quarta-feira, 30 de agosto de 2017

MEIO AMBIENTE

Maior reservatório de água do 

Ceará tem nível mais baixo da 

história

Resultado de imagem para águas do Castanhão CEARÁ

Reservatório do Castanhão está com 4% da capacidade
Nesse ritmo, até o fim de 2017, vai chegar no volume morto. FOTO: REPRODUÇÃO

No Nordeste do Brasil, o maior reservatório do Ceará nunca esteve com o nível tão baixo.
Quando o leito de um dos maiores açudes do país fica exposto, seca também a fonte de renda de quem vive dele. Das águas do Castanhão, a 240 quilômetros de Fortaleza, saíam 5% das tilápias produzidas no país. Três anos atrás eram 16 mil toneladas. Em 2017, não vão passar de 800.
"Aqui tinha a faixa de uns 15 a 20 produtores. Hoje está na faixa de uns cinco aqui. O pessoal vai desistindo, né?", afirmou o técnico de manejo Fábio Oliveira.
O Gonçalves é um dos que desistiram. Ele chegou a fornecer 4,5 toneladas de peixes por mês para uma associação de produtores, que agora também está abandonada.
                  
"Aqui trabalhava em média de 15 a 18 pessoas. Fazia filé, a bolinha, linguiça e a carne moída. Processava aqui o peixe", disse Gonçalves Rodrigues Saldanha.

O reservatório está com 4% da capacidade. É o menor nível desde a inauguração, 15 anos atrás.
“Diariamente uma altura de três centímetros são perdidos através da soltura para o leito do rio, a captação para Fortaleza e a evaporação”, afirmou o coordenador do açude, Fernando Pimentel.
Nesse ritmo, até o fim de 2017, o Castanhão vai chegar no volume morto e a água vai ter que ser bombeada.
A prioridade é o abastecimento humano, mas, mesmo as comunidades próximas já não podem mais contar com a água do açude. Um exemplo está numa pequena adutora que foi instalada pelo governo a um custo de R$ 270 mil para captar água diretamente do Castanhão. Mas o cano está à toa porque depois de seis anos seguidos de seca o volume do açude baixou tanto que a água está a três quilômetros de distância.
Agora, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará vai ter que prolongar a adutora para captar água de um poço a quase 1,5 quilômetro de distância.
"A gente jamais imaginava que o Castanhão estivesse na situação que está hoje."
Enquanto isso, o agricultor José Antônio espera o dia em que morar perto do açude seja garantia certa de água em casa.
"Ficou longe... Não tem condições. Só Deus mesmo", disse.

FONTE:JORNAL NACIONAL

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