Governo
coloca Exército para
asfaltar rodovia dos atoleiros no
Pará
Para evitar a repetição dos atoleiros que atrapalharam o
escoamento da produção de grãos do Mato Grosso para os portos do Norte
do País, o governo decidiu colocar o Exército para asfaltar um trecho da
BR-163 no Pará. A promessa é concluir a pavimentação do trecho até
Miritituba, em cujo distrito chamado Itaituba existem terminais
graneleiros que utilizam o transporte fluvial, até o fim do ano que vem.
Já neste ano não haverá a repetição dos atoleiros,
garantiu o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício
Quintella Lessa. As obras de pavimentação já avançaram e, nos trechos
que ainda não estarão asfaltados no próximo verão, haverá uma cobertura
provisória de cascalho. Além disso, a presença do Exército ajudará a
garantir a trafegabilidade do trecho.
Num exemplo sobre como multiplicar dividendos políticos com poucos recursos orçamentários, foi assinado hoje pela manhã um termo de transferência de recursos de R$ 128,5 milhões para o Exército.
A cerimônia contou com a presença de três ministros. Além de Quintella, participaram o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e o da Integração Nacional, Hélder Barbalho. O evento, originalmente marcado para a tarde de ontem, foi transferido para hoje para que os parlamentares do Pará pudessem participar.
O asfaltamento da BR-163 no Pará é uma batalha de 50 anos, disse Blairo Maggi. Ele contou que, em 1999, participou de um "caminhonaço", no qual os produtores do Mato Grosso colocaram tratores em cima de caminhões e partiram pela rodovia, abrindo caminho e construindo pinguelas para chegar a Miritituba. Ele frisou que a renda dos produtores depende do acesso aos portos do chamado Arco Norte, no qual a BR-163 tem papel fundamental.
Na última safra, segundo Quintella, o volume de exportações de produtos do complexo soja pelos portos do Sul e Sudeste avançou 4,1%, enquanto nos do Arco Norte cresceram 34,6%. A pavimentação da BR-163 no Pará, disse ele, tem recursos garantidos, que não podem ser contingenciados (bloqueados) pela área econômica. "É uma obra prioritária", afirmou.
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O Estado de S.Paulo
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