Ação Coletiva na zona rural de Taquaruçu encerra a programação do Janeiro Roxo
Redação Semus
Encerrando a programação do Janeiro Roxo, o Grupo Condutor do Programa Palmas Livre da Hanseníase realiza na próxima quarta-feira, 31, durante todo o dia, na zona rural do Distrito de Taquaruçu, uma ação coletiva envolvendo mais de 30 profissionais de saúde promovendo o diagnóstico precoce, avaliação de contatos e ações de educação em saúde.
As equipes farão o atendimento em domicílio abrangendo os assentamentos rurais Veredão e Serra de Taquaruçu. A intenção da ação é atender 100% das famílias dessas localidades. Mais de 30 profissionais entre médicos, enfermeiros, assistente social, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e agentes comunitários de saúde participam dessa ação coletiva.
“Teremos um ponto de apoio no postinho Vida e luz com ações de educação em saúde, orientações a respeito da doença e preconceitos, acolhimento dos pacientes diagnosticados, avaliação do grau de comprometimento da hanseníase para cada caso diagnosticado”, explica a psicóloga Juciara Teixeira, informando que o trabalho no ponto de apoio será feito por fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.
Além disso, haverá atualização do cartão de vacinas de toda a população e oferta de teste rápido para Infecções Sexualmente Transmissíveis e orientação à população.
Enfrentamento
De acordo com o Grupo Condutor, em Palmas 654 casos novos de hanseníase foram notificados em 2016 e 516 casos no ano de 2017. Atualmente, encontram-se em tratamento 913 pessoas, e 65 destes casos são menores de 15 anos de idade, mostrando assim que a doença permanece ativa.
Vale ressaltar que até 2015 era registrado cerca de 150 casos da doença por ano. O aumento no número de casos se deu a partir da qualificação das equipes de Saúde da Família que compõem a rede municipal de saúde. Desde 2016, os profissionais da rede recebem a consultoria do médico hansenólogo Jaison Barreto, do Instituto Lauro Souza Lima (Bauru - SP), que todos os meses vem à Capital ministrar aulas práticas para os médicos da atenção básica, o que vêm resultando na descoberta de novos casos, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
A cada novo caso descoberto, o início do tratamento é imediato e todos os familiares e pessoas que convivem diariamente com o paciente são avaliados, pois caso tenham a doença também iniciam o tratamento, quebrando assim a cadeia de transmissão.
(Edição/postagem: Iara Cruz)
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