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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Chocolat Festival estreia em Brasília e vai até domingo (24)

 EVENTOS 

FOTO: DIVULGAÇÃO

O evento que segue até domingo no Centro de Convenções Ulysses Guimarães visa a comercialização e degustação de produtos provenientes do cacau, bem como promover a produção sustentável e o consumo consciente

Foi aberto ontem, 20 de setembro, o Chocolat Festival, maior evento de chocolate e cacau na América Latina que, com mais de 30 edições em estados brasileiros e em Portugal, chega pela primeira vez a capital federal para uma maratona de cinco dias, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, onde irá até domingo (24).

Nascido na Bahia e atualmente morando em Braga, cidade preferida dos brasileiros em Portugal, o idealizador do festival, Marco Lessa disse que o objetivo é mostrar ao mundo que o cacau é símbolo de sustentabilidade. “No Brasil, quase 800 mil pessoas vivem da cultura do cacau e pouca gente conhece, inclusive os governantes”, destacou.

Para Lessa, não se trata apenas de uma oportunidade para degustar e comercializar produtos, mas também promover a produção sustentável e o consumo consciente de chocolate e cacau. Brasília se destaca pelo alto consumo de chocolate e de produtos de origem gourmet, daí a relevância do evento na capital federal, observa o idealizador.

A programação inclui diversas atividades como o Show Cooking com chefs preparando receitas ao vivo; o Fórum do Cacau, que debate sobre a cacauicultura; o Chocoday com palestrantes abordando tendências do mundo do chocolate; o Atelier do Chocolate, onde esculturas são produzidas em tempo real e o Kids Cooking com minicursos para crianças.

Do grão à barra

É o conceito estabelecido no final dos anos 90 nos Estados Unidos, quando uma empresa da Califórnia inventou o nome bean do bar para identificar um produto que ninguém fazia na época: desde os grãos de cacau (from bean) até as barras de chocolate (to bar). O termo destaca a importância de escolher um bom cacau, passando pela colheita, fermentação, torra da amêndoa até a produção do chocolate.

Um dos fiéis seguidores é o chef chocolatier Ricardo Campos, paulistano de 42 anos, formado pela Escola de Turismo, Hotelaria e Gastronomia de Barcelona, onde além de aprender segredos que só as panelas reservam, também se encantou com “o perfeito equilíbrio entre simplicidade e imaginação” na obra do catalão Joán Miró. Daí ter homenageado o artista batizando de Miroh o chocolate produzido em Gramado, em frente ao Lago Negro, um dos principais cartões postais da turística cidade gaúcha.

“O leite produzido aqui tem porcentagem de gordura muito boa e isso se reflete no chocolate”, revelou ao Blog o especialista, que usa amêndoas de cacau da Bahia, do Espírito Santo e importadas. Lançada há dois anos, a grife Miroh acaba de conquistar medalha de ouro com o chocolate Idukki Dark Milk 54% Cacau na edição Americas do International Chocolate Awards, realizado em Nova York. Com isso, o chocolatier brasileiro se credencia a disputar a etapa mundial do concurso em novembro, na Itália.

Potencial para crescer

Crédito: Chocolat Festival/Divulgação

A partir do segundo dia de evento, a programação começa mais cedo, às 14h, com a feira e o ateliê, que se estendem até às 22h. Quem preferir aprender receitas culinárias terá a opção de assistir a cada uma hora e meias às aulas-show realizadas entre às 16h e às 20h30 pelos chefs Marcos Lelis, Léo Vilela, Ricardo Campos e o belga Laurent Rezette, que mora em Salvador desde 2017 e é embaixador do The Mastercook of Belgium na América Latina. Amanhã, sexta-feira (22), a partir das 16h, as aulas estarão a cargo dos chefs Zeca Amaral, Lui Veronese, a argentina Mariana Corbetta e Marcelo Petrarca. Show cooking prossegue sábado e domingo.

Jaime Recena. Crédito: Zuleika de Souza/Divulgação

Na sexta-feira estão previstos vários painéis, sendo o primeiro às 15h sobre o tema “Chocolate, um mundo de possibilidades na gastronomia”. Fundada em 1957, com sede em São Paulo, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas (ABICAB) também participa de painel. Segundo o seu presidente, o brasiliense Jaime Recena, “há um enorme potencial de crescimento neste setor. O consumo per capital no Brasil é de 3,5 kg abaixo dos seis a sete quilos consumidos nos países europeus. O setor representado pela Abicab, que concede selo de qualidade aos produtos elaborados dentro de boas condições sanitárias, gera 37 mil empregos no país”.

Sob a batuta dos chefs Zeca Amaral, Lui Veronese, Mariana Corbetta e Diego Badra o show cooking prossegue à noite enquanto no Palco Cacau shows fecham o terceiro dia do evento. No sábado, das 16h às 20h30, será a vez dos chefs Francisco Sant’Ana, Ana Marzzano, Mariana Corbetta e Bruno Bethonico compartilharem receitas à base de chocolate.

Já no domingo, o encerramento do Show Cooking terá três sessões. A primeira, às 16h, com o chef Bruno Bethonico; a segunda, às 17h, com o chef Francisco Sant’Ana; e a terceira, às 19h, com o chef Josenilton dos Santos.

SERVIÇO
Chocolat Festival Brasília
De 20 a 24 de setembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). Ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).


FONTE: CB

sábado, 9 de setembro de 2023

Chocolate e açaí podem movimentar até R$ 40 bi por ano, indica estudo

 NEGÓCIOS

Até 2050, bioeconomia da amazônia pode gerar 833 mil novos empregos


Um estudo do World Resources Institute (WRI) Brasil, chamado “Nova Economia da Amazônia”, estimou que a partir de 2050 a bioeconomia e a exploração sustentável devem movimentar cerca de R$ 40 bilhões por ano.

A pesquisa leva em consideração apenas 13 produtos da região, como o cacau, o açaí e a castanha. Isso significa que, na prática, o montante movimentado nessas transações deve ser muito maior, já que há uma infinidade de produtos da floresta que não aparecem na lista.
“Com as estatísticas oficiais, acabamos não chegando em grande parte do que essa economia representa. A gente tem uma metodologia de varredura pelas estruturas de comércio, na qual a partir das mais agregadas a gente mapeia quais são os produtos que estão com rede de circulação naquela região”, explica o pesquisador Francisco de Assis Costa, um dos autores da pesquisa e membro do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Por exemplo, a linha de produção do chocolate é feita inteiramente pelos moradores de regiões abundantes em cacau. Além das versões 50%, 60% e 100%, o chocolate também pode derivar outros produtos, como bombons de cupuaçu, nibs de cacau e amêndoas caramelizadas.
Já o açaí está sendo comercializado de forma orgânica pelos próprios moradores da Amazônia paraense. Isso significa que os consumidores poderão saber sobre toda a cadeia de produção do açaí, desde a colheita até o processamento do fruto. Esse mecanismo garante a transparência do açaí e a possibilidade de analisar se ele foi produzido de forma sustentável, com respeito à natureza.
Buscando aproveitar essas projeções de crescimento do chocolate e açaí, que tal testar algumas receitas envolvendo esses ingredientes? Particularmente, esses dois insumos são fáceis de trabalhar na cozinha e podem render sobremesas deliciosas.



FONTE: ESTADÃO PALADAR