27/03/2019 - 19h37
O ministro participou de reunião na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Ele adiou a vinda à Câmara para a semana que vem e disse que foi avisado de que não seria bem-vindo
Marcos Brandão/Agência Senado

Paulo Guedes (D): recebi aviso de que tomaria pedrada de todo mundo na Câmara
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o principal opositor do governo no Congresso é o próprio Executivo, ao avaliar as dificuldades em avançar a análise da reforma da Previdência (PEC 6/19).
“Eu acho que está havendo uma falha enorme. O governo saiu com uma popularidade enorme das urnas. Mandamos as duas propostas [reforma da Previdência e pacote anticrime] e não conseguimos nada porque há uma oposição nossa mesmo”, afirmou.
Guedes participou de reunião na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nesta quarta-feira (27) para falar sobre temas da pasta.
CCJ da Câmara
Guedes afirmou que não foi à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta terça porque não seria bem-vindo. “O aviso que eu recebi é mais ou menos o seguinte: ‘você está indo num lugar sem relator, sem qualquer apoio e para tomar pedrada de todo mundo. Até mesmo do seu partido’”. A vinda de Guedes foi reagendada para a próxima quarta-feira (3).
Guedes afirmou que não foi à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta terça porque não seria bem-vindo. “O aviso que eu recebi é mais ou menos o seguinte: ‘você está indo num lugar sem relator, sem qualquer apoio e para tomar pedrada de todo mundo. Até mesmo do seu partido’”. A vinda de Guedes foi reagendada para a próxima quarta-feira (3).
A proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro chegou ao Congresso em janeiro e, atualmente, aguarda escolha de relator na CCJ, que deve ser anunciado na próxima semana.
Sistema quebrado
Guedes reafirmou a necessidade da reforma porque o deficit aumenta de forma exponencial. “Nosso sistema está quebrando antes de a população envelhecer. Já estamos com o sistema no limite, o deficit aumenta R$ 40 bilhões ao ano o que é absolutamente insustentável”, disse o ministro.
Guedes reafirmou a necessidade da reforma porque o deficit aumenta de forma exponencial. “Nosso sistema está quebrando antes de a população envelhecer. Já estamos com o sistema no limite, o deficit aumenta R$ 40 bilhões ao ano o que é absolutamente insustentável”, disse o ministro.
Ele explicou que a pirâmide etária brasileira já virou um “losango” e que o sistema vai quebrar nos próximos anos. “Quando eu digo que precisamos de pelo menos R$ 1 trilhão é porque precisamos dessa potência fiscal. Se não fizermos isso, tudo bem. Vamos cobrar isso dos nossos filhos e netos. A gente precisa desse potencial para dar início ao novo modelo da previdência”, afirmou.
Explosão
A máquina pública vai explodir com o crescimento do deficit previdenciário, na opinião de Guedes. “O Brasil vai explodir muito rapidamente do ponto de vista fiscal. E não é uma explosão abstrata, é financeira. Você não vai poder pagar salário de funcionalismo público”, disse o ministro.
Por falta de “coragem e disposição do sacrifício”, o Brasil adiou ao longo dos anos uma reforma da previdência mais profunda, segundo Guedes.
A máquina pública vai explodir com o crescimento do deficit previdenciário, na opinião de Guedes. “O Brasil vai explodir muito rapidamente do ponto de vista fiscal. E não é uma explosão abstrata, é financeira. Você não vai poder pagar salário de funcionalismo público”, disse o ministro.
Por falta de “coragem e disposição do sacrifício”, o Brasil adiou ao longo dos anos uma reforma da previdência mais profunda, segundo Guedes.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Geórgia Moraes
Edição – Geórgia Moraes
COMENTÁRIOS
FRANCISCO PEREIRA DE SOUSA | 28/03/2019 - 08h37
O próprio ministro Paulo Guedes disse que o Brasil paga dos encargos da dívida pública daria para financiar a reconstrução de uma EUROPA pós-guerra todos os anos. Ninguém faz nada para conter essa sangria. Por que não se renegocia essa dívida por 5, 10, ou 15 anos, para o Brasil investir e sair do caos econômico. Agora, a pauta é só o sistema da previdência, para tirar de quem não tem, os menos favorecidos; dos banqueiros, nada. Pensem nisso.
JORGE LUIZ MEDEIROS DA CUNHA | 28/03/2019 - 08h27
No comentário do ministro Guedes ele não disse que o presidente é contra, ele exemplificou se o congresso e o governo não quiser não interessar pela previdência ele não tinha razões para ficar. Assisti a entrevida do Ministro e ele não afirmou que o Presidente é contra. Essa matéria tem cunho ideológico.
Salomão Solino Evelin | 27/03/2019 - 20h19
Eu concordo inteiramente com o Ministro Paulo Guedes, os deputados, e em especial o Rodrigo Maia, fazem objeções e apresentam projetos que vão contra a economia de mercado. Veja a aprovação desta PEC, o mercado reagiu inteiramente contrário as ações da câmara, que querem fazer politicagem, e não pensam efetivamente no Brasil. O ministro, que é economista, calculou que a economia da previdência tem que ser no mínimo R$ 1 trilhão, a câmara tem que analisar este número, com uma comissão de especialistas isentos, e proponham alternativas com base econômica. E não politicagem, o povo tá de olho.
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