segunda-feira, 7 de agosto de 2017

MUNDO



'Continuo sendo a procuradora da Venezuela', diz Ortega após ser destituída

Ela afirma que a Assembleia Constituinte é 'ilegítima e inconstitucional'. Novo procurador foi nomeado no sábado (5).

Por France Presse  

A advogada Luisa Ortega voltou a desconsiderar, neste domingo (6), sua destituição como procuradora-geral da Venezuela por parte da Assembleia Constituinte, que, segundo ela, é o "poder de fato" que governa o país agora.
"Eu desconheço essa remoção, continuo sendo a procuradora-geral deste país", disse Ortega, um dia após ser retirada do cargo. Ela é uma veterana chavista que se distanciou do governo ao denunciar uma ruptura da ordem constitucional na Venezuela.
A ex-funcionária insistiu em que a assembleia é "ilegítima e inconstitucional"."Estamos diante de um poder de fato, aqui não há governo. Quem ocupa ilegalmente o poder é essa Assembleia Nacional Constituinte presidencial", destacou.
A ex-procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, considera a destituição algo ilegítimo.  (Foto: Associated Press) 
A ex-procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, considera a destituição algo ilegítimo. (Foto: Associated Press)  
Ela disse, ainda, que a decisão de destituí-la, que teve alto repúdio internacional, foi uma "ordem do Executivo".
"O que a Constituinte está fazendo é perseguir; foi convocada ilegalmente. A eleição também foi (ilegal), a participação foi muito pequena e as poucas pessoas que compareceram o fizeram obrigadas", acrescentou Ortega, assegurando que o Ministério Público recebeu denúncias de instituições públicas que obrigaram seus funcionários a votar.
Os mais de 500 integrantes da Constituinte, instalada na sexta-feira em meio ao forte repúdio internacional, foram eleitos com mais de oito milhões de votos, segundo o poder eleitoral, mas a oposição não a reconhece e denuncia que é uma fraude para instaurar uma "ditadura comunista".

Novo procurador eleito

Logo após a destituição de Luisa Ortega, a assembleia elegeu um novo procurador-geral, Tarek William Saab, titular da Defensoria do Povo, informou a Reuters.
"Esse posto não pode ficar vazio porque será criado um problema que já tínhamos com a inação do Ministério Público", disse o constituinte Diosdado Cabello ao propor a nomeação de Saab.
 G1

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