segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Comandante da Guarda Revolucionária iraniana critica Rohani por conversa com Obama


O comandante da Guarda Revolucionária, o exército de elite do regime iraniano, Ali Jafari, em uma coletiva de imprensa em Teerã, em 16 de setembro de 2013

O comandante da Guarda Revolucionária, a força de elite do regime iraniano, criticou nesta segunda-feira a histórica conversa por telefone da semana passada entre os presidentes iraniano, Hassan Rohani, e americano, Barack Obama.
Esta é a primeira crítica pública de uma autoridade iraniana à conversa de sexta-feira entre Rohani e Obama.
"O presidente manteve uma posição firme e adequada durante sua estadia (nos Estados Unidos), mas, da mesma forma que se negou a reunir-se com Obama, deveria ter se recusado a conversar com ele por telefone e esperado ações concretas do governo americano", declarou o general Mohamad Ali Jafari ao site Tasnimnews.com.
A crítica contradiz o pedido de Rohani e do guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, que pediram que a Guarda Revolucionária não trate de política.
O contato telefônico entre os presidentes iraniano e americano foi o primeiro entre líderes dos dois países desde a ruptura de relações diplomáticas em 1980.
Para responder à "boa vontade" manifestada pelo Irã na Assembleia Geral da ONU, o governo dos Estados Unidos deve "suspender todas as sanções contra a nação iraniana, desbloquear os bens iranianos congelados nos Estados Unidos, suspender sua hostilidade em relação ao Irã e aceitar o programa nuclear iraniano", declarou o general Jafari, nomeado pelo guia supremo.
A conversa de sexta-feira abordou o programa nuclear iraniano, e os dois presidentes concordaram que os ministros das Relações Exteriores devem permanecer em contato com o objetivo de encontrar uma solução para a crise desatada em 2005.
"Em sua ação, o governo pode cometer erros táticos, como a conversa telefônica, mas isso talvez possa ser reparado", declarou o chefe do exército de elite do regime iraniano.
"Se forem comprovados erros entre as autoridades, as forças revolucionárias expressarão as advertências necessárias", acrescentou o militar, sem dar mais detalhes.
Este telefonema entre o presidente americano e o iraniano é o primeiro contado direto entre líderes dos dois países desde 1980, quando romperam qualquer relação diplomática.
Além da conversa por telefone, os chefes da diplomacia do grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) realizaram um encontro sem precedentes com seu colega iraniano, e anunciaram a retomada das negociações nos dias 15 e 16 de outubro em Genebra.
Os ocidentais e Israel suspeitam que a República Islâmica queira produzir a arma atômica sob o pretexto de desenvolver um programa nuclear civil.
Desde 2006, o Irã tem sido alvo de sanções da ONU, que foram reforçadas em 2012 por um embargo petrolífero e financeiro imposto pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

DF

Processo licitatório do Transporte do DF indigna usuários




A notícia de que a licitação de duas das cinco bacias do transporte público do DF terá de ser refeita dá o que falar nas paradas de ônibus. Desconfiados de como transcorreu o processo, passageiros apoiam a  decisão do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT). E especialistas alertam que, a partir de agora, novos problemas para os usuários deverão surgir. O Jornal de Brasília  noticia as denúncias desde maio último.
 
A decisão da 1ª Vara de Fazenda Pública levou em consideração a suposta participação fraudulenta do escritório Gonçalves & Sacha Reck, que, além de participar da elaboração do edital, representa as empresas Marechal e Piracicabana, ambas vencedoras dos dois maiores lotes: 1 e 4. 
 

Outro ponto levantado pelo magistrado destaca que as empresas receberam tratamento privilegiado, incluindo  a ampliação   de prazos para que a Piracicabana pudesse entregar documentação necessária para a qualificação.
 
Apesar de prejudicados pelo atual sistema, devido às péssimas condições que enfrentam diariamente, os usuários concordaram com a decisão do TJDFT. “Mais uma vez, a história se repete. Tudo mancomunado e sempre com irregularidades. Não estou nem um pouco surpreso com a decisão da Justiça. Agora é ver se um dia vai mudar essa grande vergonha”, desabafa o desenhista Marco Aurélio Lobo, 33.
 
Sistema Incompleto

Ao analisar o cenário, o pesquisador   da Universidade de Brasília (UnB) e mestre em transporte público Flávio Augusto Dias  avalia que os usuários estão desprotegidos. “O passageiro terá problemas para usar o transporte, já que ele está incompleto. Ou se funciona com o sistema de bacias ou com o anterior. Da forma como está, o passageiro pode ter dificuldades ao usar coletivos de um sistema para o outro”, analisa.
 
Dias destaca que os usuários não confiam no transporte, e a decisão da Justiça acaba de jogar um balde de água fria sobre a esperança deles. “O usuário não confia mais no sistema. Confiança: essa é a palavra-chave. A decisão acaba com a esperança do usuário, que já estava vendo a transição acontecer e agora terá que esperar até que o governo faça uma nova licitação”, relata.
 
 
Não existe concorrência

O pesquisador Flávio Augusto Dias acredita que o modelo definido pelo governo Agnelo não é o melhor, pois não incentiva a concorrência. “Antes, você poderia colocar mais de uma empresa em uma mesma linha. Assim, quando uma não cumprisse o horário, a outra ficaria com todo o lucro da concorrente”, explica o especialista da UnB, que ressalta: “Para um modelo como esse, deveria haver empresas e um governo sério, e eu não vejo isso acontecendo em Brasília. Os empresários vão tratar os passageiros como sardinhas dentro desses ônibus”.
 
Usuária do sistema, a promotora de vendas Anne Araújo, 20 anos, moradora de Nova Colina, em Sobradinho, concorda com o especialista no que diz respeito ao lucro visado pelos empresários. Ela espera até uma hora para conseguir pegar um ônibus que lhe deixe próximo à sua casa – que sempre está lotado. 
 
“Temos que esperar tudo isso para pegar um ônibus com linha Planaltina. Os passageiros ficam bravos  porque sabem que o carro terá que parar várias vezes antes de chegarem ao destino deles”, conta.
 
Irregularidades do começo ao fim

A cada novo capítulo da novela da licitação dos ônibus, mais denúncias surgem. E o JBr está acompanhando todas. Ainda em 2011, quando da elaboração do edital, teria ocorrido a primeira irregularidade com a participação de Galeno Furtado, presidente da comissão  de licitação do transporte e ex-chefe de gabinete de Durval Barbosa, delator da Caixa de Pandora. 
 
Por ser empresário – dono de um alambique –, Galeno não poderia ocupar o cargo. Além disso, em gravações, ele teria admitido fraudes na licitação e chegou a ser intimado pelo MP. Recentemente, foi transferido para a prefeitura de Alexânia (GO), onde sua empresa está situada, e continua sendo pago pela Codeplan, seu órgão de origem. 
 
Em maio deste ano, o Jornal de Brasília começou a publicar uma série de reportagens que expuseram falhas na elaboração do edital de licitação. Entre elas está a participação  dos advogados Garrone e Sacha Reck no certame, pai e filho, que  defendem os interesses dos grupos Constantino e Gulin, vencedores das Bacias 1 e 4.
 
Superfaturamento
 
Outro ponto levantado pelo Ministério Público diz respeito ao superfaturamento das tarifas, que no DF tem taxa interna de retorno de 12%, enquanto em Curitiba ela é de 8,95%. Além disso, as empresa assessoradas pela Gonçalves & Sacha Reck ofereceram na disputa o valor máximo possível para a prestação do serviço, enquanto as demais tinham taxas mais baratas.
 
O MP afirmou que houve excessiva pressa para a conclusão da licitação, o que provocou erros que prejudicaram a competitividade.
 
O governo Agnelo diz que aguarda a notificação sobre a decisão de suspender os contratos das bacias. A reportagem não conseguiu contato com as empresas envolvidas.


Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

Nacional

Esta semana, 2 mil cubanos chegam ao Brasil para segunda etapa do Mais Médicos


      

De hoje (30) até o final desta semana chegam ao Brasil mais 2 mil médicos cubanos para a segunda etapa do Programa Mais Médicos. Hoje, os primeiros 135 profissionais de Cuba desembarcam em Vitória (ES). Na próxima segunda-feira (7), os 2 mil cubanos iniciam o módulo de avaliação que tem duração de três semanas com aulas sobre língua portuguesa e o sistema brasileiro de saúde pública. As informações são do Ministério da Saúde.
 
Além dos 2 mil cubanos, os 149 médicos com diploma do exterior que foram selecionados para a segunda fase do Mais Médicos iniciam o módulo de avaliação no dia 7.
 
Na primeira fase do Programa Mais Médicos, 400 profissionais cubanos chegaram ao Brasil e passaram por curso de formação e avaliação. A previsão do Ministério da Saúde é trazer ao país, até o final do ano, 4 mil médicos cubanos. Esses profissionais vêm ao Brasil por meio de um acordo intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
 
Assim como os médicos com diploma do exterior que se inscreveram individualmente, os cubanos que vêm pelo acordo com a Opas não precisam passar pelo Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior) e, por isso, terão registro provisório por três anos para atuar na atenção básica e com validade restrita ao local para onde forem designados.


Fonte: Agência Brasil

Hambúrgueres grátis para funcionários federais nos EUA


Um funcionário prepara hambúrgueres em um restaurante de Toulouse, na França, em 1 de dezembro de 2011

Uma rede de fast-food de Washington está prometendo hambúrgueres gratuitos para trabalhadores federais que forem colocados em licença se o governo americano for paralisado na terça-feira, informou seu fundador e proprietário nesta segunda-feira.
"Se as pessoas não forem trabalhar, eles poderão vir e pegar um hambúrguer" em um dos quatro restaurantes da rede Z-Burger na região da capital nacional ao meio-dia e novamente no início da noite, declarou Peter Tabibian à AFP.
Tabibian, cuja família emigrou do Irã na década de 1980, reconheceu que vai perder dinheiro "se essa coisa durar por 20 dias", mas afirmou que deseja ajudar os funcionários públicos, que representam grande parte de sua clientela.
A oferta está aberta a funcionários e contratados federais atingidos pela licença não remunerada mediante a apresentação de uma carteira de identificação, bem como aos trabalhadores municipais em Washington, que, como um distrito federal, é supervisionado pelo Congresso.
Existem 320 mil servidores federais em Washington e em seus subúrbios, que representam cerca de 15% de toda a folha de pagamento do governo federal.

Governo paraguaio pune 18.000 professores que fizeram greve


Milhares de professores paraguaios protestam em 20 de setembro de 2007, em frente ao Parlamento, em Assunção

O ministério da Educação do Paraguai descontou a metade do salário de 18.000 professores que fizeram uma greve durante 26 dias entre julho e agosto passados, informou nesta segunda-feira sua diretora administrativa, Mirna Verna, em declarações à imprensa.
O anúncio provocou a reação imediata do sindicato de docentes, cujos líderes ameaçaram reiniciar a greve, por reivindicações a favor de sua aposentadoria.
"É a primeira vez que o ministério desconta os salários de tanta gente por dias não trabalhados", disse a funcionária, que acrescentou que a decisão é irreversível.
Os sindicalistas da Federação de Educadores entraram com uma demanda diante dos tribunais judiciais para evitar o desconto.
Marcos González, porta-voz do sindicatos, anunciou que a federação analisará as ações que serão tomadas para que o ministério reveja sua decisão.
Mas outro sindicato, a Organização de Trabalhadores da Educação, revelou que na terça-feira começará uma série de medidas de força, que consistem no bloqueio de vias e na suspensão de aulas.
A greve, a favor de uma lei de aposentadorias que o governo considera inaceitável, foi declarada ilegal em primeira instância nos tribunais.
Embora em segunda instância a decisão tenha sido anulada, o Estado declarou que os descontos são independentes do pleito sobre a legalidade da greve.

Três policiais, um soldado e um civil mortos em ataques no Sinai


Soldados egípcios na área da fronteira de Rafah, em 21 de maio de 2013

Três policiais e um soldado foram mortos nesta segunda-feira por homens armados no Sinai, península do norte do Egito, em meio a combates entre grupos islamitas e as forças de ordem, anunciaram fontes da segurança.
Um civil também foi assassinado por desconhecidos em outro ataque na mesma região, perto da fronteira com a Faixa de Gaza.
Homens mascarados dispararam ao amanhecer contra guardas que faziam a segurança de um posto policial em Al-Arich, no Mar Mediterrâneo, matando três policiais, segundo as fontes, que pediram anonimato.
Os atacantes conseguiram fugir.
Mais tarde, homens armados a bordo de um carro atiraram na direção de um veículo blindado do exército estacionado no sul desta cidade, matando um soldado.
E mais a leste, em Sheikh Zuwayed, perto do posto de fronteira entre Rafah e Gaza, homens armados dispararam contra um veículo da polícia rodoviária, matando um civil.
A península do Sinai, fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, tornou-se um verdadeiro reduto para os islamitas radicais e os ataques contra as forças de ordem se multiplicaram desde a destituição e a prisão do presidente islâmico egípcio Mohamed Mursi, no dia 3 de julho.
Dezenas de policiais e militares morreram em ataques quase diários no Sinai nos últimos meses, enquanto o exército assegura ter matado dezenas de combatentes islamitas em ofensivas regulares nesta região desértica.

Nova onda de atentados deixa ao menos 47 mortos no Iraque


Local de um ataque com carro-bomba em Bagdá

Ao menos 47 pessoas morreram e 140 ficaram feridas nesta segunda-feira em outra onda de atentados no Iraque, cometidos principalmente contra a minoria xiita, indicaram autoridades médicas e dos serviços de segurança.
Estas explosões são o último episódio de uma série de ataques sectários no centro do país, que levantam os temores de um retorno ao conflito religioso entre xiitas e sunitas, que deixou dezenas de milhares de mortos e cujo auge foi registrado em 2006 e 2007.
As bombas explodiram em nove zonas diferentes, seis delas de maioria xiita, uma mista e outra de maioria sunita.
Os ataques mais mortíferos ocorreram em Kadhimiyá, uma área fundamentalmente xiita do norte de Bagdá, onde dois carros-bomba mataram pelo menos nove pessoas e feriram 19.
Em Khadida, em Bagdá, uma bomba explodiu em um estacionamento incendiando veículos, destruindo um muro e quebrando as vitrines de lojas e de uma clínica para mulheres, indicou um jornalista da AFP.
Forças de segurança foram mobilizadas na área, onde fecharam as ruas e utilizaram cachorros especialmente treinados para buscar bombas.
Nos últimos dias foram registrados vários ataques sectários.
No domingo, um terrorista suicida realizou um atentado em uma mesquita xiita de Bagdá, provocando o desabamento do telhado e matando 47 pessoas.
E na sexta-feira várias bombas explodiram perto de duas mesquitas sunitas em Bagdá quando os fiéis saíam depois das orações, matando seis pessoas.
Outras bombas tomaram como alvo rezadeiras sunitas em Bagdá, no dia 23 de setembro, matando 15 pessoas, depois que um atentado contra um funeral sunita custou a vida de 12 pessoas no dia anterior.
Por sua vez, bombas contra a comunidade xiita mataram 73 pessoas em Bagdá no dia 21 de setembro, depois que duas explosões em uma mesquita sunita do norte da capital custaram a vida de 18 pessoas no dia anterior.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse que está "cada vez mais preocupada pela situação no Iraque, onde as recentes ondas de violência sectária ameaçam provocar um novo deslocamento interno de iraquianos que tentam fugir dos bombardeios e de outros ataques".
A ACNUR afirmou que 5.000 iraquianos já se deslocaram em 2013, somando-se aos mais de 1,13 milhão que fugiram ou foram obrigados a abandonar suas casas nos últimos anos.
A violência no Iraque chegou a um nível sem precedentes desde 2008, quando o país começava a sair do mortífero conflito sectário.
Diplomatas e analistas afirmam que o governo dirigido pelos xiitas não conseguiu satisfazer as exigências da minoria árabe sunita, que se queixa da exclusão política e dos abusos das forças de segurança, o que desencadeou a espiral de violência.
As autoridades fizeram algumas concessões destinadas a acalmar os adversários do governo e os sunitas em geral, como a libertação de prisioneiros e aumentos dos salários dos sunitas que combatem a Al-Qaeda, mas ainda restam questões que precisam ser resolvidas.
Por sua vez, a guerra civil na vizinha Síria aumentou a tensão religiosa no Iraque.

Bolsas europeias fecham em queda


Uma tela mostra a evolução do índice CAC da bolsa de Paris, em 8 de agosto de 2011

Bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, com o FTSE 100 de Londres caindo 0,77% a 6.462,22 pontos.
O DAX 30 de Frankfurt também caiu 0,77% a 8.594,40 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, teve queda de 1,03% a 4.143,44 pontos.

DF


Casal é preso pela PRF com mais de 100 quilos de maconha na BR-060Droga vinha de Campo Grande e abasteceria pequenos e médios traficantes de diversas regiões do DF



Casal e droga apreendida na BR-060 (Ed Alves/CBOline/D.A.Press)
Casal e droga apreendida na BR-060

Um casal foi preso, na BR-060, com 105 quilos de maconha. A prisão foi resultado de investigação e ação conjunta entre a Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal. A ação ocorreu por volta das 18h da última sexta-feira (27/9), próximo ao Engenho das Lajes.



A Polícia Civil informou que a droga vinha de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e abasteceria pequenos e médios traficantes de São Sebastião, Samambaia, Planaltina, Itapoã e Sobradinho.

Além de 99 tabletes de maconha, a polícia encontrou munições de diversos calibres na casa do suspeito em Sobradinho II. O homem, de 26 anos, já tinha passagem por porte ilegal de droga.

A mulher será indiciada por associação ao tráfico e tráfico de drogas. O suspeito responderá pelos mesmos crimes e por porte ilegal de munições. As investigações continuam.


Fonte: Correio Braziliense

Kirchner e Mujica se encontram sob tensão por fábrica de celulose uruguaia


A presidente argentina, Cristina Kirchner, e seu equivalente uruguaio, José Mujica, durante a inauguração de uma refinaria em 27 de agosto de 2013, em Montevidéu

A presidente argentina, Cristina Kirchner, recebe nesta segunda-feira seu colega uruguaio, José Mujica, em meio a novas tensões depois que o presidente do Uruguai afirmou que analisa autorizar o aumento de produção de uma fábrica de celulose localizada sobre um rio limítrofe.
Mujica realizará uma breve visita a Buenos Aires para participar com Kirchner de uma cerimônia na qual um ferry de uma empresa que realiza serviços entre Argentina e Uruguai cruzando o Rio da Prata será batizado com o nome de "Francisco", em homenagem ao Papa, de origem argentina.
"Antes da cerimônia será realizada uma reunião entre os dois presidentes", disse nesta segunda-feira à AFP uma fonte da Presidência argentina.
A nova controvérsia foi desencadeada depois que Mujica se mostrou disposto a autorizar um aumento da produção da finlandesa UPM (ex-Botnia), uma usina de produção de pasta de celulose localizada na costa uruguaia do limítrofe rio Uruguai.
O aumento seria de um milhão a 1,3 milhão de toneladas anuais.
O rio é de administração compartilhada.
A Argentina considera que o Uruguai não pode decidir unilateralmente sobre o aumento da produção e advertiu que, se o fizer, violará a decisão do Tribunal de Haia, ao qual ambos os países recorreram após uma extensa controvérsia gerada por denúncias de grupos ambientalistas argentinos, que chegaram a bloquear uma ponte de passagem binacional, de que supostamente a usina seria poluente.
"O limite de um milhão de toneladas anuais foi o que o Tribunal Internacional de Justiça utilizou para analisar a controvérsia e ele emitiu sua decisão com base neste número" em 2010, afirmou a chancelaria argentina em um comunicado divulgado um dia antes da visita de Mujica.
O governo de Kirchner advertiu que se não for alcançado um acordo nesta ocasião, levará o caso ao Tribunal de Haia.
A controvérsia sobre a suposta atividade poluente da usina foi dirimida por este tribunal internacional há três anos a favor do Uruguai. O organismo implementou controles periódicos à atividade da indústria. Os monitoramentos ambientais são conjuntos e a Argentina se nega a publicá-los.

Saúde

GDF cria a "Sala da Tosse" em hospital público para prevenir a tuberculose


Intenção é controlar e tratar precocemente a doença que, segundo especialistas, pode matar

O GDF (Governo do Distrito Federal) criou esta semana a "Sala da Tosse" para controlar e previnir a tuberculose. Pacientes que apresentam os sintomas da doença podem, a partir de agora, ser atendidos em uma sala especializada no HRAN (Hospital Regional da Asa Norte). 

O espaço físico faz parte do "Programa de Controle de Tuberculose", da Secretaria de Saúde do DF, que tem o objetivo de tratar a doença que, segundo especialistas, pode matar. ...

Os médicos gêmeos Allan Eurípedes e Allan Kardec, responsáveis pelo serviço no HRAN, explicam que de cada 100 pessoas que são atendidas com tosses frequentes, apenas três são diagnosticadas com tuberculose. No entanto, esse número pode enganar.

— Esse número é pequeno porque as pessoas não buscam o atendimento.

A tuberculose, em todos os seus estágios, tem cura. Porém, as pessoas que procuram ajuda ainda no início da doença ficam com sequelas menores nos pulmões.

— Feridas são normais, pois a tosse machuca as paredes dos pulmões.

O exame realizado nos pacientes para detectar a doença é o Baciloscopia, que consiste na análise do bacilo de Köch, causador da tuberculose.

São coletadas duas amostras de saliva para avaliação, a primeira já no ato do exame e a segunda no dia seguinte, com o paciente em jejum. O resultado fica pronto após a segunda coleta.

Allan Eurípedes ainda ressalta a importância de todos os profissionais da Saúde serem "vigilantes da tosse".

— Independente da área de atuação, os agentes da área da Saúde devem se informar quanto à tosse do paciente. Caso ele esteja com esse problema há mais de três semanas, o médico deverá encaminhá-lo para a 'Sala da Tosse'".

Pessoas que tossem há mais de três semanas devem procurar o atendimento, que também está disponível nas demais regionais do Distrito Federal.

Esse, segundo Allan, é o prazo para detectar a tuberculose em seus primeiros estágios.

— É o tempo ideal para trabalharmos adequadamente o quadro desse paciente.

Os pacientes serão atendidos por ordem de chegada, das 9h às 17h30.

Invasão de Propriedade

Presidente do STF lamenta prisão de jornalista do 'Estado' nos EUA


Claudia Trevisan foi detida pela polícia depois de tentar entrevistar Joaquim Barbosa

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, lamentou a prisão da correspondente do Estado em Washington, Claudia Trevisan, na Universidade Yale, nos EUA. Ela foi detida na quinta-feira passada quando tentava entrevistar o ministro. Barbosa afirmou, por meio da sua assessoria, que ficou sabendo do episódio apenas na manhã de sábado, 28, informado pela organização do seminário ‘Constitucionalismo Global 2013’, do qual participava. Disse que lamentava o ocorrido, já que a jornalista brasileira estava lá "apenas fazendo seu trabalho". ...



Claudia Trevisan foi algemada e detida por quase cinco horas, primeiro em um carro policial e, depois, na delegacia da cidade de New Haven, onde fica a universidade. Ela foi liberada após ser autuada por "invasão de propriedade".

"O ministro lamentou o fato da prisão de uma repórter brasileira durante o evento em que ele participava", informou a assessoria de Barbosa. O presidente do Supremo, conforme sua assessoria, "só veio a tomar conhecimento (da prisão) muito tempo depois, no sábado pela manhã, quando a organização do evento o informou."

A repórter havia sido destacada pelo jornal para cobrir a visita do presidente do STF. Ao procurar a assessoria da faculdade de direito da universidade, foi informada de que o evento seria fechado. Claudia conversou por telefone com o próprio Barbosa, a quem solicitou uma entrevista. O ministro afirmou que não falaria com a imprensa.

A própria jornalista, ao chegar à universidade, procurou um dos seguranças da instituição para confirmar a localização do evento, quando, então, foi detida, algemada e teve seu passaporte retido. Ficou uma hora presa dentro de uma viatura, sem poder telefonar, e outras quatro horas na delegacia, quando pôde, enfim, fazer contato com a empresa. O Itamaraty foi então acionado e um representante do consulado em Hartford foi encontrá-la.

A Diretoria Jurídica do Estado acompanha o caso.

Anteontem, a Universidade Yale divulgou nota sobre a detenção da jornalista. A instituição alegou que a prisão foi "justificada", mas afirmou que não "planeja acionar a promotoria local" para pedir a abertura de uma ação penal contra ela.

No comunicado - assinado pelo secretário de imprensa Tom Conroy -, Yale reafirmou o motivo da prisão e disse que "a polícia seguiu os procedimentos normais, sem que a sra. Trevisan fosse maltratada". A jornalista se disse surpresa com a afirmação. "Algemas são coisas dolorosas para usar. Ser impedida de fazer um telefonema durante cinco horas é uma violência terrível", observou.

Ofício. O jornalista e escritor Laurentino Gomes lamentou nesse domingo, em seu blog, a prisão da jornalista do Estado. Para ele, mais do que ser vítima de uma atitude arbitrária, Claudia foi alvo do preconceito contra estrangeiros.

"Na minha opinião, Claudia Trevisan foi presa por tentar exercer o seu ofício de jornalista, contra a vontade das autoridades envolvidas no episódio, e também por ser brasileira, ou seja, uma estrangeira em terras americanas. Mais do que vítima da atitude arbitrária de um policial, Claudia foi obviamente alvo do preconceito contra estrangeiros e, em particular, latino-americanos, que infelizmente ainda permeia parte da sociedade americana", afirmou.

FONTE: Blog do Sombra

Eleições 2014

Na reta final das filiações, tensão entre os 'marineiros'


Aliado de marina teme retaliações se a rede não sair do papel Isabel Braga

A cinco dias do prazo final de filiação para quem quiser disputar as eleições de 2014, a atenção está voltada para as trocas de partidos. A semana será crucial principalmente para a ex- senadora Marina Silva, que tenta viabilizar seu partido, o Rede Sustentabilidade, para disputar, através dele, a Presidência da República. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide nesta semana se concede o registro à nova sigla, que ainda não conseguiu certificar as 492 mil assinaturas exigidas por lei para a legalização do partido.

O eventual naufrágio da Rede deixa em situação difícil alguns de seus apoiadores, como o deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ): ...

- O PV está dizendo que não vai me dar legenda ( para disputar as eleições do ano que vem ) - disse Sirkis.

Embora diga que ainda tem esperança de que a Rede seja criada, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) é outro sem ambiente para permanecer em seu atual partido, após se engajar no projeto de Marina:

- É difícil ficar no PT, porque lá (no Maranhão) o partido está controlado pela família Sarney. É incompatível para quem tem dignidade.

A exceção seria o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), que também está na linha de frente da criação da Rede. Segundo tucanos paulistas, Feldman, se quiser, poderá concorrer pelo PSDB.

A expectativa entre os "marineiros" é que a decisão do TSE saia na quinta-feira, a dois dias do prazo final. Pessoas próximas a Marina afirmam que ela não tem um plano B e que, politicamente, seria muito ruim para sua imagem, construída em cima do discurso da ética, entrar às pressas em outro partido para se candidatar à Presidência.

- Se não conseguir o registro da Rede, ela vai para o PEN, um partido cartorial? Para qualquer legenda que ela for, irá contradizer o discurso dela, ficar igual. Vai ter que se explicar - ironizou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

Também nesta semana, os irmãos Gomes (Ciro e o governador do Ceará, Cid Gomes) decidem para qual legenda seu grupo irá. A possibilidade maior é a filiação ao PROS, legenda que conquistou na semana passada o registro e deve apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Outra que define seu futuro político é a presidente do PT do Ceará, a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins. Isolada em seu partido, foi convidada a ir para o PSB. Hoje, Luizianne conversa com o presidente do PT, Rui Falcão, em São Paulo. Na sequência, encontra o deputado Márcio França (PSB-SP), um dos mais próximos do presidente do PSB, o governador Eduardo Campos (PE), pré-candidato à Presidência. Apesar de persistirem no assédio, os socialistas estão pessimistas quanto à ida de Luizianne para o PSB.

A oportunidade para a filiação de Luizianne surgiu com a saída de Cid Gomes do PSB, seu adversário local. Os socialistas ofereceram a Luizianne o comando do partido no estado, além da vaga para concorrer ao governo.

Para manter Luizianne no PT, Dilma teria oferecido, segundo pessoas próximas à ex-prefeita, assento nos conselhos administrativos da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de um cargo na Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência.

Por Isabel Braga e Fernanda Krakovics

FONTE: Blog do Sombra

Caso Raad Massouh

Plenário deve julgar, diz MP


Procuradoria-geral de Justiça do DF defende que houve interferência do Judiciário em questões internas do Legislativo com a suspensão do pedido de cassação do mandato de Raad que seria julgado pelos deputados distritais


O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) se manifestou contrário à suspensão judicial do processo de cassação do deputado distrital Raad Massouh (PPL) por quebra de decoro parlamentar. A consulta foi feita na última sexta-feira pelo desembargador Antoninho Lopes, do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT). Ele concedeu liminar que paralisou o andamento do caso na Câmara Legislativa. Depois de passar por todas as instâncias internas da Casa, o futuro do parlamentar iria a votação no plenário em 11 de setembro, mas a decisão tomada pelo magistrado no dia anterior impediu a análise.

A manifestação do Ministério Público, assinada pelo procurador-geral em exercício, Jair Meurer Ribeiro, e pelo promotor Antonio Suxberger, considera que a Justiça está ferindo a autonomia entre os poderes ao interferir em um processo ético-disciplinar do Legislativo local. “Ao Judiciário não é permitido examinar as razões que levaram o Poder Legislativo a praticar determinados atos, os chamados interna corporis, porque (são) de natureza e repercussão exclusivamente internas”, diz trecho do documento, citando jurisprudência firmada pelo próximo TJDFT em julgamento de abril de 2006, com voto do desembargador Romeu Gonzaga Neiva. ...

A defesa de Raad entrou na Justiça pedindo a suspensão do processo de forma liminar até que o mérito fosse julgado pelo Conselho Especial. Foram utilizados três pontos fundamentais de argumentação. Exigiu-se isonomia, tratamento igual para o parlamentar em relação a outros três distritais que tiveram pedidos de cassação contra eles suspensos pela Mesa Diretora em meados de agosto passado. Também foi alegado que o relatório de Joe Valle (PSB) na Comissão de Ética foi além da denúncia inicial, de que Raad participou de um esquema de desvio de recursos de uma emenda parlamentar. Os advogados também pediram que a sessão de votação, caso ocorresse, fosse secreta, conforme determina a Constituição Federal, apesar de o Regimento Interno da Câmara Legislativa e a Lei Orgânica do DF estabelecerem que seja aberta.

A posição do Ministério Público sobre o assunto é semelhante à já adotada anteriormente. Em agravo regimental interposto pelo órgão contra a liminar de Antoninho Lopes, no mesmo dia em que a medida foi concedida, a posição do MP foi contra. A Procuradoria Geral de Justiça do DF sustentou que o procedimento ético-disciplinar tem tramitação interna e que o Legislativo precisa ter autonomia para julgar os seus pares por quebra de decoro. Já o pedido de voto secreto foi considerado válido, já que o próprio TJDFT considerou inconstitucional votação legislativa aberta em julgamento de outubro de 2010 do processo da ex-deputada Eurides Brito (PMDB).

Reconsideração

O agravo regimental do MPDFT, que buscava a manutenção da data do julgamento de Raad, nem chegou a ser julgado pelo desembargador Antoninho Lopes. Ele não analisou o pedido de reconsideração e requisitou uma manifestação da Câmara Legislativa sobre o assunto. O presidente da Casa, Wasny de Roure (PT), rebateu as teses da defesa do parlamentar e pediu reconsideração da liminar, tocando também na tese de que o Judiciário estaria interferindo numa decisão que deveria ser de interesse interno do Legislativo.

Nos bastidores, distritais têm se declarado desconfortáveis com a interferência judicial. Provocada para se posicionar com relação ao processo em andamento contra Raad Massouh, a Procuradoria-Geral do DF (PGDF) não demonstrou interesse em opinar após o vencimento do prazo de 10 dias.

Depois de ouvir e citar nos autos todas as partes interessadas, agora cabe ao desembargador Antoninho Lopes decidir se atenderá aos pedidos do Ministério Público e da Mesa Diretora da Câmara e derrubará a liminar que impede a realização da sessão que pode cassar Raad Massouh. A defesa do deputado sustenta que não há provas de envolvimento dele nas denúncias de desvios de recursos de uma emenda de sua autoria, uma vez que cabe ao Poder Executivo liberar os recursos e executar o projeto.


Memória

Apenas 2 degolados


A Câmara Legislativa cassou dois distritais em seus 21 anos de história. O primeiro caso ocorreu em agosto de 2004, quando Carlos Xavier (PMDB) perdeu o mandato com 13 votos dos 23 colegas. Ele foi acusado de ordenar o assassinato de um adolescente supostamente identificado como amante de sua ex-esposa. A outra condenada pelos colegas foi Eurides Brito (PMDB), em junho de 2010. Ela era acusada de integrar um suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares pelo governo em troca de apoio político na Casa e apareceu em uma gravação recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do esquema. Na mesma época em que Eurides foi cassada, outros deputados também estavam a caminho de ter o mesmo destino no plenário. Para se salvar, Leonardo Prudente e Júnior Brunelli renunciaram a seus mandatos. Em 2007, o então distrital Pedro Passos (PMDB) também renunciou depois de ter o nome envolvido na Operação Navalha.

Cronologia

2010

Raad Massouh ( hoje no PPL) virou alvo de investigação em outubro de 2010. A Polícia Civil recebeu denúncia sobre supostas irregularidades na aplicação de recursos em festa rural de Sobradinho. O dinheiro para a promoção do evento, R$ 100 mil, foi liberado por meio de emenda de autoria de Raad. A festa, cujo projeto básico previa dois dias de festas, com cinco atrações para um público de 10 mil pessoas, ocorreu em apenas um dia e recebeu pouco mais de 100 pessoas, com a apresentação de apenas duas bandas. A verba foi repassada à administração regional, então chefiada por Carlos Augusto Barro, amigo pessoal indicado ao cargo pelo distrital.

2011
Em julho de 2011, a Polícia Civil deflagrou a Operação Bragi II. Raad e mais 36 pessoas foram indiciadas por crimes de desrespeito à Lei de Licitações, peculato e lavagem de dinheiro. Raad teria participado do esquema para favorecer de forma ilegal o Sindicato de Turismo Rural de Sobradinho, cuja presidente, Maria Inês Viana, foi servidora de seu gabinete. De acordo com a polícia, R$ 47 mil foram parar na conta do sindicato. O projeto do evento previa que R$ 100 mil deveriam ser passados às bandas contratadas, mas essas só receberam R$ 31 mil.

2012
 Em novembro de 2012, foi deflagrada a Operação Mangona (foto). A Procuradoria-Geral de Justiça do DF denunciou Raad perante o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT). No fim do ano, a Câmara recebeu pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra Raad.

2013
Em abril de 2013, o corregedor da Câmara, Patrício, pediu a abertura de processo, posição acatada pela Comissão de Ética. O relator, Joe Valle (PSB), foi favorável à cassação. O parecer foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) . O Colégio de Líderes marcou para 11 de setembro a sessão que definiria o futuro político de Raad. Liminar, no entanto, suspendeu o julgamento.

Por Almiro Marcos
FONTE: Blog do Sombra

Árbitro relata garrafa na súmula, e Corinthians pode perder até mais 10 mandos


Árbitro relata garrafa na súmula, e Corinthians pode perder até mais 10 mandos


Parece que alguns torcedores do Corinthians ainda não se cansaram de prejudicar o time nesta temporada. Após os incidentes em Oruro, na Bolívia, em Brasília e em Lucas do Rio Verde (MT), a equipe deverá perder mais mandos de campo por conta do jogo contra a Portuguesa, em Campo Grande.
Aos oito minutos do segundo tempo, um torcedor jogou uma garrafa d'água na cabeça do bandeirinha Bruno Salgado Rizo, fato que foi relatado na súmula da partida pelo árbitro Raphael Claus. O objeto veio do setor alvinegro do estádio Morenão, palco da goleada da Portuguesa, por 4 a 0, neste domingo.
"Foi atirada uma garrafa plástica de água contendo líquido em seu interior, atingindo a cabeça do árbitro assistente nº 2. A mesma foi atirada do local onde se encontrava a torcida do S.C. Corinthians Paulista. Informo que o Assistente não necessitou de atendimento médico", escreveu Claus.
De acordo com o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a pena por "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo" varia de R$ 100 a R$ 100 mil, além da perda de um a dez jogos de mando.
Com isto, é provável que o Corinthians continue se aventurando pelo interior paulista nesta reta final de Campeonato Brasileiro. O time do Parque São Jorge mandará os seus dois próximos compromissos no Estádio Romildão, em Mogi Mirim (SP) - contra Bahia e Atlético-PR.
A equipe também foi punida na Copa do Brasil, por conta dos torcedores que usaram sinalizadores no estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, no jogo de ida contra o Luverdense. A perda de dois mandos poderá fazer com que o Corinthians jogue uma eventual final longe de São Paulo.

Envolvido em acidente em Mogi das Cruzes se apresenta

O motorista Paulo Henrique Batista, de 22 anos, suspeito de participar de um racha que levou ao atropelamento e à morte de seis pessoas em Mogi das Cruzes, no domingo, 29, se apresentou por volta das 10h desta segunda no 2º DP da cidade, na Grande São Paulo. Ele estava foragido desde a madrugada de sábado, quando ocorreu o acidente.
Batista estaria disputando corrida com o pedreiro Reginaldo Ferreira da Silva, de 41 anos. Silva perdeu o controle de seu Monza em uma curva na Avenida Japão, capotou e acertou oito jovens que fumavam narguilé em um terreno - dois escaparam com ferimentos sem gravidade.
O pedreiro foi preso em flagrante logo após o acidente, acusado de homicídio doloso e embriaguez ao volante. À Polícia Civil, ele disse que disputava um racha com Batista, que estava em um Pálio. "Ele me provocou e eu fui atrás", afirmou às autoridades.
Segundo a polícia, Silva disse que queria "revidar" a ultrapassagem de Batista. Com mais quatro amigos, ele iniciou então uma disputa com seu Monza - que tinha direção e pedais de competição.
Batista fugiu sem prestar socorro e o carro foi localizado pela polícia no domingo, 29. Seu advogado, Francisco Alves de Lima, disse à polícia que Batista não teria prestado socorro às vítimas por medo de linchamento e a defesa nega que tenha ocorrido um racha. Segundo o advogado, o pedreiro "ficou bravo" após ser ultrapassado por Batista e decidiu acelerar para ultrapassá-lo.
Enterro e protesto
No velório comunitário na Igreja São Judas Tadeu, no bairro Jardim Santo Ângelo, em Mogi das Cruzes, familiares e amigos estavam revoltados e pediam Justiça. Por volta das 17h de domingo, 29, as cinco vítimas - Lucas Baptista Lopes, de 13 anos; Jeferson Andrade Nunes, de 17; Herick Henrique Pereira, de 17; Rebert Nascimento Silvério, de 19; e André Francisco Duarte, de 22 - foram enterradas sob forte comoção e indignação no Cemitério da Saudade. A sexta vítima, Patrícia Fontana Rieper, de 19 anos, já havia sido sepultada no Cemitério Parque das Oliveiras.
À noite, cerca de 50 pessoas ainda faziam um protesto na Av. Japão, com barreiras de fogo. A polícia usou bombas de efeito moral para dispersar o grupo. "As pessoas pensam que é pista de corrida" criticou Yanca da Silva, de 17 anos, irmã de um dos mortos na tragédia.

Situação da OGX causou problema à imagem do País, diz Mantega

'Não é o governo que vai fazer alguma coisa. Espero que consigam estancar essa sangria', afirmou o ministro

Situação da OGX causou problema à imagem do País, diz Mantega

SÃO PAULO - Após o 10º Fórum de Economia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse a jornalistas, ao ser indagado sobre a situação da OGX, que a solução que será encontrada é uma solução de mercado. "Não é o governo que vai fazer alguma coisa. Espero que consigam estancar essa sangria", disse. "A situação da OGX já causou um problema para a imagem do País e para a Bolsa de valores que teve uma deterioração, não agora, mas teve uns 10% de queda em função dessas empresas."
O ministro também afirmou que se o Congresso norte-americano exigir que o governo Obama corte despesas, isso terá um "impacto mundial" e pode prejudicar o crescimento da economia dos Estados Unidos. "Atrapalha sim", disse, questionado se isso terá algum efeito para o Brasil. "Para nós seria melhor que não houvesse essa limitação e que o governo americano estivesse fazendo não só política monetária, mas também política fiscal expansionista", completou.
"Nós gostaríamos que não houvesse limitação e que o ajuste fiscal se desse no longo prazo, no médio prazo." Mantega disse também que independentemente das previsões, o governo brasileiro "está trabalhando o tempo todo" para que a inflação caia. "O BC faz sua parte, a Fazenda faz também outra parte reduzindo custos da economia, como nós temos feito, de modo a ajudar a queda", disse. Questionado sobre o reajuste de preços da Petrobras, Mantega afirmou que "existe uma política de preços e ela está mantida até segunda ordem". "É ela que está valendo no momento", completou, afirmando que não há "nenhum detalhamento" sobre o reajuste.

FUTEBOL

Lá vai a Raposa rumo à taça

Com nova exibição consistente, Cruzeiro supera o Inter no Sul. Com a sexta vitória fora de casa, aumenta para 11 pontos a vantagem sobre o segundo colocado, agora o Grêmio


Em mais uma partida com grande atuação, Nílton comemora seu terceiro gol em quatro jogos, todos eles abrindo o placar. Volante é o artilheiro celeste no Brasileiro, com sete (Edu Andrade/FatoPress/Folhapress)
Em mais uma partida com grande atuação, Nílton comemora seu terceiro gol em quatro jogos, todos eles abrindo o placar. Volante é o artilheiro celeste no Brasileiro, com sete

Ao derrotar o Botafogo por 3 a 0 há duas rodadas, no Mineirão, o Cruzeiro abriu sete pontos de vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro. Mas secadores e pessimistas lembravam que a equipe do técnico Marcelo Oliveira faria duas partidas fora, enquanto a carioca jogaria duas vezes no Maracanã. Agora, depois do empate por 0 a 0 com o Corinthians domingo passado, no Pacaembu, e da vitória por 2 a 1 sobre o Internacional ontem à noite, em Novo Hamburgo, pela 24ª rodada, a vantagem da Raposa na ponta aumentou para 11 pontos. O vice-líder nem é mais o time da estrela solitária, e sim o Grêmio.

Com outra atuação consistente, tanto ofensiva quanto defensivamente, o Cruzeiro conquistou mais três pontos fora de casa, aumentando para 10 partidas a sequência invicta no Brasileiro. Como visitante, obteve a sexta vitória na competição – também conseguiu três empates e perdeu três vezes, tendo 58,3% de aproveitamento. Na quarta-feira, às 19h30, a equipe voltará a jogar no Mineirão, contra a Portuguesa. Os ingressos começam a ser vendidos hoje, às 10h, na bilheteria do estádio e no ginásio do Barro Preto.

O técnico Marcelo Oliveira reconheceu que a vantagem de 11 pontos a 14 rodadas do fim do campeonato é muito boa: “Não resta dúvida que nos dá tranquilidade. Nós a conquistamos com muito trabalho, dedicação e entrega de todos. Mas temos muitos jogos ainda”. O atacante Borges até parecia não acreditar no rendimento da equipe neste Brasileiro. “Nossa campanha é algo fora do normal. Estamos numa boa sequência muito grande, com entrosamento, todo mundo marcando e se dedicando bastante”, comentou depois do triunfo em Novo Hamburgo. “O time está no caminho certo e na quarta-feira o Mineirão vai ficar pequeno.”

 
O início do jogo foi intenso. Logo aos 4min, a Raposa abriu o placar. Egídio cobrou falta da direita pelo alto e Nílton, de costas para o gol, desviou de cabeça para o canto direito, fora do alcance de Muriel. Curiosamente, o volante, que abriu o placar em três das quatro últimas partidas – passou em branco no 0 a 0 com o Corinthians –, é o artilheiro celeste no Brasileiro, com sete gols. Mas seu time nem teve tempo de comemorar. No minuto seguinte, o Colorado empatou. A jogada começou na esquerda com Jorge Henrique e Kléber, que rolou para o meio da área. Otávio chutou, a bola desviou em Nílton e entrou no canto esquerdo de Fábio. Aos 6min, Dagoberto teve a chance de fazer o segundo do Cruzeiro, mas demorou para finalizar e foi desarmado.


A partida ficou muito truncada, sem grandes chances de gol. As defesas levavam vantagem sobre os atacantes. Até que, aos 33min, Josimar arriscou de longe e Fábio espalmou para fora. A partir daí, o Colorado tomou conta do jogo e teve bons momentos, mantendo mais a bola em seu campo ofensivo. Mas sem levar perigo.

50 GOLS O Cruzeiro voltou para o segundo tempo mais determinado e logo desempatou. Aos 8min, Dagoberto ganhou disputa pelo meio e abriu a jogada na esquerda para Willian. Este, com tranquilidade, dominou e bateu colocado, no canto esquerdo de Muriel, marcando o 50º gol cruzeirense no Brasileiro. O jogo ficou inteiramente favorável aos celestes, que, marcando forte em seu campo, esperaram o adversário sair para tentar aproveitar os contra-ataques.


A equipe da casa, mesmo com mais posse de bola, não conseguia pressionar. Somente aos 23min criou boa oportunidade, quando Caio apareceu pelo lado direito da área e bateu forte, mas Fábio espalmou. O Cruzeiro continuou controlando a partida com bom toque de bola. Aos 31min, quase fez o terceiro. Mayke tabelou com Nílton na direita e cruzou para a área. Ao tentar cortar, Juan obrigou Muriel a se esforçar para defender. Mas a melhor oportunidade para ampliar saiu nos acréscimos. Tinga lançou para a penetração de Mayke, que bateu cruzado. A bola passou pelo goleiro Muriel e saiu raspando a trave. Mas os três pontos já estavam garantidos.

Fonte: Correio Web

Giro De Famosos

Assista ao último episódio da sexta temporada da Fazenda

Por decisão do público, Bárbara Evans é a grande campeã

 
                   


       

 
Assista ao último episódio da sexta temporada da Fazenda
A sexta temporada da Fazenda entrou para a história. Que venha a próxima!
Reprodução/Rede Record
A sexta temporada da Fazenda infelizmente acabou e certamente deixará muita saudade. Em cem dias de confinamento, o público pôde conhecer um outro lado das celebridades.

No programa ao vivo deste domingo (29), os telespectadores puderam relembrar as cenas mais marcantes da atração e se emocionar com a história de vida e com os desabafos dos peões.
No momento mais aguardado do episódio, Britto Jr. anunciou o veredicto do Brasil.
— De acordo com a decisão do público, a grande vencedora, que vai levar os R$ 2 milhões, da sexta temporada da Fazenda é você .. Bárbara Evans!
Assista ao vídeo e veja tudo o que rolou na Grande Final da sexta temporada da Fazenda.

Fonte: R7

Política

Modelo catarinense nega que tenha oferecido propina a prefeitos Ela, suspeita de participar de esquema criminoso desbaratado pela Polícia Federal, afirmou que apenas trabalhava como promotora de investimentos

   


Modelo Luciane Hoepers de Joinville, Santa Catarina (Marcos Fortes/Divulgação)
Modelo Luciane Hoepers de Joinville, Santa Catarina

Suspeita de participar do esquema criminoso desbaratado pela Operação Miqueias, da Polícia Federal, a modelo catarinense Luciane Hoepers
negou, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, que tenha oferecido propina a prefeitos para que investissem dinheiro de fundos de pensão de servidores municipais em títulos podres. Na entrevista, ela afirmou que apenas trabalhava como promotora de investimentos. Luciane Hoepers também foi tema de uma longa reportagem do programa Domingo Espetacular, da Rede Record.

 
A Polícia Federal deflagrou a Operação Miqueias, com o objetivo de desarticular duas organizações criminosas acusadas de fazer lavagem de dinheiro e má gestão de recursos de entidades previdenciárias públicas. A PF informou que investigava há um ano e meio lavagem de dinheiro por meio das contas bancárias de empresas de fachada ou fantasmas, abertas em nome de laranjas. Na ocasião, foi verificada a existência de uma holding de empresas que consistia em um verdadeiro serviço de terceirização para lavagem do dinheiro proveniente de crimes diversos.
 
Fonte: Correio Braziliense