sexta-feira, 6 de abril de 2018

Após 3 mortes por H1N1 em Goiás, população dorme na porta de clínicas particulares em busca de vacina

Após 3 mortes por H1N1 em Goiás, população dorme na porta de clínicas particulares em busca de vacina

Campanha do Ministério da Saúde foi adiada em uma semana e só vai começar em 23 de abril. Estado já teve 44 casos confirmados da doença este ano.

 
População dorme na porta de clínicas particulares em busca de vacina contra H1N1 em Goiás
Centenas de pessoas passaram a noite de terça-feira (3) e a madrugada desta quarta-feira (4) fazendo filas em clínicas particulares de Goiânia para se vacinarem contra a gripe H1N1. A procura pela imunização aumentou depois que três mortes pelo vírus foram confirmadas no estado só este ano. A campanha do Ministério da Saúde foi adiada em uma semana e só vai começar em 23 de abril. De acordo com o governo federal, houve problemas na entrega das doses.
Na porta de uma clínica no Setor Aeroporto, pacientes se organizaram e fizeram, por conta própria, uma lista de chegada. A relação começou a ser feita às 19h de terça-feira. Às 6h desta quarta-feira já haviam 185 pessoas, antes mesmo do local ser aberto. A concentração de pacientes se repetiu em outras três clínicas da capital.
“Cheguei 20h ontem. Vim aqui e eles me informaram que a vacina ia chegar no aeroporto ao meio dia. Eu vim às 3h da manhã com a minha filha, e agora eles falaram que só vão vacinar quem estava na fila. Eu saí da fila não aguento ficar fila de 3h até agora”, disse uma paciente que estava em uma clínica no Setor Marista.
O avanço no registro de casos e a morte de um pediatra da rede municipal por suspeita da doença levou a população a procurar clínicas de vacinação. Até a segunda-feira (2), quando o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) foi divulgado, 44 casos de H1N1 já haviam sido registrados este ano em Goiás.
A Influenza A é dividida em dois tipos, de acordo com o vírus que a provoca: H1N1 e H3N2. As últimas mortes por H1N1 ocorreram em 2016. Também existe a Influenza B. De acordo com a gerente da Vigilância Epimilógica, Magna Maria de Carvalho, só na última semana foram registrados 14 casos graves de influenza A.Uma representante de uma das clínicas que fica no Setor Marista disse que os pacientes que estão indo ao local a procura de doses de outras vacinas estão sendo atendidos.
G1

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