Gestor de dívidas
 
No Centro de Ensino Médio 2, também no Gama, onde estudam 2.480 alunos, o diretor Júlio César Ferreira fala sobre as dificuldades e diz que acaba sendo um gestor de dívidas e não de planejamento. “Nós utilizamos os recursos do Pdaf para reformar um laboratório. Mas a verba sempre vem com atraso”, frisa.
 
Júlio César  conta que em 2010 teve início o processo de reestruturação dos espaços físicos da escola e um laboratório já foi recuperado. “No primeiro momento, priorizamos os espaços coletivos. Em 2013, investimos cerca de R$ 10 mil para reparos nos laboratórios”, relata. Ele destaca que o processo de degradação dos ambientes físicos não é recente. “O sucateamento vem acontecendo há uma década”, diz.
 
Para o coordenador de Ciências da Natureza da escola, Wanderson Lopes, a reciclagem acadêmica também é importante. “Se não tiver um capital humano preparado, não adianta ter uma estrutura de ponta”, diz.
 
Sem incentivo pessoal
 
Além da falta e precariedade dos labotatórios de ciências, projetos individuais de professores sofrem com a falta de apoio. Desenvolvido por dois professores, o Planetário Móvel foi lançado em 2009 e idealizado pelos educadores Luis Edvar Cavalcante e Josué de Lima Rodrigues, para ser apresentado nas escolas. A praticidade é marca registrada do projeto, que pode ser transportado para qualquer lugar, pois cabe em um carro de passeio. E precisa somente de um ventilador para inflar o cenário.
 
De acordo com Luis Edvar, o projeto foi repassado à Secretaria de Educação em 2008. “Inicialmente foi feita uma tentativa de montar o planetário com o financiamento da pasta. Quando apresentei o projeto diretamente ao secretário de Educação, ele achou a ideia muito promissora, mas logo percebi que as exigências da burocracia, aliadas à lentidão dos procedimentos, impediriam o início das atividades no Ano Internacional da Astronomia, em 2009. Naquele momento, a única saída era financiar com recursos próprios a compra dos equipamentos, já que o planetário era um sonho com data certa para começar. Com isso, os trabalhos de atendimento acabaram se dando em 2009 com grande aceitação por parte das escolas”, relata.
 
Capacidade
 
De acordo com o professor, apesar da falta de apoio do GDF, o número de atendimentos segue em ritmo acelerado. “Já fizemos mais de 60 atendimentos a escolas e eventos ligados a educação. Acredito que já ultrapassamos o número de 30 mil atendimentos”, assegura. Contudo, a expressiva aceitação não impediu o surgimento de grandes problemas. “Atualmente, o projeto passa por grandes dificuldades. A falta de recursos faz com que medidas que teriam capacidade de ampliar o alcance pedagógico do projeto deixassem de ser feitas”, lamenta.
 
A reportagem do JBr entrou em contato com o GDF, mas até o fechamento da edição não teve resposta.
 
Na escola privada a realidade é inversa
 
São muitas as desigualdades entre as escolas das redes pública e privada de ensino. Na questão dos laboratórios, não poderia ser diferente. Enquanto as escolas mantidas pelo Estado, sequer, têm esse espaço, os colégios particulares contam com equipamentos de última geração. Para Leandro Grass, professor do colégio Marista e coordenador do projeto Maristão Faz Ciência, é importante aliar a estrutura física ao incentivo à pesquisa. “Os laboratórios têm a função de fazer a ponte entre teoria e prática. Dessa forma, o estudante entra em contato com o universo da pesquisa e percebe que não está lidando com  algo que está distante dele, ele passa a vivenciar aquilo”, assegura.
 
O projeto coordenado por Leandro foi criado com o objetivo de incentivar a pesquisa científica. Os alunos do Ensino Médio que desejam começar no mundo acadêmico podem contar com um programa de iniciação científica já na escola.  Com isso, a escola pretender começar a lapidar os novos talentos antes mesmo do ingresso na faculdade.  O programa começou em 2011 e os temas dos projetos são definidos por áreas de concentração. Os projetos de pesquisa são subsidiados pela Instituição.

Policial baleado em Aparecida de Goiânia morre em hospital


O policial civil do DF que foi baleado após um show do rapper norte-americano Ja Rule, em Aparecida de Goiânia, na noite da última sexta-feira (11), morreu por volta de 22h50 de ontem (12) no Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo). Márcio Augusto Lisboa foi baleado nas costas e na barriga e deu entrada na Unidade de Saúde em estado gravíssimo. Ele fazia parte da equipe policial da 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá.

O outro policial (PM) que também foi baleado não corre risco de morte. A polícia goiana fez buscas pela cidade durante todo o dia de ontem. À noite, o suspeito de atirar no agente, Geovane de Souza, 28 anos, foi morto durante uma troca de tiros com a polícia de Aparecida de Goiânia.

De acordo com o Grupo de Investigação de Homicídios de Goiânia (GIH), Geovane era foragido da justiça.

Os policiais chegaram até o suspeito através de uma denúncia. Chegando ao local, a casa dele, os PMs foram recebidos a tiros e revidaram. Outro suspeito, que estava junto com Geovane, tanto na hora do crime, quanto na casa dele, conseguiu fugir.

A polícia procura pelo fugitivo. O policial deve ser enterrado nesta segunda-feira (14).

BRASIL



Atualizado: 13/10/2013 20:53 | Por DAIENE CARDOSO E RICARDO BRITTO, estadao.com.br

Rede recusa 'cargo' no PSB e mantém criação de partido

Aliados de Marina anunciaram que consolidarão a criação do partido e que a decisão de não integrar os diretórios estaduais ou a Executiva do PSB ajuda a 'manter a identidade da Rede'


+ Rede recusa 'cargo' no PSB e mantém partido

Em reunião comandada pela ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), a Executiva Nacional Provisória da Rede Sustentabilidade decidiu neste domingo, 13, que nenhum dos filiados participará das instâncias partidárias do PSB. Num encontro que durou todo o dia, os aliados de Marina anunciaram que consolidarão a criação do partido e que a decisão de não integrar os diretórios estaduais ou a Executiva do PSB ajuda a "manter a identidade da Rede", deixando claro que se trata apenas de uma coligação "programática".

"Foi um gesto generoso do PSB (de oferecer espaço nas instâncias decisórias da legenda), mas a nossa decisão é importante para caracterizar a coligação", justificou Bazileu Margarido, da Executiva da Rede. Com a decisão, os "marineiros" criaram uma "comissão de interlocução" com o PSB, sob a liderança da ex-senadora, que ficará responsável por apresentar à sigla do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, as propostas para o plano de governo e as deliberações sobre as alianças regionais.
Também ficou decidido que não haverá mais filiações de "marineiros" à agremiação de Campos. "Esse processo de filiação (ao PSB) está encerrado", informou o dirigente da Rede. No encontro, que teve videoconferência com a militância nos Estados, houve aprovação "por aclamação" da aliança com o PSB. Eles admitem, no entanto, que o processo de convencimento de todos os militantes levará tempo. "Esse momento (de frustração da militância) não está superado. Vamos dialogar com a militância da Rede", afirmou Margarido. Durante a reunião, os "marineiros" anunciaram também que vão retomar o processo de coleta de assinaturas para validação do registro da sigla junto à Justiça Eleitoral.
Pesquisa. A ex-senadora evitou o contato com os jornalistas para "não se expor" e comentar o novo levantamento do Datafolha. "Ainda vamos debater isso com a base, mas a pesquisa teve um aspecto positivo, que foi o crescimento do Eduardo Campos", resumiu Margarido. A pesquisa realizada na sexta-feira, 11, apontou que a presidente Dilma Rousseff venceria no primeiro turno e teria 41% das intenções de voto, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) outros 21% e Campos, 15%.
Já o deputado Walter Feldman (PSB-SP) classificou como o crescimento "mais extraordinário" o aumento das intenções de voto registrado pelo governador. "Ele (Campos) até então era um candidato frágil porque (tinha) quatro pontos (de intenção de voto) no início, sem perspectiva de exposição e problemas eleitorais. Ele teria muitas dificuldades. O próprio PSB fala que esperava que (ele) só teria dois dígitos no ano que vem. Então, na minha avaliação, é o crescimento mais extraordinário", disse.
A pesquisa foi a primeira divulgada após a ida de Marina, que tentou viabilizar sem sucesso a criação do seu partido, para o PSB presidido pelo governador de Pernambuco. Feldman, ex-tucano, seguiu os passos de Marina. Na avaliação de Feldman, Campos é o candidato com melhores condições de avançar nas próximas pesquisas porque conta com baixa rejeição e ainda é desconhecido de grande parte do eleitorado, o que o leva a ter um potencial de crescimento maior.
Para o parlamentar, os eleitores de Marina "evidentemente" se dividiram e agora ocorre um processo de "decantação da decisão" da ex-ministra de migrar para o PSB. Ele disse que não se preocupa com o fato de Dilma ter herdado a maior parte do espólio eleitoral de Marina, uma vez que, na opinião dele, ainda "não está claro" que ela se retirou da disputa em 2014 e vai ceder seu "patrimônio" para Campos.
"A hora que tiver o desdobramento das informações, a nossa avaliação é que uma parte ponderável (das intenções de voto) virá para cá. Até porque Marina representa uma parte daquilo que não se representa na Dilma e não reconhece no Aécio as condições de ser o destinatário. É uma questão de tempo", disse.
Questionado se Marina poderia ser a cabeça de chapa do PSB em 2014, pelo fato de em outra simulação na qual concorre levar a disputa para o segundo turno, Feldman negou categoricamente. Segundo ele, seria contraditório para a postura de "desprendimento" da ex-ministra. Ele disse que Marina cedeu seu patrimônio para quem ela considera ter melhores condições para levar adiante o programa da Rede Sustentabilidade e depois ficar "conspirando o tempo todo, abalando e dificultando" a atuação do novo partido.

BRASIL


Atualizado: 13/10/2013 20:03 | Por Anne Warth, estadao.com.br

E-mails do governo serão protegidos por novo sistema, diz Dilma no Twitter

'Esta é a primeira medida para ampliar a privacidade e a inviolabilidade de mensagens oficiais', afirmou a presidente em sua conta no microblog

Anúncio acontece após denúncias de espionagem
A presidente Dilma Rousseff disse neste domingo que o governo vai criar de um sistema nacional de e-mail criptografado para evitar que autoridades nacionais sejam alvo de espionagem. A determinação foi dada ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda.
Veja também:
"Esta é a primeira medida para ampliar a privacidade e a inviolabilidade de mensagens oficiais", afirmou a presidente, em sua conta oficial no Twitter. "É preciso mais segurança nas mensagens para prevenir uma possível espionagem."
O sistema será desenvolvido pela Serpro em parceria com os Correios e terá uso obrigatório no governo. O Ministério das Comunicações deve começar a testá-lo ainda neste mês. A Serpro e os Correios também estudam o lançamento de um serviço público e gratuito de e-mail seguro para a população.
Outras medidas para dar segurança às informações têm sido desenvolvidas em sintonia com o Planalto. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) criou e está agora aprimorando telefones fixos e celulares que transmitem sinal criptografado e dificultam a decodificação de conversas sigilosas. Apesar da dificuldade de usá-los, mais assessores e ministros pediram à agência para receber os aparelhos.
A Abin também apresentou ao Palácio do Planalto uma espécie de pen drive que cria áreas seguras em computadores, dispositivos e sistemas. Os documentos criados nesse ambiente são automaticamente criptografados e podem ser enviados pela internet com segurança.
O governo também quer comprar um satélite geoestacionário próprio, por meio da Telebrás. Hoje, dados, telefonia, sinais de TV paga e comunicações militares passam pelo satélite da Embratel, privatizada em 1997 e, atualmente, nas mãos da Claro, do empresário mexicano Carlos Slim.
O satélite e a tecnologia serão fornecidos pelo grupo franco-italiano Thales Alenia Space. A Visiona, uma joint venture entre a Telebrás e a Embraer, será a responsável pela montagem do satélite, e a tecnologia ficará a cargo da Agência Espacial Brasileira (AEB). Ao custo de cerca de US$ 600 milhões, ele deve entrar em órbita em 2016.
No mês passado, reportagens do jornalista Glenn Greenwald mostraram que a presidente Dilma Rousseff foi objeto de monitoramento direto da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA). O órgão invadiu telefonemas e e-mails enviados por Dilma a seus assessores, além de mensagens trocadas entre ela e o atual presidente mexicano, Enrique Peña Nieto. O repórter se baseou em documentos revelados pelo ex-técnico da NSA Edward Snowden.
Dilma cobrou esclarecimentos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Insatisfeita com as explicações, ela decidiu cancelou a visita oficial que faria ao país neste mês.