segunda-feira, 7 de agosto de 2017

MUNDO



Militares se rebelam no norte da Venezuela, mas são rendidos, diz governo

Duas pessoas morreram e um ficou ferida. Segundo o chavista Diosdado Cabello, 'vários terroristas' foram detidos durante incidente.

 
Por G1  


Um grupo de militares do chamado Forte Paramacay, no estado de Carabobo, na Venezuela, promoveu um levante neste domingo (6) contra o governo de Nicolás Maduro. O grupo divulgou um vídeo em que anunciou a rebelião e pediu uma ampla revolta contra Maduro, além de eleições livres, mas foi rendido por outros membros das forças de segurança, segundo anunciou o presidente.
 
 
Durante a rebelião, duas pessoas morreram e outra ficou ferida, disse Maduro. A base militar tomada pelos insurgentes fica na cidade de Valência, a cerca de 160 quilômetros de Caracas, e tem o principal conjunto de blindados da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), o exército venezuelano.
 
 
Grupo de militares da Venezuela aparece em vídeo em que anuncia rebelião contra 'tirania assassina' de Maduro (Foto: Operation David Carabobo/Handout via REUTERS) 
 
Grupo de militares da Venezuela aparece em vídeo em que anuncia rebelião contra 'tirania assassina' de Maduro (Foto: Operation David Carabobo/Handout via REUTERS)  
 
De acordo com a correspondente da GloboNews, Eliana Jorge, vizinhos da região ouviram detonações nas proximidades do comando. De acordo com ela, a Brigada de Valência é uma das que têm maior poder de fogo no país.
 
 
Os arredores do forte, sede da 41ª Brigada do Exército, foram protegidos por helicópteros e militares em tanques e fortemente armados, num ambiente de alta tensão.
 
 
 (Foto: G1 ) 
 
Dezenas de pessoas se manifestaram em apoio ao grupo de militares que se rebelou. O ato começou após a notícia da invasão do quartel. Os primeiros manifestantes começaram a pedir a pedestres que passavam pelas imediações da base para que se unissem a eles. Os participantes foram dispersados pelas forças de segurança enquanto cantavam o hino nacional e gritavam palavras de apoio aos militares insurgentes.
 
 

Tirania assassina'

No vídeo divulgado por eles, um grupo de 20 homens com trajes militares e armas acompanham um porta-voz, identificado como capitão Juan Caguaripano, que se declara em rebeldia contra "a tirania assassina de Nicolas Maduro" e diz que tem o apoio de de tropas na ativa e de reserva, de policiais e "homens e mulheres valentes amantes da paz e da liberdade".

Tirania assassina'

No vídeo divulgado por eles, um grupo de 20 homens com trajes militares e armas acompanham um porta-voz, identificado como capitão Juan Caguaripano, que se declara em rebeldia contra "a tirania assassina de Nicolas Maduro" e diz que tem o apoio de de tropas na ativa e de reserva, de policiais e "homens e mulheres valentes amantes da paz e da liberdade".
 
 
 
Moradores de Valência, na Venezuela, fazem barricada durante manifestação contra o presidente Nicolás Maduro (Foto: REUTERS/Andres Martinez Casares)
 
 
 
 
Moradores de Valência, na Venezuela, fazem barricada durante manifestação contra o presidente Nicolás Maduro (Foto: REUTERS/Andres Martinez Casares)  
 
"Nos declaramos em legítima rebeldia, unidos hoje mais do que nunca, com o bravo povo da Venezuela para rejeitar a tirania assassina de Nicolás Maduro. Esclarecemos que isso não é um golpe de Estado, é uma ação cívica e militar para restabelecer a ordem constitucional", afirma Caguaripano no vídeo.
 
 
“Como militares institucionais, reconhecemos e respeitamos a Assembleia Nacional [de maioria opositores]. Mas exigimos que esta reconheça e respeite a vontade de um povo para livrar-se da tirania”, afirma. “Exigimos a formação imediata de um governo de transição e eleições gerais livres, com poderes públicos independentes”, acrescenta.
 
De acordo com a agência Efe, Caguaripano está afastado da GNB por traição à pátria e rebelião em 2014, quando tornou público seu desprezo à chamada revolução bolivariana após a represália aos protestos antigovernamentais daquele ano, que tiveram saldo de 43 mortes, segundo um balanço oficial.
 
 
A partir daquele momento, ele permaneceu na clandestinidade e foi apontado como um dos artífices de um plano golpista frustrado em 2015 que incluía matar Maduro, segundo o chavismo governante, e recebeu o nome de "Operação Jericó".
 
 
 

Militares detidos

O exército atribuiu o ataque à oposição, de acordo com a agência Efe. Júlio Borges, líder da oposição no Parlamento venezuelano, retrucou a acusação e exigiu que Maduro diga a 'verdade' sobre o atentado.
O governo qualifica o ocorrido como um "ataque terrorista". O dirigente chavista Diosdado Cabello fez o anúncio da rebelião logo após a divulgação do vídeo: "Na madrugada atacantes terroristas entraram no Forte Paramacay em Valência, atentando contra a nossa FANB. Vários terroristas detidos".
 
 
G1
 
 
 
 
 

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