sábado, 14 de julho de 2018

Presídio em Goiás libera por engano ex-braço-direito de Beira-Mar

BRASIL


Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, classificou de 'desastre' e 'equívoco criminoso' a libertação de Leomar Oliveira Barbosa

Leomar Oliveira Barbosa foi solto por engano e está foragido
Leomar Oliveira Barbosa foi solto por engano e está foragido - 
Brasília - O preso Leomar de Oliveira Barbosa foi liberado na quarta-feira do Presídio Estadual de Formosa, em Goiás. Contudo, a soltura foi marcada por um engano e não deveria ter ocorrido.
A informação foi divulgada em nota pela diretoria-geral de Administração Penitenciária do governo de Goiás.
O detento é conhecido como Playboy. Ele é apontado como já tendo atuado com o traficante Fernandinho Beira-Mar. A Vara da Justiça Federal em Goiás expediu um alvará de soltura referente a um processo contra Leomar.
Contudo, a libertação não poderia ter ocorrido porque ainda há outras duas execuções penais contra ele. Esses casos não foram considerados por funcionários do presídio no momento do recebimento do alvará de soltura.
Em função do erro, os servidores envolvidos no episódio foram afastados e respondem a uma sindicância para apurar os fatos e a responsabilidade pela liberação indevida. Leomar é procurado pela polícia.
Jungmann: 'equívoco criminoso'
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, classificou de "desastre" e "equívoco criminoso", nesta sexta-feira, a libertação, por engano, de Leomar Oliveira Barbosa.
"Eu acho um desastre a soltura. Se isso, tendo ocorrido, é um equívoco, no meu ponto de vista, criminoso. E tem que se identificar quem sãos os responsáveis e puni-los, porque é inaceitável você prender, e ter uma grande dificuldade para prender, nunca é fácil, um bandido como esse, e ele ser solto por um equívoco. É difícil até de acreditar. Mas de todo jeito tem que ser averiguado e punir os responsáveis", afirmou Jungmann em coletiva de imprensa.
Em 2011, o ex-braço-direito de Beira-Mar foi um dos alvos da Operação Casa Nova III, da Polícia Federal, por chefiar uma quadrilha de tráfico de drogas. A investigação apontou, na época, que o grupo comprava cocaína na Bolívia com traficantes daquele país e, depois, trazia o entorpecente ao Brasil em aeronaves de pequeno porte.
A estrutura da quadrilha era hierarquizada, sendo que cada integrante cumpria um papel específico. Todos se reportavam a Leomar, que centralizava as informações e coordenava a atuação dos demais membros. As ordens eram passadas por meio de ligações telefônicas e por recados transmitidos a pessoas que visitavam Leomar, quando este estava na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia (GO).
* Com informações da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo

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