Saiba como evitar as
doenças oftalmológicas mais comuns em cães
Quando tratados de forma incorreta ou em estágios avançados, os sintomas podem provocar outros problemas mais graves e até levar à cegueira.
Apesar de pouco
conhecidas, as doenças oftalmológicas em cães são bastante comuns
e, quando tratadas de forma incorreta ou em estágios avançados,
podem levar à cegueira. Por isso, ressalta o médico veterinário
Dr. Alex Moreira da Cunha Carvalho, de Sorocaba (SP), os donos
precisam estar sempre atentos a qualquer alteração nos olhos dos
bichinhos.
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A melhor forma de evitar
problemas é adquirir o hábito de olhar diretamente nos olhos do pet
com frequência. "Note se é um olho 'vivo', ou seja, um olho
que brilha e não está avermelhado ou com secreção. Isso ajudará
a saber quando algo estiver diferente do normal, buscando ajuda o
quanto antes", explica. A higiene dos olhos deve ser feita com
soro fisiológico e gaze. Uma vez aberto, o produto precisa ser
mantido na geladeira e, depois de três dias, descartado.
Além da vermelhidão e
da secreção ocular, que pode ser pus ou acastanhada, os animais
costumam apresentar lacrimejamento excessivo, coceira, dificuldade
para abrir os olhos e manchas amarronzadas nos pelos no canto dos
olhos próximo ao focinho. "Dizem que estas manchas são normais
em algumas raças, mas isso é um mito".
Todos estes sintomas
podem ser reflexo de alguma doença geral, como a doença do
carrapato, ou podem estar relacionados aos próprios olhos, como
problemas palpebrais, problemas envolvendo a produção e a qualidade
da lágrima, úlceras de córnea, alterações na lente do olho
(catarata ou luxação da lente) e, até mesmo, variações da
pressão do olho: glaucoma, que é o aumento da pressão intraocular;
ou uveíte, no caso da diminuição da pressão intraocular.
Diferentes causas
Algumas raças possuem predisposição a doenças oculares e, de acordo com o especialista, precisam de atenção extra. É o caso do pug, que tem o crânio pequeno em relação aos olhos; do sharpei, que possui excesso de pele, provocando lesões e dificuldade para abrir os olhos; e dos cães grandes e gigantes com lesões palpebrais que levam à produção de secreção purulenta amarelo esverdeada.
Além disso, os problemas oftálmicos podem ser causados por diversos fatores relacionados às pálpebras, cílios, córneas, lentes e ao fundo do olho, como alterações, reviramentos, nódulos malignos e benignos, úlceras (desde 'olhos secos' até traumas), cistos, inflamações, catarata, esclerose, luxações, descolamentos de retina e tumores.
Procure ajuda especializada
Assim que os donos notarem alguma alteração nos olhos do bichinho, o melhor a fazer é colocar o colar elizabetano imediatamente para evitar que o animal se machuque coçando os olhos se algo estiver incomodando. "Uma alternativa para tentar minimizar a inflamação é a compressa gelada de água filtrada ou soro fisiológico com gaze, nunca utilize algodão", continua.
Se notar que nada melhora, procure um profissional da área de oftalmologia veterinária para evitar que o olho inflamado provoque cegueira e outros problemas associados. "Muitos dos casos podem ser solucionados se buscar ajuda o quanto antes. Não esperem o fim para buscar o começo, pois pode ser tarde para um olho".
O tratamento especializado, lembra Alex, pode tratar o animal de forma mais profunda, buscando as melhores respostas para o problema. "Em casos de emergência, as doenças oftálmicas não devem ser tratadas como algo normal, o que pode potencializar os sintomas e aumentar o risco de perfuração nos olhos", completa o veterinário.