quarta-feira, 23 de agosto de 2017

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Polícia Civil prende acusados de assassinar empresária

23/08/2017 08:44h
A Polícia Civil concedeu, nesta terça-feira, 22, coletiva de imprensa para falar das prisões de três acusados de assassinar a empresária e funcionária pública municipal Maria Augusta da Silva, 62 anos, em Paragominas, nordeste paraense. Eles foram presos no domingo, 20, em Aparecida de Goiânia (GO) e em Paragominas. A vítima foi baleada por um homem de carona em uma moto, em 15 de julho deste ano, por volta de 19h30, após sair de um supermercado, na sede do município paraense.
Ela ficou internada no Hospital Regional do município até falecer no último dia 5. Os presos são o ex-cabo da Polícia Militar do Pará, Mauricio de Luz Ramos, apontado como mandante e agenciador do crime; Gleison dos Santos Monteiro, identificado como o condutor da moto, e Thiago Santos da Rocha, apontado como o atirador. Um quarto acusado, acusado de ser também mandante do crime - Charles Sarmento de Lira - está foragido.
As investigações mostraram que o crime foi planejado por Maurício e Charles, que pretendiam montar um negócio para trabalhar na área de reciclagem no lixão da Prefeitura de Paragominas, mas a vítima, que era detentora da concessão do serviço no município, era considerada um empecilho para os planos dos acusados.
As informações foram apresentadas na sede da Delegacia Geral, em Belém, pelo delegado geral Rilmar Firmino; o diretor de Polícia do Interior, delegado João Bosco Rodrigues; o diretor do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, Fernando Rocha; o delegado Gabriel Batista, diretor do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Castanhal, e o delegado Cristiano Nascimento, titular da Superintendência Regional da Polícia Civil em Paragominas. As investigações duraram 35 dias.
O delegado Cristiano Nascimento explica que as investigações iniciaram ainda no dia 15 de julho, logo após o crime, quando a vítima foi alvejada com cinco disparos de arma de fogo por dois homens em uma moto. Ela ainda chegou a ser socorrida com vida e levada para o Hospital Regional de Paragominas, porém devido a gravidade dos ferimentos faleceu no dia 5 de agosto.
Durante as investigações, atuaram policiais civis da Superintendência de Paragominas, juntamente com o Núcleo de Apoio a Investigação (NAI) de Castanhal. O delegado explica que, no decorrer das investigações, chegaram diversas denúncias anônimas repassadas pelo fone 181, o Disque Denúncia, sobre os autores do crime. "Esse fato foi comprovado após inúmeras diligências da equipe policial", detalha.
Os policiais civis conseguiram localizar a moto usada no crime, uma Honda vermelha, de placa OSY-6267. Gleison Monteiro foi identificado como o condutor da moto, enquanto que Thiago Rocha, como autor dos disparos. Os policiais civis também identificaram como agenciador e mandante do crime, Maurício de Luz Ramos e Charles Sarmento, que teriam planejado o assassinato.
Com base nas provas, foi solicitada à Justiça as prisões dos acusados. De posse dos mandados de prisão, uma equipe de policiais civis viajou, no domingo, até o município de Aparecida de Goiânia (GO), onde efetuou a prisão de Thiago e Gleison. Ouvidos em depoimento, os dois confessaram o crime e apontaram como mandantes Maurício e Charles.
No mesmo dia, o ex-cabo da PM Maurício Ramos, que também é ex-vereador no município, foi preso em Paragominas. Charles Sarmento foi procurado em diversos endereços no município, mas não foi localizado e está foragido. Quem tiver informações sobre o paradeiro de Charles pode informar de forma anônima para o fone 181, o Disque Denúncia. Segundo o delegado Gabriel Batista, as investigações apontaram que os mandantes ofereceram R$ 40 mil aos executores para cometerem o crime, mas o dinheiro não chegou a ser pago. Outro ponto levantando durante as investigações era que a empresária era dona de empresas nos ramos de reciclagem de lixo, arborização e limpeza, mas todas estavam em nome de seu filho, o que será investigado.
Por Walrimar Santos

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