Eleições 2014
Na reta final das filiações, tensão entre os 'marineiros'
Aliado de marina teme retaliações se a rede não sair do papel Isabel Braga
O eventual naufrágio da Rede deixa em situação difícil alguns de seus apoiadores, como o deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ): ...
- O PV está dizendo que não vai me dar legenda ( para disputar as eleições do ano que vem ) - disse Sirkis.
Embora diga que ainda tem esperança de que a Rede seja criada, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) é outro sem ambiente para permanecer em seu atual partido, após se engajar no projeto de Marina:
- É difícil ficar no PT, porque lá (no Maranhão) o partido está controlado pela família Sarney. É incompatível para quem tem dignidade.
A exceção seria o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), que também está na linha de frente da criação da Rede. Segundo tucanos paulistas, Feldman, se quiser, poderá concorrer pelo PSDB.
A expectativa entre os "marineiros" é que a decisão do TSE saia na quinta-feira, a dois dias do prazo final. Pessoas próximas a Marina afirmam que ela não tem um plano B e que, politicamente, seria muito ruim para sua imagem, construída em cima do discurso da ética, entrar às pressas em outro partido para se candidatar à Presidência.
- Se não conseguir o registro da Rede, ela vai para o PEN, um partido cartorial? Para qualquer legenda que ela for, irá contradizer o discurso dela, ficar igual. Vai ter que se explicar - ironizou o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
Também nesta semana, os irmãos Gomes (Ciro e o governador do Ceará, Cid Gomes) decidem para qual legenda seu grupo irá. A possibilidade maior é a filiação ao PROS, legenda que conquistou na semana passada o registro e deve apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Outra que define seu futuro político é a presidente do PT do Ceará, a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins. Isolada em seu partido, foi convidada a ir para o PSB. Hoje, Luizianne conversa com o presidente do PT, Rui Falcão, em São Paulo. Na sequência, encontra o deputado Márcio França (PSB-SP), um dos mais próximos do presidente do PSB, o governador Eduardo Campos (PE), pré-candidato à Presidência. Apesar de persistirem no assédio, os socialistas estão pessimistas quanto à ida de Luizianne para o PSB.
A oportunidade para a filiação de Luizianne surgiu com a saída de Cid Gomes do PSB, seu adversário local. Os socialistas ofereceram a Luizianne o comando do partido no estado, além da vaga para concorrer ao governo.
Para manter Luizianne no PT, Dilma teria oferecido, segundo pessoas próximas à ex-prefeita, assento nos conselhos administrativos da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de um cargo na Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência.
Por Isabel Braga e Fernanda Krakovics
FONTE: Blog do Sombra
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